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CONSTITUCIONALIDADE
É um mecanismo responsável por controlar a validade das normas em face da
Constituição.
Tal verificação é um meio para observar o princípio da supremacia da constituição, a
qual todas as normas posteriores deverão obedecer.
Para que tenhamos tal controle, se mostra necessário o preenchimento de DOIS
pressupostos: existência de uma constituição RÍGIDA; mecanismos de fiscalização das
leis, com previsão de órgão com competência para exercer a atividade de controle.
a) Por AÇÃO:
I – VÍCIO FORMAL
Também chamado de NOMODINÂMICA, vemos um vício no processo legislativo.
Ou seja, na produção da norma não foram observadas as determinações necessárias para
a sua produção, podendo ainda ser dividida em:
- Inconstitucionalidade Orgânica: liga-se a COMPETÊNCIA LEGISLATIVA,
quem poderá legislar sobre aquela matéria. Ou seja, caso um Estado por meio da sua
Assembleia legisle sobre uma norma de Direito Civil, recairá na inconstitucionalidade
formal orgânica;
- Propriamente Dita: aqui sim, verificamos um VÍCIO NO PROCEDIMENTO,
podendo ser: vício formal SUBJETIVO – refere-se a quem detêm a competência para
dar a iniciativa ao projeto de lei; vício formal OBJETIVO – refere-se ao procedimento
em si, não foi observado um quórum específico e etc.
- Por Violação aos Pressupostos Objetivos do Ato Normativo: certos atos
determinam alguns requisitos específicos, o típico exemplo é a Medida Provisória que
para sua confecção exige urgência/relevância da matéria.
II – VÍCIO MATERIAL
Também chamado de vício NOMOESTÁTICO, trata-se de um vício no conteúdo da
LEI, a qual possui conteúdo que afronta os preceitos da CRFB.
III – VÍCIO POR DECORO PARLAMENTAR
Segundo Lenza, seria uma situação em que uma lei é aprovada por meio de esquema de
compra de votos.
Chegou ao STF uma situação dessa, em que ficou comprovado que a lei apenas foi
aprovada, pois houve a compra de votos, os quais foram devidamente comprovados na
ação de controle concentrado, comprometendo a votação.
Segundo o STF ficar comprovado tais requisitos, é possível a declaração de
inconstitucionalidade. (Inf 998)
b) Por OMISSÃO
Nela veríamos a inércia do legislador em atuar, principalmente nas normas DE
EFICÁCIA LIMITADA.
OBS. Inconstitucionalidade Direta/Antecedente, refere-se à violação direta a CRFB,
sem qualquer coisa entre eles (lei e CF). Já a Indireta, teríamos a situação:
consequente, um ato que regulamenta uma lei, a qual é declarada inconstitucional, o
decreto também será inconstitucional; reflexa (mediata ou oblíqua) temos a situação
de um ato entre eles, digamos, CF, lei e decreto. Lei constitucional, se o decreto é ilegal,
reflexamente teríamos uma inconstitucionalidade.
OBS. Cuidado, numa das questões basicamente deu a ideia que é necessário existir
meio que uma obrigação, sei la para legislar, não é tão somente um comando genérico.
OBS. Inconstitucionalidade por ARRASTAMENTO, uma norma principal é declara
inconstitucional, todas a dependentes dela, também serão.
OBS. Muito CUIDADO COM A AFIRMAÇÃO DA
INCONSTITUCIONALIDADE/CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE,
principalmente a primeira. Pois temos situações em que a lei apesar de perfeitinha,
passa por uma inconstitucionalidade, por meio da mutação constitucional, exemplo
que tivemos foi a própria lei de crimes hediondos; união homoafetiva e etc. Ou seja,
releituras que passaram a própria lei. Mas EI, quanto a inconstitucionalidade
superveniente, são leis que foram criadas após a CF, tidas como constitucionais que
passaram ser inconstitucionais. As leis anteriores a nova CRFB, não podemos utilizar
esse instituto.
OBS. Eficácia Executiva ou Instrumental, seria a sentença meritória da ADI/ADC
provocando um efeito vinculante sobre os atos administrativos ou judiciais
supervenientes, ou seja, deverão obediência ao que ficou decidido pelo STF, em
caso de descumprimento é possível o manejo de reclamação. Normalmente efeitos ex
nunc. Ao contrário da eficácia normativa que gera efeitos ex tunc.
OBS. Estado de coisas inconstitucional a origem está em sentença da Corte
Constitucional da Colômbia, encontra fundamento nos casos de inadimplemento
reiterado de direitos fundamentais pelos poderes do Estado, sem que haja
possibilidade de remédio para vias tradicionais, OCASIÃO EM QUE O TRIBUNAL
assume o papel de coordenador de políticas públicas por meio da denominada
tutela estruturante.
OBS. Pelo que peguei em questão, se estivermos diante de uma regra do regimento
interno que se trata da chamada norma constitucional interposta (seriam disposições
normativas as quais as normas constitucionais fazem expressa referência, o que acaba as
vinculando, apresentando uma força normativa diferenciada, por derivar diretamente da
norma constitucional) logo, nessa situação, ainda que fosse sobre o regimento interno o
STF poderia adentrar a discussão de constitucionalidade.
4.2 POSTERIOR / REPRESSIVO
Aqui, teríamos a NORMA PRONTA / ACABADA! Será analisado agora, se a norma
está de acordo materialmente / formalmente com a CRFB.
Tal controle, poderá dar-se de três formas:
a) Controle Político
Teríamos um órgão distinto dos três poderes, veremos ele normalmente em países
europeus nas chamadas Cortes ou Tribunais Constitucionais.
Segundo Barroso, veto jurídico (baseado na inconstitucionalidade) do Executivo;
rejeição do projeto pela CCJ, seriam exemplos desse controle.
b) Controle Jurisdicional
Autoexplicativo, seria o realizado pelo Poder Judiciário.
Podemos dizer que esse controle é o nosso!
Por meio de um único órgão (controle concentrado)
Por meio de vários órgãos (controle difuso)
No Brasil temos um mix, isso porque é possível que o controle seja realizado por um
único órgão e de forma difusa paralelamente.
OBS. Tais controles são autônomos, ou seja, não posso condicionar um noutro, mas
chamo atenção para as questões dos efeitos. Caso existir decisão no concentrado,
teríamos a repercussão no difuso.
c) Controle Híbrido
Seria uma mistura dos dois sistemas anteriores.
Logo, algumas normas seriam de análise específica dessa Corte à parte dos três poderes;
enquanto outras, seriam apreciadas pelo Poder Judiciário.
4.2.1 EXCEÇÕES A REGRA DO CONTROLE JUDICIAL POSTERIOR /
REPRESSIVO
A regra em terra tupiniquim é o controle realizado pelo Judiciário, por meio
concentrado ou difuso.
Segundo Lenza, comporta algumas exceções que é a realizada pelo Legislativo e
Executivo. Ele chega a mencionar os órgãos autônomos de controle como TCU; CNJ;
CNMP, mas que NÃO EXERCEM CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
PROPRIAMENTE DITO!
a) Exercido pelo LEGISLATIVO
Primeira dela:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites
de delegação legislativa;
Pela minha interpretação, analiso isso apenas como forma de separar os critérios para
classificação.
Sempre analisar esse quadro para não termos dúvida!
Outra coisa, CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE = REFEREM-SE A
AMBAS AS FORMAS, DIFUSO/CONCRETO E CONCENTRADO/ABSTRATO
Cuidado, já mamei numa questão porque não tive ATENÇÃO!
Normalmente =
Concentrado → via principal;
Difuso → via incidental.
CONTUDO, é possível a MESCLA! Eu posso estar discutindo uma situação que é de
competência originária do órgão (concentrado), e de forma prejudicial / incidental
discutir a constitucionalidade da lei.
Vejamos, o STF de acordo com a CRFB tem competência originária para discutir alguns
certos HCs; HDs ou MSs contra ato do Presida, logo, eu impetro essa peça e
incidentalmente discuto a constitucionalidade da norma. É uma forma de termos o
controle concentrado de forma incidental.
Agora, analisaremos a primeira forma de controle.
5.1 CONTROLE DIFUSO / CONCRETO
Tem como contexto histórico o famoso caso Marbury X Madison, basicamente foi
uma discussão acerca da competência entre lei infra x constitucional, sendo determinado
que a última deveria prevalecer.
Também podemos chama-lo de via de exceção ou de defesa; controle aberto, será
realizado por QUALQUER JUÍZO / TRIBUNAL do Poder Judiciário, sobre
QUALQUER LEI / ATO! Desde que, obviamente observadas as regras de
competência processual.
Tal controle seria verificado diante de um caso concreto, sendo a discussão de
inconstitucionalidade levantada prejudicialmente. Ou seja, nossa causa de pedir, na
parte dos fundamentos jurídicos seria baseado nessa suposta inconstitucionalidade.
Frisa-se o principal aqui não é o controle em si, mas para se chegar no meu pedido
precisamos discutir essa inconstitucionalidade / constitucionalidade.
5.1.1 CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO – FULL BENCH
Disposta em nossa CRFB:
Art. 97. Somente pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar A INCONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo do
Poder Público.
Temos que ter é atenção, nas situações em que dispensam a observância a tal
cláusula:
I – Existir decisão do pleno / órgão especial do Tribunal; Decisão do STF.
II – Manutenção da CONSTITUCIONALIDADE pelo Tribunal.
III – Normas PRÉ-CONSTITUCIONAIS, anteriores a CRFB, veremos análises de
recepção ou revogação.
IV – Interpretação conforme;
V – Decisão cautelar.
VI – A princípio não se aplicaria as Turmas do STF em julgamento de RE, visto que
tem toda uma mutreta regimental, sendo necessário que ocorra o preenchimento de
certos requisitos para ser levado ao pleno. Então, muito cuidado!
VII – Não precisa ser observado pelas Turmas Recursais.
VIII – Ao Juiz de Primeira Instância.
OBS. Como observado acima, uma situação bem interessante quanto aos órgãos
autônomos administrativos é a sua capacidade, não de controle, mas sim de afastar
normas inconstitucionais. Segundo Lenza, para esse afastamento, eles precisam
observar a cláusula de reserva de plenário. ACERTEI UMA QUESTÃO POR
CAUSA DISSO!!!!!!!!!!!!!!!!
5.1.2 EFEITOS DA DECISÃO
NÃO VINCULANTE
Como tudo no direito, obviamente tais regras apresentam suas exceções:
ABSTRATIVIZAÇÃO DO
CONTROLE DIFUSO OU
OBJETIVIZAÇÃO do controle difuso.
Segundo essa teoria quando o STF declarar a inconstitucionalidade de uma lei, poderá
por meio desse artigo acima dar efeito erga omnes, teríamos então a aplicação da
mencionada teoria.
OBS. Além de erga omnes, a decisão também é VINCULANTE.
OBS. Trata-se de uma análise MODERNA. Segundo Doutrina Tradicional ela ainda é
inter partes e não vinculante.
Entender esse assunto, passa pela recente mutação constitucional (Inf. 886) do
seguinte artigo:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva
do Supremo Tribunal Federal;
Logo, quando o STF declarar uma lei inconstitucional, essa atuação do S.F é tão
somente para dar publicidade. Logo, o efeito erga omnes decorreria da própria decisão.
II – Modulação dos Efeitos
Tem sido admitida a técnica de MODULAÇÃO DE EFEITOS.
Logo, precisamos ter o seguinte esquema em mente.
Ou seja, teremos como objeto lei ou ato normativo federal / estadual, que seja
incompatível com o PARÂMETRO ou PARADIGMA DE
CONFRONTO no caso a CRFB.
Veja, a análise acima é feita pelo STF.
É possível que também seja feito pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA, quando o objeto for
lei estadual / municipal em FACE da CONSTITUIÇÃO ESTADUAL!
OBS. É possível o TJ utilizar como parâmetro a CRFB, desde a lei / ato estadual ou
municipal esteja violando uma norma de reprodução obrigatória da C.E.
OBS. Veja, apesar do DF produzir Lei Orgânica, que é naturalmente produzido pelo
Municípios, ela possui natureza de CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. Logo, poderá ser
alvo de ADI!
S 642 STF – Não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de Lei do Distrito Federal da sua
competência Legislativa Municipal
OBS. Quando uma lei municipal, contraria a sua lei orgânica será feito uma análise de
LEGALIDADE / ILEGALIDADE!!!
Bom frisar, é o momento REPRESSIVO / POSTERIOR, ou seja, não podemos
discutir por meio de ADIn um projeto de lei ou projeto de ato normativo!
OBS. Lenza defende ser possível controle concentrado em vacatio legis, ou seja, em
questões devo me atentar.
Agora, iremos nos debruçar sobre possíveis objetos de ADIn:
a) Leis
Segundo Lenza, o objeto “leis” seriam todas as seguintes espécies normativas, presentes
na CRFB:
Art. 59:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
VI - o Procurador-Geral da República;
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por
advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado
e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
OBS. Quanto aos fundamentos jurídicos do pedido, lembrar do CPC. Porque, o STF
poderá declarar a inconstitucionalidade da lei por outro motivo, sem ser o apontado na
petição inicial (Juiz conhece o direito), temos a situação da CAUSA DE PEDIR
ABERTA! Contudo, deverá estar adstrito ao pedido!
É possível que algum desses requisitos venham faltando, por conta disso será
considerada inepta, pelo Relator, sendo aberto possibilidade para um dos poucos
recursos, Agravo Interno:
Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão
liminarmente indeferidas pelo relator.
Ta show a petição inicial, passamos para colheita de informações das autoridades que
emanou o ato, para ser fornecida em 30 DIAS!
Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado.
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do
pedido.
Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os
Ministros, e pedirá dia para julgamento.
Podemos dizer que é uma ferramenta da teoria de Peter Haberle, acerca da sociedade
aberta de intérpretes.
CUIDADO! Passado esse tempo, para a INSTALAÇÃO DA
SESSÃO, precisaremos de pelo menos 8 Ministros!!!
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos OITO MINISTROS.
menos
Para declaração de inconstitucionalidade, precisamos que pelo
INSTALAÇÃO → 8
DECISÃO → 6
DECISÃO CAUTELAR → MAIORIA ABSOLUTA
5.2.1.5 Efeitos da Decisão
A ADI e ADC, possuem um efeito interessante que é a ambivalência.
O que quer dizer, no momento em que eu ajuízo uma ADI e o STF julga improcedente,
ele está declarando aquela norma como constitucional, de forma ABSOLUTA!
Por outro lado, uma ADC que visa a constitucionalidade de uma norma federal, poderá
ser improcedente, ou seja, estou dizendo em miúdos que aquela norma é
INCONSTITUCIONAL.
Seus efeitos serão ex tunc → retroativos. A norma é retirada do ordenamento, como se
nunca tivesse existido.
OBS. Lembrar da eficácia executiva/instrumental.
Contudo, como tudo, exceção, o STF poderá utilizar-se do instituto chamado
modulação dos efeitos, analisado mais a frente.
Com o efeito retroativo e a não utilização da modulação dos efeitos, temos o chamado
efeito repristinatório, a lei anterior que foi revogada pela norma declarada
inconstitucional voltará a vigorar, como se nada tivesse acontecido.
ATENÇÃO! Caso a lei que eu discuta a inconstitucionalidade, venha a ser declarada
assim, mas a lei que retorna com o efeito repristinatório, também esteja maculada,
preciso informar!!!! (Efeito Repristinatório Indesejado)
Agora, a pica surge no seguinte, muito izi se ambas as normas foram pós-
constituição, mas e se eu tiver uma delas que é pré-constituição?
A primeira, que é pós-constitucional será declarada, por óbvio inconstitucional.
Quanto a anterior, pré-constitucional, será declarada a sua revogação por ausência
de recepção!
Efeitos Repristinatórios ≠ Repristinação, nela temos uma situação que por regra não é
admitida no ordenamento, sendo necessário uma previsão expressa. Por outro lado,
naquela é um efeito decorrente da ação de controle concentrado, oriunda de uma decisão
judicial!
Outra coisa em relação ao efeito da decisão, que novamente, é a partir da publicação da
ata de julgamento são os efeitos erga omnes e vinculantes.
Quanto ao último:
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos
e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Após a leitura do artigo, concluímos que a modulação de efeitos é uma forma de afastar
a regra geral do efeito retroativo, assim, no lugar poderemos decidir que a eficácia seja
a partir do trânsito ou outro momento fixado, como ex nunc.
Para isso, precisaremos de dois requisitos: segurança jurídica ou excepcional
interesse social.
Tal decisão é dada pela maioria absoluta (6 membros) do STF, mesmo quórum para
declaração de inconstitucionalidade (ARTIGO MENCIONA 6 MINISTROS)
Julgando necessário o Relator, poderá ouvir AGU e PGR (3 dias), bem como os órgãos
emanadores da lei (5 dias)!
§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da
República, no prazo de três dias.
§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência
dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
Uma coisa interessante, é quanto aos seus efeitos, que serão EX NUNC! Mas será
ERGA OMNES. De forma excepcional, poderá o Tribunal conferir efeito ex tunc.
OBS. Por óbvio, como não é a decisão final, caso a medida seja indeferida, não teremos
qualquer tipo de efeito.
Por fim, válido mencionar uma importante prerrogativa do relator, que no lugar de
julgar a cautelar, pode enviar diretamente para o julgamento do seu mérito:
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu
especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das
informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-
Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao
Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
III - a existência de controvérsia JUDICIAL relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação
declaratória.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por
advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos
documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de
constitucionalidade.
Além do seu objeto, esse inciso III é uma das diferenças do procedimento da ADI.
Quanto apresentamos a petição inicial, temos que demonstrar uma insegurança que vem
ocorrendo nos TRIBUNAIS acerca da aplicação daquela lei, sendo necessário o
posicionamento do STF.
Participação do AGU, entende-se que é dispensável!
PGR continua participando, com prazo de 15 dias para manifestação.
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da República, que
deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias.
Ou seja, o prazo de suspensão é 180 dias, passado esse período sem o julgamento pelo
STF a suspensão termina e os tribunais e juízes poderão retornar os seus julgamentos
relacionados a lei.
5.2.3 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Juntamente com o Mandado de Injunção, servem para combater a omissão do
§ 3o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes
judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na
forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
Após a leitura do artigo, notamos que a cautelar da ADO é bem maior do que a ADI /
ADC:
→ Suspender a aplicação da lei ou ato (aplicável apenas as omissões parciais, visto que
nela existe lei)
→Suspender processos ou procedimentos administrativos (pelo jeito sem prazo)
→ Uma providência fixada pelo Tribunal.
5.2.3.5 Efeitos da Decisão
Por óbvio, declarada a omissão não poderá o STF legislar sobre a matéria.
Nisso, ele atuará:
→ Dando ciência ao poder competente
→ Em relação a órgão administrativo, é dado um prazo de 30 dias para que ele supra
a omissão.
OBS. De acordo com o 12-H §1 é possível um prazo diferenciado dado pelo STF,
ante as circunstâncias especificas e o interesse público.
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será
dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias.
Tal Lei é 9.882/99, como vimos tal §1 era uma norma de eficácia LIMITADA!
5.2.4.1 Hipóteses de Cabimento
Poderá ser cabível: autônoma (direta) ou arguição incidental.
A autônoma:
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o
Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante
de ato do Poder Público.
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, INCLUÍDOS OS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO;
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será
apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários
para comprovar a impugnação.
Uma atenção temos que dar, pela leitura acima, a ADPF tem um escopo
GIGANTESCO, fica a impressão, para que eu iria precisar de outras ações? Ai que está
o pulo do gato!
Art. 4º § 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos (incidental) que ensejaram
a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita
parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com
experiência e autoridade na matéria.
OBS. Da leitura do artigo, apenas noto que o AGU / PRG irão se manifestar na liminar,
chuto que aqui também o AGU vai se manifestar, até porque ele pede manifestação do
MP que imagino seja na figura do PGR:
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo,
por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.
Sua decisão é dotada de efeitos erga omnes e vinculante, bem como ex tunc.
E como na ADI, exceção a regra geral, que é a nulidade, teremos aqui também a
modulação de efeitos:
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de
descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
c) autonomia municipal;
Assim, iremos manejar a ADI interventiva quando: violar princípio sensível e recusa a
aplicação da lei federal!
OBS. Segundo Lenza, jamais houve uma fase 2.
5.2.5.6.1 Objeto IF
A princípio, seria adstrito aos atos normativos, contudo o entendimento atual é amplo!
Logo, pode ser seu objeto:
→ Lei ou Ato normativo que viole princípios sensíveis
→ Omissão ou incapacidade das autoridades locais para assegurar o cumprimento e a
preservação dos princípios sensíveis, por exemplo, direitos da pessoa humana
→ Ato Governamental estadual que desrespeite princípios sensíveis
→ Ato administrativo que afronte os princípios sensíveis
→ Ato concreto que viole os princípios sensíveis
OBS. A fase Judicial mencionada, não gera no final a nulificação da lei ou ato! Ela
determina que o Presida realize a intervenção.
5.2.5.6.2 Princípios Sensíveis
Devidamente abordados acima!
5.2.5.6.3 Competência
É original do STF.
5.2.5.6.4 Legitimidade
É única do PGR!
No caso do passivo, seria o ente federal responsável por violar o princípio sensível!
5.2.5.6.5 Procedimento
Prevista na Lei 4.337, ainda temos a 12.562.
Apresentada a petição inicial, deve conter:
I - a indicação do princípio constitucional que se considera violado ou, se for o caso de recusa à
aplicação de lei federal, das disposições questionadas;
Parágrafo único. A petição inicial será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter, se for o caso,
cópia do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
Será passível de indeferimento, de forma liminar, pelo relator, quando não for o caso de
representação interventiva, faltar algum dos requisitos estabelecidos nesta Lei ou for
inepta. É possível, contra essa decisão o manejo de Agravo!
Segundo Lenza, quando recebida a inicial, é necessário que haja previamente uma
tentativa de resolução pela via administrativa.
Problema não solucionado, pedido liminar apreciado ou no caso de não haver, recebida
a inicial:
Art. 6º [...], o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato
questionado, que as prestarão em até 10 (dez) dias.
§ 1º Decorrido o prazo para prestação das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-
Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de
10 (dez) dias.
Art. 7º Se entender necessário, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou
comissão de peritos para que elabore laudo sobre a questão ou, ainda, fixar data para declarações, em
audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
Art. 9º A decisão sobre a representação interventiva somente será tomada se presentes na sessão pelo
menos 8 (oito) Ministros.
Art. 11. Julgada a ação, far-se-á a comunicação às autoridades ou aos órgãos responsáveis pela prática
dos atos questionados, e, se a decisão final for pela procedência do pedido formulado na representação
interventiva, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, publicado o acórdão, levá-lo-á ao
conhecimento do Presidente da República para, no prazo improrrogável de até 15 (quinze) dias, dar
cumprimento aos §§ 1º e 3º do art. 36 da Constituição Federal.
Veja, é uma REQUISIÇÃO, o que quer dizer que o Presidente da República tem a
obrigação de prosseguir com a fase 2, consistindo numa intervenção branda, nela ele vai
adotar o seguinte posicionamento:
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII,(ex lei fed / princípios sensíveis) ou do art. 35, IV, dispensada a
apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender
a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Caso o §3 não seja suficiente, passamos para a fase 3 que é a intervenção efetiva!
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que,
se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da
Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
Em caso de não funcionamento do CN, será feito uma convocação extraordinária!
Lembrando que nesse momento, teremos o chamado controle político, realizado pelo
CN.
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo
impedimento legal.
Ou seja, similar a IF, na Estadual necessito de provimento do TJ local, quando for para
assegurar:
→ Princípios da Constituição Estadual
→ Execução de Lei, de ordem ou decisão judicial
Por simetria, seu procedimento deve seguir o modelo FEDERAL!
Seu Legitimado, Ativo – PGJ; Passivo – Município
Logo, terá como controle leis ou atos normativos estaduais / municipais em face da
Constituição Estadual. Sendo a competência para julgamento o TJ local!
Segundo Lenza, seria possível que as Constituições Estaduais também abarcassem
outras ações como ADPF; ADO; ADC...
6.1 OBJETO
Como dito, será exclusivamente voltado para leis ou atos normativos estaduais ou
municipais!
Logo, leis federais somente serão alvo de controle pelo STF, agora ele jamais julgará
uma ADI com objeto de lei municipal perante a CRFB.
OBS. Cuidado filho da puta com a pegadinha, ele não julgará adi como objeto lei
municipal, não quer dizer que a lei municipal não é passível de controle de
constitucionalidade perante o STF, visto que podemos até chegar la por meio de RE, ou
pela própria ADPF.
6.2 COMPETÊNCIA
TJ local
6.3 LEGITIMADOS
Como muda de C.E para C.E, ficamos com a informação dada pela CRFB que é vedada
que seja um ÚNICO ÓRGÃO!
Questiona-se, é possível a C.E aumentar seu escopo, diferente do modelo federal, por
exemplo estender para DP, Procurado-Geral do Estado ou Município, Defensor Público
Geral do Estado, ou ainda iniciativa popular? Na visão de Lenza sim!
O STF já se manifestou como Deputado Estadual, legitimado, e entendeu como
constitucional!
6.4 PARÂMETRO DE CONTROLE
Seria complexo ou conjunto de normas superiores utilizadas como referência pelo
Tribunal competente para analisar a legitimidade constitucional de leis e atos
normativos submetidos a exame!
Como exaustivamente dito! Objeto da ADI Estadual é lei ou ato normativo estadual ou
municipal em face da Constituição ESTADUAL!, ou sendo o caso Lei Orgânica do
DF, como vimos tem natureza de Constituição Estadual.
OBS. Análise de compatibilidade entre L.O x Lei Municipal é de LEGALIDADE!
TJ não realiza controle de lei federal, seja em face da C.E ou CF!
A análise do STF de lei municipal é excepcional, por meio de ADPF, perante a CF.
OBS. Relembrando, essas regras são quanto o controle ABSTRATO, o difuso é potaria,
o TJ analisa o que vier!
6.5 QUESTÃO DAS NORMAS DE REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA
Como sabemos, existem normas que a C.E deve reproduzir obrigatoriamente o que diz a
CRFB!
Lenza traz a informação de que existe outro tipo de norma, a chamada de imitação!
Segundo ele, seja de imitação ou reprodução obrigatória, é possível que TJ local
tenha como objeto lei municipal/estadual e o parâmetro seja Constituição Federal,
caso haja violação numa dessas normas!
Uma coisa que devemos ter atenção é a possibilidade de Recurso Especial!
Regra geral, quando o TJ local realiza a interpretação de uma norma estadual ou
municipal em face do C.E, NÃO ABRE MARGEM PARA RE, visto que tal órgão é
o intérprete máximo daquela Constituição.
Situação DIVERSA, vemos quando o parâmetro é a Constituição Federal x Lei Ato
Normativo Estadual / Municipal, nos casos de REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA DE
NORMAS abrindo possibilidade que o STF tenha acesso a essa discussão por meio de
RE, até porque em relação a CRFB ele é o guardião máximo.
OBS. Segundo Lenza, não é possível que normas de imitação, abram margem para
R.E, apenas as de reprodução obrigatória!
Quando é levado a análise desse controle, por meio difuso ao STF, oriundo de um
controle concentrado. O seu julgamento produzirá os mesmos efeitos de uma ADI!
Ou seja, serão erga omnes; vinculantes; ex tunc. E ainda é possível modulação dos
efeitos!
Ou seja, podemos afirmar, muito cuidado como diz essa assertiva que o STF poderá
controlar sim, uma lei municipal perante a CRFB!
Agnt tem que pensar assim, a norma apesar de constar na C.E foi reproduzida da CRFB,
o TJ não tem competência para falar da CRFB que é o STF o guardião máximo.
Outras normas meio que fodaci.
6.6 Simultaneus Processus
Como sabemos, as leis estaduais no âmbito do controle concentrado, podem ser alvo de
ações perante o TJ e a C.E como parâmetro, como o STF e o parâmetro ser a CRFB.
Esse duplo controle, é dado o nome de simultaneidade de ações diretas de
inconstitucionalidade! Agora, somente será no seguinte caso:
– Lei Estadual que viola dispositivo da C.E e da CRFB ao mesmo tempo,
tratando-se na C.E de uma NORMA DE REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA:
Eventual ADI Estadual ficará SUSPENSA, até que o STF se manifeste!
Após o julgamento do STF, podemos ter os seguintes caminhos:
→ Caso o STF declare a inconstitucionalidade da lei estadual perante a CF = ADI
estadual perderá seu objeto, não mas produzindo efeitos a lei no referido Estado;
→ Caso o STF declare constitucional a lei estadual perante a CF = TJ poderá
prosseguir com o julgamento, pois perante a C.E tal lei poderá ser incompatível.
Ou seja:
Inconstitucionalidade → suspensão + perda do objeto
Constitucionalidade → TJ prossegue o julgamento
A situação acima, deduzimos que é O STF RECEBENDO PRIMEIRO A ADI.
- Digamos que foi proposta primeiramente a ADI estadual, TJ julgou, a ação
transitou, é possível que o STF no futuro examine essa lei, utilizando como
parâmetro a CRFB?
Para responder, temos que ficar ligado nas duas hipóteses:
→ TJ declara previamente como CONSTITUCIONAL = caso no futuro venha a ser
julgada ADI pelo STF, é possível que ele reconheça sua inconstitucionalidade
perante a CRFB. Prevalecendo essa nova decisão, inclusive sobre a coisa julgada
material!
→ TJ declara previamente como INCONSTITUCIONAL = não tem sentido mais
discutir essa lei estadual, já foi retirada do ordenamento!
OBS. Quanto ao último caso, houve uma situação bem peculiar, pois o TJ local, ante a
ADI no STF, no lugar de suspender a sua ação, prosseguiu com o julgamento. O STF
entendeu que ainda que retirada do ordenamento, ele poderia julgar! Visto que ele é o
responsável máximo da CRFB, não podendo TJ dar a palavra final. Assim, prejuízo
para a ação no STF, somente ocorrerá, cumulando: 1ª TJ julga pela procedência E
2ª a ADI discute inconstitucionalidade de preceito da C.E sem correspondência na
CRFB!. Caso tenha correspondência na CRFB, é dever do Supremo dar a última
palavra!
c) Substitutivas
Autoexplicativa, tenho um trecho X, substituo por Y, na situação em que ele entende
como inconstitucional a aplicação integral do trecho X.
Sobre esse assunto, bom ficar ligado, como tudo no direito é bagunça, visto que o STJ
impossibilitou tal combinação no que concerne ao tráfico de dorgas.
O ponto nerval é o art.273 do CP, por um problema, como tudo envolvendo penal e
sociedade, houve o aumento da pena nesses casos, assim alguém que falsifica um
xampu poderia ser condenado a no mínimo 10 anos de prisão.
O STJ vinha aplicando a pena do tráfico de dorgas ou contrabando, fazendo exatamente
essa combinação.
2021, O STF se manifestou e declarou a inconstitucionalidade do preceito
secundário da lei (pena) para a hipótese:
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos
em qualquer das seguintes condições:
Sendo nesses casos, aplicável a redação originária do art.273, que seria 1 – 3 anos.
OBS. É muito comum usar nesses casos o princípio da proporcionalidade, como nos
recordamos ele é uma moeda, posso usar ele para argumentar acerca de uma proibição
deficiente doutro lado, posso usar para defender uma proibição excessiva.
7.1.3 Sentenças TRANSITIVAS ou TRANSACIONAIS
Vemos uma espécie de negociação, como forme de evitar a retirada do ato, quando dar-
se a aplicação da teoria da nulidade.
a) Declaração de Inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade
Coloquialmente podemos resumir como: fera, ta errado, mas deixa do jeito que tá pra
não dar merda.
Podemos dizer que isso foi grande, no período de criação de municípios. Muito desses
casos ele disse é inconstitucional, mas iremos aguardar o prazo de 24 meses!
Depois de muita bronca, prazo passados, o legislativo convalidou os municípios.
b) Modulação Temporal de Efeitos
Para recordarmos:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria
de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Seu uso tá gigantesco: ações de controle concentrado; o STF vêm aplicando no difuso;
recepção / revogação de normas...
c) Inconstitucionalidade Progressiva ou Norma “ainda” Constitucional ou Norma
em trânsito para a inconstitucionalidade
De certa forma, autoexplicativo.
O grande exemplo foi a situação da Defensoria Pública e aplicação do prazo em dobro,
visto que ela não estava aparelhada, manteve-se o prazo em dobro, até o seu total
aparelhamento.
A DP aparelhada a manutenção do prazo em dobro seria um ferimento a isonomia,
comparado ao MP, que não tem prazo em dobro.
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
recorrida:
Acerca dessa disposição constitucional, tem se entendido que esse é RESP não poderá
ser contra tratados de DIREITOS HUMANOS aprovados no rito ESPECIAL!
Logo, o STJ julga em RESP, tratado gerais e de direitos humanos NÃO
APROVADOS NO RITO ESPECIAL.
OBS. Tal posição não é pacífica!
10.0 RECLAMAÇÃO
Em relação a sua natureza jurídica, existe controvérsia!
Contudo, majoritariamente ela é um DIREITO DE PETIÇÃO!
Gilmarzin, vê como uma ação propriamente dita.
Cabimento:
→ Garantir a correta aplicação de súmula
→ Preservar a autoridade das decisões de um Tribunal
→ Preservar a competência de um Tribunal
OBS. Pelo que entendi, outras esferas, como TJ local poderá receber reclamações!
Um ponto importantíssimo, é que ela é última, o que quero dizer, necessário antes
esgotar todas as possibilidades de reversão da decisão!
A erronia na observância de pronunciamento do Supremo formalizado, em recurso extraordinário, sob o
ângulo da repercussão geral, enseja, esgotada a jurisdição na origem considerado o julgamento de
agravo, o acesso ao Supremo mediante a reclamação (STF, RCL n. 26.874).
Posteriormente ao julgado acima, o STJ decidiu que a reclamação não é via adequada
para o controle de aplicação de tese de recurso repetitivo!
OBS. Em relação a legitimidade, alcança também as seccionais da OAB.
JURISPRUDÊNCIA
Livro de Súmulas – 22
Livro Verde – 31
Informativo 2021 – 35