Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 04
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sumário
Sumário .................................................................................................. 1
1 – Direitos Políticos.................................................................................. 2
1.1 - Direitos políticos positivos ............................................................. 2
1.2 - Capacidade eleitoral ativa ............................................................... 4
1.3 – Capacidade eleitoral passiva ........................................................... 6
2 – Direitos Políticos Negativos ................................................................... 8
2.1 - Privação dos direitos políticos ........................................................ 10
2.2- Inelegibilidades ............................................................................. 12
2.3 inelegibilidade por motivos funcionais ............................................... 13
3 – Inelegibilidade reflexa ........................................................................ 16
4 – Princípio da anterioridade eleitoral ....................................................... 21
5 – Partidos políticos ............................................................................... 21
6 – Direito de nacionalidade ..................................................................... 25
6.1 - Naturalização secundária............................................................... 29
6.2 - Portugueses equiparados .............................................................. 31
6.3 - Condição Jurídica do Naturalizado .................................................. 33
6.4- Perda da Nacionalidade .................................................................. 34
6.6 - Extradição ................................................................................... 37
6.7 – Expulsão..................................................................................... 41
6.8 – Deportação ................................................................................. 43
6.9 – Asilo e refúgio ............................................................................. 43
Resumo da aula ...................................................................................... 52
Questões comentadas ............................................................................. 56
Questões sem comentários ...................................................................... 87
“”a perda do mandato em razão da mudança de partido não se aplica aos candidatos
eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das
escolhas feitas pelo eleitor”, além de declararem inconstitucionais as expressões “ou o
vice”, do artigo 10, “e, após 16 de outubro corrente, quanto a eleições pelo sistema
majoritário”, do artigo 13, e conferiram interpretação conforme a Constituição Federal
ao termo “suplente”, do artigo 10, todos da Resolução 22.610/2007 do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE)..
Hipóteses de
perda e
Inelegibilidades
suspensão
direitos políticos
Direitos
políticos
negativos
PRIVAÇÃO DOS
DIREITOS
POLÍTICOS
Suspensão Perda
A suspensão pela incapacidade civil absoluta (inc. II) deverá ocorrer mediante
intervenção judicial (decretação de interdição).
No caso de condenação criminal transitada em julgado (inc. III), merece
atenção a controvérsia a respeito da situação do parlamentar, porquanto o STF,
no RE 179.502- SP, rel. Min. Moreira Alves, asseverou que a suspensão dos
direitos políticos é imediata, implicando também a imediata perda do mandato
eletivo. Na mesma assentada, firmou o STF tratar-se de norma autoaplicável,
que independe, para sua imediata incidência, de qualquer ato de intermediação
legislativa. Essa posição foi reafirmada na Ação Penal (AP) 470 (caso mensalão)
, onde a Corte decidiu que os parlamentares condenados criminalmente –
Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-
SP) – deveriam perder seus mandatos com o trânsito em julgado do acórdão
(decisão colegiada) condenatório. Nesse caso, caberia à Mesa da Câmara
apenas declarar a perda do mandato.
Menos de um ano depois, todavia, na Ação Penal 565, em relevante mudança
de posição, o mesmo Tribunal decidiu que:
(...) essa relação natural entre suspensão dos direitos políticos e perda do cargo
público (...) não se estabelece como consequência natural. E a Constituição, no art.
55, parágrafo 2º, diz claramente que, nesses casos, a perda do mandato será decidida
pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal por (...) maioria absoluta,
mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.(AP 565, rel. min. Cármen Lúcia, voto
do min. Teori Zavascki, j. 8-8-2013).
Nesse caso, por determinação do art. 55, § 2º, da CF/88, ficou definido que
perda do mandato será decidida pela Casa a que pertencer o congressista,
por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido
político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Mais recentemente, porém, na AP 694/ MT, Rel. Min. Rosa Weber, j. 2/5/2017,
numa posição intermediária, o STF afirmou que, como regra, é da
competência das Casas Legislativas decidir sobre a perda do mandato
do Congressista condenado criminalmente (artigo 55, VI e § 2º, da CF). No
entanto, essa regra deve ser excepcionada quando a condenação impõe o
cumprimento de pena em regime fechado, e não viável o trabalho externo
2.2- Inelegibilidades
A inelegibilidade por motivos funcionais está delineada no art. 14, §5º, que
afirma:
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subsequente.
3 – Inelegibilidade reflexa
Assim, em caso de condenação nos crimes ora elencados, e.g, por Tribunal de
Justiça ou Tribunal Regional Federal, 1ainda que passível de recurso, ficaria o
virtual candidato inelegível para concorrer na disputa eleitoral desde a
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da
pena.
Ficam também de fora da disputa eleitoral os condenados por
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado (Tribunal
Regional Eleitoral), em processo de apuração de abuso do poder econômico ou
político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. Essa mesma
sanção é extensível aos que tiverem suas contas relativas ao exercício de
cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure
ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do
órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder
Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes,
contados a partir da data da decisão.
Nesse ponto, decidiu o STF, no RE 848826, que é exclusivamente da Câmara
Municipal a competência para julgar as contas de governo e as contas de gestão
dos prefeitos, cabendo ao Tribunal de Contas auxiliar o Poder Legislativo
municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, que somente poderá ser
derrubado por decisão de 2/3 dos vereadores. Assim, o parecer emitido pelo
Tribunal de Contas não gera automaticamente a inelegibilidade prevista pela
Lei Complementar 64/1990, com as alterações promovidas pela lei da Ficha
Limpa.
Ainda sobre o tema, ficam também inelegíveis os que forem condenados à
suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade
administrativa que importe lesão ao patrimônio público e
enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o
5 – Partidos políticos
6 – Direito de nacionalidade
Para que seja excluída a atribuição de nacionalidade pelo critério “jus soli”, é
necessário o cumprimento cumulativo de 2 dois requisitos:
Essa hipótese foi inserida pela EC 54/07 após modificação do texto original da
constituição pela Emenda de Revisão nº 3, dispositivo que aboliu a
possibilidade de aquisição originária de nacionalidade brasileira pelo registro na
repartição externa competente. Segundo a suscitada emenda de revisão,
seriam brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros,
desde que fixassem residência no Brasil e optassem, a qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira.
Embora essa previsão estimulasse um maior vínculo entre os filhos de pais
brasileiros e o Brasil, criava a incômoda situação de apatridia dos filhos de
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.
Nos termos do Art. 66, o prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65
será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das
seguintes condições:
residência no Brasil por um período maior que quinze anos, bem como a
ausência de condenação penal. Diferentemente da ordinária, a naturalização
extraordinária não requer a análise da conveniência e oportunidade do ato
administrativo, entendendo a doutrina e jurisprudência de maneira pacífica que
o interessado tem direito subjetivo à nacionalidade brasileira, possuindo a
portaria que reconhece essa condição efeito meramente declaratório.
Portanto, trata-se de ato vinculado do Presidente da República, tendo afirmado
o STF que:
V - da carreira diplomática;
menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas
jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer,
direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de
dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e
estabelecerão o conteúdo da programação”.
6.6 - Extradição
(...) O pedido ora formulado, tal como deduzido, consubstancia verdadeiro pleito de
extradição ativa, revelando-se estranho, por isso mesmo, à competência originária do
Supremo Tribunal Federal. Esta Corte é competente para julgar, unicamente, o
pedido de extradição passiva (...) (Ext 1011, Rel. Min. Eros Grau, DJ 25/10/2005).
6.7 – Expulsão
II - o expulsando:
E) extradição.
Correta, como vimos, a letra a.
6.8 – Deportação
VISTO HUMANITÁRIO
Tipificação Conceito
tiveram como pano de fundo o sistema proporcional, que é adotado para a eleição de
deputados federais, estaduais e vereadores. As características do sistema
proporcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade
partidária importante para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no
momento da eleição sejam minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se
decretar a perda do mandato do candidato que abandona a legenda pela qual se
elegeu. O sistema majoritário, adotado para a eleição de presidente, governador,
prefeito e senador, tem lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional.
As características do sistema majoritário, com sua ênfase na figura do candidato,
fazem com que a perda do mandato, no caso de mudança de partido, frustre a
vontade do eleitor e vulnere a soberania popular (CF, art. 1º, parágrafo único; e
art. 14, caput). (ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27/05/2015).
Militar da ativa (sargento) com mais de dez anos de serviço. Elegibilidade. Filiação
partidária. (...) Se o militar da ativa é alistável, é ele elegível (CF, art. 14, § 8º).
Porque não pode ele filiar-se a partido político (CF, art 42, § 6º), a filiação partidária
não lhe é exigível como condição de elegibilidade, certo que somente a partir do
registro da candidatura é que será agregado (CF, art. 14, § 8º, II; Código Eleitoral,
art. 5º, parágrafo único; Lei 6.880, de 1980, art. 82, XIV, § 4º). (AI 135.452, rel. min.
Carlos Velloso, j. 20/09/1990).
vedada pelo art. 5º, XXXV, da Constituição, mercê de incabível a invocação de direito
adquirido ou de autoridade da coisa julgada (que opera sob o pálio da cláusula rebus
sic stantibus) anteriormente ao pleito em oposição ao diploma legal retromencionado;
subjaz a mera adequação ao sistema normativo pretérito (expectativa de direito).
A razoabilidade da expectativa de um indivíduo de concorrer a cargo público eletivo, à
luz da exigência constitucional de moralidade para o exercício do mandato (art. 14,
§ 9º), resta afastada em face da condenação prolatada em segunda instância ou por
um colegiado no exercício da competência de foro por prerrogativa de função, da
rejeição de contas públicas, da perda de cargo público ou do impedimento do exercício
de profissão por violação de dever ético-profissional. A presunção de inocência
consagrada no art. 5º, LVII, da CF deve ser reconhecida como uma regra e
interpretada com o recurso da metodologia análoga a uma redução teleológica, que
reaproxime o enunciado normativo da sua própria literalidade, de modo a reconduzi-la
aos efeitos próprios da condenação criminal (que podem incluir a perda ou a
suspensão de direitos políticos, mas não a inelegibilidade), sob pena de frustrar o
propósito moralizante do art. 14, § 9º, da CF. Não é violado pela LC 135/2010 o
princípio constitucional da vedação de retrocesso, posto não vislumbrado o
pressuposto de sua aplicabilidade concernente na existência de consenso básico, que
tenha inserido na consciência jurídica geral a extensão da presunção de inocência para
o âmbito eleitoral. O direito político passivo (ius honorum) é possível de ser restringido
pela lei, nas hipóteses que, in casu, não podem ser consideradas arbitrárias,
porquanto se adéquam à exigência constitucional da razoabilidade, revelando
elevadíssima carga de reprovabilidade social, sob os enfoques da violação à
moralidade ou denotativos de improbidade, de abuso de poder econômico ou de poder
político. O princípio da proporcionalidade resta prestigiado pela LC 135/2010, na
medida em que: (i) atende aos fins moralizadores a que se destina; (ii) estabelece
requisitos qualificados de inelegibilidade e (iii) impõe sacrifício à liberdade individual
de candidatar-se a cargo público eletivo que não supera os benefícios socialmente
desejados em termos de moralidade e probidade para o exercício de referido munus
publico. O exercício do ius honorum (direito de concorrer a cargos eletivos), em um
juízo de ponderação no caso das inelegibilidades previstas na LC 135/2010, opõe-se à
própria democracia, que pressupõe a fidelidade política da atuação dos representantes
populares. A LC 135/2010 também não fere o núcleo essencial dos direitos políticos,
na medida em que estabelece restrições temporárias aos direitos políticos passivos,
sem prejuízo das situações políticas ativas. O cognominado desacordo moral razoável
impõe o prestígio da manifestação legítima do legislador democraticamente eleito
acerca do conceito jurídico indeterminado de vida pregressa, constante do art. 14,
§ 9º, da CF. O abuso de direito à renúncia é gerador de inelegibilidade dos detentores
de mandato eletivo que renunciarem aos seus cargos, posto hipótese em perfeita
compatibilidade coma repressão, constante do ordenamento jurídico brasileiro (v.g., o
art. 53, § 6º, da CF e o art. 187 do CC), ao exercício de direito em manifesta
transposição dos limites da boa-fé. A inelegibilidade tem as suas causas previstas nos
§§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, que se traduzem em condições
objetivas cuja verificação impede o indivíduo de concorrer a cargos eletivos ou, acaso
eleito, de os exercer, e não se confunde com a suspensão ou perda dos direitos
Resumo da aula
1. Os direitos políticos positivos consistem no conjunto de normas que
asseguram o direito subjetivo de participação no processo político e nos
órgãos governamentais;
2. Os direitos políticos negativos são as normas que limitam o exercício da
cidadania, que impedem a participação dos indivíduos na vida política
estatal, tais como inelegibilidades, perda e suspensão dos direitos
políticos.
3. O direito de sufrágio expressa-se pela capacidade de eleger, ser eleito e,
de uma forma geral, participar da vida política do Estado.
Questões comentadas
Comentários:
A) É possível a recuperação dos direitos políticos, a despeito dos termos perda e
suspensão induzirem o raciocínio de que apenas no último caso seria possível a
reaquisição do “status civitatis”. Questão incorreta.
B) A capacidade eleitoral passiva também é atingida nesses casos. Questão
incorreta.
C) Até mesmo o texto constitucional promove a diferenciação entre os conceitos ao
afirmar que “é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de...”. Questão incorreta.
D) A condenação criminal acarreta a suspensão dos direitos políticos. Questão
incorreta.
E) Segundo o Inc. II do § 4º do art. 12 da CF, será declarada a perda da
nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de
reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou de imposição
de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis. Assim, questão correta.
Gabarito: letra E.
Comentários:
Reprodução literal do § 10 do art. 14 da CF: “O mandato eletivo poderá ser
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação,
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude”.
Gabarito letra D.
anos, após o término de mandato, para que o cônjuge concorra às eleições na mesma
circunscrição do marido ou ex-marido.
Comentários:
Nessa situação hipotética, de acordo com a CF, Pablo será considerado brasileiro
Comentários:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país;
Dessa forma, como a questão não afirma que Juan e Margarita estão a serviço de seu
país, Pablo será considerado brasileiro nato com todas as prerrogativas inerentes a
essa condição.
Gabarito: letra b.
Comentários:
José Afonso da Silva considera que o brasileiro nato que perdeu a nacionalidade
originária por naturalização voluntária, ao readquirir a nacionalidade, será brasileiro
nato. Por outro lado, Alexandre de Moraes entende que o brasileiro nato que perdeu
a nacionalidade originária por naturalização voluntária, ao readquirir a nacionalidade,
será brasileiro naturalizado. Nessa questão, o CESPE adotou a posição do Prof. José
Afonso da Silva, tendo, por isso, considerado o item INCORRETO. Como vimos, um
julgado antigo do STF também endossou o mesmo entendimento.
Comentários:
a) Aos portugueses com residência permanente no País, ainda que não houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.
Comentários:
Mais uma questão baseada na literalidade da CF.
Gabarito: letra d.
Comentários:
Mais uma questão baseada na literalidade da CF, com direito, inclusive, a “pegadinha”:
e) Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de
sua vigência. Item incorreto.
III - Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que
veio a residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a
nacionalidade brasileira pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da
República.
Comentários:
Gabarito: letra C.
Comentários:
Reza o §10º do art. 14 que:
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude. Assim, a assertiva correta é a letra C (ação de
impugnação de mandato eletivo).
Comentários:
O plebiscito consiste em uma consulta prévia formulada ao cidadão para que
concorde ou não com tema contido em ato administrativo ou legislativo. Além do
plebiscito realizado para definir a forma (república ou monarquia constitucional) e o
sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que deveriam vigorar no
País (ADCT, art. 2.º), a Constituição exige também prévia consulta nos casos de
incorporação, subdivisão ou desmembramento de Estados (CF, art. 18, § 3.º) e
criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios (CF, art. 18, § 4.º).
Por outro lado, o referendo é uma consulta realizada posteriormente à edição do ato
legislativo ou administrativo, com o intuito de ratificá-lo ou rejeitá-lo. No escólio de
Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco, “a primeira experiência
ordinária com o referendo deu-se com a Lei n.10.826/2003 (art. 35 do Estatuto do
Desarmamento), que estabeleceu a proibição do comércio de armas de fogo e fixou a
eficácia de tal proibição dependeria de referendo realizado em outubro de 2005.”
A CF atribui ao Congresso Nacional (CF, art. 49, XV) a incumbência, como regra, de
autorizar referendos e convocar plebiscitos. No entanto, o § 4º, art. 18, da CF, afirma
que: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-
ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei. Nesses casos, parece que caberia às Assembleias
Estaduais a tarefa de convocar o plebiscito em epígrafe, o que consta, inclusive, no
projeto de lei complementar a respeito do tema (PLP 137/2015). O Art. 3o da lei
9709/98 afirma que: Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder
Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da Constituição
Federal, o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por
proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas
do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei. Assim, correto o item B.
Comentários:
Gabarito: letra B.
Comentários:
Gabarito: letra E.
Comentários:
Gabarito: letra E.
Comentários:
O art. 12, §3º, da CF/88 afirma que:
A questão cobrou bom senso do candidato, pois o cargo de Chefe do Estado Maior das
Forças Armadas, por óbvio, não poderia ser ocupado por alguém com patente menor
que a de oficial (por curiosidade, a LC 69 assevera que esse cargo deverá ser ocupado
por um oficial-general do mais alto posto da hierarquia militar em tempo de paz,
obedecido o critério de rodízio entre as Forças).
Gabarito: letra C.
Comentários:
Reprodução do texto constitucional: Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento
de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a
estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;IV - funcionamento parlamentar de
acordo com a lei. Dessa forma, a única alternativa correta é a letra a.
correto.
(CESPE / DPU – 2016) Adotou-se como regra o critério sanguíneo para a definição
da nacionalidade brasileira.
Comentários:
Diferentemente do afirmado, a regra utilizada pela CF/88 para a definição da
nacionalidade brasileira é baseada no local de nascimento (“jus soli”). Questão errada.
(PC / DF – 2015) Suponha-se que Joana, deputada federal, seja casada com Pedro,
atual governador do estado X. Nesse caso, nas próximas eleições, quando Pedro e
Joana concorrerem às respectivas reeleições, Joana não ficará inelegível.
Comentários:
Nesse caso, Joana não ficará inelegível pelo fato de exercício anterior de mandato
eletivo. Portanto, ela se encaixa na exceção prevista no art. 14, § 7º, CF/88, que
prevê que “são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou
de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.” Questão correta.
(FUB – 2015) Paulo, de trinta e cinco anos de idade, exerce o segundo mandato
consecutivo de prefeito do município X. Pretendendo candidatar-se ao cargo de
(CESPE / MPOG – 2015) A lei que altera o processo eleitoral deve entrar em vigor
(CESPE/Polícia Federal – 2014) Considere que uma criança tenha nascido nos
Estados Unidos da América (EUA) e seja filha de pai americano e de mãe brasileira,
que trabalhava, à época do parto, na embaixada brasileira nos EUA. Nesse caso, a
(CESPE/MDIC – 2014) Considere que Ana, cidadã brasileira, casada com Vladimir,
cidadão russo, ocupe posto diplomático brasileiro na China quando Victor, filho do
casal, nascer. Nessa situação, Victor será considerado brasileiro nato.
Comentários:
Nesse caso, como Ana está na China a serviço da República Federativa do Brasil,
Victor será brasileiro nato (art. 12, I, “b”, CF). Questão correta.
(CESPE/ TJ-CE – 2014) Aos portugueses com residência permanente no país, serão
atribuídos os direitos inerentes a brasileiro nato.
Comentários:
Aos portugueses com residência permanente no país, são atribuídos os direitos
inerentes a brasileiro naturalizado (art. 12, § 1º, CF). Questão incorreta.
(CESPE/ ANTAQ – 2014) A lei que alterar o processo eleitoral deverá entrar em
vigor na data de sua publicação, não se aplicando os seus dispositivos à eleição que
ocorrer em até um ano da data de sua vigência.
Comentários:
Comentários:
A idade mínima para o exercício do cargo de Governador de Estado é de trinta anos
(art. 14, § 3º, VI, “b”, CF). Questão incorreta.
f) Aos portugueses com residência permanente no País, ainda que não houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
Nessa situação hipotética, de acordo com a CF, Pablo será considerado brasileiro
07. (FCC – DPE/SC – DEFENSOR - 2017) No que tange aos direitos políticos na
Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
III - Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que
veio a residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a
nacionalidade brasileira pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da
República.
11. (CESPE / Polícia Civil-PE – 2016) Será considerado brasileiro nato o indivíduo
nascido no estrangeiro, filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, que for registrado
em repartição brasileira competente ou que venha a residir no Brasil e opte, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
21. (CESPE / DPU – 2016) Adotou-se como regra o critério sanguíneo para a
definição da nacionalidade brasileira.
27. (MPT – 2015) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir
outra nacionalidade, salvo no caso de imposição, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território
ou para o fim de exercício de direitos civis.
30. (PC / DF – 2015) Suponha-se que Joana, deputada federal, seja casada com
Pedro, atual governador do estado X. Nesse caso, nas próximas eleições, quando
Pedro e Joana concorrerem às respectivas reeleições, Joana não ficará inelegível.
31. (FUB – 2015) Paulo, de trinta e cinco anos de idade, exerce o segundo mandato
consecutivo de prefeito do município X. Pretendendo candidatar-se ao cargo de
governador do estado no pleito seguinte, Paulo renunciou ao mandato seis meses
antes das eleições, assumindo o cargo o então vice-prefeito, Marcos, de trinta e dois
anos de idade, marido de Maria, de vinte anos de idade. Se Paulo não fosse candidato
a governador, ele não poderia, nas eleições imediatamente seguintes à sua renúncia,
candidatar-se e ser validamente eleito para o cargo de vice-prefeito do município X.
32. (TRE / GO – 2015) Suponha que José, casado com Miriam e prefeito de um
município brasileiro, venha a falecer dois anos após ter sido eleito. Nessa situação,
Miriam pode se candidatar e se eleger ao cargo antes ocupado por seu marido nas
eleições seguintes ao falecimento.
35. (CESPE / AGU – 2015) Vice-governador de estado que não tenha sucedido ou
substituído o governador durante o mandato não precisará se desincompatibilizar do
cargo atual no período de seis meses antes do pleito para concorrer a outro cargo
eletivo.
36. (CESPE / MPOG – 2015) A lei que altera o processo eleitoral deve entrar em
vigor na data de sua publicação e ser aplicada à eleição seguinte, independentemente
de quando esta ocorrer.
38. (CESPE / TRF 1a Região – 2015) Embora não se insiram entre os direitos e
garantias fundamentais previstos na CF, os direitos políticos possuem o caráter
instrumental de proteção do princípio democrático e investem o indivíduo no status
activae civitati.
41. (CESPE/Polícia Federal – 2014) Considere que uma criança tenha nascido nos
Estados Unidos da América (EUA) e seja filha de pai americano e de mãe brasileira,
que trabalhava, à época do parto, na embaixada brasileira nos EUA. Nesse caso, a
criança somente será considerada brasileira nata se for registrada na repartição
brasileira competente nos EUA.
42. (CESPE/MDIC – 2014) Considere que Ana, cidadã brasileira, casada com
Vladimir, cidadão russo, ocupe posto diplomático brasileiro na China quando Victor,
filho do casal, nascer. Nessa situação, Victor será considerado brasileiro nato.
44. (CESPE/ TJ-CE – 2014) Aos portugueses com residência permanente no país,
serão atribuídos os direitos inerentes a brasileiro nato.
45. (CESPE/ ANTAQ – 2014) A lei que alterar o processo eleitoral deverá entrar em
vigor na data de sua publicação, não se aplicando os seus dispositivos à eleição que
ocorrer em até um ano da data de sua vigência.
E) Vereador
51. (CESPE / TRF 1a Região – 2015) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de
direito público cuja personalidade jurídica se consuma após o registro de seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
60. (CESPE / TRE-MS - 2013) A ação de impugnação de mandato eletivo deverá ser
proposta na justiça eleitoral no prazo de quinze dias da diplomação,
independentemente de provas iniciais de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude cometida.
GABARITO
1 E 2 D
3 ERRADO 4 ERRADO
5 D 6 B
7 D 8 C
9 A 10 B
11 CERTO 12 ERRADO
13 A 14 ERRADO
15 CERTO 16 CERTO
17 C 18 ERRADO
19 CERTO 20 B
21 ERRADO 22 ERRADO
23 CERTO 24 ERRADO
25 ERRADO 26 ERRADO
27 CERTO 28 CERTO
29 ERRADO 30 CERTO
31 CERTO 32 CERTO
33 CERTO 34 ERRADO
35 CERTO 36 ERRADO
37 ERRADO 38 ERRADO
39 ERRADO 40 CERTO
41 ERRADO 42 CERTO
43 CERTO 44 ERRADO
45 CERTO 46 ERRADO
47 CERTO 48 C
49 ERRADO 50 A
51 ERRADO 52 CERTO
53 ERRADO 54 ERRADO
55 ERRADO 55 ERRADO
56 ERRADO 57 ERRADO
58 ERRADO 59 CERTO
60 ERRADO