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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Aferir a verificação da conformidade de um ato em relação a Constituição.

- Acontece em processo legislativo.

CONTROLE PREVENTIVO: é um controle político. Não tem ação judicial.

CONTROLE REPRESSIVO: Tem a inconstitucionalidade. Tem ação judicial. SUBDIVIDE EM 2:

- CONTROLE DIFUSO

- CONTROLE CONCENTRADO

CONTROLE DIFUSO: É INCIDENTAL. Verificam se as normas aplicáveis ao caso concreto,


deixando de aplicar aquelas contrarias a Constituição.

Restringe a Inconstitucionalidade.

Sempre tem caso concreto. O objetivo é resolver o caso concreto.

Qualquer pessoa interessada tem legitimidade ativa.

QUAL FORO É COMPETENTE PARA AÇÃO CONTROLE DIFUSO?


Foro regular do processo. Incidentalmente qualquer Juiz pode julgar inconstitucionalidade.

Amplitude: tem eficácia apenas entre as partes do processo.


Temporal: Eficácia retroativa ‘ex tunc’. Retroage desde que foi criada a Lei.

CARACTERISTICAS DO CONTROLE DIFUSO:


- Caso concreto;
- Declaração incidental;
- Qualquer pessoa interessada;
- Foro regular;
- Meio processual qualquer um, EXCETO ação civil publica com eficácia erga omnes;
- Eficácia ex tunc/ex nunc.

Caso a decisão deixa a parte inconformada, poderá recorrer, entrar com apelação.

Quando tem muitas ações com um mesmo assunto, isso vai para o plenário e assim forma uma
súmula.

A turma não pode contrariar a decisão do plenário.

Principio do duplo grau de jurisdição. (Caso aplicado pelo professor) Parte perdeu na 1 e na 2
instancia.

Resta o Recurso Extraordinário, leva o problema para o STF (Guardião da Constituição)


resolver.
REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE (artigo 102)

- O Recurso Extraordinário só pode chegar ao STF causas que foram julgadas em única ou
última instância; quando a decisão recorrida: Artigo 102, Inciso III, alíneas a, b, c
(REQUISITOS).

Caso relatado pelo professor cabe a alínea ‘a’, contrariou a Constituição. Nesse caso, o Recurso
chega ao STF. Desde que seja explicado qual parte e o que fere a CF.

O ideal já é questionar a inconstitucionalidade na Petição Inicial. No entanto, STF aceita que o


pré-questionamento seja feito em qualquer momento no primeiro grau de jurisdição.

Poderá entrar com embargos de declaração para ir para o segundo grau de jurisdição.

Não existe 3 Instância, o que existe é STJ e STF.

REQUISITO DA REPERCUSSÃO GERAL

É um requisito de admissibilidade.

ART 102, § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral


das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços
de seus membros.

QUORUM QUALIFICADO: O STF só pode recusar o recurso da repercussão geral por 2/3 do
Tribunal, ou seja, quando o STF diz que não tem repercussão geral.

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível,


não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão
constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos
termos deste artigo.

§1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a


existência ou não de questões relevantes do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos (autor e réu) do processo.

Na prática repercussão geral o que o STF quiser que seja.

Tem que abrir um tópico especifico na petição inicial do recurso extraordinário


“REPERCUSSÃO GERAL”.

RECEBIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO

STF decidiu a favor da parte. Efeito “inter partis”. Efeito vale apenas para Giu e não para
todos os Corintianos. (caso narrado pelo professor). Temos ai um acórdão.
Acórdão isolado não é jurisprudência (prudência do direito). 30 acórdãos do mesmo
sentido podem ser chamados de jurisprudência.

SÚMULAS

É originária de várias decisões.

A SÚMULA COMUM é o entendimento pacificado jurisprudencial de um


tribunal sobre um tema do direito.

A SÚMULA VINCULANTE é uma normatização, vinda do STF, que obriga ao


Judiciário e ao Executivo a cumprir determinada norma constitucional conforme
for apontado pela súmula vinculante.

SÚMULA COM EFEITO VINCULANTE (ARTIGO 103-A)

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

§2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.

Caso o Juiz não siga a sumula vinculante por motivos de “desconhecimento” , por exemplo
alteração, edição da sumula, ou por que ele simplesmente não quis seguir a sumula vinculante.

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL (ARTIGO 102, inciso I, alínea L).

Não é recurso, é uma ação de reclamação.

O STF vai anular a decisão do Juiz e vai o mandar proferir outra decisão, seguindo a súmula
vinculante.

A reclamação pode ser feita em qualquer momento do processo, desde que não aconteça o
transito em julgado. Caso haja o transito em julgado faz uma ação rescisória.

CONTROLE CONCENTRADO (VIA DE AÇÃO, CONTROLE ABSTRATO) DA


CONSTITUCIONALIDADE

Tem a resolução definitiva da constitucionalidade ou inconstitucionalidade.


CARACTERÍSTICAS:

A ação será movida em face da própria lei. Não tem caso concreto.

A declaração de inconstitucionalidade ou constitucionalidade é o que diz o final do processo.


Não é incidental.

No controle concentrado tem um rol taxativo de pessoas que podem propor as ações de
controle concentrado.

Tem ações especificas: ADI, ADC, ADPF

Quem julga é o STF

Efeito “erga omnes”, as ações de controle concentrado tem efeito vinculante.

Tem eficácia retroativa EM REGRA “ex tunc”

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

- Prevista na CF/88

- Regulamentada pela lei 9868/99

LEGITIMADOS ATIVOS (NÃO TEM RÉU):

Podem propor a ação:

Artigo 103 da CF (rol taxativo)


I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

PERTINÊNCIA TEMÁTICA (LEGITIMADOS ESPECIAIS)


Para que o STF reconheça como legitimado ativo na ADI tem que demonstrar que existe
entre a função deles e o pedido de inconstitucionalidade que estão fazendo tem que
haver um vinculo de correlação lógica.

LEGITIMADOS ESPECIAIS
- Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal
- Governador de Estado ou do Distrito Federal
- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional

EX: O Governador do Estado de São Paulo não pode interferir no Estado do Amazonas. Se
houver uma norma inconstitucional no Amazonas, o governador de SP não pode propor a
ação direta de inconstitucionalidade, pois entre a função e o pedido de
inconstitucionalidade não há correlação lógica. A função do governador de SP é
claramente governar o Estado de SP.

OBS: Pela CF/88 pode, pelo STF não pode.

CAMPO MATERIAL (OBJETO)

- ART 102, I, “a”, CF

A ação é proposta contra a lei. Porém, não é contra qualquer lei.

PODE: Lei ou Ato Normativo Federal ou Estadual (OBJETO).

NÃO PODE: Lei ou Ato Normativo Municipal, Lei anterior a CF.

FORO: STF (ART 102, I, “a”, CF)

CABE LIMINAR (ART 10 a 12, LEI 9868/99)

- Suspende os efeitos da lei. Se existir uma lei anterior que foi revogada por essa, volta a
valer a outra enquanto o efeito dessa lei estiver suspenso.

13/09

FUNÇÃO

- AGU (ADVOGADO GERAL DA UNIÃO) - ARTIGO 103, §3, CF

O AGU é CITADO na Ação Direta de Inconstitucionalidade.

Defende a lei.

Há casos excepcionais que o STF dispensará o AGU de fazer a defesa.

- PGR (PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA) - ARTIGO 103, §1°, CF

Não é parte.
O procurador é INTIMADO pra dar um parecer da ADI.

DECISÃO FINAL

Se procedente a ação: A norma é inconstitucional

Se improcedente a ação: A norma é constitucional

Pode ser julgada parcialmente.

PERGUNTA: Posso ter declaração de constitucionalidade na ação direta de


inconstitucionalidade? SIM, se o Juiz decidir improcedente a ação, há a
declaração de que a norma é constitucional.

- “ERGA OMNES” – O efeito será sempre para todo mundo.

- VINCULANTES – Todos membros devem seguir a decisão do STF.

EM REGRA os efeitos da norma é “EX TUNC”

ARTIGO 27, LEI 9868/99 “Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato


normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse
social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia
a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.”.

(EX NUNC) (OUTRO MOMENTO).

O quórum é 2/3 de 11 = 8

PETIÇÃO (2017)

LIMINAR (2020)

DECISÃO (2023)

Pode a decisão produzir efeito desde a liminar. NÃO É EX NUNC,


NEM EX TUNC.
Pode a norma valer no futuro. Nesse caso, não é EX TUNC, NEM EX
NUNC.

TEXTO + INTERPRETAÇÃO = NORMA JURÍDICA

Ao mudar o texto, muda-se a norma. Ao mudar a interpretação, muda-se a norma.

NORMA

- INTERPRETAÇÃO A - Constitucional

- INTERPRETAÇÃO B – Inconstitucional

Pode haver uma ação direta de inconstitucionalidade. O Juiz julga a ação parcialmente
procedente. Mexe apenas na interpretação.

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