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Direito Constitucional
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Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Supremacia da Constituição
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* Para todos verem: esquema sobre espécies ou tipos de inconstitucionalidades a partir dos Poderes Constituintes.
Originária Derivada
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Declaração de Inconstitucionalidade
a) Ação: ocorre quando o desrespeito à Constituição resulta de um ato positivo que não se
compatibiliza com os preceitos constitucionais. Por isso, também é chamada de
inconstitucionalidade positiva.
b) Omissão:
▪ Total (absoluta): corresponde à ausência total de normas regulamentadoras.
▪ Parcial (relativa): ocorre na hipótese de cumprimento imperfeito ou insatisfatório do
dever de legislar.
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Inconstitucionalidade formal
relativamente ao processo
Objetiva
legislativo;
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Inconstitucionalidade material
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Controle difuso
O controle difuso é caracterizado por permitir que todo e qualquer juiz ou tribunal possa
realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade da norma infraconstitucional com a
Constituição Federal.
Não é objeto central da lide, logo, a inconstitucionalidade é o aspecto secundário da
demanda. Nesse sentido, a alegação de (in)constitucionalidade da norma se daria de forma
incidental ou prejudicial, pois a centralidade da demanda é o que ensejou o pedido no caso
concreto (seja como inicial, como contestação, como recurso, etc), sendo a discussão sobre a
declaração de (in) constitucionalidade apenas uma elemento para apreciação do caso concreto
– fundamental para a decisão da lide.
Em havendo declaração de inconstitucionalidade da norma a ser aplicada no caso
concreto pela via difusa, a norma contestada não será excluída do sistema jurídico, surtindo seus
efeitos apenas as partes envolvidas na lide em questão.
Efeitos do
controle difuso
• Processo de abstrativização
O processo de abstrativização do controle difuso, à luz da nova orientação consolidada
no sistema de Corte Constitucional, evidencia uma mudança paradigmática, abrangente e efetiva
no que tange a atuação jurisdicional e legislativa, corolário lógico do processo de uniformização
e objetivação da Ordem normativa Constitucional. A mudança da acepção constitucional implica,
sobretudo, na redefinição do papel constitucional do STF em sede de controle difuso de
constitucionalidade, assumindo feição de estabilizador definitivo da Ordem Constitucional
Brasileira.
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O STF não funciona nesse sentido, como uma terceira ou quarta instância eventualmente,
antes pelo contrário, exerce o papel de guarda da Constituição, manifestando-se sorrateiramente
sobre ela. Motivo pelo qual, não se pode dizer que os recursos extraordinários são meios de
reforma e conserto dos julgados pelas instâncias inferiores, em verdade, sua preocupação deve
ser com questões objetivas, extraídas da subjetividade da causa.
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Controle concentrado
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4) É realizado em abstrato, sem que haja um caso concreto sob análise (ADI e ADC).
Contudo, importa uma análise mais detalhada a questão da ADPF, pois trata-se de ato do
poder público, abrangendo tanto ato normativo quanto ato concreto.
5) Natureza objetiva - o processo não tem partes, e, exatamente por isso, não está sujeito a
princípios constitucionais como ampla defesa e contraditório.
6) Seus efeitos são peculiares, quais sejam: eficácia erga omnes, efeito ex tunc e vinculantes
das decisões proferidas pelo STF, ou seja, são contra todos. A decisão ainda vincula os
órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública em todas as esferas, conforme
parágrafo 2º, do artigo 102, da Constituição Federal.
Autores legitimados
Foro competente é o estão previstos Não existe lide no
STF (ORIGINÁRIA); taxativamente na caso concreto;
Constituição;
Não se admite
Não se admite
desistência, pois
intervenção de Efeito erga omnes;
vigora o princípio da
terceiros;
indisponibilidade.
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• Liminares:
A função da medida de urgência, a liminar, em uma ação direta de inconstitucionalidade
não tem por finalidade assegurar um determinado direito subjetivo à efetividade do processo ou
à antecipação dos efeitos da tutela, mas sim, a suspensão DA EFICÁCIA DA LEI; IMPORTANTE:
As liminares atribuem-se efeito ex nunc.
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Legitimados
* Para todos verem: esquema sobre os legitimados para propor ADI e ADPF.
a Mesa de Assembléia
Legislativa ou da Câmara
Legislativa do Distrito Federal;
Especiais: precisam
o Governador de Estado ou do
demonstrar a pertinência
Distrito Federal;
temática
confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito
nacional.
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PERTINÊNCIA TEMÁTICA:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 8º, 9º E 10 DA LEI
COMPLEMENTAR ESTADUAL 125/2012, DE MINAS GERAIS. LEGITIMIDADE ATIVA
DAS ENTIDADES DE CLASSE. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 42, §§ 1º E
2º, E 142, § 3º, X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXIGÊNCIA DE LEI ESTADUAL
ESPECÍFICA. COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA O ESTABELECIMENTO DE NORMAS
GERAIS. ARTIGO 22, XXI E XXIII. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
estabelece os seguintes requisitos a serem atendidos pelas entidades de classe no
ajuizamento de ação de controle concentrado: a) abrangência nacional; b) delimitação
subjetiva da associação; c) pertinência temática; e d) compatibilidade entre a abrangência
da representação da associação e o ato questionado.
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“Ação direta de inconstitucionalidade. Lei estadual que fixa prazos máximos, segundo a
faixa etária dos usuários, para a autorização de exames pelas operadoras de plano de
saúde. Encontra-se caracterizado o direito de propositura. Os associados da requerente
estão unidos pela comunhão de interesses em relação a um objeto específico (prestação
do serviço de assistência suplementar à saúde na modalidade autogestão). Esse elemento
caracteriza a unidade de propósito na representação associativa, afastando a excessiva
generalidade que, segundo esta Corte, impediria o conhecimento da ação.” (ADI 4.701,
rel. min. Roberto Barroso, julgamento em 13-8-2014, Plenário, DJE de 25-8-2014.)
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• Associações Fracionárias:
As associações que representam fração de categoria profissional não são legitimadas para
instaurar controle concentrado de constitucionalidade de norma que extrapole o universo
de seus representados. Com base nessa orientação, o Plenário, em conclusão de
julgamento e por maioria, desproveu agravo regimental em arguição de descumprimento
de preceito fundamental, na qual se discutia a legitimidade ativa da Associação Nacional
dos Magistrados Estaduais (Anamages). Na espécie, a referida associação questionava
dispositivo da LC 35/1979 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional). A Corte assentou a
ilegitimidade ativa da mencionada associação. Manteve o entendimento firmado na
decisão agravada de que, se o ato normativo impugnado repercute sobre a esfera jurídica
de toda uma classe, não seria legítimo permitir-se que associação representativa de
apenas uma parte dos membros dessa mesma classe impugnasse a norma, pela via
abstrata da ação direta. O Ministro Barroso acompanhou a conclusão do relator, porém,
com fundamentação diversa. Assentou que as associações que representam fração de
categoria profissional seriam legitimadas apenas para impugnar as normas que afetassem
exclusivamente seus representados. Dessa forma, a sub-representação de grupos
fracionários de categorias profissionais estaria evitada, ao mesmo tempo em que se
respeitaria a restrição constitucional de legitimação ativa. Vencido o Ministro Marco
Aurélio, que dava provimento ao recurso. Apontava não ser possível o monopólio da
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) quanto à legitimidade para o processo
objetivo de controle de constitucionalidade. ADPF 254 AgR/DF, rel. Min. Luiz Fux,
18.5.2016. (ADPF-254)
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Procedimento da ADI
Pedido
• Não vale à regra da adstrição, ou
seja, o STF não se vincula aos
fundamentos jurídicos apresentados • Além da tutela principal (declaração
na peça inaugural (a causa de pedir de inconstitucionalidade dos
pode ser considerada aberta). dispositivos), pode conter também a
tutela de urgência (suspensão
imediata dos dispositivos).
Fundamentos
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Admitida a ADI, o relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais
emanou a lei ou o ato normativo impugnado. As informações serão prestadas no prazo de trinta
dias contado do recebimento do pedido.
Segundo o art. 8º da Lei nº 9.868/99, decorrido o prazo das informações, serão ouvidos,
sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão
manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias.
O PGR além de ser um dos legitimados universais para a propositura da ADI, deverá ser
previamente ouvido em todas as ações que tramitam perante o STF. Sua participação deverá
ser imparcial, na defesa da Constituição, podendo se manifestar tanto pela constitucionalidade
quanto pela inconstitucionalidade da norma, a depender das circunstâncias do caso.
É importante se destacar que o PGR não poderá desistir da ação direta por ele proposta,
bem como, está autorizado a opinar até mesmos nas ADI’s e nas ADC’s por ele propostas.
No tocante a atuação do AGU, o mesmo deverá ser citado para defender o ato ou texto
impugnado, desempenhando, pois, o papel de curador da presunção de constitucionalidade da
norma, vale dizer, de defensor legis. O AGU tem certa autonomia na atuação, existindo casos
que justifiquem sua opção pela inconstitucionalidade da lei, de acordo com a sua livre percepção
jurídica do assunto. Por exemplo: se a lei contrariar os interesses da União ou quando a própria
Corte já se manifestou pela inconstitucionalidade.
Na ADI, segundo o art. 7º, não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação
direta de inconstitucionalidade. A lei da ADI não admite intervenção de 3ºs, porém o parágrafo
2º do art. 7º da Lei abre a possibilidade do Amicus Curiae.
O Amicus Curiae solicita o seu ingresso para fornecer ao juiz ou tribunal elementos que
melhor fundamentem sua decisão. São dois os elementos (e cumulativos) os requisitos legais
para admissão do amicus:
▪ relevância da matéria;
▪ a representatividade dos postulantes.
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Medidas cautelares
É possível a concessão de medida cautelar em ADI. O STF exige para a sua concessão
que esteja, presentes os pressupostos legitimadores do fumus boni iuris e do periculum in mora.
Normalmente a medida cautelar é concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do
tribunal, desde que presentes na sessão pelo menos oito Min. Todavia, no período de recesso,
a cautelar poderá ser concedida pelo relator e referendada, posteriormente, pelo Tribunal Pleno.
Quanto aos efeitos da decisão concessiva da cautelar, temos:
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22,
após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo
impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.
§ 1º O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-
Geral da República, no prazo de três dias.
§ 2º No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos
representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela
expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
§ 3º Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a
audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo
impugnado.
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Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção
especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da
decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver
emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I
deste Capítulo.
§ 1º A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex
nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
§ 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente,
salvo expressa manifestação em sentido contrário.
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e
de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a
prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral
da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias,
submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar
definitivamente a ação.
As decisões de mérito proferidas pelo STF nas ADIs produzirão eficácia contra todos e,
em regra, com efeito ex tunc (retroativo). Este último deve-se a adoção da tese da nulidade, pois
o ato declarado inconstitucional é considerado nulo, e não meramente anulável, de forma que
nunca terá produzido nenhum efeito válido no ordenamento desde a sua edição.
Contudo, o art. 27 da Lei nº 9.868/99 autoriza o STF a modular temporalmente os efeitos
de sua decisão, desde que haja razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social e
que a decisão seja prolatada pela maioria qualificada de 2/3, ou seja, 8 ministros.
No tocante ao efeito vinculante que a decisão possui, pode-se dizer que atinge os demais
órgãos do Poder Judiciário e a administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal (art. 102, § 2º, CF/88).
A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade
da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo
menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação
declaratória de constitucionalidade.
Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de
inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento,
este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se
atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente
eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação
direta ou improcedente eventual ação declaratória.
Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela
expedição do ato.
A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato
normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de
embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
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A ADC foi introduzida no texto constitucional pela EC nº 3/1993, tendo sido sua
constitucionalidade questionada e confirmada pelo STF na ADC (QO) 1-DF. Trata-se de uma
ação objetiva integrante do controle concentrado de constitucionalidade que proporciona a
provocação da jurisdição constitucional exercida com exclusividade pelo STF e é regulamentada
pela Lei nº 9.868/99.
ADC Objeto
Apenas normas pós-
constitucionais podem ter sua
constitucionalidade discutida em
sede de ADC
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Inépcia
• A omissão inconstitucional total ou
parcial quanto ao cumprimento de dever
constitucional de legislar ou quanto à • A petição inicial inepta, não
adoção de providência de índole fundamentada, e a manifestamente
administrativa, e o pedido, com suas improcedente serão liminarmente
especificações. indeferidas pelo relator.
• Cabe agravo da decisão que indeferir a
petição inicial.
A petição inicial indicará
Art. 6º, lei nº 9.868/99. O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das
quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do
recebimento do pedido.
Poderá, ainda, solicitar a manifestação do AGU com prazo de 15 dias e também se o PGR
não for autor da demanda, deverá ter vista dos autos para manifestação no mesmo prazo de 15
dias. No tocante ao voto o relator o fará na presença de no mínimo 8 ministros e a Corte decidirá
sobre a ADO por maioria absoluta.
Os demais titulares referidos no art. 2º da lei nº 9.868/99 poderão manifestar-se, por
escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame
da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais.
O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser
encaminhada no prazo de 15 dias.
O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo,
por 15 dias, após o decurso do prazo para informações.
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A ADPF foi instituída no texto da atual Constituição e regulamentada pela Lei nº 9.882/99.
Os legitimados para propor a ADPF, são os mesmos da ADI, conforme estipula o art. 2º, I, da Lei
nº 9.882/99. A ADPF possui um parâmetro mais restrito que o das demais ações de controle
concentrado. Isso porque a arguição será manejada para, unicamente, a tutela dos preceitos
fundamentais, ou seja, para a defesa de somente alguns dispositivos constitucionais que possam
ser abarcados por este título.
Como não há indicação de quais são, efetivamente, os preceitos fundamentais, o STF
determinou, no julgamento da ADPF 1-RJ competir a Corte esta definição.
A ADPF é um instrumento de controle concentrado cujo manejo é extraordinário e
supletivo, autorizado unicamente naquelas situações de inexistência de outro meio apto a sanar
a lesividade. Assim, sendo cabível ADI ou ADC, não será admissível a propositura da ADPF. O
STF reconhece a Fungibilidade entre a ADI e a ADPF, logo se a ADPF for equivocadamente
utilizada, pode a Corte determinar o aproveitamento do feito como ADI.
Quanto ao cabimento de ADPF nos caos relativos ao controle de legitimidade:
▪ Direito pré-constitucional (normas anteriores da CF/88); ou então posteriores a 1988,
todavia anteriores à norma constitucional invocada como parâmetro modificada por
emenda constitucional);
▪ Do direito municipal em face da CF;
▪ Controvérsias sobre direito pós-constitucional já revogado ou cujos efeitos já se
exauriram;
▪ Haverá também cabimento de ADPF diante de decisões judiciais construídas a partir de
interpretações violadoras de preceitos fundamentais.
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Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte
dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União.
A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos
do Poder Público.
Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição de
descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de
seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em arguição de
descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação
rescisória.
Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Federal, na forma do seu Regimento Interno
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QUESTÕES
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
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( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
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(A) não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, pois não se insere no conceito
de ato normativo federal, mas pode ser de arguição de descumprimento de preceito
fundamental.
(B) não pode ser objeto de controle de constitucionalidade pela via difusa.
(C) não pode ser objeto de controle de constitucionalidade, pois se amalgama à Constituição
e eventuais antinomias devem ser consideradas meramente aparentes, solucionadas
pelos princípios de hermenêutica constitucional aceitos.
(D) pode ser objeto de controle difuso e concentrado de constitucionalidade e o parâmetro de
controle são as limitações procedimentais, materiais e circunstanciais impostas ao
constituinte derivado.
(E) pode ser objeto de controle difuso e concentrado de constitucionalidade por meio de
arguição de descumprimento de preceito fundamental e o parâmetro de controle são as
limitações procedimentais e circunstanciais impostas ao constituinte derivado.
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) III.
(D) IV
(E) II, III e IV.
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(A) em sede de medida liminar, pode ser determinada a suspensão dos efeitos de decisões
judiciais relacionadas com a matéria objeto da ADPF, admitida a relativização dos
decorrentes de coisa julgada, por decisão de maioria qualificada do STF, diante de
circunstâncias de excepcional interesse social.
(B) admite-se o ingresso de amici curiae na ADPF, pela aplicação, por analogia, do
estabelecido em lei relativamente à ação direta de inconstitucionalidade, desde que
demonstradas a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes.
(C) considerado seu caráter subsidiário, não pode a ADPF ser conhecida como ação direta
de inconstitucionalidade, acaso manejada em hipótese de cabimento desta, sendo
inaplicável o princípio da fungibilidade entre ações de controle concentrado.
(D) não se admite a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade em sede
de ADPF, por ausência de previsão legal, diferentemente do que ocorre em relação às
ações direta de inconstitucionalidade e declaratória de constitucionalidade.
(E) as normas processuais destinadas a resguardar os interesses da Fazenda Pública, a
exemplo da exigência de intimação pessoal dos entes públicos para início da contagem
de prazos, são aplicáveis no âmbito da ADPF, embora não o sejam nos demais processos
de controle concentrado, por sua natureza objetiva.
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