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DIREITO
CONSTITUCIONAL
MATEUS SILVEIRA
CAROLINE RITT
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Prof. Mateus Silveira
Direito Constitucional
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Gabarito ............................................................................................................................. 33
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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1. Direitos políticos
Assim, os direitos políticos são instrumentos por meio dos quais a CF garante o exercício
da Soberania Popular.
Quanto à democracia estabelecida no Brasil pelo Art. 1º, parágrafo único da CF, temos o
seguinte:
Democracia
Democracia no O povo elege representantes
representativa
Brasil
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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Direitos políticos
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Plebiscito X Referendo
Conceito Congresso Instrumento Principal diferença
Nacional utilizado (momento da
(Competência consulta)
Exclusiva)
Plebiscito Consulta formulada ao Art. 49, XV – Decreto Prévia (é convocado
povo (aqueles que Convocação de legislativo com anterioridade
tenham capacidade Plebiscito ao ato legislativo ou
eleitoral ativa) para que administrativo,
delibere sobre matéria cabendo ao povo
de acentuada relevância, aprovar ou denegar
de natureza este)
constitucional, legislativa
ou administrativa
Referendo Consulta formulada ao Art. 49, XV – Decreto Posterior (é
povo (aqueles que Autorização de legislativo convocado
tenham capacidade Referendo posteriormente ao
eleitoral ativa) para que ato legislativo ou
delibere sobre matéria administrativo,
de acentuada relevância, cabendo ao povo
de natureza ratificar ou rejeitar)
constitucional, legislativa
ou administrativa
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Voto: Meio pelo qual se exerce o sufrágio ativo, tem as seguintes características que se
configuram em cláusula pétrea: Direto, Secreto, Universal e Periódico (art. 60, § 4º, da CF). Com
valor igual para todos, que trata-se de uma cláusula pétrea implícita na CF, assim como o povo
sendo o titular do poder constituinte e o próprio art. 60, da CF.
Art. 2º Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere
sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou
administrativa.
§ 1º O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo,
cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
§ 2º O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo,
cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.
Iniciativa Popular: para propor projetos de Lei Ordinária e Lei Complementar, art. 61, §
2º, da CF c/c Art. 13, “caput” da Lei nº 9.709/98:
Mnemônico: 150,3
Projeto Federal de iniciativa popular: será proposta junto a Câmara dos deputados e
subscrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional; de pelo menos 5 estados; e ao menos 0,3%
dos eleitores de cada um dos estados;
Projeto Estadual de iniciativa popular: deverá ser regulada por uma Lei Ordinária (art. 27,
§ 4º da CF/88);
Projeto Municipal de iniciativa popular: será subscrita por no mínimo 5% do eleitorado (art.
29, XIII da CF/88);
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ente político (País, Estados ou Municípios) convoque uma consulta popular para revogar o
mandato popular antes conferido.
Sufrágio é o direito de votar e ser votado. Capacidade eleitoral ativa (direito de votar, capacidade
de ser eleitor, alistabilidade) e capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado, elegibilidade).
O exercício do sufrágio ativo ocorre pelo voto que tem como pressupostos: alistamento eleitoral
(título de eleitor); nacionalidade brasileira ou português equiparado (art. 12, § 1º, CF/88); idade
mínima de 16 anos; não ser conscrito.
Não podem se alistar como eleitores os conscritos e os estrangeiros (art. 14, § 2º).
O Voto é Direto (o cidadão vota diretamente no candidato, sem intermediário, exceção art. 81, §
1º), Secreto (não se dá publicidade a opção do eleitor), Universal (não é restrito ou
discriminatório), Periódico (mandatos comprazo determinado), Livre (a obrigatoriedade é de
comparecer), Personalíssimo (sem procurador) e Igualitário (um homem, um voto).
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Atenção posição do STF – É possível cancelar título eleitoral de eleitor que não
comparece ao procedimento de revisão eleitoral determinado pela justiça eleitoral.
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STF – Proibiu a figura do Prefeito Itinerante, ou seja, um prefeito reeleito não poderá
buscar um 3º mandato consecutivo como prefeito, mesmo que em município diverso.
“O instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade
administrativa, mas também no princípio republicano, que impede a perpetuação de uma
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Inelegibilidade relativa em razão da função para obter um 3º mandato – art. 14, § 5º, da
CF/88.
Inelegibilidade em razão da função para concorrer a outro cargo – art. 14, § 6º, da CF/88.
Candidatura a outro cargo – art. 14, § 6º da CF.
Atenção ao STF:
Presidente da câmara municipal que substitui ou sucede o prefeito nos seis meses
anteriores ao pleito é inelegível para o cargo de vereador. CF, art. 14, § 6º. Inaplicabilidade
das regras dos § 5º e § 7º do art. 14, CF. [RE 345.822, rel. min. Carlos Velloso, j. 18-11-
2003, 2ª T, DJ de 12-12-2003.]
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substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo
e candidato à reeleição.
Atenção ao STF:
O art. 14, § 8º da CF estabelece de modo expresso que o militar que seja alistável é
elegível, ou seja, pode ser eleito. Contudo, estabelece regras:
Regras
Com + de 10 anos de serviço o militar será
agregado (afastamento temporário) pela
autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
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Atenção o STF que decidiu sobre a controvérsia envolvendo os efeitos do Art. 14, § 8º da
CF no seguinte julgado:
Deste modo, a constituição federal determinou que para estabelecer novas situações de
inelegibilidades só é possível mediante a edição de lei complementar, sob pena de
inconstitucionalidade formal.
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Art. 14, § 10 da CF - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; (Perda)
II - incapacidade civil absoluta; (Suspensão)
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
(Suspensão)
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do
art. 5º, VIII; (Perda)
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (Suspensão)
Para todos verem: esquema sobre perdas e suspensão dos direitos políticos.
• Cancelamento da naturalização por sentença • Incapacidade civil absoluta (art. 15, II),
transitada em julgado (art. 15, I), Recusa de condenação criminal transitada em julgado (art.
cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 15, III), improbidade administrativa nos termos
alternativa (art. 15, IV) – a maioria da doutrina do art. 37, § 4º (art. 15, V).
de direito eleitoral entende que é caso de
suspensão - e perda da nacionalidade brasileira
em virtude de aquisição de outra (art. 12, § 4º,
II).
A perda dos direitos políticos pelo motivo do Art. 15, I da CF se dá por sentença e por este
motivo a reaquisição de dos direitos se for possível só poderá ocorrer por meio de ação
rescisória. Já na hipótese de perda por recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, a reaquisição dos direitos políticos só ocorrerá quando a pessoa, a qualquer tempo,
realizar a obrigação que estava em débito.
No caso da perda dos direitos políticos pela aquisição de outra nacionalidade, só poderá
voltar a exercer os direitos políticos no BR se readquirir a nacionalidade brasileira nos termos do
Art. 76 da Lei nº 13.445/17 (Lei de Migração).
Nas hipóteses de suspensão dos direitos políticos a reaquisição dos direitos ocorrerá
quando os motivos que determinaram a suspensão forem extintos.
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Art. 16 da CF. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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2. Partidos políticos
2.1. Conceito
Partido político pode ser conceituado como uma “... organização de pessoas reunidas em
torno de um mesmo programa político com a finalidade de assumir o poder e de mantê-lo ou, ao
menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de críticas e oposição”.
Para José Afonso da Silva, partido político “... é uma agremiação de um grupo social que
se propõe organizar, coordenar e instrumentar a vontade popular com o fim de assumir o poder
para realizar seu programa de governo. No dizer de Pietro Virga: ‘são associações de pessoas
com uma ideologia ou interesses comuns, que, mediante uma organização estável (Partei-
Apparati), miram exercer influência sobre a determinação da orientação política do país’”.
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• caráter nacional;
• proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
• prestação de contas à Justiça Eleitoral;
• funcionamento parlamentar de acordo com a lei;
• vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
Art. 28, §12, da Lei Federal 9.504/1997 (Lei das Eleições). Prestação de Contas das
doações de partidos para candidatos. Necessidade de identificação dos particulares
responsáveis pela doação ao partido. Exigência republicana de transparência. O grande
desafio da democracia representativa é fortalecer os mecanismos de controle em relação
aos diversos grupos de pressão, não autorizando o fortalecimento dos ‘atores invisíveis
de poder’, que tenham condições econômicas de desequilibrar o resultado das eleições e
da gestão governamental. Os princípios democrático e republicano repelem a manutenção
de expedientes ocultos no que concerne ao funcionamento da máquina estatal em suas
mais diversas facetas. É essencial ao fortalecimento da democracia que o seu
financiamento seja feito em bases essencialmente republicanas e absolutamente
transparentes. Prejudica-se o aprimoramento da democracia brasileira quando um dos
aspectos do princípio democrático — a democracia representativa — se desenvolve em
bases materiais encobertas por métodos obscuros de doação eleitoral. Sem as
informações necessárias, entre elas a identificação dos particulares que contribuíram
originariamente para legendas e para candidatos, com a explicitação também destes, o
processo de prestação de contas perde em efetividade, obstruindo o cumprimento, pela
justiça eleitoral, da relevantíssima competência estabelecida no art. 17, III, da CF.[ADI
5.394, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 22-3-2018, P, DJE de 18-2-2019.]
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Assegura-se aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento, devendo constar dos estatutos partidários normas a respeito da
fidelidade e disciplina partidárias, podendo prever sanções em caso da infidelidade partidária,
não podendo nunca, porém, ensejar a perda do mandato, cujas hipóteses estão taxativamente
previstas no art. 15 da CF, que repudia, de forma expressa, a cassação de direitos políticos.
“... por maioria, deferiu medida liminar em ação direta ajuizadapelo Procurador-Geral da
República para suspender, até decisão final da ação, o § 1.º do art. 8.º da Lei n. 9.504/97,
que assegura aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou
de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura
que estiver em curso, o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que
estejam filiados. Considerou-se que a norma atacada ofende, à primeira vista, o princípio
da autonomia dos partidos políticos, previsto no art. 17, § 1.º, da CF (...). Os Ministros
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Ellen Gracie e Maurício Corrêa deferiram a cautelar com fundamento mais extenso, qual
seja, a aparente ofensa ao princípio da igualdade entre os detentores de mandato eletivo
e os integrantes do partido. Vencido o Min. Ilmar Galvão, que indeferia a medida liminar,
por entender que o referido dispositivo estabelece a conciliação entre a autonomia dos
partidos e o direito do filiado que, abandonando sua vida profissional, se dedica ao
exercício de mandatos” (Inf. 265/STF, ADI 2.530). Portanto, com esse entendimento, fica
suspensa a denominada “candidatura nata” (matéria pendente de julgamento pelo STF).
A constituição dos partidos políticos consolida-se na forma da lei civil, perante o Serviço
de Registro Civil de Pessoas Jurídicas competente (art. 8.º da Lei n. 9.096/95) e, posteriormente,
já tendo adquirido a personalidade jurídica, formaliza-se com o registro de seus estatutos perante
o TSE.
Essa regra é corroborada pelos arts. 45 e 985 do Código Civil de 2002, que, trazendo
disposições gerais, fixa o início da existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por
que passar o ato constitutivo. O art. 120 da Lei de Registros Públicos, lei especial, estabelece os
requisitos específicos.
Vale lembrar que o ato do TSE que analisa o pedido de registro partidário não tem caráter
jurisdicional, mas, conforme asseverou o STF, tem natureza meramente administrativa. Por esse
motivo, o STF entendeu que, em razão da inexistência do caráter jurisdicional contra a decisão
do TSE, não caberia a interposição de recurso extraordinário (RE 164.458-AgR, Rel. Min. Celso
de Mello, j. 27.04.1995, DJ de 02.06.1995).
Além disso, observa-se que os partidos políticos, uma vez constituídos e com registro
perante o TSE, têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão,
na forma da lei (art. 17, § 3.º), sendo beneficiados pela imunidade tributária prevista no art. 150,
VI, “c”, da CF, nos seguintes termos: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir
imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações”.
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“Entendeu-se que os dispositivos impugnados violam o art. 1.º, V, que prevê como um dos
fundamentos da República o pluralismo político; o art. 17, que estabelece ser livre a
criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana; e o art. 58, § 1.º, que assegura, na constituição das Mesas e das comissões
permanentes ou temporárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa, todos da CF”. Ainda não se poderia deixar de preservar as minorias
parlamentares: “no Estado Democrático de Direito, a nenhuma maioria é dado tirar ou
restringir os direitos e liberdades fundamentais da minoria, tais como a liberdade de se
expressar, de se organizar, de denunciar, de discordar e de se fazer representar nas
decisões que influem nos destinos da sociedade como um todo, enfim, de participar
plenamente da vida pública” (ADI 1.351/DF e ADI 1.354/DF, Rel. Min. Marco Aurélio,
07.12.2006 — Inf. 451/STF).
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Em complemento ao tema, cabe observar decisão bastante complexa proferida pelo STF
em relação à transferência ou não do direito de sucessão ao novo partido em razão de mudança
por justa causa, na hipótese de superveniente vacância, no caso concreto, em razão de morte
do parlamentar eleito.
A situação concreta envolvia a mudança de partido pelo então Deputado Federal Clodovil
Hernandez, famoso estilista, tendo sido reconhecida a justa causa pelo TSE.
Com a morte de Clodovil, surgiu a questão de saber se o suplente deveria ser do partido
pelo qual ele foi eleito ou do novo partido que o recebeu em virtude da mudança por justa causa.
A questão foi resolvida pelo Pleno no julgamento do MS 27.938, nos seguintes termos:
Conforme anotou o Min. Joaquim Barbosa, “como a troca de partidos não é submetida ao
crivo do eleitor, o novo vínculo de fidelidade partidária não recebe legitimidade democrática
inequívoca para a sua perpetuação e, assim, não há a transferência da vaga à nova sigla”.
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Esse entendimento foi confirmado pela Corte Eleitoral na Res. n. 22.610/2007 que
disciplinou o processo de perda de cargo eletivo, bem como o de justificação de desfiliação
partidária.
O STF definiu como competente a Justiça Eleitoral para dispor sobre o tema da perda de
mandato, tendo em vista o seu poder regulamentar (ADI 3.999 e ADI 4.086, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, j. 12.11.2008, DJE de 17.04.2009).
No entanto, a ADI 5.081 trouxe ponto diverso através do PGR, que questionou:
A Justiça Eleitoral teria legitimidade para estender a regra da fidelidade partidária aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário (Chefes do Executivo e Senadores da República)?
A resposta é negativa. Desta forma, em 2015, a Corte, por unanimidade, fixou a seguinte
tese: “a perda do mandato em razão da mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos
pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo
eleitor”.
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5) (CESPE/CEBRASPE – PGE-PE – 2019) Direitos políticos ativos são os direitos políticos que
permitem ao cidadão candidatar-se e receber votos para um cargo eletivo.
( ) certo
( ) errado
8) (FCC – TRT11 – 2017) Considere a seguinte situação hipotética: Hugo, Leonardo e Jaílma
pretendem criar o partido político Y. Hugo propõe que seja contatada determinada entidade
estrangeira com a finalidade de receber dela recursos financeiros para o novo partido; Leonardo
sugere que seja criado o partido em caráter regional; Jaílma sugere a utilização, pelo novo
partido, de organização paramilitar. Com relação a tais sugestões,
(A) todas são admissíveis porque os partidos políticos podem receber recursos financeiros de
entidade estrangeira, além de ser possível o seu caráter regional, sendo permitida a utilização
de organização paramilitar.
(B) são inadmissíveis as de Hugo e de Jaílma, porque os partidos políticos estão proibidos de
receber recursos financeiros de entidade estrangeira, sendo vedada a utilização de
organização paramilitar, mas é admissível a de Leonardo, pois os partidos políticos podem
ter caráter regional.
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(C) são inadmissíveis as de Hugo e de Leonardo, porque os partidos políticos estão proibidos de
receber recursos financeiros de entidade estrangeira e devem ter caráter nacional, mas é
admissível a de Jaílma, pois é permitida, pelos partidos políticos, a utilização de organização
paramilitar.
(D) são inadmissíveis as de Leonardo e Jaílma, porque os partidos políticos devem ter caráter
nacional, sendo vedada a utilização de organização paramilitar, mas é admissível a de Hugo,
pois é permitido, aos partidos políticos, o recebimento de recursos financeiros de entidade
estrangeira.
(E) todas são inadmissíveis, porque os partidos políticos estão proibidos de receber recursos
financeiros de entidade estrangeira e devem ter caráter nacional, sendo vedada a utilização
de organização paramilitar.
9) (FCC – TRF5 – 2017) Fernando, um dos fundadores do partido político “Força e Fé”, deseja
fundi-lo ao partido político “Força e Crença”, cuja proposta programática é complementar à sua.
Visa, ainda, buscar novas fontes de financiamento da atividade partidária, cogitando, para tanto,
contar com o apoio de entidade ou governo estrangeiros. Em conformidade com a Constituição
Federal, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os
direitos fundamentais da pessoa humana, a
(A) referida fusão é livre, sendo proibido, contudo, o recebimento de recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou a subordinação a estes.
(B) referida fusão é livre, sendo permitido, ainda, o recebimento de recursos financeiros de
governo estrangeiro, bem como a subordinação a este, desde que respeitada a legislação
pátria.
(C) criação, a incorporação e a extinção de partidos políticos são livres, mas é proibida a referida
fusão, sendo permitido o recebimento de recursos financeiros de entidade estrangeira,
embora proibida a subordinação a esta.
(D) criação e a extinção de partidos políticos são livres, mas são proibidas a referida fusão ou a
incorporação, sendo ainda proibido o recebimento de recursos financeiros de entidade ou
governo estrangeiros ou a subordinação a estes.
(E) referida fusão é livre, sendo permitido o recebimento de recursos financeiros de governo
estrangeiro, mas proibido o de entidades estrangeiras, assim como a subordinação a estas.
10) (FCC – TRT24 – 2017) A Constituição Federal assegura aos Partidos Políticos
(A) recursos do fundo partidário limitado a cinco vezes a participação do partido político no
Congresso Nacional, bem como o acesso oneroso ao rádio e à televisão.
(B) autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, com obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
(C) autonomia para criação de partidos políticos, sendo que após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Supremo Tribunal Federal.
(D) autonomia para criação de partidos políticos, sendo que após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Congresso Nacional.
(E) a livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana, observados preceitos constitucionais, devendo seus estatutos estabelecer normas
de disciplina e fidelidade partidária.
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Direitos políticos
1) Certo;
2) Certo;
3) Certo;
4) Certo;
5) Certo;
6) D;
7) C;
8) E;
9) A;
10) A.
Partidos políticos
1) Errado;
2) Errado;
3) Errado;
4) Certo;
5) Errado;
6) C;
7) B;
8) E;
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9) A;
10) E;
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