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AULA I
Método de avaliação: Provas, Seminários, Atividades complementares.
Controle de constitucionalidade
No Brasil adotamos atualmente o sistema misto de controle, existindo a combinação entre
o controle concentrado e o controle difuso.
Controle Difuso: Feito por todos os Juízes e tribunais. Todo órgão judicial exerce,
dentro de sua competência, o controle difuso. Nessa via, o Juiz deixa de aplicar lei que,
no caso concreto, revela conteúdo incompatível com a regra constitucional.
Controle concentrado: se limita ao Supremo Tribunal Federal (STF) quando a norma
paradigma é a Constituição Federal, por ser o guardião da CF, e aos Tribunais de Justiça
Estaduais, quando a norma paradigma é a Constituição Estadual.
O controle é um mecanismo que existe para sanar um defeito existente no
ordenamento jurídico, de modo que as leis infraconstitucionais devem estar de
acordo com a Constituição.
Os tribunais só podem declarar inconstitucionalidade por voto da maioria absoluta do
Plenário ou do seu Órgão Especial. Assim, o quórum no STF é de 6 dos 11 ministros.
Trata-se da cláusula de reserva de Plenário.
à constitucionalidade da norma, de modo que não exista mais dúvida a respeito de sua
adequação com a constituição.
Não cabe ação declaratória de constitucionalidade para esclarecer dúvida jurídica a
respeito de Leis Estaduais ou do Distrito Federal, pois, o artigo 102, da Constituição
Federal é claro quando diz que só leis federais podem ser objeto de ADC.
Com base nisso, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, por ex. Já
negou ADC sobre a Lei Orgânica do DF ajuizada pelo governador, Rodrigo Rollemberg
(PSB).
Histórico de controle
1 ª Constituição, de 1824: Divisão quadripartite de poderes:
Tinha nesta época tanto o Poder Legislativo, Judiciário e Executivo e também o Poder
Moderador.
Nesse momento da história não existia previsão do modelo atual de controle de
constitucionalidade.
Esse Poder Moderador garantiria estabilidade aos outros três poderes e seria
responsável por trazer a paz no caso de atritos graves. No Brasil, o Poder
Moderador existiu durante o Período Imperial e ficou reservado ao imperador, que
acumulava também o Poder Executivo.
Eventual conflito que surgisse seria resolvido pelo poder moderador, pois não
havia controle de constitucionalidade.
voto em cada uma das câmaras. Assim o Poder Legislativo tornava sem efeito a
decisão judicial.
Surge o controle das omissões normativas que era inexistente (AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO E MANDADO DE INJUNÇÃO).
Introdução da ADPF (ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO
FUNDAMENTAL), A QUAL É REGULAMENTADA PELA LEI 9.882 DE 99.
Ampla previsão de controle estadual – ART 125, § 2º Cabe aos Estados a instituição
de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou
municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir
a um único órgão. Controle que é realizado pelos Tribunais de Justiça dos Estados-
membros.
Na vigência da atual constituição a emenda 03 de 1993 introduziu a AÇÃO
DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO
FEDERAL, quando surgiu eram apenas 04 legitimados para propor esta ação.
Tendo o condão de impedir a aplicação de uma lei do Estado B ou C se uma lei de
conteúdo semelhante do Estado A for declarada inconstitucional.
Anteriormente: Podiam propor esta ação apenas: Presidente da República, Mesa da
Câmara dos Deputados, Mesa do Senado Federal e PGR. NO ENTANTO, HOUVE
MUDANÇA E ASSIM SÃO OS MESMOS LEGITIMADOS DO ART 103, DA CF.
A emenda 45 de 2004 igualou os legitimados da ADC com ADI e deixou explícito o
efeito vinculante no julgamento de ADI.
estrutura do Estado, poderia assim ser tratado em uma norma infraconstitucional, mas,
por se encontrar no corpo constitucional é norma constitucional.
Uma constituição RÍGIDA é aquela que possui um procedimento mais rigoroso para
sua alteração, precisa de um processo legislativo específico, solene, deve assim
respeitar a forma prescrita em lei para sua ocorrência.
Caso da CF brasileira, que possui um grau considerado médio dentro do princípio da
rigidez constitucional, pois embora de difícil alteração, ainda assim há essa possibilidade,
precisando de um quórum qualificado para sua modificação, admitindo revisões emendas
constitucionais.
Assim, não se mantém o entendimento de que a Carta Constitucional de 1988 é super–
rígida, pois apesar apresentar um rol de direitos e garantias (também denominados de
cláusulas pétreas), cuja essência ou núcleo basilar não pode ser objeto de extinção (vide
art. 60, par. 4º, CF/88), o que é proibido são emendas tendentes a abolir as cláusulas
pétreas, de modo que elas podem sim ser modificadas.
Há operadores do direito, doutrinadores, como o Alexandre de Moraes que
entendem que a Constituição Federal Brasileira é extremamente rígida, pois além de
possuir um processo rigoroso de alteração, possui um conjunto de matérias que
não podem ser suprimidas, as denominadas cláusulas pétreas, previstas no art. 60,
4º, da Constituição.
Aprovação de PEC, discussão e votação em cada casa do CN, a casa que propuser
é a iniciadora e a outra a revisora, será aprovada se obtiver o quórum de 3/5 da
totalidade de seus membros em 02 turnos de votação, nas 02 casas do CN (CD e
SF) e sem isso não será aprovada.
O quórum mínimo deve ser obtido em dois turnos de votação em cada casa. Se uma PEC
qualquer não obtiver esse quórum mínimo no primeiro turno não será aprovada. Mas, se
obtiver, segue para a votação do segundo turno na casa iniciadora ainda. Nesta fase
temos duas situações interessantes: a primeira é que se em nova votação não for
adquirido o quórum mínimo a proposta será rejeitada, não importando se na primeira
votação tenha conseguido. Obtendo o quórum minimo exigido na segunda votação, a
proposta foi aprovada naquela casa, agora, segue para o mesmo processo só que na
casa revisora. Quando chegar à casa revisora, a PEC deve seguir o mesmo processo da
casa iniciadora. Caso não seja obtido o quórum mínimo em um dos dois turnos de
votação, a proposta será rejeitada, mesmo que na casa iniciadora tenha sido aprovada
conforme exige o texto constitucional.
Professora: Izabel Luana
Direito Constitucional III
Lei ordinária: 01 turno em cada casa com maioria simples (maioria simples é
maioria, presente a maioria absoluta dos senadores ou deputados).
Estrutura piramidal de Kelsen, sabemos que essa pirâmide tem três estágios, no
entanto, a nossa possui 04, pelo fato de que o STF adotou a compreensão da
existência de normas supra legais: tratados internacionais de direitos humanos
aprovados sem o rito especial das emendas constitucionais, valendo assim mais
que as leis e menos que a CF.
TODAS AS NORMAS DO ORDENAMENTO DEVEM SER COMPATÍVEIS COM A CF.
Essa verificação de compatibilidade entre as normas e a CF se trata do controle de
constitucionalidade.
Atos normativos passam por duplo grau vertical de controle de constitucionalidade,
vertical, para cima, passando por controle de convencionalidade, ou seja, devem
estar de acordo com os tratados internacionais que versem sobre direitos humanos
e também controle de constitucionalidade, compatíveis com a norma
constitucional.
Controle de convencionalidade é o nome dado à verificação da compatibilidade
entre as leis de um Estado com as normas dos tratados internacionais firmados e
incorporados à legislação do país.
Para a verificação se uma norma é constitucional ou não temos que pensar,
confrontaremos a norma perante o que?
Dai entramos no conceito de bloco de constitucionalidade – O STF adota o conceito
restrito de bloco de constitucionalidade, SENDO PARÂMETRO DE CONTROLE O
TEXTO DA CONSTITUIÇÃO, TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS,
NO RITO DE APROVAÇÃO DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS. 2T, 3/5, CD CASA DO
CN).
O MARCO TEMPORAL É A DATA 05/10/88, DIA DE PROMULGAÇÃO DA CF.
Professora: Izabel Luana
Direito Constitucional III