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CONSTITUCIONAL
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
- Pressupostos: Rigidez Constitucional e Supremacia da Constituição.
- Competência: STF
- Finalidade: controle repressivo de constitucionalidade, ou seja, retirar do
ordenamento jurídico espécies normativas inconstitucionais (afastar a aplicação
inconstitucional da norma).
- Objeto: espécies normativas federais, estaduais e distritais (no exercício da
competência legislativa estadual) contrárias à Constituição Federal; anteriores
(recepção)). Não há controle de constitucionalidade normas constitucionais originárias
por meio de ADI.
(Obs: os Tribunais de Justiça dos Estados têm competência para julgar Ação Direta de
Inconstitucionalidade de espécies normativas estaduais e municipais contrárias à
Constituição Estadual). Como se dá o controle de constitucionalidade de espécies
CONTROLE CONCENTRADO - ADI
- Legitimidade Ativa: artigo 103, I a IX da CF (legitimados neutros ou universais – incisos I,
II, III, VI, VII, VIII; legitimados interessados ou especiais – incisos IV, V e IX – pertinência
temática). Precisa de advogado (art. 133 da CF)? STF: as autoridades e entidades referidas
no art. 103, I a VII da CF têm capacidade postulatória (ADI 127, Rel. Celso de Mello, 1992).
Obs: ADI 6764/DF - Min. Marco Aurélio - autor: Presidente da República - 23/03/2021;
Viragem jurisprudencial (?).
- Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade - artigo 102, § 2º (EC 45/04): erga
omnes, vinculante (vincula os órgãos do Poder Judiciário, bem como a Administração
Pública Federal, Estadual, Municipal e Distrital) e, em regra, ex tunc (retroativo, desfazendo
desde a origem o ato inconstitucional, juntamente com as consequências dele derivadas).
Possibilidade de modulação dos efeitos (exceção) - art. 27 da Lei nº 9.868/99 (segurança
jurídica ou excepcional interesse social, quórum de aprovação de ⅔ dos Ministros).
Obs: Pedido de cautelar na ADI - art. 102, I, p da CF; não há aplicação do artigo 52, X da
CF; efeito dúplice ou ambivalente: julgada improcedente a ADI, será declarada a
constitucionalidade da espécie normativa em questão, que permanece no ordenamento
jurídico (a declaração tem efeitos erga omnes, vinculante e ex tunc).
CONTROLE CONCENTRADO - ADI
- Supremo Tribunal Federal: Bloco de Constitucionalidade.
→Inconstitucionalidade chapada, enlouquecida, desvairada (flagrante
inconstitucionalidade).
→Em regra, a declaração de inconstitucionalidade de uma espécie normativa enseja a
sua nulidade (o que é inconstitucional nunca deveria ter existido). Regra, efeito ex tunc
do reconhecimento da inconstitucionalidade; possibilidade excepcional de modulação
de efeitos.
→ Efeitos repristinatórios (art. 2º, § 3º da LINDB - Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro: “§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura
por ter a lei revogadora perdido a vigência.”)
→Interpretação constitucional (decisões interpretativas e técnicas interpretativas): em
algumas situações a espécie normativa poderá permanecer no ordenamento jurídico,
desde que haja interpretação compatível com o texto constitucional (Interpretação
conforme à Constituição (com redução de texto e
sem redução de texto). Princípio da Parcelaridade (redução de texto: uma palavra, uma
expressão). Obs: Declaração de Inconstitucionalidade Parcial sem redução de texto
(técnica de decisão judicial).
CONTROLE CONCENTRADO - ADI
→ Inconstitucionalidade por Arrastamento - STF - “Ocorre quando a declaração de
inconstitucionalidade de uma norma impugnada se estende aos dispositivos normativos que
apresentam com ela uma relação de conexão ou de interdependência. Nesses casos, as normas
declaradas inconstitucionais servirão de fundamento de validade para aquelas que não pertenciam
ao objeto da ação, em razão da relação de instrumentalidade entre a norma considerada principal
e a dela decorrente.”
→ Há prazo decadencial ou prescricional para arguir a inconstitucionalidade de espécie normativa?
→ Reconhecimento da Inconstitucionalidade e Coisa Julgada (art. 5º, XXXVI da CF; Ação
Rescisória - art. 966 a 975 do CPC - STF- RE 730.462/SP: “Afirma-se, portanto, como tese de
repercussão geral que a decisão do Supremo Tribunal Federal declarando a constitucionalidade ou
a inconstitucionalidade de preceito normativo não produz a automática reforma ou rescisão das
sentenças anteriores que tenham adotado entendimento diferente; para que tal ocorra, será
indispensável a interposição do recurso próprio ou, se for o caso, a propositura da ação rescisória
própria, nos termos do art. 485, V, do CPC, observado o respectivo prazo decadencial (CPC, art.
495).”
→ Reclamação - art. 102, I, l da CF: garantia da eficácia das decisões do STF em sede de
controle concentrado (ADI).
→a problemática da modulação de efeitos:
CONTROLE CONCENTRADO - ADI
→ Perda do objeto da ADI pela revogação da espécie normativa questionada:
ADC 43,44 e 54
- Competência: STF
- Finalidade: sanar a omissão do Poder Público, de cunho normativo, conferindo plena
eficácia às normas constitucionais que dependem de complementação
infraconstitucional.
-Objeto:normas constitucionais de eficácia limitada que dependem de atuação
normativa posterior para garantir a sua aplicabilidade.
Obs: inconstitucionalidade por omissão; omissão inconstitucional total (absoluta) ou
parcial (relativa) quanto ao dever de legislar ou à adoção de providência de índole
administrativa (art. 12 B da Lei nº 9.868/99); instrumento que combate a síndrome de
inefetividade das normas constitucionais; ≠ de Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI da
CONTROLE CONCENTRADO - ADO
- Legitimidade Ativa: artigo 103, I a IX da CF (legitimados neutros ou universais –
incisos I, II, III, VI, VII, VIII; legitimados interessados ou especiais – incisos IV, V e IX –
pertinência temática). Precisa de advogado (art. 133 da CF)? STF: as autoridades e
entidades referidas no art. 103, I a VII da CF têm capacidade postulatória. (ADI 127, Rel.
Celso de Mello, 1992). Obs: ADI 6764/DF - Min. Marco Aurélio - autor: Presidente da
República - 23/03/2021; Viragem jurisprudencial (?).
- Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade: Art. 103, § 2º - “Declarada a
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional,
será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e,
em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.”
Obs: art. 2º da CF e impossibilidade do Poder Judiciário legislar; órgão administrativo
(adoção de providências no prazo de 30 dias ou em prazo razoável a ser estipulado
excepcionalmente pelo STF - art. 12- H da Lei nº 9.868/99); Poder Legislativo (ciência para
adoção das providências necessárias, sem prazo preestabelecido, mas declarada a
inconstitucionalidade por omissão fixa-se judicialmente a mora, com efeitos retroativos (ex
tunc) e erga omnes, permitindo a responsabilização por perdas e danos contra a pessoa
jurídica de direito público responsável pela omissão inconstitucional,em caso de prejuízo).
CONTROLE CONCENTRADO - ADO
- possibilidade de fixação de um prazo maior do que 30 dias para o Poder Legislativo
adotar providências: STF (ADO nº 55/DF):
”Ação julgada procedente para declarar o estado de mora em que se encontra o
Congresso Nacional, a fim de que, em prazo razoável de 18 (dezoito) meses, adote
ele todas as providências legislativas necessárias ao cumprimento do dever
constitucional imposto pelo art. 18, § 4º, da Constituição, devendo ser contempladas
as situações imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionalidade gerado pela
omissão. Não se trata de impor um prazo para a atuação legislativa do
Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um parâmetro temporal
razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses determinado pelo Tribunal nas ADI n°s
2.240, 3.316, 3.489 e 3.689 para que as leis estaduais que criam municípios ou
alteram seus limites territoriais continuem vigendo, até que a lei complementar federal
seja promulgada contemplando as realidades desses municípios.”
CONTROLE CONCENTRADO - ADO
Obs: Mandado de Injunção - Posição adotada pela Lei nº 13.300/2016: regra -
posição concretista intermediária individual ou coletiva (arts. 8º e 9º); exceção -
posição concretista intermediária geral (art. 9º, § 1º).
- novas perspectivas para ADO: ADO nº 24, ADO nº 25 e ADO nº 26 - STF extrapolou
decisões meramente recomendatórias (“dar ciência”), passando a adotar posições
concretistas (intermediária e direta).
- STF: pendente julgamento de ADO, se a norma constitucional que não tinha sido
regulamentada vier a ser revogada, a ação deverá ser extinta por perda do objeto,
julgando-se prejudicada;
- STF: perda do objeto da ADO por encaminhamento de projeto de lei sobre a matéria
(ao Congresso Nacional);
- Competência: STF
- Finalidade: proteger preceitos fundamentais. O que são preceitos fundamentais?
- Objeto:
- evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público
(arguição autônoma);
-quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual, municipal (e distrital), incluídos os anteriores à Constituição
(arguição incidental; necessidade de comprovação da controvérsia judicial relevante na
CONTROLE CONCENTRADO - ADPF
- caráter subsidiário - art 4º, § 1º da Lei nº 9.882/99: “Não será admitida arguição de
descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz
de sanar a lesividade.” STF: o Princípio de Subsidiariedade deve ser interpretado no
contexto da ordem constitucional global, como aquele apto a solver a controvérsia
constitucional relevante de forma ampla, geral e imediata. A existência de processos
ordinários e recursos extraordinários não deve excluir, a priori, a utilização da ADPF
(ADPF nº 33).
CONTROLE CONCENTRADO - ADPF
STF - ADPF nº 54 - 2012 (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde) -
Anencefalia:
- Competência: STF