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REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE

Ciclos Método
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
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REVISÃO DE VÉSPERA

Fala pessoal
Esse arquivo é para você fazer aquela SUPER revisão com as nossas principais apostas. É um arquivo curto e
tem o objetivo de alcançar e ajudar o maior número de concurseiros possíveis.

Vocês são guerreiros e estão preparados.

Antes, conhecendo o edital:


19.33 A legislação com entrada em vigor após a data de publicação deste edital, bem como as alterações em
dispositivos legais e normativos a ele posteriores não serão objeto de avaliação, salvo se listadas nos objetos
de avaliação constantes do item 20 deste edital.
DATA DO EDITAL: EDITAL Nº 1 – MPSE, DE 19 DE ABRIL DE 2022

Vamos para nossa revisão?

DIREITO CONSTITUCIONAL

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Barroso afirma que “... a mutação constitucional consiste em uma alteração do significado de determinada
norma da Constituição, sem observância do mecanismo constitucionalmente previsto para as emendas e, além
disso, sem que tenha havido qualquer modificação de seu texto. Esse novo sentido ou alcance do mandamento
constitucional pode decorrer de uma mudança na realidade fática ou de uma nova percepção do Direito, uma
releitura do que deve ser considerado ético ou justo. Para que seja legítima, a mutação precisa ter lastro
democrático, isto é, deve corresponder a uma demanda social efetiva por parte da coletividade, estando
respaldada, portanto, pela soberania popular”.
#DEOLHONAJURIS
#CESPEAMA
Se uma lei ou ato normativo é declarado inconstitucional pelo STF, incidentalmente, essa decisão, assim como
acontece no controle abstrato, também produz eficácia erga omnes e efeitos vinculantes.
Assim, se o Plenário do STF decidir a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo,
ainda que em controle incidental, essa decisão terá os mesmos efeitos do controle concentrado, ou seja,
eficácia erga omnes e vinculante.
Houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88. A nova interpretação deve ser a seguinte: quando o STF
declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a decisão já tem efeito vinculante e erga
omnes e o STF apenas comunica ao Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade
daquilo que foi decidido.
STF. Plenário. ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 29/11/2017 (Info 886).

Obs: vale fazer o alerta de que esse tema ainda não está pacificado e ainda irá produzirá intensos debates,
inclusive quanto à nomenclatura das teorias que foram adotadas pelo STF.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

ORIGEM: caso Marbury vs. Madison (Caso dos Juízes da Meia Noite).

PRESSUPOSTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:


- Supremacia da Constituição;
- Rigidez da Constituição;
- Existência de órgão competente para o controle.
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ELEMENTOS:

ELEMENTOS
Parâmetro - Bloco de constitucionalidade: texto constitucional, princípios implícitos,
tratados internacionais incorporados pelo rito das emendas.
Objeto - Norma impugnada.
- ADI: norma federal ou estadual.
- ADC: norma federal.
ADPF: norma de qualquer dos entes.

ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE
MATERIAL - por excesso de poder de legislar
(NOMOESTÁTICA) - por violação à proporcionalidade (vedação de excesso e de proteção
deficiente).

FORMAL - por violação do processo legislativo;


(NOMODINÂMICA) - por vício subjetivo (vício de iniciativa)
- por vício objetivo (vício no curso do processo).
- orgânica: por ausência de competência daquele ente para legislar sobre
determinada matéria.

#DEOLHONAJURIS
É possível que uma emenda constitucional seja julgada formalmente
inconstitucional se ficar demonstrado que ela foi aprovada com votos
“comprados” dos parlamentares e que esse número foi suficiente para
comprometer o resultado da votação.
STF. Plenário. ADI 4887/DF, ADI 4888/DF e ADI 4889/DF, Rel. Min. Cármen
Lúcia, julgado em 10/11/2020 (Info 998).
TOTAL Atinge todo o ato normativo.
PARCIAL Atinge apenas parcela do ato normativo.
DIRETA Viola frontalmente a Constituição Federal.
INDIRETA Viola reflexamente a Constituição Federal. Não é admitida pelo STF.
ORIGINÁRIA Macula o ato desde o seu nascimento.
- Acepção tradicional: Significa que a lei ou ato normativo impugnado por
meio de ADI deve ser posterior ao texto da CF/88 invocado como parâmetro.
Assim, se a lei ou ato normativo for anterior à CF/88 e com ela incompatível,
não se pode dizer que há uma inconstitucionalidade. Nesse caso, o que existe
SUPERVENIENTE é a não-recepção da lei pela Constituição atual. Logo, nesse sentido, afirma-
se que não existe no Brasil inconstitucionalidade superveniente para se
explicar que a lei anterior à 1988 e que seja contrária à atual CF não pode
taxada como “inconstitucional”.

- Acepção moderna: Significa que uma lei ou ato normativo que foi
considerado constitucional pelo STF pode, com o tempo e as mudanças
verificadas no cenário jurídico, político, econômico e social do país, tornar-
se inconstitucional em um novo exame do tema.
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Assim, inconstitucionalidade superveniente, nesse sentido, ocorre quando a


lei (ou ato normativo) torna-se inconstitucional com o passar do tempo e as
mudanças ocorridas na sociedade.
Não há aqui uma sucessão de Constituições. A lei era harmônica com a atual
CF e, com o tempo, torna-se incompatível com o mesmo Texto
Constitucional.
POR ARRASTAMENTO OU O Supremo Tribunal Federal poderá declarar como inconstitucional norma
DERIVAÇÃO dependente de outra já julgada inconstitucional em processo do controle
concentrado de constitucionalidade, ainda que não haja pedido expresso
para tanto.

MODELOS DE CONTROLE
DIFUSO - Adotado no Brasil em 1891.
- Pode ser realizado por qualquer juiz ou tribunal.
CONCENTRADO - Adotado no Brasil com a EC 16/65.
- Pode ser realizado apenas por um tribunal.

VIAS DE CONTROLE
INCIDENTAL O controle é instaurado diante de uma controvérsia concreta.
PRINCIPAL O controle é instaurado em tese, abstratamente.

CONTROLE DIFUSO:

LEGITIMADO Qualquer parte no processo, terceiros intervenientes, Ministério Público


como fiscal da ordem jurídica.
AÇÕES Qualquer ação judicial. Na ação civil pública, não pode ser o pedido principal.
COMPETÊNCIA Qualquer órgão do poder judiciário. Nos tribunais, deve ser observada a
cláusula de reserva de plenário.

Art. 97, CRFB/88. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros
ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Súmula vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97)
a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

Não se exige a observância da cláusula de reserva de plenário:


- declaração de constitucionalidade da norma;
- decisão anterior do plenário do tribunal;
- decisão anterior do plenário do STF;
- em RE no STF (o encaminhamento de RE ao plenário do STF é procedimento
que depende da apreciação, pela Turma, da existência das hipóteses
regimentais);
- em Juizados (porque não são órgãos do Poder Judiciário, mas compõem a
organização judiciária).
- juízo de recepção de lei anterior à CF (não se trata de declaração de
inconstitucionalidade).
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EFEITOS DA DECISÃO - Inter partes: atinge apenas as partes do processo.


- Ex tunc.
- Sem força vinculante sobre os demais órgãos do Judiciário e Executivo.

Abstrativização do controle difuso: O STF decidiu que, mesmo se ele


declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade de uma lei, essa decisão
também terá efeito vinculante e erga omnes. A fim de evitar anomias e
fragmentação da unidade, deve-se atribuir à decisão proferida em sede de
controle incidental (difuso) a mesma eficácia da decisão tomada em sede de
controle abstrato. O Min. Gilmar Mendes afirmou que é preciso fazer uma
releitura do art. 52, X, da CF/88. Essa nova interpretação deve ser a seguinte:
quando o STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle
difuso, a decisão já tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas
comunica ao Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê
publicidade daquilo que foi decidido. Assim, a nova intepretação do art. 52,
X, da CF/88 é a de que o papel do Senado no controle de constitucionalidade
é simplesmente o de, mediante publicação, divulgar a decisão do STF. A
eficácia vinculante, contudo, já resulta da própria decisão da Corte.

- SÚMULA VINCULANTE:

Art. 2º O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista
nesta Lei.
1º O enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, controvérsia atual que
acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão.
§ 2º O Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente
à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante.
§ 3º A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante dependerão de decisão
tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária.
§ 4º No prazo de 10 (dez) dias após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado de súmula com efeito
vinculante, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial
da União, o enunciado respectivo.

Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
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XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais


Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão
ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
§ 2º No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator poderá
admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal.

Art. 4º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de
2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a
partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.

Art. 6º A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a
suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.

Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe
vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos
recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento
das vias administrativas.
§ 2º Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a
decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme
o caso.

CONTROLE CONCENTRADO:

LEGITIMADOS Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação


declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

#DEOLHONAJURIS
A jurisprudência do STF exige, para a caracterização da legitimidade ativa
das entidades de classe e confederações sindicais nas ações de controle
concentrado de constitucionalidade, que a entidade represente toda a
respectiva categoria, e não apenas fração dela.
(ADI 6465 AgR, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado
em 20/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-279 DIVULG 24-11-2020
PUBLIC 25-11-2020)

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal exige, para configuração do


caráter nacional da entidade de classe, comprovação da existência de
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associados ou membros em pelo menos 9 Estados da Federação. (ADI 3287,


Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: RICARDO
LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 05/08/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-215 DIVULG 27-08-2020 PUBLIC 28-08-2020)

Governador de Estado afastado cautelarmente de suas funções — por força


do recebimento de denúncia por crime comum — não tem legitimidade
ativa para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade.
STF. Plenário. ADI 6728 AgR/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
30/4/2021 (Info 1015). #APOSTACICLOS
AÇÕES ADI
ADO
ADPF
ADC
COMPETÊNCIA Lei ou ato normativo federal ou estadual em face da Constituição Federal:
STF.
Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da Constituição do
Estado: TJ LOCAL.
EFEITOS DA DECISÃO - Erga omnes.
- Ex tunc.
- Vinculante.

#DEOLHONAJURIS
Os Estados-membros da Federação, no exercício da competência outorgada pela Constituição Federal (art. 25,
caput, c/c art. 125, § 2º, CF), não podem afastar a legitimidade ativa do Chefe do Ministério Público estadual
para propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça local.
STF. Plenário. ADI 5.693/CE, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/11/2021.

É constitucional o dispositivo de constituição estadual que confere ao tribunal de justiça local a prerrogativa de
processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade contra leis e atos normativos municipais tendo como
parâmetro a Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados.
Admite-se o controle abstrato de constitucionalidade, pelo Tribunal de Justiça, de leis e atos normativos
estaduais e municipais em face da Constituição da República, apenas quando o parâmetro de controle invocado
for norma de reprodução obrigatória ou exista, no âmbito da Constituição estadual, regra de caráter remissivo
à Carta federal.
STF. Plenário. ADI5647/AP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 3/11/2021 (Info 1036).
A declaração de inconstitucionalidade em abstrato de normas legais, diante do efeito repristinatório que lhe é
inerente, importa a restauração dos preceitos normativos revogados pela Lei declarada inconstitucional, de
modo que o autor deve impugnar toda a cadeia normativa pertinente.
Em outras palavras, o STF exige a impugnação da íntegra da cadeia normativa incompatível com a Constituição,
para que a decisão atinja as leis que “exteriorizem os mesmos vícios de inconstitucionalidade que inquinam a
legislação revogadora”.
Por outro lado, o STF exige apenas a impugnação da cadeia de normas revogadoras e revogadas até o advento
da Constituição de 1988, porquanto o controle abstrato de constitucionalidade abrange tão somente o direito
pós-constitucional.
Nada obstante, admitiu-se o cabimento de ação direta de inconstitucionalidade nos casos em que o autor, por
precaução, incluiu, em seu pedido, também a declaração de revogação de normas anteriores à vigência do novo
parâmetro constitucional.
STF. Plenário. ADI 4711/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 28/09/2021.
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CONSELHO NACIONAL DO MP
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

I o Procurador-Geral da República, que o preside; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III três membros do Ministério Público dos Estados; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e
outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios
Públicos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do


Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares,
no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento
da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos
Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da
instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da


União ou dos Estados julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério
Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
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§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério


Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas
pela lei, as seguintes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos
seus serviços auxiliares; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)

III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de
órgãos do Ministério Público. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações
e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus
serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

#SELIGANAJURIS
Nos termos do art. 102, I, “r”, da Constituição Federal, é competência exclusiva do STF processar e julgar,
originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do Conselho CNJ e do CNMP proferidas no exercício
de suas competências constitucionais, respectivamente, previstas nos arts. 103-B, § 4º, e 130-A, § 2º, da CF/88.
STF. Plenário. Pet 4770 AgR/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).
STF. Plenário. Rcl 33459 AgR/PE, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).
STF. Plenário. ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).

Compete ao CNMP dirimir conflitos de atribuições entre membros do MPF e de Ministérios Públicos estaduais.
STF. Plenário. ACO 843/SP, Rel. para acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 05/06/2020.
STF. Plenário. Pet 4891, Rel. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 16/06/2020
(Info 985 – clipping).

A Resolução do CNMP consiste em ato normativo de caráter geral e abstrato, editado pelo Conselho no exercício
de sua competência constitucional, razão pela qual constitui ato normativo primário, sujeito a controle de
constitucionalidade, por ação direta, no Supremo Tribunal Federal.
STF. Plenário. ADI 4263/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 25/4/2018 (Info 899).

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SERGIPE: TÍTULOS I A III.

Art. 107. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros poderá o Tribunal declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Art. 108. Podem propor a ação de inconstitucionalidade: I - o Governador do Estado; II - a Mesa da Assembleia
Legislativa; III - o Procurador Geral de Justiça; IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados; V - partido
político com representação na Assembleia Legislativa ou na Câmara de Vereadores; VI - o Prefeito Municipal e
a Mesa da Câmara de Vereadores; VII - federação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual.
§ 1º O Procurador Geral de Justiça será previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será
dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade,
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em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Procurador Geral do Estado, que defenderá o
ato ou texto impugnado
Art. 109. Na composição do Tribunal de Justiça, um quinto das vagas será preenchido por membros do Ministério
Público e advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de carreira ou de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebida a indicação, o Tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que, nos
vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Art. 110. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça designará juízes da entrância mais elevada.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do
litígio.
Art. 116. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis
§ 1º O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, indicados em lista tríplice organizada pelo Colégio
de Procuradores de Justiça, para um mandato de dois anos, permitida a recondução. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 09 de dezembro de 1999) (Permitida uma só recondução, conforme
interpretação dada pelo STF. ADI 3.077/SE. Relatora Min. Cármen Lúcia. DJE 01/08/2017).
§ 2º A destituição do Procurador Geral de Justiça, por iniciativa do Governador do Estado, deverá ser precedida
de autorização da maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa.
§ 3º Poderá ainda a Assembleia Legislativa, por deliberação da maioria absoluta, destituir o Procurador Geral
de Justiça, nos casos e formas estabelecidos na lei complementar respectiva.
§ 4º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional
. § 5º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto
no art. 154 desta Constituição, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas e de provas e títulos; a lei disporá sobre sua organização
e funcionamento.
§ 6º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias.

DIREITO PENAL

TEORIA DO ERRO

NÃOCONFUNDA
Enquanto no erro de tipo o agente não sabe o que faz, no erro de proibição o agente SABE O QUE FAZ (não
esqueça!!), todavia, ignora ou desconhece o caráter ilícito de seu ato.
ERRO DE PROIBIÇÃO = HOLANDÊS QUE FAZ USO DE MACONHA NO BRASIL
ERRO DE TIPO = MOCHILA DO COLEGA (Exemplo: Aluno que por estar atrasado para determinado
compromisso, sai apressadamente da sala de aula e acaba por levar mochila de colega que é muito parecida
com a sua.)
#DEOLHONATABELA:
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO
O agente possui falsa percepção da realidade. O agente possui a concepção correta da realidade.
Todavia, equivoca-se quando a regra da conduta
efetuada.
O agente não sabe o que faz. O agente sabe o que faz, mas ignora ou pensa não
ser proibido.
MOCHILA DO AMIGO HOLANDÊS QUE FAZ USO DE MACONHA NO
BRASIL
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ERRO DE TIPO ESSENCIAL


ERRO INEVITÁVEL/ INVENCÍVEL/ ESCUSÁVEL ERRO EVITÁVEL/VENCÍVEL/ INESCUSÁVEL
O agente errou, mas o homem médio no seu lugar O homem médio no seu lugar não erraria
também erraria
Exclui o dolo – o agente não tem consciência do que Exclui o dolo – o agente não tem consciência
faz (um dos elementos do dolo). do que faz.
Exclui a culpa – o resultado é imprevisível (a Pune a culpa, se prevista em lei – o resultado
previsibilidade é elemento da culpa). era previsível.

ERRO DE TIPO ACIDENTAL

a) Erro de tipo acidental sobre o objeto


Trata-se da hipótese que o agente confunde o objeto material (coisa) visado no crime, atingindo outro diferente
do desejado.
Exemplo: Ciclano ingressa numa loja para subtrair um relógio de ouro, mas acaba furtando um relógio dourado,
mera imitação barata, por tê-lo confundido com o original.
No erro sobre o objeto o agente é punido pela conduta efetivamente praticada, considerando-se somente o
objeto realmente atingido.

b) Erro de tipo acidental sobre a pessoa


art. 20, §3º do CP:
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
O agente confunde a pessoa que queria atingir com pessoa diversa. Há uma VÍTIMA VIRTUAL, pessoa que o
agente queria atingir, e vítima real, pessoa efetivamente atingida.

#ATENÇÃO: não se consideram as condições da vítima atingida e sim da que se queria atingir.

c)Erro de tipo acidental na execução (Aberratio Ictus)

Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código (leva-se em conta a vítima virtual). No caso de ser
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código

d)Erro sobre o resultado diverso do pretendido (Aberratio Criminis ou delicti)


Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém
resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se
ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código (concurso formal de crimes).

e)Erro sobre o nexo causal (Aberratio Causae)

ERRO SOBRE NEXO CAUSAL EM SENTIDO ESTRITO DOLO GERAL, ABERRATIO CAUSAE OU ERRO
SUCESSIVO
mediante um só ato o agente provoca o resultado através da pluralidade de atos, o agente provoca o
pretendido, porém com nexo diferente. resultado pretendido, também com nexo
diferente.
Exemplo: Concorrente do ciclano atira Fulano de Exemplo: Concorrente do ciclano atira em Fulano,
um penhasco, para que este morra afogado, e supondo que este já estava morto, resolve
porém, durante a queda Fulano tem a cabeça
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explodida por uma rocha e morre jogá-lo em um rio, causando a sua morte por
instantaneamente. afogamento.

DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ E ARREPENDIMENTO POSTERIOR

Desistência voluntária e arrependimento eficaz são hipóteses de tentativa abandonada (de tentativa só tem
nome, pois as circunstâncias não são alheias). Na tentativa abandonada o crime não se consuma pela vontade
do agente.

Fórmula de Frank “posso prosseguir, mas não quero” (tentativa abandonada ) x “quero prosseguir mas não
posso” (tentativa).

Confuso??? Vamos de tabela:

DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO ARREPENDIMENTO POSTERIOR (Art. 16 CP)


EFICAZ (Art. 15 CP)
PONTE DE OURO PONTE DE PRATA
O agente desiste de dar continuidade ao que se O agente responsável pelo crime praticado sem
propôs, por circunstâncias inerentes à sua violência ou grave ameaça à pessoa,
vontade (#ATENÇÃO é diferente da tentativa) voluntariamente e até o recebimento da
denúncia ou queixa, restitui a coisa ou repara o
dano provocado por sua conduta.
NÃO HOUVE CONSUMAÇÃO HOUVE CONSUMAÇÃO
Desistência voluntária: O agente desiste, mas ainda REQUISITOS:
tem meios executórios disponíveis 1- Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa;
2- Reparação do dano ou restituição da coisa; 3- Até
Arrependimento eficaz: o agente desiste após o recebimento da denúncia ou queixa
esgotar todos os meios executórios disponíveis
CAUSA EXCLUDENTE DA TIPICIDADE CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA

#ATENÇÃODOUTRINA: Doutrinadores mais modernos estão chamando de PONTE DE DIAMANTE os benefícios


concedidos em sede de colaboração premiada, que inclui a possibilidade de perdão judicial

CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO

O crime de furto (art. 155 do CP) consiste na subtração de coisa alheia móvel sem o emprego de violência, grave
ameaça ou redução da vítima à impossibilidade de resistência. Para que se consume, é imprescindível que o
agente possua a pretensão de assenhorar-se da coisa ou outorgar a coisa a outra pessoa.

#TABELALOVERS
A conduta consiste em SUBTRAIR. Para que exista o crime de furto,
imprescindível que a subtração ocorra sem violência, grave ameaça ou redução
da vítima à impossibilidade de resistência. Podemos vislumbrar a situação em
TIPICIDADE OBJETIVA
duas circunstâncias. A primeira, quando o agente, sem a autorização do
proprietário ou possuidor da coisa, a leva consigo. A segunda situação ocorre
quando o agente recebe a coisa do proprietário, mas não obtém a sua
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Ciclos Método

autorização para retirar a coisa do local. Neste caso, o agente tinha a detenção
dos valores, mas não a autorização para retirá-los do local.
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de furto (crime comum).
Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo desse crime, desde que seja
proprietário ou possuidor da coisa móvel. Se alguém furtar uma coisa que já
SUJEITOS
havia sido furtada, incorrerá o crime da mesma forma. Neste caso, o sujeito
passivo não será o primeiro ladrão, mas o proprietário da coisa.
OBS: as pessoas jurídicas também podem figurar como sujeitos.
O objeto jurídico (bem jurídico tutelado) do crime, consoante o disposto no CP,
é o patrimônio. A doutrina majoritária explicita os contornos desta definição,
salientando que o bem jurídico tutelado é a posse e a propriedade. Ainda na
OBJETOS
esteira da doutrina majoritária, tem-se rechaçado a inclusão da detenção como
objeto jurídico do crime de furto.
O objeto material é a “coisa alheia móvel”
O elemento subjetivo é o DOLO. Exige-se dolo específico de subtrair a coisa
ELEMENTO SUBJETIVO para si ou para outrem. Trata-se, portanto, de ânimo de assenhoramento
definitivo da coisa. Não há previsão para a modalidade culposa.
Ainda subsiste certa polêmica, em doutrina, em torno do MOMENTO
CONSUMATIVO do crime de furto. São quatro correntes a esse respeito:
1) CONCRECTATIO: a consumação ocorre pelo mero contato entre o
agente e a coisa alheia, independentemente da sua remoção.
2) AMOTIO (APREHENSIO): ocorre a consumação quando o agente obtém
a posse da coisa, ainda que não seja mansa e pacífica.
CONSUMAÇÃO E
3) ABLATIO: o agente não apenas consegue apoderar-se da coisa, mas
TENTATIVA
também deslocá-la.
4) ILATIO: a consumação somente ocorre quando o agente consegue
conduzir a coisa até o local pretendido.
#NÃOESQUECE Na jurisprudência, é PACÍFICO o entendimento no sentido de
que a posse pacífica é DESNECESSÁRIA à consumação do delito de furto, tendo
tanto o STF quanto o STJ adotado a TEORIA DA AMOTIO (APREHENSIO).
Trata-se de crime de ação penal privada pública incondicionada. Poderá a ação
penal converter-se em pública condicionada a representação do ofendido, nas
hipóteses do art. 182 do CP, quais sejam se o sujeito passivo é o cônjuge
AÇÃO PENAL
judicialmente separado; irmão; e, por fim, tio ou sobrinho, com quem o agente
coabita, desde que a vítima não seja pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, conforme determina o art. 183 do CP.
Conforme o §1º do art. 155, a pena do crime será aumentada em até um terço
CAUSA DE AUMENTO se o crime foi praticado durante o repouso noturno.
DE PENA #ATENÇÃO o crime de furto tem apenas uma CAUSA DE AUMENTO (§1º), todas
as demais são QUALIFICADORAS!
O furto privilegiado está previsto no §2º: § 2º - Se o criminoso é primário, e é
de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.
Temos portanto, dois requisitos (cumulativos) e três possíveis consequências
FURTO PRIVILEGIADO
para o furto privilegiado. No que se refere aos requisitos, teremos:
a) Requisito Subjetivo: primariedade do réu.
b) Requisito objetivo: pequeno valor da res furtiva.
Como consequências possíveis para o furto privilegiado, teremos:
a) Substituição da pena de reclusão pela pena de detenção;
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b) Diminuir a pena privativa de liberdade de um a dois terços;


c) Aplicar somente a pena de multa.
As qualificadoras estão dos §§ 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 5º, 6º e 7º:
a) Destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa (§4º, I)
b) Abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza (§4º, II)
c) Com emprego de chave falsa (§4º, III)
d) Mediante concurso de duas ou mais pessoas (§4º, IV)
e) Se houver emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo
comum (§4º-A)
f) #NOVIDADELEGISLATIVA Se o furto for praticado mediante fraude
eletrônica (§4-B)
FURTO QUALIFICADO g) #NOVIDADELEGISLATIVA Se o furto for praticado mediante fraude
eletrônica com utilização de servidor fora do território nacional, ou contra
idoso ou vulnerável (§4º-C)
h) Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado
para outro Estado ou para o exterior (§5º)
i) Se a subtração for de semovente domesticável de produção ainda que
abatido ou dividido em partes no local da subtração (§6º)
j) Se a subtração for de substância explosiva ou de acessórios que,
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego
(§7º)
Conforme consolidado entendimento no âmbito da doutrina e da
jurisprudência, é possível incidir o privilégio previsto no §2º do art. 155 às
hipóteses qualificadas do furto. Contudo, tal como ocorre com o crime de
homicídio, tem-se exigido para tanto que a qualificadora seja de caráter
FURTO QUALIFICADO
OBJETIVO.
PRIVILEGIADO
Para o STJ, porém, a qualificadora, consistente no “abuso de confiança” deve
ser considerada subjetiva, não se permitindo, que, nesta hipótese, o furto
qualificado seja também privilegiado. Nos demais casos, nada impede que
tenhamos um furto qualificado-privilegiado.
FURTO DE IMAGEM: Não existe o crime de “furto de imagem”. Não há crime
de furto quando alguém capta uma imagem sem autorização, fotografando ou
filmando algo sem permissão, por exemplo. Em um caso como este, não
poderemos falar no crime de furto, na medida em que não há subtração de
coisa (bem corpóreo)
OUTRAS QUESTÕES FURTO DE COISA SEM VALOR PATRIMONIAL: A jurisprudência tem entendido
HAVER CRIME DE FURTO em situações nas quais a res furtiva não possui valor
patrimonial intrínseco, mas a sua subtração pode acarretar danos patrimoniais
à vítima. É o que entendo o STJ em relação a subtração de talão de cheques,
que não possuem valor em si, mas pode acarretar à vítima danos oriundos do
pagamento de tarifas bancárias.

#NÃOSABOTEASSÚMULAS
Súmula 442 STJ É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.
Súmula 511 É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime
de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a
qualificadora for de ordem objetiva.
Súmula 567-STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança
no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.
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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Jurisprudência em Teses do STJ


EDIÇÃO N. 81: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - II

1) A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela
prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens. (Súmula n. 151/STJ)

2) Configura crime de contrabando (art. 334-A, CP) a importação não autorizada de arma de pressão por ação
de gás comprimido ou por ação de mola, independentemente do calibre.

3) A importação não autorizada de cigarros ou de gasolina constitui crime de contrabando, insuscetível de


aplicação do princípio da insignificância.

4) A importação clandestina de medicamentos configura crime de contrabando, aplicando-se,


excepcionalmente, o princípio da insignificância aos casos de importação não autorizada de pequena quantidade
para uso próprio.

5) Para a caracterização do delito de contrabando de máquinas programadas para exploração de jogos de azar,
é necessária a demonstração de fortes indícios (e/ou provas) da origem estrangeira das máquinas ou dos seus
componentes eletrônicos e a entrada, ilegalmente, desses equipamentos no país.

6) É desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa para a configuração


dos crimes de contrabando e de descaminho.

7) Aplica-se o princípio da insignificância ao crime de descaminho (art. 334, CP) quando o valor do débito
tributário não ultrapasse o limite de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n.
10.522/2002, ressalvados os casos de habitualidade delitiva.
Superada, em parte. Atualmente, este valor é R$ 20 mil.
Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário
verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n.
10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
STJ. 3ª Seção. REsp 1688878-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).

8) O pagamento ou o parcelamento dos débitos tributários não extingue a punibilidade do crime de descaminho,
tendo em vista a natureza formal do delito.

9) Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido, como crime-
fim, condição que não se altera por ser menor a pena a este cominada. (Recurso Repetitivo - Tema 933)

10) O crime de sonegação de contribuição previdenciária, previsto no art. 337-A do CP, não exige dolo específico
para a sua configuração.

11) O crime de sonegação de contribuição previdenciária é de natureza material e exige a constituição definitiva
do débito tributário perante o âmbito administrativo para configurar-se como conduta típica.

12) Aplica-se o princípio da insignificância ao crime de sonegação de contribuição previdenciária quando o valor
do tributo ilidido não ultrapassa o patamar de R$ 10.000,00 (dez mil reais) previsto no art. 20 da Lei n.
10.522/2002.
Superada. Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes de sonegação de contribuição previdenciária e
apropriação indébita previdenciária, tendo em vista a elevada reprovabilidade dessas condutas, que atentam
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Ciclos Método

contra bem jurídico de caráter supraindividual e contribuem para agravar o quadro deficitário da Previdência
Social (STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1783334/PB, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/11/2019).

13) O delito de sonegação de contribuição previdenciária não exige qualidade especial do sujeito ativo, podendo
ser cometido por qualquer pessoa, particular ou agente público, inclusive prefeitos.

14) O crime de falso, quando cometido única e exclusivamente para viabilizar a prática do crime de sonegação
de contribuição previdenciária, é por este absorvido, consoante diretrizes do princípio penal da consunção.

CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a
estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho
e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta
criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras
ou partícipes do mesmo fato.

Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando:

I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e


as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção
do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena
privativa de liberdade substituída.

Art. 8º As penas restritivas de direito são:

I - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a
parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou
tombada, na restauração desta, se possível.
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Ciclos Método

Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder
Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo
prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.

Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada
com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e
sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que for
condenado o infrator.

Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que
deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido
nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme
estabelecido na sentença condenatória.

Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:

I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;

Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada
no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica
auferida.

#JURIS
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com órgão ambiental não impede a instauração de ação
penal. Isso porque vigora em nosso ordenamento jurídico o princípio da independência das instâncias penal e
administrativa.
STJ. Corte Especial. APn 888-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/05/2018 (Info 625)

TRATAMENTO JURÍDICO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral
ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com
ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos
humanos.

Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
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I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018)

III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar
de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da
mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente
afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021)
I - pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou (Incluído pela Lei nº 13.827, de
2019)
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte
e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar
ciência ao Ministério Público concomitantemente. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será
concedida liberdade provisória ao preso. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado
de multa.

#DEOLHONAJURIS
Uma mulher trans é uma pessoa que nasceu com o sexo físico masculino, mas que se identifica como uma pessoa
do gênero feminino.
O conceito de sexo está relacionado aos aspectos biológicos que servem como base para a classificação de
indivíduos entre machos, fêmeas e intersexuais.
Utilizamos a palavra gênero quando queremos tratar do conjunto de características socialmente atribuídas aos
diferentes sexos.
Muitas vezes, uma pessoa pode se identificar com um conjunto de características não alinhado ao seu sexo
designado. Ou seja, é possível nascer do sexo masculino, mas se identificar com características tradicionalmente
associadas ao que culturalmente se atribuiu ao sexo feminino e vice-versa, ou então, não se identificar com
gênero algum.
STJ. 6ª Turma. REsp 1977124/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/4/2022 (Info 732).
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PROCESSO PENAL

SISTEMA INQUISITORIAL SISTEMA ACUSATÓRIO


Separação das funções de acusar, defender e julgar. Por
Não há separação das funções de acusar, defender e consequência, se caracteriza pela presença das partes
julgar, que estão concentradas em uma única (actum trium personarum), contrapondo-se acusação e
pessoa, que assume as vestes de um juiz inquisidor. defesa em igualdade de condições, sobrepondo-se a
ambas um juiz, de maneira equidistante e imparcial.
Como se admite o princípio da verdade real, o
acusado não é sujeito de direitos, sendo tratado O princípio da verdade real é substituído pelo princípio
como mero objeto do processo, daí porque se da busca da verdade, devendo a prova ser produzida
admite inclusive a tortura como meio de se obter a em fiel observância ao contraditório e à ampla defesa.
verdade absoluta.
Gestão de prova: recai precipuamente sobre as partes.
Na fase investigatória, o juiz só deve intervir quando
Gestão da prova: o juiz inquisidor é dotado de ampla
provocado, e desde que haja necessidade de
iniciativa acusatória e probatória, tendo liberdade
investigação judicial. Durante a instrução processual,
para determinar de ofício a colheita de elementos
prevalece o entendimento de que o juiz tem certa
informativos e de provas, seja no curso das
iniciativa probatória, podendo determinar a produção
investigações ou da instrução processual.
de provas de ofício, desde que o faça de maneira
subsidiária e devidamente fundamentada.
A separação das funções e a iniciativa probatória
A concentração de poderes nas mãos do juiz e a
residual restrita à fase judicial preservam a
iniciativa acusatória dela decorrente são
equidistância que o magistrado deve tomar quanto ao
incompatíveis com a garantia da imparcialidade
interesse das partes, sendo compatíveis com a garantia
(CADH, art. 8o, §1o) e com o princípio do devido
da imparcialidade e com o princípio do devido processo
processo legal.
legal.

PRINCÍPIOS
- Na instrução processual, como presunção legal relativa de não culpabilidade,
invertendo-se o ônus da prova;
Princípio da
- Na avaliação da prova, impondo-se seja valorada em favor do acusado quando
Presunção de
houver dúvidas sobre a existência de responsabilidade pelo fato imputado;
inocência (art. 5, LVII
- No curso do processo penal, como parâmetro de tratamento do acusado, em
da CRFB)
especial no que concerne à análise quanto à necessidade ou não de sua segregação
provisória.
- Direito à informação: a parte adversa deve estar ciente da existência da demanda
ou dos argumentos da parte contrária;
Princípio do
- Direito de Participação: possibilidade de a parte oferecer reação, manifestação ou
Contraditório
contrariedade à pretensão da parte contrária.
- Direito e obrigatoriedade de assistência técnica de um defensor
Inclui a defesa técnica (exercida por um profissional da advocacia, dotado de
Princípio da Ampla capacidade postulatória, seja ele advogado constituído, nomeado ou defensor
Defesa público) e autodefesa (aquela exercida pelo próprio acusado, em momentos cruciais
do processo). A defesa técnica é indisponível, enquanto a autodefesa é disponível.
Princípio do nemo Ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. A Constituição Federal
tenetur se detegere consagra uma das vertentes desse princípio que é o direito ao silêncio. A não
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comunicação ao acusado de seu direito de permanecer em silêncio é causa de


nulidade relativa, cujo reconhecimento depende de prova da comprovação do
prejuízo.
Busca-se a maior exatidão possível na reconstituição do fato controverso, entretanto
Princípio da Busca da
sem a pretensão de se chegar a uma verdade real, mas sim a uma aproximação da
Verdade
realidade.
Refere à existência de juízo adequado para o julgamento de determinada demanda,
Princípio do Juiz
conforme as regras de competência pré-fixadas, e à proibição de juízos extraordinários
Natural
ou tribunais de exceção constituídos após os fatos.

#NÃOSABOTESÚMULAS:

Súmula 523 – STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o
anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
Súmula 707 – STF: Constitui Nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso
interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
Súmula 708 – STF: É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único
defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
#APOSTACICLOS Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da
condenação

JÚRI

Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 492, I, do CPP,
deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da pena mesmo em caso
de condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão.
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 714884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd.
Min. João Otávio de Noronha, julgado em 15/03/2022 (Info 730).

No caso concreto, o 2º quesito, relacionado à autoria, foi redigido nos seguintes termos:
“2º quesito: O acusado xxxxx, maior interessado na desocupação do imóvel, de igual sorte, tendo determinado a
morte da vítima, contribuiu decisivamente para a prática do crime?”
A intenção do legislador ao prever o parágrafo único do art. 482 do CPP é prevenir os chamados “vícios de
complexidade”. Assim, os quesitos devem ser redigidos em fórmula “simples”, não compostas, não complexas,
sem conotações, sobretudo, porque as respostas serão binárias, na base do “sim” ou “não”.
Ademais, em atenção ao direito penal do fato, o juiz presidente do tribunal do júri, ao formular quesitos relativos
à autoria delitiva, deve evitar inferências, pressuposições, adjetivações e estereotipagem, concentrando-se
apenas nos fatos concretos em julgamento.
O caráter do agente e motivos do crime não devem ser considerados para fins de formulação de quesitos do júri,
sob pena de ofensa aos princípios da presunção de inocência e do devido processo legal.
STJ. 5ª Turma. AREsp 1883043-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, julgado
em 15/03/2022 (Info 730).

É entendimento jurisprudencial pacífico no STJ de que a competência para o julgamento dos delitos de homicídios
contra civis praticados por policiais militares em serviço, ainda que verificadas as excludentes de ilicitude de
legítima defesa e do estrito cumprimento do dever legal, é da Justiça Comum, não cabendo ao Juízo Militar, de
ofício, a determinação do arquivamento do inquérito penal militar.
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STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.975.156/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 8/03/2022.
É assegurado o direito ao silêncio, total ou parcial, no procedimento do Tribunal do Júri.
Consequentemente, admite-se o fenômeno do direito ao silêncio seletivo pelo acusado.
STJ. 6ª Turma (decisão monocrática). HC 703.978, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF
1ª Região), data da publicação 08/11/2021.
Ao apreciar medida cautelar em ADPF, o STF decidiu que:
a) a tese da legítima defesa da honra é inconstitucional, por contrariar os princípios constitucionais da dignidade
da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88), da proteção à vida e da igualdade de gênero (art. 5º, da CF/88);
b) deve ser conferida interpretação conforme à Constituição ao art. 23, II e art. 25, do CP e ao art. 65 do CPP, de
modo a excluir a legítima defesa da honra do âmbito do instituto da legítima defesa; e
c) a defesa, a acusação, a autoridade policial e o juízo são proibidos de utilizar, direta ou indiretamente, a tese de
legítima defesa da honra (ou qualquer argumento que induza à tese) nas fases pré-processual ou processual
penais, bem como durante julgamento perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do julgamento.
STF. Plenário. ADPF 779 MC-Ref/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/3/2021 (Info 1009).

DOS RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:


I - que não receber a denúncia ou a queixa;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva
ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº
7.780, de 22.6.1989)
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

DIREITO ADMINISTRATIVO
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#NÃOCONFUNDA
Administração Pública subjetiva: órgãos, entes e agentes.
Administração Pública objetiva: atividade administrativa.
Administração Pública extroversa: relação entre Administração e particular.
Administração Pública introversa: relação interna da Administração.

Direito fundamental à boa administração: a boa administração ostenta caráter dúplice, que implica o
necessário respeito aos direitos fundamentais, pela proteção da confiança, da boa-fé e da transparência, e o
dever de prestação de serviços públicos que atendam critérios de eficácia e eficiência na implantação de políticas
públicas democraticamente elegidas.

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Técnica de cumprimento de competências Técnica de cumprimento de competências
administrativas por meio de órgãos administrativas por meio de entes
públicos. administrativos.
Órgão público: unidade de atuação Entes administrativos: unidade de atuação
integrante da estrutura da Administração dotado de personalidade jurídica.
direta e da estrutura da Administração
indireta sem personalidade jurídica.
Espécies de desconcentração: Espécies de descentralização:
- territorial ou geográfica - por outorga ou serviços
- material ou temática - por delegação ou colaboração
- hierárquica ou funcional - territorial

- CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Lei n. 11.107/05
Art. 1º, § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:


I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do
protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da Federação consorciados.
§ 2º No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as
normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de
contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
VINCULADO Há uma única conduta possível a ser tomada pelo agente público
diante de casos concretos, sem conveniência e oportunidade.
DISCRICIONÁRIO O agente público atua dentro de um juízo de conveniência e
oportunidade, assim, havendo dois caminhos, ele pode escolher
aquele que, de acordo com seu entendimento, é o melhor para o
interesse púbico.
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REGULAMENTAR É poder de a Administração expedir normas gerais, ou seja, atos


administrativos gerais e abstratos com efeitos erga omnes. Não
se confunde com a edição de lei, são apenas mecanismos para
edição de normas complementares à lei. Pode ser:
- Executivo: Expedido para fiel execução da lei.
- Autônomo: Substitui o texto legal.

CRFB/88. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da


República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vago
HIERÁRQUICO É a prerrogativa que garante ao administrador estruturar,
escalonar e hierarquizar os seus quadros. Ele vai organizar,
estabelecendo a relação hierárquica de subordinação. O exercício
do poder hierárquico traz algumas faculdades: dar ordens,
fiscalizar o cumprimento dos atos praticados pelos subordinados,
rever os atos praticados pelos subordinados, delegar e avocar
funções, aplicar sanções e penalidades (exercício de poder
hierárquico e disciplinar, uma vez que o poder disciplinar decorre
do poder hierárquico).
DISCIPLINAR É o poder de apurar infrações, aplicando sanções e penalidades
por parte do Poder Público a todas aqueles que possuam vínculo
de natureza especial com o poder público.
DE POLÍCIA Doutrinariamente, o poder de polícia é conceituado como a
atividade estatal restritiva dos interesses privados, limitando a
liberdade e a propriedade individual em favor do interesse público,
através da imposição de obrigações de fazer, não fazer e suportar.
Em sentido amplo, o poder de polícia abrange limitações
estabelecidas tanto pela via legislativa quanto administrativa. Em
sentido estrito, porém, abrange somente as limitações
administrativas.

O CTN, em seu art. 78, traz, ainda, o conceito legal de poder


de polícia, definindo-o como a “atividade da administração pública
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.

- CICLOS DO PODER DE POLÍCIA:

#APOSTACICLOS
Pela teoria dos ciclos de polícia, essa atividade estatal se desenvolve em quatro fases, quais sejam: (a) a ordem
de polícia, (b) o consentimento de polícia, (c) a fiscalização de polícia e (d) a sanção de polícia. A ordem de
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polícia corresponde às normas que estabelecem os limites e condicionamentos ao exercício de atividades


privadas. O consentimento de polícia se traduz na anuência prévia da Administração, quando exigida, para a
prática de determinadas atividades pelos particulares. A fiscalização de polícia, por sua vez, é a atividade
mediante a qual a Administração Pública verifica se houve o adequado cumprimento das ordens de polícia
pelo particular a elas sujeito ou se o particular que teve consentida a prática de alguma atividade, ou seja,
verifica-se a correspondência entre a conduta do particular e a ordem ou o consentimento de polícia. Por fim,
a sanção de polícia é a atuação coercitiva por meio da qual a Administração, constatando que está sendo
violada uma ordem de polícia ou os requisitos estabelecidos no ato de consentimento, aplica ao particular
infrator uma medida sancionatória.

Lembrem do mnemônico COFS (Consentimento, Ordem, Fiscalização e Sanção).

- DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA A PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO DA ADMINISTRAÇÃO


INDIRETA:

#APOSTACICLOS
O STJ, encampando a teoria dos ciclos de polícia, decidiu-se que somente os atos relativos ao consentimento
e à fiscalização são delegáveis às pessoas jurídicas de direito privado, pois aqueles referentes à legislação e à
sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

#APOSTACICLOS
O STF, por sua vez, decidiu que é constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta, desde que possuam capital social
majoritariamente público e que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em
regime não concorrencial. Apesar de ter chegado à mesma conclusão que o STJ, a Corte Suprema ressaltou
que a única fase do ciclo de polícia que, por sua natureza, é absolutamente indelegável é a ordem de polícia,
ou seja, a função legislativa. A competência legislativa é restrita aos entes públicos previstos na Constituição
da República, sendo vedada sua delegação, fora das hipóteses expressamente autorizadas no texto
constitucional, a pessoas jurídicas de direito privado. Em suma, os atos de consentimento, de fiscalização e de
aplicação de sanções podem ser delegados a estatais que possam ter um regime jurídico próximo daquele
aplicável à Fazenda Pública.

LEI DE LICITAÇÕES

DESEMPATE

Art. 60. Em caso de empate entre duas ou mais propostas, serão utilizados os seguintes critérios de desempate,
nesta ordem:

I - disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta em ato contínuo
à classificação;

II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual deverão preferencialmente ser
utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de cumprimento de obrigações previstos nesta Lei;

III - desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho,
conforme regulamento;

IV - desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos órgãos de controle.
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§ 1º Em igualdade de condições, se não houver desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos
bens e serviços produzidos ou prestados por:

I - empresas estabelecidas no território do Estado ou do Distrito Federal do órgão ou entidade da


Administração Pública estadual ou distrital licitante ou, no caso de licitação realizada por órgão ou entidade
de Município, no território do Estado em que este se localize;

II - empresas brasileiras;

III - empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;

IV - empresas que comprovem a prática de mitigação, nos termos da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de
2009.

§ 2º As regras previstas no caput deste artigo não prejudicarão a aplicação do disposto no art. 44 da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
HABILITAÇÃO

Art. 62. A habilitação é a fase da licitação em que se verifica o conjunto de informações e documentos
necessários e suficientes para demonstrar a capacidade do licitante de realizar o objeto da licitação, dividindo-
se em:

I - jurídica;

II - técnica;

III - fiscal, social e trabalhista;

IV - econômico-financeira.

MODALIDADES DE LICITAÇÃO:

MODALIDADES DEFINIÇÃO
Concorrência Modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais e de
obras e serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de
julgamento poderá ser:
a) menor preço;
b) melhor técnica ou conteúdo artístico;
c) técnica e preço;
d) maior retorno econômico;
e) maior desconto.
Concurso Modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo
artístico, e para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor.
Leilão Modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de bens móveis
inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance.
Pregão Modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços
comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de
maior desconto.
Diálogo competitivo Modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em
que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma
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ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os


licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos.

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na


organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio
público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta
Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11
desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato doloso
com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 2021)

§ 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito


administrativo sancionador. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e a


integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da
administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade
privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou governamentais,
previstos no § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em
jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões
dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

DAS PENAS

Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais
comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo
ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de
acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da
função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao
valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
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II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer
esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de
multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge apenas o
vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o poder público na época
do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em caráter
excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu,
o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e prevenção do
ato de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das
sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de


contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, observados os
impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica, conforme
disposto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à aplicação
de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o caso, nos termos
do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o
ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos fatos.
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional de Empresas
Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, observadas as limitações
territoriais contidas em decisão judicial, conforme disposto no § 4º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 2021)
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§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da sentença
condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á
retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória.
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

DIREITO CIVIL

LINDB

Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica
a lei anterior.

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos
abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei nº
13.655, de 2018) (Regulamento)

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação


de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências
jurídicas e administrativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento)

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições
para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se
podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam
anormais ou excessivos. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a
lei revogadora perdido a vigência.

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações
gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas
situações plenamente constituídas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento)

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos
de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.

DA POSSE E DIREITOS REAIS

É cabível a aquisição de imóveis particulares situados no Setor Tradicional de Planaltina/DF, por usucapião, ainda
que pendente o processo de regularização urbanística.
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STJ. 2ª Seção. REsp 1818564-DF, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 09/06/2021 (Recurso Repetitivo – Tema
1025) (Info 700).

Se forem preenchidos os requisitos do art. 1238 do CC/2002, a pessoa terá direito à usucapião extraordinária e
o fato de o imóvel em questão não atender ao mínimo dos módulos urbanos exigidos pela legislação municipal
para a respectiva área (dimensão do lote) não é motivo suficiente para se negar esse direito, pois não há na
legislação ordinária própria à disciplina da usucapião regra que especifique área mínima.
Para que seja deferido o direito à usucapião extraordinária basta o preenchimento dos requisitos exigidos pelo
Código Civil, de modo que não se pode impor obstáculos, através de leis municipais, para impedir que se
aperfeiçoe, em favor de parte interessada, o modo originário de aquisição de propriedade.
STJ. 2ª Seção. REsp 1667842/SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 03/12/2020 (Tema 985 - Repetitivo).

O art. 557 do CPC e o art. 1.210, §2º, do CC estabelecem a vedação da exceção de domínio. Há uma separação
absoluta entre os juízos petitório, baseado na propriedade, e o juízo possessório, baseado na posse.
Isso porque a posse é fenômeno fático-social digno de tutela, sendo totalmente autônomo e distinto da
propriedade. Um dos efeitos da posse é justamente a sua proteção através da tutela estatal.
Portanto, havendo uma ação possessória em curso, não é cabível o ajuizamento de ação petitória ou a discussão
a respeito da propriedade.
Ademais, a vedação à exceção de domínio não deve ser compreendida como limitação aos direitos
constitucionais de propriedade ou de ação, seja porque a propriedade deve obedecer à sua função social, seja
porque o não debate sobre o domínio nas ações possessórias representa apenas uma condição suspensiva no
exercício do direito de ação fundada na propriedade.
A ação de imissão na posse, apesar do nome, não se baseia na posse, mas sim na propriedade, sendo uma ação
petitória. É a ação cabível para o proprietário obter a posse que nunca teve.
Assim, havendo uma ação possessória em curso, caso seja ajuizada a ação de imissão na posse, esta deverá ser
extinta sem resolução de mérito, ante a falta de pressuposto negativo de constituição e desenvolvimento válido
do processo, qual seja, a ausência de ação possessória pendente sobre o bem como requisito para o manejo de
ação petitória.
STJ. 3ª Turma. REsp 1909196-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/06/2021 (Info 701).

Caso concreto: a empresa imobiliária (promitente-vendedora), em razão da inadimplência do promitente-


comprador, ajuizou ação de resolução de contrato c/c reintegração de posse. O promitente-comprador foi revel.
O juiz julgou os pedidos da autora procedente, mas reconheceu, de ofício, o direito do réu ao recebimento de
indenização pelas benfeitorias úteis ou necessárias realizadas no imóvel.
O STJ afirmou que não era possível o reconhecimento de ofício desse direito.
Os arts. 1.219 e 1.220 do CC/2002 dispõem que o possuidor de boa-fé tem direito à indenização e à retenção do
valor das benfeitorias necessárias e úteis, bem como a faculdade de levantar as benfeitorias voluptuárias se não
lhe forem pagas – desde que o faça sem deteriorar a coisa.
Porém, no caso analisado, em que não houve apresentação de contestação pela parte a ser beneficiada com a
indenização pelas benfeitorias, nem a formulação de pedido posterior nesse sentido, o juiz não poderia
determinar de ofício o pagamento. Ao fazê-lo, houve julgamento extra petita.
O deferimento do pleito de indenização por benfeitorias pressupõe a necessidade de comprovação da existência
delas e da discriminação de forma correta. A fase de liquidação de sentença não é momento processual
adequado para o reconhecimento da existência de benfeitorias a serem indenizadas, tendo o objetivo - apenas
- de especificar o quantum debeatur (apuração do valor da indenização).
STJ. 3ª Turma. REsp 1836846-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/09/2020 (Info 680).
#SÚMULAS:
Súmula 637-STJ: O ente público detém legitimidade e interesse para intervir, incidentalmente, na ação
possessória entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio.
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Ciclos Método

Súmula 619-STJ: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária,
insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.
Súmula 263-STF: O possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação de usucapião.
Súmula 340-STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não
podem ser adquiridos por usucapião.
• Aprovada em 13/12/1963.
• Válida.
• Vale ressaltar, no entanto, que a súmula está se referindo ao Código Civil de 1916.
• Atualmente, a proibição da usucapião de bens públicos é prevista nos arts. 183, § 3º e 191, parágrafo único,
da CF/88 e no art. 102 do CC-2002.
Súmula 193-STJ: O direito de uso de linha telefônica pode ser adquirido por usucapião.
Súmula 237-STF: O usucapião pode ser arguido em defesa.

FAMÍLIA

É intransmissível ao cônjuge sobrevivente a pretensão de ver declarada a existência de relação avoenga com o
de cujus.
A impossibilidade do julgamento do pedido declaratório de relação avoenga não acarreta, necessariamente, a
impossibilidade do julgamento do pedido de petição de herança.
STJ. 3ª Turma. REsp 1868188-GO, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. Acd. Min. Nancy Andrighi, julgado em
28/09/2021 (Info 713).

Na multiparentalidade deve ser reconhecida a equivalência de tratamento e de efeitos jurídicos entre as


paternidades biológica e socioafetiva.
STJ. 4ª Turma.REsp 1487596-MG, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 28/09/2021 (Info 712).

A possibilidade de cumulação da paternidade socioafetiva com a biológica contempla especialmente o princípio


constitucional da igualdade dos filhos (art. 227, § 6º, da CF).
Não se deve admitir que na certidão de nascimento conste o termo "pai socioafetivo", bem como não é possível
afastar a possibilidade de efeitos patrimoniais e sucessórios quando reconhecida a multiparentalidade. Caso
contrário, estar-se-ia reconhecendo a possibilidade de uma posição filial inferior em relação aos demais
descendentes do genitor socioafetivo, violando o disposto nos arts. 1.596 do CC/2002 e 20 da Lei n. 8.069/1990.
Portanto, reconhece-se a equivalência de tratamento e dos efeitos jurídicos entre as paternidades biológica e
socioafetiva na hipótese de multiparentalidade.
STJ. 4ª Turma. REsp 1487596/MG, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 28/09/2021.

A deliberação judicial acerca da regulamentação da guarda dos filhos, no bojo de uma ação de divórcio - passível,
naturalmente, de questionamentos e irresignações por parte de um dos genitores, ou de ambos, a serem
veiculados pela via recursal adequada -, não importa, por si, em cerceamento do direito de locomoção da
criança, sobretudo porque, de acordo com o regime de convivência e de visitas, especificamente estabelecido
pelo Juízo para a família, a criança não estará privada da companhia do outro genitor com quem não resida.
STJ. 3ª Turma. HC 636744/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 15/06/2021.

#DEOLHONASÚMULA

Súmula 621-STJ: Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem
à data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.
Súmula 594-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em proveito de
criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar dos pais, ou do fato de o menor se
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encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer
outros questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.
Súmula 596-STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se
configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais.
Súmula 1-STJ: O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de investigação
de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.
Súmula 336-STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária
por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
Súmula 358-STJ: O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão
judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.
Súmula 301-STJ: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz
presunção juris tantum de paternidade.
Súmula 149-STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.
Súmula 1-STJ: O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de investigação
de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.
Súmula 277-STJ: Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação.

HERDEIROS NECESSÁRIOS

Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.


Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a
legítima.

LEI DE FALÊNCIAS

Art. 2º Esta Lei não se aplica a:


I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência
complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.

Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou
decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha
sede fora do Brasil.

Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência:


I – as obrigações a título gratuito;
II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas
judiciais decorrentes de litígio com o devedor.

Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica:


(Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei; (Incluído pela
Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores particulares do sócio
solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência; (Incluído pela Lei
nº 14.112, de 2020) (Vigência)
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III - proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição
judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos
ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)
(Vigência)
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.

Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas
atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as
responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial
de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por
qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor,
inventariante ou sócio remanescente. (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013)

Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a: (Redação dada pela Lei
nº 14.112, de 2020) (Vigência)
I - preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos recursos produtivos, inclusive os
intangíveis, da empresa; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
II - permitir a liquidação célere das empresas inviáveis, com vistas à realocação eficiente de recursos na
economia; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
III - fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere do empreendedor falido
à atividade econômica. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 1º O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual, sem prejuízo do
contraditório, da ampla defesa e dos demais princípios previstos na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 2º A falência é mecanismo de preservação de benefícios econômicos e sociais decorrentes da atividade
empresarial, por meio da liquidação imediata do devedor e da rápida realocação útil de ativos na economia.
(Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:


- os créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por credor,
e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
II - os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado
III - os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do tempo de constituição, exceto os créditos
extraconcursais e as multas tributárias;
VI - os créditos quirografários, a saber: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; e
(Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
c) os saldos dos créditos derivados da legislação trabalhista que excederem o limite estabelecido no inciso I do
caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
VII - as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, incluídas as
multas tributárias; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
VIII - os créditos subordinados, a saber: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
a) os previstos em lei ou em contrato; e (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
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Ciclos Método

b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício cuja contratação não tenha observado
as condições estritamente comutativas e as práticas de mercado; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)
(Vigência)
IX - os juros vencidos após a decretação da falência, conforme previsto no art. 124 desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 1º Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado como valor do bem objeto de garantia real
a importância efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação
do bem individualmente considerado.
§ 2º Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de sócio ao recebimento de sua parcela do
capital social na liquidação da sociedade.
§ 3º As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se
vencerem em virtude da falência.
§ 5º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos cedidos a qualquer título manterão sua natureza e
classificação. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 6º § 6º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos que disponham de privilégio especial ou geral em outras
normas integrarão a classe dos créditos quirografários. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)

PROCESSUAL CIVIL

COMPETÊNCIA

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

Art. 53. É competente o foro:


I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união
estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019)
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;

CONEXÃO E CONTINÊNCIA

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput :
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo
relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão
necessariamente reunidas.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas
simultaneamente.

INCOMPETÊNCIA

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.

DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do
Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no
cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na
petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
§ 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para
desconsideração da personalidade jurídica.
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas
cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de
execução, será ineficaz em relação ao requerente.

AMICUS CURIAE

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda
ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes
ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de
recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus
curiae .

§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

TUTELA DE EVIDÊNCIA

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a
que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;

XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.


REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.

DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDA REPETITIVA

Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver,
simultaneamente:

I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;

II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

§ 1º A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente.

§ 2º Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá assumir
sua titularidade em caso de desistência ou de abandono.

§ 3º A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus


pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente
suscitado.

§ 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no


âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito
material ou processual repetitiva.

§ 5º Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas.

INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA

Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou
de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social,
sem repetição em múltiplos processos.
§ 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte,
do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de
competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar.
§ 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se
reconhecer interesse público na assunção de competência.
§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto
se houver revisão de tese.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja
conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.

DIREITO ELEITORAL

Súmula-TSE nº 9
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
Súmula-TSE nº 10
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em cartório antes de três dias contados
da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo
final daquele tríduo.
Súmula-TSE nº 15
O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de alfabetizado
do candidato.
Súmula-TSE nº 18
Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar
procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a
Lei nº 9.504/97.
Súmula-TSE nº 38
Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio passivo necessário entre o
titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
Súmula-TSE nº 39
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura.
Súmula-TSE nº 40
O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de diploma.
Súmula-TSE nº 49
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público impugnar o registro inicia-se
com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que determina a sua intimação pessoal.

TUTELA DOS DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS

DIREITOS COLETIVOS
DIFUSOS COLETIVOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Transindividuais Transindividuais Decorrentes de origem comum
Indivisíveis Indivisíveis A tutela se efetiva em três fases:
- definição da tese jurídica (coletiva)
- liquidação (individual)
- tutela integral: fluid recovery
(coletiva)
Titularizado por pessoas Titularizado por grupo, Diz-se que há um:
indeterminadas categoria ou classe de - núcleo de homogeneidade: se é
pessoas devido, o que é devido e quem deve
- núcleo de heterogeneidade: quanto
é devido e para quem é devido
Ligadas por circunstâncias de Ligadas por uma relação O problema é tratado de forma
fato jurídica base molecular

#APOSTACICLOS
Edilson Vitorelli propõe a substituição da classificação acima por outra que leve em consideração dois
conceitos básicos:
- conflituosidade: avalia a uniformidade da posição dos membros do grupo.
- litigiosidade: avalia a variedade de formas pelas quais o conflito pode ser resolvido.

Com isso, ele chega à seguinte tipologia:


REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

#APOSTACICLOS
SITUAÇÃO JURÍDICA COLETIVA
LITÍGIOS DE DIFUSÃO GLOBAL LITÍGIOS DE DIFUSÃO LITÍGIOS DE DIFUSÃO IRRADIADA
LOCAL
Baixo grau de conflituosidade Médio grau de Elevado grau de conflituosidade
conflituosidade
Baixo grau de litigiosidade Médio grau de litigiosidade Elevado grau de litigiosidade
As pessoas que integram a As pessoas que integram a As pessoas atingidas tem interesses
coletividade sofrem de um coletividade têm uma diversos e não podem ser
mesmo modo a lesão identidade própria consideradas uma comunidade
homogênea
Alta possibilidade de Alta possibilidade de Baixa possibilidade de composição
composição composição

PROCEDIMENTOS EXTRAJUDICIAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

- INQUÉRITO CIVIL:

REGRAS
CONCEITO O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para apurar
fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério
Público nos termos da legislação aplicável, servindo como preparação para o exercício
das atribuições inerentes às suas funções institucionais.

O inquérito civil não é condição de procedibilidade para o ajuizamento das ações a


cargo do Ministério Público, nem para a realização das demais medidas de sua
atribuição própria.
INSTAURAÇÃO - De ofício;
- Em face de requerimento ou representação formulada por qualquer pessoa ou
comunicação de outro órgão do Ministério Público, ou qualquer autoridade, desde
que forneça, por qualquer meio legalmente permitido, informações sobre o fato e
seu provável autor, bem como a qualificação mínima que permita sua identificação e
localização;
III – por designação do Procurador-Geral de Justiça, do Conselho Superior do
Ministério Público, Câmaras de Coordenação e Revisão e demais órgãos superiores
da Instituição, nos casos cabíveis.

#OLHAOGANCHO
O conhecimento por manifestação anônima, justificada, não implicará ausência de
providências, desde que obedecidos os mesmos requisitos para as representações
em geral.
PROCEDIMENTO - Antes de instaurar o IC, o MP pode instaurar procedimento preparatório visando
PREPARATÓRIO apurar elementos para identificação dos investigados ou do objeto.
- O procedimento preparatório deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias,
prorrogável por igual prazo, uma única vez, em caso de motivo justificável.
- Vencido este prazo, o membro do Ministério Público promoverá seu arquivamento,
ajuizará a respectiva ação civil pública ou o converterá em inquérito civil.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

INDEFERIMENTO DE - Os fatos narrados na representação não configuram lesão aos interesses ou direitos
PEDIDO DE tutelados pelo MP;
INSTAURAÇÃO DE IC - O fato já tiver sido objeto de investigação ou de ação civil pública;
- Os fatos apresentados já se encontrarem solucionados.

Prazo: o membro do Ministério Público, no prazo máximo de trinta dias, indeferirá o


pedido de instauração de inquérito civil.

Recurso administrativo: o interessado poderá interpor recurso administrativo, com


as respectivas razões, no prazo de dez dias. As razões de recurso serão protocoladas
junto ao órgão que indeferiu o pedido, devendo ser remetidas, caso não haja
reconsideração, no prazo de três dias, juntamente com a representação e com a
decisão impugnada, ao Conselho Superior do Ministério Público ou à Câmara de
Coordenação e Revisão respectiva para apreciação.
PUBLICIDADE Aplica-se ao inquérito civil o princípio da publicidade dos atos, com exceção dos casos
em que haja sigilo legal ou em que a publicidade possa acarretar prejuízo às
investigações, casos em que a decretação do sigilo legal deverá ser motivada
PRAZO O inquérito civil deverá ser concluído no prazo de um ano, prorrogável pelo mesmo
prazo e quantas vezes forem necessárias, por decisão fundamentada de seu
presidente, à vista da imprescindibilidade da realização ou conclusão de diligências,
dando-se ciência ao Conselho Superior do Ministério Público, à Câmara de
Coordenação e Revisão ou à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

#OLHAOGANCHO
Art. 23, LIA. § 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será
concluído no prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias corridos, prorrogável
uma única vez por igual período, mediante ato fundamentado submetido à revisão
da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
orgânica.
ARQUIVAMENTO Esgotadas todas as possibilidades de diligências, o membro do Ministério Público,
caso se convença da inexistência de fundamento para a propositura de ação civil
pública, promoverá, fundamentadamente, o arquivamento do inquérito civil ou do
procedimento preparatório. § 1º Os autos do inquérito civil ou do procedimento
preparatório, juntamente com a promoção de arquivamento, deverão ser remetidos
ao órgão de revisão competente, no prazo de três dias, contado da comprovação da
efetiva cientificação pessoal dos interessados, através de publicação na imprensa
oficial ou da lavratura de termo de afixação de aviso no órgão do Ministério Público,
quando não localizados os que devem ser cientificados.
DESARQUIVAMENTO O desarquivamento do inquérito civil, diante de novas provas ou para investigar fato
novo relevante, poderá ocorrer no prazo máximo de seis meses após o
arquivamento. Transcorrido esse lapso, será instaurado novo inquérito civil, sem
prejuízo das provas já colhidas.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Class action Ação civil pública


Exige comunhão de fatos ou direitos entre os Exige comunhão de fatos ou direitos entre os
interessados. interessados.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

Os legitimados à propositura da ação atuam sem Os legitimados à propositura da ação atuam


necessidade de autorização expressa dos sem necessidade de autorização expressa dos
interessados. interessados.
Os efeitos da coisa julgada podem atingir os Os efeitos da coisa julgada podem atingir os
membros da classe, categoria e grupos de pessoas membros da classe, categoria e grupos de
que não participaram pessoalmente do processo. pessoas que não participaram pessoalmente do
Opera-se pro et contra. processo. Opera-se secundum eventum litis.
Sistema de fluid recovery. Sistema de jluid recovery nos casos de
interesses individuais homogêneos.
Controle da representatividade adequada ope Representatividade definida ope legis.
judicis.

Princípio Conteúdo
Princípio do acesso à justiça A expressão “acesso à justiça” é reconhecidamente de difícil
definição, mas serve para determinar duas finalidades básicas do
sistema jurídico – o sistema pelo qual as pessoas podem
reivindicar seus direitos e/ ou resolver seus litígios sob os
auspícios do estado. Primeiro o sistema deve ser igualmente
acessível a todos; segundo, ele deve produzir resultados que
sejam individual e socialmente justos.

Cappeletti e Garth, em obra clássica sobre o tema, identificaram


as três grandes dificuldades para a efetivação do acesso à justiça
e os três movimentos renovatórios que foram necessários
processualmente para a sua transposição.

1ª onda renovatória: preocupada com os custos para se acessar


a justiça, a primeira onda renovatória buscou a universalização
desse direito, através mecanismos para que a insuficiência de
recursos não constituísse óbice à busca pela prestação
jurisdicional. O principal deles foi a garantia de assistência
jurídica aos economicamente necessitados.

2ª onda renovatória: preocupada com a tutela dos interesses


difusos e coletivos, buscou-se, nesse momento, o
desenvolvimento de instrumentos que possibilitassem a
resolução dos conflitos de massa. Demandava-se uma solução
para o problema da representação jurídica para os interesses
coletivos.

3ª onda renovatória: preocupada com a efetividade do


procedimento, buscaram-se novas formas efetivas de tornar a
justiça mais acessível. Com isso, surgiram novas técnicas
processuais e formas de tutela aptas a atender de forma
específica os direitos protegidos.

Princípio da universalidade da O processo coletivo propiciou que se levasse a tutela


jurisdição jurisdicional às massas e aos conflitos de massas, universalizando
a jurisdição.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

Princípios da participação no Participar no processo significa ter assegurado o direito ao


processo e pelo processo contraditório, ou seja, de ser informado acerca dos atos
processuais e de praticá-los.
Participar pelo processo, diversamente, é utilizá-lo para influir
nos destinos da nação e do Estado, ou seja, é empregá-lo com
vistas ao seu escopo político.
Princípio do interesse jurisdicional O princípio da primazia da decisão de mérito, reconhecido no
no conhecimento do mérito do processo individual, no processo coletivo comum, deve ser
processo coletivo potencializado, pois nele se apresentam os grandes conflitos
sociais. Assim, em maior medida deve ser garantida a
instrumentalidade das formas e a flexibilização da técnica
processual.
Princípio da máxima prioridade Deve se dar prioridade de processamento às ações coletivas, na
jurisdicional da tutela coletiva medida em que, pela sua solução, pode-se evitar a proliferação
de processos individuais, afastando-se o indesejável efeito das
sentenças individuais conflitantes entre si e com a sentença
coletiva.
Princípio da disponibilidade Dada a relevância social dos interesses objeto das ações
motivada da ação coletiva coletivas, delas não se pode desistir sem um justo motivo,
tampouco se pode simplesmente abandoná-las. Segundo esse
princípio, a desistência infundada ou o abandono da ação
coletiva demandam a assunção do polo ativo pelo Ministério
Público ou por outro legitimado.
Princípio da não taxatividade da Com o CDC, passa a ser possível a defesa, via ação civil pública,
ação coletiva de quaisquer espécies de interesses individuais homogêneos.
Não se pode mais falar em taxatividade dos bens defensáveis por
ações coletivas.
Princípio do máximo benefício da A coisa julgada em ação coletiva beneficia as vítimas e seus
tutela jurisdicional coletiva comum sucessores. Esse fenômeno também é conhecido como
transporte ou extensão in utilibus da coisa julgada coletiva.
Princípio da máxima amplitude do Para a defesa dos interesses coletivos em sentido amplo
processo coletivo (difusos, coletivos e individuais homogêneos) são cabíveis todas
as espécies de ações (conhecimento ou execução 12),
procedimentos, provimentos (declaratório, condenatório,
constitutivo ou mandamental), e tutelas provisórias (cautelares,
antecipadas ou de evidência). Cuidado pra não confundir com o
princípio da não taxatividade!
Princípio da obrigatoriedade da Na ação civil pública, decorridos sessenta dias do trânsito em
execução coletiva pelo Ministério julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora
Público lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
Princípio da ampla divulgação da Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de
demanda que os interessados possam intervir no processo como
litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de
comunicação social por parte dos órgãos de defesa do
consumidor.

- LEGITIMIDADE: #APOSTACICLOS
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

Essa legitimação é informada pelas seguintes características:

• Concorrente: a legitimidade não foi deferida com exclusividade a determinado ente, de modo que,
preenchidos os requisitos legais, todos aqueles legalmente legitimados podem propor a ação civil pública.

• Disjuntiva: cada legitimado pode agir sozinho, não se exigindo a atuação litisconsorcial.

• Extraordinária: a parte na relação jurídica processual está defendendo direito subjetivo material de terceiro
em nome próprio.

• Autônoma: o legitimado extraordinário está autorizado a conduzir o processo independentemente da


participação do titular do direito em juízo.

#DEOLHONAJURIS
O Ministério Público detém legitimidade ativa para a propositura de ações civis públicas, visando à tutela de
direitos individuais homogêneos, mesmo que disponíveis e divisíveis, quando socialmente relevante o bem
jurídico cuja proteção é intentada.
No caso, embora a ação civil pública proposta pelo MPF reclame os direitos individuais homogêneos de
indenização dos colonos, está diretamente associada à questão da demarcação de terra indígena, porque
aqueles só surgiram por conta desta.
A controvérsia é socialmente relevante e transcende os interesses patrimoniais dos interessados na
indenização, até porque a pacificação social da área indígena só será alcançada com a satisfação dos colonos
de boa-fé, sendo certo que a matéria está relacionada às questões agrárias, disputa de terras, direito indígena
e proteção ao princípio da confiança e da boa-fé, temas que vão muito além de interesses puramente
patrimoniais de limitados indivíduos.
Segundo o STJ, versando a discussão sobre terra indígena, não se pode falar em indenização, em favor dos
antigos colonos, pela perda da propriedade ou da posse, mas apenas pelas benfeitorias decorrentes da
ocupação de boa-fé, a atrair a aplicação do prazo prescricional quinquenal, nos termos do art. 1º do Decreto
n. 20.910/1932.

Hipótese em que o prazo da prescrição não poderia ser contado da perda formal da posse (desapossamento),
mas do momento em que os interessados fossem privados efetivamente do domínio das terras e das
benfeitorias.
O art. 213, §6º, da CF, autoriza o pagamento de indenização das benfeitorias edificadas pelos ocupantes de
boa-fé das terras indígenas, “na forma da lei”, sendo certo que a “lei” regente da demarcação (Decreto n.
1.775/1996) não impede, mas pressupõe, o pagamento de indenização antes de concluído o processo de
demarcação (art. 2º, §8º e 9º).
STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1.568.892/RS, Rel. Min. Gurgel de Farias, julgado em 6/06/2022.

Em se tratando de ação civil pública direcionada contra a Administração Pública, objetivando a


implementação de políticas públicas, é lícito ao Poder Judiciário "determinar que a Administração Pública
adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso
configure violação do princípio da separação dos Poderes" (AI 739.151 AgR, Rel. Ministra ROSA WEBER, DJe
11/06/2014).
STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1496383/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 09/05/2022.

O Ministério Público é parte legítima para ajuizar ação civil pública contra a cobrança abusiva de honorários
advocatícios em demandas previdenciárias envolvendo pessoa idosa.
STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1860919/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/04/2022.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

A pretensão exordial, no caso, não abrangeu apenas direitos individuais homogêneos, que permitiriam
eventual questionamento sobre a disponibilidade dos direitos, caso em que surgiria a questão de se tratar
da presença de relevante interesse social (que, definitivamente, é presente no direito ao acesso à energia
elétrica). Também abrangeu o pleito ao direito difuso, consistente na prestação de energia elétrica a uma
coletividade indeterminável e não individualizável de beneficiários, inclusive voltada para a melhoria da
prestação do serviço no futuro (atualização, modernização e regularização do sistema de fornecimento). Em
direitos difusos, não se questiona a legitimidade do Ministério Público para a propositura de ação civil
pública.
STJ. 2ª Turma. AgInt no AREsp 1955074/TO, Rel. Ministro Francisco Falcão, julgado em 25/04/2022.

A pretensão ministerial (segurança pública) caracteriza-se como direito difuso e coletivo, evidenciando a
legitimidade do Parquet para a propositura da ação civil pública, destinada à imposição às instituições
bancárias da obrigação de fornecer os dados cadastrais dos seus clientes, independentemente de autorização
judicial, quando requisitados pelo MPF ou pela Polícia Federal.
STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1519507/SP, Rel. Min. Gurgel De Faria, julgado em 25/04/2022.

De acordo com a jurisprudência desta Corte, "a inconstitucionalidade de determinada lei pode ser alegada
em ação civil pública, desde que a título de causa de pedir - e não de pedido", como no caso em análise, pois,
nessa hipótese, o controle de constitucionalidade terá caráter incidental (REsp 1.569.401/CE, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe 15/03/2016).
Hipótese em que que a alegação de inconstitucionalidade da Lei n. 19.452/2016, deduzida pelo MP/GO,
confunde-se com o pedido principal da causa, inviabilizando o manejo da presente ação civil pública.
STJ. 1ª Turma. AgInt no AREsp 1736396/GO, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 25/04/2022.

O Ministério Público não tem legitimidade ativa para propor ação em que se discute a cobrança (ou não) de
tributo, assumindo a defesa dos interesses do contribuinte, deduzindo pretensão referente a direito
individual homogêneo disponível.
Foi o que decidiu o STF, tendo sido fixada a seguinte tese:
O Ministério Público não possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo
pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a
constitucionalidade/legalidade de tributo (ARE 694294 RG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/04/2013.
Repercussão Geral – Tema 645).

Com base na tese acima, o STJ reconheceu a ilegitimidade ativa do Ministério Público para ajuizar ação civil
pública objetivando a restituição de valores indevidamente recolhidos a título de empréstimo compulsório
sobre aquisição de automóveis de passeio e utilitários, nos termos do Decreto-Lei nº 2.288/1986.
STJ. 1ª Turma. REsp 1709093-ES, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 29/03/2022 (Info 731).

DIREITOS HUMANOS

RESOLUÇÃO 230/2021 -CNMP

Art. 2º Os órgãos do Ministério Público deverão orientar as suas unidades quanto ao atendimento dos
povos e comunidades tradicionais e à recepção em suas instalações físicas com base nas seguintes
diretrizes: I – respeito à autoidentificação de pessoa ou grupo como representante de povo ou comunidade
tradicional; II – atenção às especificidades socioculturais dos grupos e flexibilização de exigências quanto a
trajes, de modo a respeitar suas formas de organização e vestimentas, bem como pinturas no corpo,
adereços e símbolos; III – priorização do atendimento presencial e da recepção nas unidades, devendo o
atendimento remoto ocorrer em circunstâncias excepcionais, devidamente motivadas, devendo ser
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

oferecidas à pessoa atendida as condições necessárias para apresentar suas demandas; IV – respeito à
língua materna e garantia de mecanismos para a tradução ou interpretação das demandas.

Art. 3º A atuação do Ministério Público junto aos povos e comunidades tradicionais se pautará pela
observância da autonomia desses grupos e pela construção de diálogo intercultural permanente, de caráter
interseccional.

§ 1º A autoatribuição de identidade como povo e comunidade tradicional deve ser respeitada pelo
Ministério Público, cabendo ao órgão atuar e zelar para que o Poder Público não exerça qualquer
discriminação e promova a efetivação do regime jurídico que dela decorre.

§ 2º O Ministério Público deve garantir o respeito à autoatribuição por parte dos órgãos e instituições
incumbidos da promoção de políticas públicas destinadas aos povos e comunidades tradicionais.

Art. 4º O diálogo intercultural deve abranger os princípios da informalidade, presença física e tradução
intercultural.

§ 1º A informalidade consiste na aproximação e no estabelecimento de vínculos com os povos e


comunidades tradicionais da área de atuação do órgão, por meio de uso de linguagem acessível e
informação clara acerca de suas atribuições, bem como escuta permanente sobre as demandas dos grupos.
§ 2º A presença física corresponde à adoção de uma rotina periódica de visitas aos territórios para o
acompanhamento de demandas e apresentação de informações, sem prejuízo da realização de reuniões na
sede do órgão para a mesma finalidade ou casos urgentes.

§ 3º A tradução intercultural consiste na adoção dos meios necessários para facilitar o diálogo e permitir a
compreensão da linguagem ou dos modos de vida dos grupos, valendo-se, quando necessário, de
intérpretes, da antropologia e de outras áreas do conhecimento para a identificação de especificidades
socioculturais dos grupos.

PESSOAS PORTADORAS DE TRANSTORNOS MENTAIS.

Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que
caracterize os seus motivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e

III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento
da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.

Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por
determinação do médico assistente.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

Resolução CNJ nº 425/2021

Art. 2o Para os efeitos desta Política, considera-se população em situação de rua o grupo populacional
heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, eventuais vínculos familiares interrompidos ou
fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as
áreas degradadas como espaço de moradia, sociabilidade e sustento, de forma temporária ou permanente,
bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.

Art. 4o Os tribunais deverão viabilizar atendimento prioritário, desburocratizado e humanizado às pessoas


em situação de rua, mantendo em suas unidades equipe especializada de atendimento, exclusiva ou não,
preferencialmente multidisciplinar.
§ 1o A equipe de atendimento será adequada às características dessa população, suas demandas e
necessidades, com capacitação sistemática para atuação na garantia dos direitos humanos das pessoas em
situação de rua, devendo ser observada a atuação articulada com órgãos gestores das políticas de
assistência social.
§ 2o Será conferido especial atendimento às pessoas referidas no inciso II do art. 1o, a fim de favorecer a
eliminação das barreiras de sua condição.
§ 3o Nos atendimentos à mulher em situação de rua será garantido o livre exercício da maternidade,
amamentação, além da atenção à criança que esteja sob os seus cuidados.

Art. 5o As pessoas em situação de rua terão assegurado o acesso às dependências do Poder Judiciário para
o exercício de seus direitos, não podendo constituir óbice de acesso às unidades judiciárias e ao
atendimento humanizado e personalizado:
I – vestimenta e condições de higiene pessoal;
II – identificação civil;
III – comprovante de residência;
IV – documentos que alicercem o seu direito; e
V – o não acompanhamento por responsável em caso de crianças e adolescentes.

Recomendação CNMP nº 53/2017

Art. 1º Os ramos do Ministério Público da União e dos Estados devem garantir o direito de acesso da
população em situação de rua às dependências do Ministério Público, sem qualquer formalidade
discriminatória.
Parágrafo único. Para os fins desta Recomendação, considera-se população em situação de rua o grupo
populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos
ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as
áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como
as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.

Art. 2º A situação de asseio ou vestimenta não condizentes com as eventualmente exigidas por órgãos do
Ministério Público não constituirá óbice ao exercício do direito previsto no artigo anterior pela população
em situação de rua.

Art. 3º Se as normas de segurança interna exigirem a exibição de documento pessoal para acesso às
dependências do Ministério Público, será concedida autorização especial para o ingresso de pessoas em
situação rua, sem que lhe sejam impostas situações de constrangimento ou humilhação. Parágrafo único.
A autorização especial não dispensará a identificação da pessoa em situação de rua, como o registro
fotográfico e o fornecimento de informações pessoais, quando possível.
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

DIREITO INSTITUCIONAL

LEI COMPLEMENTAR nº 02 * DE 12 DE NOVEMBRO DE 1990

ÓRGÃOS

Art. 5º. São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I – A Procuradoria-Geral de Justiça; II
– O Colégio de Procuradores de Justiça; III – O Conselho Superior do Ministério Público; IV – A Corregedoria-
Geral do Ministério Público.

Parágrafo único. São também órgãos da Administração do Ministério Público: I – As Procuradorias de


Justiça; II – As Promotorias de Justiça.

Art. 6º. São órgãos de execução do Ministério Público: I – O Procurador-Geral de Justiça; II – O Conselho
Superior do Ministério Público; III – Os Procuradores de Justiça; IV – Os Promotores de Justiça.

Art. 7º. Sãos órgãos auxiliares do Ministério Público: VII – Os Órgãos de Apoio Administrativo, a Secretaria-
Geral, a Chefia e Assessoria de Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, as Diretorias Administrativas das
Subsedes, o Gabinete de Segurança Institucional – GSI; o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado – GAECO, e a Coordenadoria Permanente de Autocomposição e Paz – COAPAZ; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 328 /2019) VIII – Os Estagiários.

PENALIDADES

Art. 128. Os membros do Ministério Público são passíveis das seguintes sanções disciplinares: I –
advertência; II – censura; III – suspensão, por até 90 (noventa) dias; IV – disponibilidade, por interesse
público; V – demissão, enquanto não decorrido o prazo de estágio probatório.

§ 1º. Compete ao Procurador-Geral de Justiça aplicar as sanções disciplinares previstas nos incisos I, II e III,
quando o infrator for Procurador de Justiça, bem como, sendo o infrator Promotor de Justiça, as sanções
previstas nos incisos III e V.

§ 2º. Compete também ao Procurador-Geral de Justiça lavrar o ato de disponibilidade, de membro vitalício
do Ministério Público, por interesse público, editado em cumprimento de decisão do Conselho Superior do
Ministério Público.

§ 3º. Compete ao Corregedor-Geral do Ministério Público a aplicação das sanções disciplinares previstas
nos incisos I e II, quando o infrator for Promotor de Justiça.

§ 4°. Nas infrações disciplinares puníveis com advertência ou censura, não sendo o caso de arquivamento
da Reclamação Disciplinar ou da Sindicância e tendo o investigado reconhecido formal e
circunstanciadamente a prática da infração disciplinar sem violência ou grave ameaça à pessoa, o
Corregedor-Geral deverá propor Transação Administrativa Disciplinar – TAD – mediante as seguintes
condições ajustadas cumulativa ou alternativamente: (Redação dada pela Lei Complementar nº 344/2020
I) a necessidade do infrator reparar o dano material ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade
de fazê-lo;

II – pagar prestação pecuniária, para o Fundo Especial do Ministério Público do Estado de Sergipe – FEMP,
em valor não inferior ao correspondente a 10% (dez por cento) do subsídio do infrator e não superior a 01
(um) subsídio; (Redação dada pela Lei Complementar nº 344/2020 )
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
Ciclos Método

III) renunciar ao direito à promoção e à remoção, cumulativamente, por antiguidade e por merecimento,
pelo prazo de 01 (um) ano; (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

IV) renunciar aos abonos e folgas compensatórias que eventualmente já tenha adquirido, em quantitativo
estabelecido pela autoridade proponente; (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

V) frequentar cursos de aperfeiçoamento e eventos promovidos pela Escola Superior do Ministério Público,
pelo prazo de 01 (um) ano.

§ 5°. Para a fixação das condições da Transação Administrativa Disciplinar, o Corregedor-Geral deverá levar
em consideração os antecedentes do investigado, a natureza e a gravidade da infração, as circunstâncias
em que foi praticada e os danos que dela resultarem ao serviço ou à dignidade da Instituição ou da Justiça.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 6°. A celebração da Transação Administrativa Disciplinar será formalizada por escrito, gravada em sistema
audiovisual, sempre que possível, e firmada pelo Membro do Ministério Público, que poderá constituir
advogado para acompanhamento de todos os atos, devendo ser comunicada ao Procurador-Geral de
Justiça. (Redação dada pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 7°. Não terá direito à Transação Administrativa Disciplinar o membro do Ministério Público que já tenha
sido beneficiado pelo referido instituto nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração ou seja
reincidente.

§ 8°. No caso de recusa do Corregedor-Geral em propor a Transação Administrativa Disciplinar, caberá


recurso, no prazo de 05 (cinco) dias, a contar da respectiva intimação, para o Colégio de Procuradores de
Justiça, que decidirá por maioria simples. (Redação dada pela Lei Complementar nº 344/2020 )

9°. Julgado procedente o recurso a que se refere o parágrafo anterior, caberá ao Colégio de Procuradores
de Justiça estabelecer as condições do benefício. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34

§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas na Transação Administrativa Disciplinar, o


Corregedor-Geral deverá intimar o investigado para, no prazo de 05 (cinco) dias, justificar o
inadimplemento.

§ 11. Não apresentada a justificativa no prazo indicado no parágrafo anterior, ou não sendo acatada, o
benefício será revogado e o CorregedorGeral deverá instaurar o processo administrativo disciplinar.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 12. Cumprida integralmente a Transação Administrativa Disciplinar, o Corregedor-Geral decretará a


extinção de punibilidade. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 13. O membro do Ministério Público do Estado de Sergipe beneficiado com a Transação Administrativa
Disciplinar é impedido de ocupar cargos e funções de confiança na Instituição pelo prazo de 02 (dois) anos,
contados da sua celebração. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 14. O pagamento da prestação pecuniária poderá ser realizado mediante desconto mensal em folha de
pagamento, que não será superior a 10% (dez por cento) do valor bruto do subsídio devido ao infrator.

§ 15. São assegurados aos membros do Ministério Público do Estado de Sergipe os direitos e garantias
fundamentais previstos na Constituição sergipana e na Constituição Federal, bem como os direitos
humanos consagrados em tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte,
ficando os Órgãos da Administração Superior vinculados aos precedentes da Corte Interamericana de
Direitos Humanos. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )
REVISÃO DE VÉSPERA – MP/SE
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§ 16. A celebração da Transação Administrativa Disciplinar suspende o prazo prescricional da pretensão


punitiva. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 17. A Transação Administrativa Disciplinar firmada sem os requisitos legais será declarada nula de pleno
direito e a autoridade proponente poderá ser responsabilizada conforme as disposições normativas e legais
pertinentes. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 18. Sendo o investigado Procurador de Justiça, caberá ao Procurador-Geral de Justiça oferecer a proposta
de Transação Administrativa Disciplinar, se atendidos os requisitos estabelecidos no §4º deste artigo,
depois de autorizada a instauração de processo administrativo disciplinar na forma que trata o caput do
art. 139 desta Lei Complementar, aplicando-se, no que couber, as disposições dos parágrafos anteriores
deste artigo. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

§ 19. Os membros do Ministério Público do Estado de Sergipe têm direito à Transação Administrativa
Disciplinar no âmbito do Conselho Nacional do Ministério Público, observadas as regras estabelecidas nesta
Lei Complementar. (Acrescentado pela Lei Complementar nº 344/2020 )

Terminamos por aqui! O intuito foi revisar alguns pontos #APOSTASCICLOS.

Espero que tenham gostado!

Boa Sorte! Nos vemos na segunda fase!

⁠”É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem
esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera.
Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!
Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”…

Paulo Freire

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