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DIREITO

ELEITORAL
Direitos Políticos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Direitos Políticos..............................................................................................................................................................4
1. Introdução.........................................................................................................................................................................4
2. Direitos Políticos Ativos e Passivos................................................................................................................4
3. Condições de Elegibilidade. . ..................................................................................................................................9
3.1. Nacionalidade Brasileira. . ................................................................................................................................. 10
3.2. Pleno Exercício dos Direitos Políticos........................................................................................................11
3.3. Alistamento Eleitoral.. ........................................................................................................................................14
3.4. Domicílio Eleitoral na Circunscrição..........................................................................................................15
3.5. Filiação Partidária.. ...............................................................................................................................................16
3.6. Idades Mínimas.. ......................................................................................................................................................18
4. Inelegibilidades..........................................................................................................................................................19
5. Princípio da Anualidade Eleitoral................................................................................................................... 24
6. Consultas Populares.. .............................................................................................................................................27
7. Partidos Políticos.. ................................................................................................................................................... 28
7.1. Infidelidade Partidária.. ......................................................................................................................................33
8. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo..................................................................................................35
Resumo................................................................................................................................................................................38
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................44
Questões de Concurso................................................................................................................................................46
Gabarito................................................................................................................................................................................61
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................62

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Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Na aula de hoje, estudaremos os Direitos Políticos, fazendo uso, para isso, das regras ex-
pressas no texto da Constituição Federal.
Além disso, veremos as disposições do texto constitucional relacionadas com os Partidos
Políticos.
Em provas de concurso público, ambos os assuntos apresentam um grande índice de
exigência.
Forte abraço a todos e bons estudos!
Diogo

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DIREITOS POLÍTICOS
1. Introdução
Como forma de assegurar que a democracia seja exercida em sua plenitude, a Constitui-
ção Federal tratou se estabelecer diversas regras a serem observadas pelos cidadãos, quer
no exercício do direito de votar, quer na possibilidade de serem eleitos como representantes
do povo. Tais possibilidades consagram aquilo que a doutrina denomina de Direitos Políticos.
Assim, podemos conceituar os Direitos Políticos como a possibilidade de os particulares
participarem, direta ou indiretamente, do processo democrático. Para isso, os cidadãos estão
sujeitos tanto a prerrogativas quanto a sujeições.

Prerrogativas? Sujeições? O que vem a ser isso, professor?

Simples, pessoal... As prerrogativas podem ser entendidas como as possibilidades de os


cidadãos influenciarem no processo de escolha dos representantes. Dessa forma, quando nos
dirigimos a uma seção eleitoral e praticamos o ato de votar, estamos exercendo um direito que
nos foi conferido.
No entanto, o ato de votar também é uma obrigação, de forma que o seu não exercício
implica em uma serie de consequências para o respectivo eleitor. Logo, chegamos à conclu-
são de que o voto é um poder-dever conferido a todos os cidadãos que se encontrem habilita-
dos para tal.

2. Direitos Políticos Ativos e Passivos


Os direitos políticos podem ser divididos em ativos e passivos.
Os direitos políticos ativos nada mais são do que a possibilidade de o eleitor se alistar e
votar no candidato de sua escolha. Tais direitos são exercidos por meio da capacidade elei-
toral ativa.

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Os direitos políticos passivos, ao contrário, podem ser conceituados como a possibilidade


de os cidadãos candidatarem-se e serem eleitos para os diversos cargos eletivos. Tais direitos
são exercidos por meio da capacidade eleitoral passiva.
A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 14, a seguinte redação:

Art. 14, A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Em todas estas hipóteses, estamos diante dos direitos políticos ativos (capacidade eleito-
ral ativa), que pode ser exercida diretamente (através de plebiscito, referendo e iniciativa popu-
lar) ou indiretamente (através da escolha dos representantes por meio do voto direto e secreto).

O mencionado artigo constitucional, no entanto, pode levantar uma série de dúvidas: o


que é Sufrágio? O que é Plebiscito? E referendo?

Inicialmente, temos que saber que o sufrágio não se confunde com o voto. Enquanto o pri-
meiro conceito liga-se à ideia do próprio direito em si, o segundo atua como forma de exercer
este direito.

EXEMPLO
Ao exercer o voto, estamos escolhendo nossos representantes para um dado período de
tempo. Estamos, em outras palavras, exercendo um direito.
Mas vocês já pararam para pensar em qual direito que está sendo exercido por meio do ato
de votar?
A resposta para tal pergunta é o sufrágio, que, como mencionado, liga-se a uma ideia maior do
que o voto, uma vez que envolve o processo eleitoral como um todo.
Assim, o Sufrágio pode ser entendido como a soma da capacidade eleitoral ativa (direito de
votar) e da capacidade eleitoral passiva (direito de se eleger).

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A doutrina identifica dois tipos de sufrágio, sendo eles o universal e o restrito.


O sufrágio universal, que é o atualmente vigente em nosso ordenamento, é aquele em que
o direito de votar é estendido a todos os nacionais, desde que obedeçam às condições previs-
tas em lei. Por isso mesmo é que em nosso país todos os brasileiros, em regra, podem votar.
O sufrágio restrito, por outro lado, é aquele que não possibilita que todos os nacionais
exerçam o direito do voto, mas sim apenas aqueles que atendam a algumas características
especiais. Tal tipo de sufrágio pode ser capacitário ou censitário.
Teremos sufrágio capacitário quando o direito de votar é conferido apenas às pessoas que
possuam alguma característica especial, tal como a conclusão de curso superior ou o domínio
de mais de um idioma.
Da mesma forma, teremos sufrágio censitário quando o direito de votar for assegurado
apenas àqueles que possuam determinadas condições econômicas, tais como uma renda mí-
nima ou a comprovação da posse de um número certo de bens.

Afirmar que o voto é direto significa garantir que os próprios eleitores serão os responsá-
veis pela escolha dos governantes e parlamentares.
O voto indireto, em sentido contrário, é aquele em que os eleitores elegem delegados, que,
por sua vez, serão os responsáveis pela escolha dos representantes da população.
Neste sentido é o entendimento de Maria Helena Diniz:

Voto indireto Aquele em que os eleitores elegem delegados que, por sua vez, escolherão aqueles
que vão ocupar cargos políticos.

Além de direito, o voto também é secreto, de forma que o eleitor não é obrigado a mani-
festar publicamente em quem irá votar para o exercício dos cargos políticos. Trata-se esta,
talvez, da mais importante garantia assegurada ao voto, e, por consequência, da democracia
como um todo.

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EXEMPLO
Já pensaram em como seria “complicado” se o voto fosse aberto?
Os empregados de uma empresa poderiam se sentir constrangidos em ter que votar em um
candidato que não fosse o da preferência do patrão.
As eleições, se assim o fosse, correriam o sério risco de não passar de processos de “fachada”,
uma vez que a democracia não estaria presente e os representantes eleitos não iriam refletir,
necessariamente, a vontade popular.

Ainda nas disposições iniciais, temos que conhecer os conceitos de plebiscito e referendo.
Ambos os institutos são formas de manifestação direta da vontade popular, consistindo
em consulta à população sobre matéria constitucional, legislativa ou administrativa.
Enquanto no plebiscito a população é consultada previamente à edição do ato legislativo
ou administrativo, no referendo, em sentido oposto, o povo é consultado quando a lei ou o ato
administrativo já foram editados.
De acordo com a Constituição Federal, deverá ocorrer plebiscito sempre que os Estados ou
Municípios tiverem o interesse de modificar sua extensão territorial. Tal modificação poderá
ocorrer, dentre outras formas, por desmembramento, incorporação, fusão ou anexação, confor-
me previsão do artigo 18, §§ 3º e 4º, da Constituição:

Art. 18, §3º, Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se ane-
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da popula-
ção diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadu-
al, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

EXEMPLO
Como exemplo de plebiscito, podemos citar o caso do Estado do Pará, que, em 2011, convo-
cou a população interessada para decidir pela criação ou não de mais dois Estados: Carajás
e Tapajós.
Na época, surgiu uma dúvida acerca de qual seria a “população diretamente envolvida” no
desmembramento: apenas aqueles residentes nos municípios situados em território even-
tualmente pertencente aos novos Estados (em caso de aprovação) ou toda a população do
Estado do Pará.
Incitado a se manifestar, decidiu o STF, no julgamento da ADI 2650, que o artigo 7º da Lei 9.709,
de 1998, é plenamente constitucional, de forma que toda a população do Estado estaria obri-
gada a manifestar-se acerca do possível desmembramento. Vejamos o mencionado artigo:

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(...) entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende des-
membrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a po-
pulação da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se
aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.

EXEMPLO
Como exemplo de referendo, tivemos, em 2005, uma consulta à população em momento pos-
terior à alteração do Estatuto do Desarmamento. Com a alteração já efetuada, o comércio de
armas de fogo se tornara proibido, conforme alteração legislativa.
Após o referendo, a maioria da população decidiu que o comércio de armas de fogo e munições
deveria ser permitido, de forma que o dispositivo que proibida a comercialização foi excluído,
posteriormente, do Estatuto do Desarmamento.

Dessa forma, temos que levar para a prova que, assim como ocorre nas eleições para es-
colha de cargos políticos, no plebiscito e no referendo:
a) O voto é facultativo para os analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os eleitores
com idade entre 16 e 18 anos;
b) O voto é obrigatório para os eleitores com idade entre 18 e 70 anos;
c) Cada eleitor vota em sua seção eleitoral (a mesma das eleições);
d) Aqueles que deixarem de votar devem se justificar, sob pena de não ficarem em dia com
a Justiça Eleitoral.

001. (IBFC/ASC/CBM AC/2022) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Assinale a alternativa que apresenta uma
forma de exercício de soberania popular, além das formas supracitadas.
a) Direito de reunião
b) Emenda constitucional
c) Iniciativa popular
d) Mandado se segurança individual

A iniciativa popular, dentre as alternativas propostas, é uma forma de exercício de soberania


popular, conforme previsão do texto constitucional.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;

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II – referendo;
III – iniciativa popular.
Letra c.

002. (FCC/TEC LEG/CL DF/TÉCNICO LEGISLATIVO/2018) De acordo com a Constituição


Federal, a soberania popular é exercida, nos termos da lei, por meio de instrumentos como
a) o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular e o voto direto e aberto.
b) a iniciativa popular e o voto indireto e secreto.
c) o sufrágio universal e o voto indireto e secreto.
d) a iniciativa popular, o referendo e o voto indireto e aberto.
e) o plebiscito e o referendo.

A questão deve ser respondida de acordo com as disposições do artigo 14, de seguinte redação:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Claramente se percebe que a Letra E, por retratar os instrumentos de exercício da soberania


popular, é a resposta da questão.
Letra e.

3. Condições de Elegibilidade
Para poder concorrer a um cargo eletivo, o particular deve possuir todas as condições de
elegibilidade e não recair em nenhuma das causas de inelegibilidade.
Podemos conceituar elegibilidade como os pressupostos legais para que um indivíduo seja
votado, ao passo que a inelegibilidade pode ser compreendida como as situações que afastam
a possibilidade de que isso ocorra.

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Dessa forma, estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 14, § 3º, as condições de
elegibilidade:

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Professor, é necessário conhecer essas condições?

Muito mais do que necessário, pessoal! É elementar! Isso porque muitas questões de
prova se limitam a exigir a literalidade das condições aqui apresentadas, ou então tentam
confundir os candidatos menos atentos com pequenas alterações no sentido de cada uma
das assertivas.

3.1. Nacionalidade Brasileira


Não podemos confundir nacionalidade com naturalidade. Naturalidade está ligada com
o local em que a pessoa nasceu, ao passo que a Nacionalidade confere à pessoa um vínculo
com um determinado Estado.
Para efeitos de elegibilidade, podem ser candidatos, em regra, tanto os brasileiros natos
quanto os naturalizados. No entanto, alguns cargos apenas poderão ser preenchidos por brasi-
leiros natos, sendo eles, de acordo com a Constituição (art. 12, § 3º) os seguintes:

Art. 12, § 3º, São privativos de brasileiro nato os cargos:


I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa

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Percebam que existe uma lógica por traz dos cargos privativos de brasileiros natos. São
eles os representantes das autoridades máximas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judici-
ário, ou então cargos essenciais para a defesa do próprio Estado.
Importante exceção é tida com relação aos portugueses equiparados. E isso se tornou
possível com a entrada em vigor do Tratado da Amizade, expresso pelo Decreto n. 3.927/2001.
Tal norma apresenta, em seu artigo 17, as seguintes possibilidades:

Artigo 17, 1. O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil só
será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de requerimento à
autoridade competente.
2. A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange as pessoas que, no Estado da nacionalida-
de, houverem sido privadas de direitos equivalentes.
3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do exercício dos mes-
mos direitos no Estado da nacionalidade.

E o que podemos entender de tais dispositivos?

Primeiramente, que é assegurado aos portugueses com residência no Brasil há mais de


3 anos o direito de exercitarem os Direitos Políticos. No entanto, para que isso seja possível,
deve haver reciprocidade, em Portugal, quanto aos brasileiros lá residentes pelo mesmo perí-
odo de tempo.
Outra peculiaridade é que nem todos os cargos políticos poderão ser ocupados pelos por-
tugueses equiparados, uma vez que os cargos privativos de brasileiros natos não admitem
esta possibilidade.
Por fim, o exercício dos direitos políticos em um dos dois países implica em suspensão do
exercício dos mesmos direitos no outro país.

3.2. Pleno Exercício dos Direitos Políticos


Estar em pleno exercício dos Direitos Políticos implica em não recair em nenhuma das
causas de suspensão ou perda dos Direitos Políticos. Tais possibilidades estão previstas no
artigo 15 da Constituição:

Art. 15, É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

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Pessoal, não é exagero afirmar que aqui estamos diante de uma das maiores divergên-
cias doutrinárias de todo o Direito Eleitoral. Tal confusão vem à tona quando se tenta clas-
sificar cada uma das cinco hipóteses acima como casos de perda ou de suspensão dos
direitos políticos.
Praticamente toda a doutrina concorda que a situação expressa no inciso I é situação de
perda, uma vez que o naturalizado, ao ter sua naturalização cancelada com trânsito em julga-
do, perde definitivamente a possibilidade de exercer os direitos políticos.
Da mesma forma, as situações elencadas nos incisos II, III e IV não encontram maiores
divergências sobre o fato de serem situações de suspensão. Em todas elas, pode o particular
readquirir, com o passar do tempo, os direitos políticos.
Na incapacidade civil absoluta (inciso II), pode o incapaz tornar-se capaz, situação em que
todos os direitos políticos lhe serão assegurados. Da mesma forma, nos casos de Improbidade
Administrativa (inciso V) ou de Condenação Criminal (inciso III), como estamos diante de situa-
ções que ensejam penalidades, e considerando que o nosso ordenamento jurídico não admite
penas eternas, com o cumprimento das sanções o particular poderá exercer novamente os
direitos políticos anteriormente suspensos.
A grande divergência ocorre com relação à situação estabelecida no inciso IV: “recusa de
cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII”. Esta-
mos aqui diante da conhecida Escusa de Consciência.

Vamos entender melhor como isso funciona?

Inicialmente, a CF/88 estabelece, em seu artigo 5º, VIII, a seguinte redação:

Art. 5º, VIII, Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosó-
fica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

Pois bem... Caso alguém alegue a escusa de consciência como motivo para não cumprir
com uma obrigação legal a todos imposta, nenhum direito poderá lhe ser privado. No entanto,
para que isso não ocorra, faz-se necessário o cumprimento de prestação social alternativa.
Caso não cumpra com tal prestação alternativa, aí sim não tem jeito, de forma que a pes-
soa terá os seus direitos políticos... Suspensos ou Perdidos?
Segundo o professor Alexandre de Moraes, tal situação enseja a perda dos direitos polí-
ticos. Por outro lado, diversos diplomas legais afirmam o oposto, ou seja, que a situação em
tela enseja a suspensão dos Direitos Políticos. Neste sentido, por exemplo, é o artigo 438 do
Código de Processo Penal:

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Art. 438, A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará
no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não
prestar o serviço imposto.

No mesmo sentido estabelece o artigo 4º, §§ 1º e 2º, da Lei n. 8.239 (norma que regula-
menta a forma como se dará a prestação social alternativa):

Art. 4º, § 1º A recusa ou cumprimento incompleto do Serviço Alternativo, sob qualquer pretexto,
por motivo de responsabilidade pessoal do convocado, implicará o não-fornecimento do certificado
correspondente, pelo prazo de dois anos após o vencimento do período estabelecido.
§ 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, o certificado só será emitido após a decretação,
pela autoridade competente, da suspensão dos direitos políticos do inadimplente, que poderá, a
qualquer tempo, regularizar sua situação mediante cumprimento das obrigações devidas.

A confusão é tamanha que as próprias bancas organizadoras possuem entendimentos em


sentidos opostos.

E na hora da prova, professor, o que fazer?

Devemos usar o bom senso. Acredito que uma questão com as duas opções de resposta
(perda e suspensão), nos dias atuais, seria alvo de uma imensidão de recursos, com grandes
chances de ser anulada. Ainda assim, é possível afirmar que a doutrina majoritária possui en-
tendimento de que a mencionada situação é caso de suspensão dos direitos políticos.
Organizando nosso conhecimento, ficamos com as seguintes situações:

Cancelamento da naturalização por


Perda
sentença transitada em julgado

Incapacidade civil absoluta


Suspensão

Condenação criminal transitada em


julgado, enquanto durarem seus Suspensão
efeitos

Improbidade administrativa Suspensão

Recusa de cumprir obrigação Divergência, sendo que a doutrina


a todos imposta ou prestação majoritária possui entendimento de que é
alternativa (escusa de consciência) caso de suspensão dos direitos políticos

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003. (FCC/ANA JUR/SEAD AP/2018) Em uma situação hipotética, João Pedro, empresário
do ramo minerário, com pretensão de se candidatar a deputado estadual, foi condenado pela
prática do crime de sonegação fiscal em primeira instância. Convencido de sua inocência, ele
orientou seu advogado a recorrer contra essa condenação, pois sabe que, no campo dos direi-
tos políticos, a condenação criminal transitada em julgado é causa de
a) conscrição.
b) perda ou suspensão desses direitos.
c) hipossuficiência.
d) improbidade administrativa.
e) inalistabilidade ab initio.

De acordo com a Constituição Federal, a condenação criminal transitada em julgado é causa


de suspensão ou perda dos direitos políticos.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
Letra b.

3.3. Alistamento Eleitoral


É por meio do alistamento eleitoral que o indivíduo adquire a condição de cidadão, passan-
do assim a poder usufruir o direito do voto.
Através do alistamento, o então cidadão pode exercer a sua Capacidade Eleitoral Ativa
(Direito de Votar), mas ainda não poderá exercer a Capacidade Eleitoral Passiva (Direito de ser
Votado), uma vez que deve atender a outras condições de elegibilidade.
Disso decorre que todo elegível é obrigatoriamente um eleitor, mas nem todo eleitor é
considerado elegível.
Em outras palavras, todos aqueles que possuem a capacidade eleitoral passiva (serem
votados), para conseguirem chegar nesta situação tiveram que atender a todas as condições
de elegibilidade, dentre as quais se encontra o alistamento eleitoral, que possibilita o exercício
da capacidade eleitoral ativa (direito de votar).
No tocante a esta (a Capacidade Ativa), estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 14,
§ 1º, as situações em que o seu exercício será obrigatório ou facultativo:

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Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Assim, são obrigados a realizar o alistamento e a respectiva votação aqueles que se encon-
trem na faixa etária de 18 a 70 anos.
Para aqueles com 16 a 18 anos, ou então com idade superior a 70, tais procedimentos se-
rão facultativos.
Além disso, a Constituição Federal faculta aos analfabetos a possibilidade de alista-
mento e voto.

3.4. Domicílio Eleitoral na Circunscrição


De início, cumpre salientar que Domicílio Eleitoral não é a mesma coisa que Domicílio Ci-
vil. O Domicílio Civil trata-se de um conceito mais restrito, estabelecido nos artigo 70 e 71 do
Código Civil:

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo
definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, conside-
rar-se-á domicílio seu qualquer delas.

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O domicílio eleitoral, por sua vez, é um conceito mais amplo, uma vez que se trata de
qualquer residência ou moradia do cidadão. Logo, percebe-se que o domicílio eleitoral, ao
contrário do domicílio civil, não exige ânimo de permanência, de forma que, na situação do
indivíduo possuir duas residências ou moradias, qualquer uma delas poderá ser considerada
domicílio eleitoral.
Para controlar tal mandamento, temos que o domicílio do Prefeito, do Vice-prefeito e dos
Vereadores é o respectivo Município. Para os Governadores e respectivos vices, bem como
para os Deputados Federais, Deputados Estaduais e Senadores, qualquer município localiza-
do dentro do respectivo Estado. Para o Presidente e Vice-presidente, por fim, o domicílio será
qualquer um dos municípios da Federação.
A prova de qualquer um dos domicílios será feita mediante a apresentação do respectivo
título de eleitor.

3.5. Filiação Partidária


Com a filiação partidária, o cidadão passa a ter um vínculo que, em tese, englobaria os ide-
ais defendidos pelo partido.
Desta forma, temos que memorizar que não é possível, em nosso ordenamento, a exis-
tência de candidaturas avulsas, assim consideradas aquelas que não estão vinculadas a um
Partido Político.
Situação interessante, e que representa uma exceção à regra da filiação com 6 meses de
antecedência, é a do militar. E isso ocorre porque o militar, de acordo com a CF/88, em seu
artigo 142, V, não pode filiar-se a partido político enquanto estiver em serviço ativo:

Art. 142, V, O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;

Isso quer dizer que os militares que estiverem na ativa não poderão concorrer a cargos
políticos?

Para evitar que isso ocorra, e considerando que estamos diante de um aparente confronto
entre artigos constitucionais, é que o TSE possui o entendimento de que a condição de elegibi-
lidade relativa à filiação partidária não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a
cargo eletivo, bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia escolha em conven-
ção partidária.
Ainda no que se refere aos militares, estabelece a CF/88, em seu artigo 14, § 8, as regras a
serem observadas após o registro da candidatura.

Art. 14, §8º, O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

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II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

004. (FCC/TJ TRE PR/ADMINISTRATIVA/2017) De acordo com as normas da Constituição


Federal, o militar alistável,
a) com menos de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político, mas deverá
afastar-se da atividade.
b) com menos de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político, quando será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diploma-
ção, para a inatividade.
c) com mais de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político e, se eleito, deve-
rá ser agregado pela autoridade superior.
d) com mais de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político, quando será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, poderá cumular o exercício do cargo político
com a função militar, se não estiver conscrito e se houver compatibilidade de horários.
e) que esteja em atividade, não poderá candidatar-se para cargo político.

Sobre a possibilidade de o militar alistável candidatar-se aos cargos eletivos, devemos fazer
uso das disposições do artigo 14, § 8º, da Constituição Federal, de seguinte redação:

Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

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a) Certa. Por possuir menos de 10 anos de serviço, deverá o militar, para que seja possível can-
didatar-se aos cargos eletivos, afastar-se da respectiva atividade.
b) Errada. Se contar com menos de 10 anos, deverá ele afastar-se da atividade.
c) Errada. Aqui, será ele será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automati-
camente, no ato da diplomação, para a inatividade.
d) Errada. Se eleito, passará o militar automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
e) Errada. O militar em atividade poderá candidatar-se para os cargos políticos, devendo, para
isso, observar as regras constitucionais relacionadas com o tempo de serviço.
Letra a.

3.6. Idades Mínimas


De todas as condições para que o indivíduo possa candidatar-se a um cargo eletivo, esta,
sem sombra de dúvidas, é a mais exigida em concursos públicos.
Assim, a CF/88 estabelece as seguintes idades mínimas, a depender do cargo que estará
em disputa:
• 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
• 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
• 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
• 18 anos para Vereador.

005. (AOCP/ASS PREV/IPE PREV/2022) Analise o seguinte caso hipotético:


Determinado empresário, com grande influência política em âmbito nacional, deseja se candi-
datar ao cargo de Presidente da República nas eleições do ano de 2022. À luz das disposições
constitucionais, é condição de elegibilidade, para o cargo de Presidente da República, a ida-
de mínima de
a) 18 (dezoito) anos.
b) 21 (vinte e um) anos.
c) 24 (vinte e quatro) anos.
d) 30 (trinta) anos.
e) 35 (trinta e cinco) anos.

Para concorrer ao cargo de Presidente da República, uma das condições de elegibilidade é a


idade mínima de 35 anos.

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Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
Letra e.

4. Inelegibilidades
O instituto da inelegibilidade é um dos mais importantes de todo o Direito Eleitoral. Por
meio dele, consegue-se verificar, nas hipóteses previstas na Constituição Federal ou na Lei
Complementar n. 64/1990 (conhecida como Lei das Inelegibilidades), se o cidadão está ou não
apto a exercer a sua capacidade eleitora passiva, ou seja, o direito de ser votado nas eleições.
O renomado autor José Afonso da Silva apresenta um conceito de Inelegibilidade que me-
rece destaque, uma vez que traduz com precisão a forma como tal instituto obsta a capacida-
de do cidadão eleger-se:

Inelegibilidade revela impedimento à capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado). Obsta,
pois, à elegibilidade. Não se confunde com inalistabilidade, que é o impedimento à capacidade elei-
toral ativa (direito de ser eleitor), nem com incompatibilidade, impedimento ao exercício do mandato
depois de eleito.

Dentre as diversas classificações existentes em nosso ordenamento, aquela que é exigida


em provas de concurso é a referente às inelegibilidades absolutas e relativas.
Trata-se de conhecimento de fácil entendimento, de forma que as situações de inelegibi-
lidade absoluta são aquelas que impedem o exercício de todos os cargos eletivos existentes
em nosso ordenamento.
Por outro lado, os casos de inelegibilidade relativa são situações que impedem o exercício
para determinados cargos eletivos. Nesta última situação, vem à tona o conceito de desin-
compatibilização, que nada mais é do que o prazo antes do qual o cidadão deverá afastar-se
do cargo ou função pública que exerce como forma de poder participar do pleito democrático.

EXEMPLO
Tício foi eleito Prefeito do Município de Concurcity! Dois anos após, resolve se candidatar a
Governador do Estado de Concursópolis. Para que possa assim proceder, de acordo com as
disposições da Constituição Federal, deverá afastar-se do cargo de Prefeito 6 meses antes da
data da realização das eleições para Governador.
Este afastamento nada mais é do que a desincompatibilização, de forma que se Tício não pro-
ceder desta forma será considerado inelegível para a realização da eleição almejada.

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Vejamos as hipóteses de Inelegibilidade previstas na Constituição Federal:

a) São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. (Art. 14, §4º)

Aqui, estamos diante de uma inelegibilidade absoluta, ou seja, os inalistáveis e os analfa-


betos não poderão se candidatar para nenhum Cargo Eletivo, motivo pelo qual não há que se
falar em desincompatibilização.
De acordo com as informações da Constituição Federal, em conjunto com as disposições
do Código Eleitoral, as seguintes pessoas são consideradas inalistáveis:
• Estrangeiros;
• Conscritos durante o período do serviço militar obrigatório;
• Os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
• Os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos.

006. (VUNESP/SOLD/PM SP/2ª CLASSE/2022) De acordo com a Constituição Federal, são


inelegíveis:
a) os analfabetos e os militares alistáveis.
b) os estrangeiros e os conscritos, durante o serviço militar obrigatório.
c) os estrangeiros naturalizados e os condenados por sentença judicial.
d) os militares alistáveis e o cônjuge do Presidente da República.
e) o cônjuge e os parentes consanguíneos e afins, de Governadores e Prefeitos, no territó-
rio nacional.

Estabelece o § 2º do artigo 14 da Constituição Federal que,

Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obriga-
tório, os conscritos.

Tais pessoas, por não poderem se alistar, são considerados inelegíveis, uma vez que não aten-
dem à condição de elegibilidade do alistamento eleitoral.
Letra b.

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b) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do
pleito. (Art. 14, §6º)

Os Chefes do Executivo podem perfeitamente ser eleitos para um período subsequente. No


entanto, caso queiram se candidatar para outro cargo eletivo, deverão se afastar em caráter
permanente (renúncia) dos respectivos mandatos no prazo de 6 meses antes da realização
das eleições.

E neste caso, inelegibilidade absoluta ou relativa?

Com toda certeza é relativa, uma vez que os Chefes do Executivo podem concorrer para
mais um mandato além daquele que estão exercendo (reeleição) sem a necessidade de se
desincompatibilizarem do cargo. Apenas haverá tal necessidade quando o Presidente, os Go-
vernadores ou os Prefeitos desejarem concorrer a cargo diferente do já ocupado.

c) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou


afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. (Art. 14, §7º)

Temos aqui a conhecida “Inelegibilidade Reflexa”, de forma que os parentes até segundo
grau dos Chefes do Executivo não poderão, via de regra, se candidatar para Cargos Eletivos
dentro da circunscrição do titular.

EXEMPLO
Como exemplo, imaginemos um Prefeito que acabou de ser eleito para o cargo. No municí-
pio em que este estiver exercendo as suas atribuições, seus parentes até o segundo grau não
poderão ser eleitos, por exemplo, para o cargo de Vereador.

Importante mencionar que, caso o parente já esteja exercendo as atribuições do cargo,


não há que se falar em inelegibilidade. Da mesma forma, se ambos forem eleitos na mesma
eleição, a inelegibilidade fica afastada.

EXEMPLO
Na cidade de Concurcity, Mévio foi eleito para vereador nas eleições de 2008. Em 2012, concor-
reu novamente ao cargo e foi reeleito. Nesta última eleição, porém, Tício, que é filho de Mévio
(parente de primeiro grau) candidatou-se ao cargo de Prefeito e acabou sendo eleito.
Nesta situação, algum deles será declarado inelegível?

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Claro que não, uma vez que quando Tício foi eleito para o cargo de Prefeito (fato gerador da
Inelegibilidade Reflexa), Mévio já ocupava o cargo de Vereador.
A mesma lógica se aplica caso os dois candidatos (Tício e Mévio) tivessem corrido na mesma
eleição e não estivessem exercendo, anteriormente, nenhum cargo eletivo.
Neste último exemplo, caso Tício fossem eleito Prefeito e Mévio não conseguisse se eleger
Vereador, ficaria Mévio impedido de candidatar-se até que Tício estivesse ocupando o cargo.

Algum aluno poderia estar se questionando se a inelegibilidade seria afastada pela dis-
solução do vínculo conjugal (separação), no exercício do primeiro mandato, como forma de
possibilitar que o cônjuge se tornasse elegível. Tal situação é possível?
O STF possui entendimento de que a separação ou dissolução do vínculo conjugal, ainda
que ocorra no período do primeiro mandato, não afasta a inelegibilidade prevista na Constitui-
ção Federal. Tal entendimento está exposto na Súmula Vinculante n. 18:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do man-
dato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

EXEMPLO
Jorge, que é casado com Fernanda, é Governador do Estado de Concursópolis. Nesta situação,
Fernanda é considerada inelegível no território de jurisdição do titular (todo o Estado).
No entanto, seria muito fácil “driblar” a regra da inelegibilidade forjando uma separação conju-
gal, situação que deixaria os dois cônjuges em condições de disputar qualquer cargo na res-
pectiva jurisdição, não é mesmo?
Assim, como forma de evitar que isso ocorra, o entendimento dos Tribunais Superiores é de
que, no caso concreto, ainda que haja a separação do casal no curso do primeiro mandato de
Jorge, tal ocorrência não afastará a inelegibilidade de Fernanda.
E se Jorge renunciar ao cargo, Fernanda é considerada elegível?
Depende! Para que isso ocorra, a renúncia de Jorge deverá ocorrer no curso do primeiro man-
dato, ou seja, Jorge deve renunciar em uma situação em que poderia concorrer ao segundo
mandato. Caso ele já esteja no curso do segundo mandato (foi reeleito), nem mesmo a sua
renúncia acarreta a possibilidade de Fernanda concorrer a algum cargo na circunscrição.

007. (FCC/TJ TRE SP/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) Brasileiro naturaliza-


do, com 25 anos de idade, pela segunda vez consecutiva no exercício do mandato de Vereador,
filho do Governador do Estado em que possui domicílio eleitoral, poderá, à luz da Constituição
Federal, candidatar-se, na esfera
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a) municipal, à reeleição para Vereador, apenas, sem precisar para tanto renunciar ao respec-
tivo mandato.
b) municipal, a Prefeito, apenas, desde que renuncie ao respectivo mandato até seis meses
antes do pleito.
c) municipal, à reeleição para Vereador ou a Prefeito, devendo, neste último caso, renunciar ao
respectivo mandato até seis meses antes do pleito.
d) estadual, a Deputado Estadual, mas não a Governador do Estado, estando ainda impossibi-
litado de concorrer a mandatos na esfera municipal.
e) estadual, a Governador do Estado, mas não a Deputado Estadual, estando ainda impossibi-
litado de concorrer a mandatos na esfera municipal.

De acordo com o § 7º do artigo 14, temos a previsão de que,

São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou


afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses an-
teriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Sendo assim, a regra geral é a de que são inelegíveis, no território de jurisdição dos Chefes do
Poder Executivo, o cônjuge e parentes até segundo grau. No entanto, devemos observar que o
filho do Governador já ocupa o mandato de Vereador, se enquadrando, desta forma, na exceção
do final do mencionado artigo. Logo, está correta a Letra A e incorretas as Letras B e C.
Consequentemente, poderá ele candidatar-se, na esfera municipal, apenas para o cargo de
Vereador, não havendo necessidade, pelo fato do cargo pertencer ao Poder Legislativo, de
­desincompatibilização.
No âmbito estadual, não haverá possibilidade de concorrer a nenhum cargo eletivo (Erro das
Letras D e E).
Letra a.

Por fim, importante afirmar que as situações de inelegibilidade não se resumem às previs-
tas no texto constitucional, podendo, de acordo com o artigo 14, § 9º da Constituição Federal,
ser estabelecidas novas formas por intermédio de Lei Complementar.

Art. 14, § 9º, Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influ-
ência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração
direta ou indireta.

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5. Princípio da Anualidade Eleitoral


A Constituição Federal apresenta, em seu artigo 16, o princípio da anualidade eleitoral, que,
como o próprio nome sugere, está intimamente ligado com o Direito Eleitoral. Pode-se afirmar,
inclusive, que tal princípio é o norteador da maior parte das atividades desenvolvidas pela
Justiça Eleitoral, conferindo peculiaridades existentes apenas neste ramo do direito.
Vejamos o mencionado artigo constitucional:

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Merece destaque, para a correta compreensão do princípio, a compreensão das diferenças


existentes entre a vigência e eficácia das normas.
A vigência está relacionada com o momento em que a norma adentra no ordenamento ju-
rídico. Dessa forma, caso uma lei eleitoral seja publicada e nada mencione acerca do período
de vigência, esta ocorrerá 45 dias após a sua publicação.
Trata-se a vigência, em última análise, do momento em que a norma, após passar por todas
as suas fases procedimentais, pode, após um período de tempo, produzir efeitos.
A eficácia, por sua vez, relaciona-se com o momento em que a norma inicia a produção de
efeitos jurídicos perante terceiros. Na imensa maioria dos ramos do direito, a eficácia, como
regra, possui o mesmo lapso temporal que a vigência.
Como resultado, uma lei publicada e que nada mencione sobre o momento de início da pro-
dução de efeitos jurídicos terá o início de tais efeitos no mesmo momento em que a vigência.

EXEMPLO
Com exemplo, podemos citar uma lei que foi publicada em 05 de maio de 2015 e que mencione
que nesta mesma data inicia a produção de efeitos. Neste caso, tanto a vigência quanto a efi-
cácia da norma terão início no mesmo dia, ou seja, na data de publicação. Isso vale para quase
todos os ramos do Direito.
Com o Direito Eleitoral isso não ocorre, de forma que a eficácia das leis eleitorais apenas ocor-
rerá após o período de 1 ano da data em que a norma entrar em vigor. Em tal ramo do direito,
caso uma norma entre em vigor no dia 05 de julho de 2015, apenas poderá produzir efeitos a
partir do dia 06 de julho de 2016.

Evita-se, com o princípio da anualidade, que o legislador modifique, no ano eleitoral, as


regras pertinentes às eleições, obstando assim que o abuso do poder econômico possa modi-
ficar as regras eleitorais com o objetivo de fraudar a lisura de todo o certame.

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Para compreendermos bem a forma como ocorre a anualidade eleitoral, vejamos uma situ-
ação prática: Em janeiro de 2022 (ano eleitoral), o legislador realiza uma série de modificações
nas leis que se destinam a regulamentar o processo eleitoral, estabelecendo expressamente
que as alterações entrariam em vigor na data de publicação da norma.

Neste caso, qual o momento de vigência e de eficácia da lei?

No caso na vigência, está ocorrerá no mesmo dia em que a lei em questão for publicada,
uma vez que há previsão neste sentido.
No caso da eficácia, os efeitos das modificações apenas poderão ocorrer nas eleições que
se realizarem após o período de 1 ano da data em que a lei entrou em vigor, ou seja, apenas nas
eleições que ocorrerem após janeiro de 2023.
Dada a importância do princípio em questão, o STF já reconheceu que a anualidade eleito-
ral (que se destina a regulamentar os direitos políticos) trata-se de uma cláusula pétrea, con-
forme se observa do julgado da ADI 3.685:

JURISPRUDÊNCIA
Além de o referido princípio conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como
uma garantia fundamental oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte
derivado, nos termos dos arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16
ainda afronta os direitos individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido
processo legal (CF, art. 5º, LIV).

Assim, podemos relacionar como principais características do princípio da anualidade o


fato de tratar-se de uma cláusula pétrea e de destinar-se a evitar modificações legislativas
antes de um período razoável de tempo.

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008. (FGV/UNI NAC/OAB/2022) Faltando um ano e meio para a eleição dos cargos políticos
federais e estaduais, é promulgada pelo Presidente da República uma lei que estabelece diversas
alterações no processo eleitoral. Alguns partidos políticos se insurgem, alegando ser inconstitu-
cional que essa lei produza efeitos já na próxima eleição. Afirmam que uma nova lei eleitoral não
pode ser aplicada na eleição imediata, pois isso contrariaria o princípio da anterioridade.
No que tange à discussão referida, a possibilidade de a referida lei produzir efeitos já nas pró-
ximas eleições é
a) constitucional, já que o lapso temporal, entre a data de entrada em vigor da lei e a data da
realização da próxima eleição, não afronta a regra temporal imposta pela Constituição Federal.
b) inconstitucional, por violação expressa ao princípio da anterioridade da legislação eleitoral,
nos limites que a Constituição Federal de 1988 a ele concedeu.
c) inconstitucional, porque qualquer alteração do processo eleitoral somente poderia vir a ocor-
rer por via do poder constituinte derivado reformador.
d) constitucional, pois a Constituição Federal não impõe ao legislador qualquer limite temporal
para a realização de alteração no processo eleitoral.

Estabelece o artigo 16 que,

A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Na situação apresentada pela questão, a nova norma editada já pode produzir efeitos nas
próximas eleições, haja vista que foi promulgada (e entrou em vigor) antes do período mínimo
exigido pela Constituição Federal (1 ano).
Letra a.

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6. Consultas Populares
As consultas populares são uma das formas da população participar diretamente do pro-
cesso democrático. Além da participação direta, os cidadãos participam indiretamente quan-
do escolhem, por meio das eleições, aqueles que irão ocupar os mais diversos cargos eletivos.
No âmbito das consultas populares, a Emenda Constitucional n. 111/2021 incluiu dois im-
portantes parágrafos ao artigo 14 do texto da Constituição Federal.

Art. 14, § 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares
sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até
90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao nú-
mero de quesitos.
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita
no rádio e na televisão.

Com base nos mencionados dispositivos, podemos chegar às seguintes conclusões:


a) As consultas populares sobre questões locais serão realizadas concomitantemente
com as eleições municipais. Dito de outra forma, no mesmo dia em que o eleitor for votar, opi-
nará ele sobre assuntos relacionados com temas previamente definidos.
b) Para que a consulta popular possa ser realizada, a questão deve ter sido aprovada pela
Câmara Municipal e encaminhada à Justiça Eleitoral no prazo de até 90 dias antes da data
das eleições.
c) Antes da realização da consulta popular, é permitida a manifestação a favor ou contra a
questão que será objeto de manifestação popular. Contudo, as manifestações apenas pode-
rão ocorrer durante as campanhas eleitorais, não podendo fazer uso de propaganda gratuita
no rádio e na televisão.

Consultas Populares

Quando serão realizadas Concomitantemente com as eleições municipais.

a) Aprovação pela Câmara Municipal.


Requisitos b) Encaminhamento à Justiça Eleitoral no prazo de até 90
dias antes da data das eleições.

Apenas poderão ocorrer durante as campanhas eleitorais,


Manifestações não podendo fazer uso de propaganda gratuita no rádio e
na televisão.

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7. Partidos Políticos
Em seu artigo 17, a Constituição Federal estabelece as diretrizes a serem observadas para
a criação e o funcionamento dos Partidos Políticos. Tais preceitos, vale ressaltar, objetivam
conferir eficácia ao fundamento constitucional do Pluralismo Político.

Art. 17, É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a so-
berania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Assim, vigora a regra de que a criação ou qualquer outra forma de agrupamento partidário
(fusão ou incorporação, por exemplo), são livres à iniciativa privada, de forma que os Partidos
Políticos gozam de liberdade e autonomia para definir o modo como irão funcionar e a sua
estrutura interna.
Da mesma forma, a Constituição Federal estabelece que todo e qualquer partido político
apenas poderá ter caráter nacional, ou seja, ter sua atuação em todo o território nacional, sem
a possibilidade de restrição a determinados Estados ou Municípios.
Como toda associação, o partido político deverá prestar contas dos seus gastos. No en-
tanto, como estamos diante de uma entidade que participa ativamente do processo democrá-
tico, os partidos, ainda que sejam dotados de personalidade jurídica de direito privado, devem
realizar tal procedimento perante a Justiça Eleitoral, impedindo assim que o abuso do poder
econômico possa influir no resultado das eleições.
Também não poderá o partido político receber recursos de entidades ou governos es-
trangeiros, tampouco estar subordinado a tais pessoas. Admitir tais possibilidades poderia
colocar em risco a soberania do nosso Estado, uma vez que autoridades estrangeiras pode-
riam exercer forte influência no processo democrático e até mesmo vir a ocupar, mesmo que
indiretamente, cargos eletivos.

É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer re-
gras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Art. 17, §1º)

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Como mencionado, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de forma
a possuírem autonomia para definir sua estrutura interna e forma de funcionamento.
Importante sabermos que não vigora mais em nosso ordenamento a regra da verticaliza-
ção, uma vez que não há a obrigatoriedade de vinculação entre as coligações de âmbito nacio-
nal, estadual e municipal.

EXEMPLO
Assim, se os Partidos Políticos A e B resolvem se coligar nas eleições para Presidente e Vice
da República, não estarão obrigados a realizarem tal procedimento nas eleições estaduais
ou municipais, de forma que o Partido A pode, perfeitamente, coligar-se com o Partido C no
Estado Alfa e com o Partido D no Município Delta.

No entanto, deve ser mencionado que a mencionada previsão constitucional é oriunda da


Emenda Constitucional n. 97, de 2017, que trouxe, como uma das principais novidades, o fim
das coligações nas eleições proporcionais.

Para fins de prova de Direito Eleitoral, temos que memorizar que não é possível a realização
de coligações para as eleições proporcionais, mas sim apenas para as eleições majoritárias.

De acordo com o § 2º do artigo 17,

Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Como os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, a aquisição da sua
personalidade jurídica é feita com o registro da sua constituição no cartório de registro de pes-
soas jurídicas. Após isso, o partido promove o apoiamento mínimo de filiados previsto em lei e
procede ao registro de seu estatuto no TSE.

Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à te-
levisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2%
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.

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Com o registro no TSE, o partido passa a contar com uma série de prerrogativas, dentre as
quais a de ter acesso gratuito ao rádio e televisão, a de poder participar do processo eleitoral e
a de receber recursos do Fundo Partidário.
No entanto, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 97, passamos a contar
com a necessidade de o partido político atender a, pelo menos, um dos seguintes requisitos
para que tenham direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão.
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos
votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais, distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação;
Importante mencionar que o candidato eleito por um partido político que não atenda a
nenhum dos requisitos estabelecidos na Constituição Federal como necessários para o recebi-
mento de recursos do fundo partidário e para o acesso ao rádio e à televisão tem assegurado
o direito de mandato.
Nesta situação, será facultado ao eleito a filiação, sem perda do mandato, a outro partido
que tenha atingido tais requisitos. No entanto, esta filiação não será considerada, no novo par-
tido, para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo
de rádio e de televisão.
Outro ponto a ser destacado é que, após a Emenda Constitucional 117/2022, os partidos
políticos passaram a contar com a obrigatoriedade de aplicar, no mínimo, 5% dos recursos do
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da partici-
pação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
Além disso, o montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela
do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gra-
tuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão
ser de, no mínimo, 30%, proporcional ao número de candidatas.

Art. 17, § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo parti-
dário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na
televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30%
(trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada con-
forme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, conside-
rados a autonomia e o interesse partidário.

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Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% na


Recursos do fundo criação e na manutenção de programas de promoção e
partidário difusão da participação política das mulheres, de acordo
com os interesses intrapartidários.
No mínimo, 30% do montante do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha, da parcela do fundo
Deverão ser distribuídos
partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como
às candidatas
o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a
ser distribuído pelos partidos.

A Constituição Federal também veda que os partidos façam uso de organização paramilitar.

Art. 17, §4º, É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

EXEMPLO
Exemplo de tal uso seria a divisão interna dos Partidos em “Batalhões”, de forma que cada um
dos seus líderes seria chamado de “General”.

Vejam que, nesta situação hipotética, não estamos diante de uma organização tipicamente
militar, mas sim de uma organização que é “similar” a estas, daí o motivo de ser conceituada
como paramilitar e ser, por consequência, vedada sua utilização pelos Partidos Políticos.

Basicamente, as fases de constituição de um partido político podem ser divididas em três,


sendo elas:
a) aquisição de personalidade jurídica;
b) apoiamento mínimo;
c) registro de seu estatuto no TSE.

a) Aquisição da personalidade jurídica: a aquisição da personalidade jurídica do partido


político (considerando que este é pessoa jurídica de direito privado) é feita mediante o registro
no cartório de registro civil das pessoas jurídicas, tal como ocorre com as demais empresas e
associações privadas.
No entanto, como apenas é admitida a existência de Partidos Políticos de caráter nacional,
tal registro é feito no cartório de registro da capital federal, conforme previsão no artigo 8º da
Lei n. 9.096/1995:

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Art. 8º, O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro
Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em nú-
mero nunca inferior a 101 (cento e um), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos
Estados, e será acompanhado de:
I – cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;
II – exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto;
III – relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral
com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência.
§ 1º O requerimento indicará o nome e a função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do
partido no território nacional.
§ 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro Civil efetua o registro no livro corres-
pondente, expedindo certidão de inteiro teor.

Importante salientar que o número mínimo de fundadores, para o registro dos Partidos
Políticos, é de 101, bem como que estes devem possuir domicílio eleitoral em pelo menos um
terço dos Estados da Federação.
Satisfeitas todas estas exigências, o Oficial do Cartório procede ao registro do Partido Po-
lítico, momento este em que o mesmo adquire sua personalidade jurídica.

b) Apoiamento mínimo: com a aquisição da personalidade jurídica, o partido político deve


proceder ao apoiamento mínimo necessário para o registro do seu Estatuto.

DICA
O apoiamento mínimo está previsto no § 1º do artigo 7º da Lei
n. 9.096/1995, sendo constituído de eleitores correspondente
a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na última elei-
ção geral para a Câmara dos Deputados, não computados os
votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais,
dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do elei-
torado que haja votado em cada um deles.

A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por meio de suas assinaturas, com
menção ao número do respectivo título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo
a veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão Elei-
toral, que, ao receber cada uma das listas, dá recibo imediato do seu recebimento e, no prazo
de 15 dias, lavra o seu atestado.

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c) Registro do estatuto no TSE: Com a personalidade jurídica e o apoiamento mínimo ne-


cessário, é chegado o momento de o partido político proceder ao registro do seu estatuto no
Tribunal Superior Eleitoral.
Esta, das três etapas de constituição, é, sem dúvidas, a mais importante, uma vez que
assegura à agremiação a possibilidade de participar do processo eleitoral e de ter o direito à
exclusividade de sua denominação, sigla e símbolos.
Podemos sedimentar as características dos partidos políticos por meio do gráfico a seguir:

7.1. Infidelidade Partidária


Um ponto que merece ser destacado, com relação aos partidos políticos, é a questão da
infidelidade partidária. E isso ocorre na medida em que o § 6º do artigo 17 estabelece que,

Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se


desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anu-
ência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de
outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.

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Sendo assim, a regra geral é a de que os eleitos para os cargos eletivos de Deputados Fe-
derais, Deputados Estaduais, Deputados Distritais e Vereadores perderão o mandato quando
se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos.
As exceções ficam por conta das hipóteses de anuência do partido ou das situações de
justa causa legalmente definidas.

 Obs.: De acordo com a Lei dos Partidos Políticos, consideram-se justa causa para a desfilia-
ção partidária somente as seguintes hipóteses:
 a) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
 b) grave discriminação política pessoal;
 c) mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao tér-
mino do mandato vigente.

Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados


Regra Geral Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual
tenham sido eleitos perderão o mandato.

1. anuência do partido;
2. situações de justa causa definidas em lei, sendo elas:
a) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
Exceções b) grave discriminação política pessoal;
c) mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que
antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição,
majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

Por fim, é importante destacar que as regras relacionadas com a perda do mandato em
razão da desfiliação partidária são aplicáveis, apenas, aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional, e não pelo sistema majoritário, conforme entendimento sumulado do TSE.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 67 – TSE: A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica
aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

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8. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo


A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) trata-se de uma ação judicial cuja
previsão decorre diretamente da Constituição Federal, conforme se observa pela leitura do
artigo 14, §§ 10 e 11:

Art. 14, § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Logo, é correto afirmar que esta ação representa, mais do que um instrumento destinado a
recompor a legitimidade das eleições, uma importante garantia constitucional.

Observa-se, da análise dos dispositivos constitucionais, que três são os ilícitos que a AIME
objetiva evitar:
a) abuso do poder econômico;
b) corrupção;
c) fraude.

De acordo com o TSE, temos a seguinte definição para o abuso do poder econômico:

Abuso de poder econômico em matéria eleitoral se refere à utilização excessiva, antes ou durante
a campanha eleitoral, de recursos materiais ou humanos que representem valor econômico, bus-
cando beneficiar candidato, partido ou coligação, afetando assim a normalidade e a legitimidade
das eleições.

Desta forma, o abuso do poder econômico ocorre quando algum candidato ou partido uti-
liza de recursos financeiros com o objetivo de influenciar na escolha do eleitor.
No entanto, o abuso do poder econômico não se confunde com o abuso do poder de auto-
ridade (abuso do poder político). Nesta última definição, como o próprio nome sugere, o abuso
está ligado à utilização de alguma prerrogativa pública como forma de influenciar na escolha
do eleitor.
Em ambas as modalidade de abuso de poder (econômico e de autoridade), observa-se que
o objetivo é o mesmo, ou seja, influenciar o voto do eleitor e favorecer os interesses daqueles
que estão cometendo a infração. No entanto, apenas o abuso de poder econômico, isolada-
mente, é que pode dar ensejo ao ajuizamento da AIME.

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Em caso de abuso do poder de autoridade, a regra geral é que outra ação judicial deve ser
proposta. Caso, contudo, estejamos diante de abuso do poder político entrelaçado com o abu-
so do poder econômico, a AIME será, no entendimento do TSE, cabível.

JURISPRUDÊNCIA
“(Ac. de 24.5.2018 no AgR-REspe n. 3611, rel. Min. Rosa Weber) Abuso de poder político
e econômico. Conduta vedada. [...] 1. A teor da jurisprudência desta Corte Superior: ‘pos-
sível apurar, em Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), abuso de poder polí-
tico entrelaçado com abuso de poder econômico. Trata-se de hipótese em que agente
público, mediante desvio de sua condição funcional, emprega recursos patrimoniais, pri-
vados ou do Erário, de forma a comprometer a legitimidade das eleições e a paridade de
armas entre candidatos’. Precedente. [...]”

A corrupção eleitoral, por sua vez, trata-se da tentativa do candidato de obter o voto do
eleitor mediante o oferecimento de alguma espécie de vantagem ilícita.
A fraude, por sua vez, está relacionada com a prática de atos cujo objetivo é confundir e
induzir o eleitor ao erro. Os atos são editados e aparentam a condição de legítimos e legais, no
entanto, em virtude da má-fé do responsável, apenas se revestem desta forma com o objetivo
de influenciar a decisão do eleitor.
A AIME apenas poderá ser proposta após a diplomação dos candidatos eleitos. Desta data,
os legitimados possuem o prazo decadencial de 15 dias para apresentar o pedido.

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Outro ponto a ser destacado é que a AIME é uma ação gratuita, uma vez que tem por obje-
tivo fortalecer a democracia como um todo. No entanto, caso a ação seja proposta de forma
temerária ou de manifesta má-fé, deixará a ação de ser gratuita, devendo o legitimado arcar
com todas as despesas processuais.
De acordo com o texto da Constituição Federal, a AIME tramitará em segredo de justiça. No
entanto, o julgamento da ação será realizado de forma pública, conforme entendimento do TSE.

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RESUMO
Os direitos políticos ativos nada mais são do que a possibilidade do eleitor alistar-se e
votar no candidato de sua escolha. Tais direitos são exercidos por meio da capacidade elei-
toral ativa.
Os direitos políticos passivos, ao contrário, podem ser conceituados como a possibilidade
de os cidadãos candidatarem-se e serem eleitos para os diversos cargos eletivos. Tais direitos
são exercidos por meio da capacidade eleitoral passiva.

 Obs.: A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
 a) plebiscito;
 b) referendo;
 c) iniciativa popular.

A doutrina identifica dois tipos de sufrágio, sendo eles o universal e o restrito.


O sufrágio universal, que é o atualmente vigente em nosso ordenamento, é aquele em que
o direito de votar é estendido a todos os nacionais, desde que obedeçam às condições previs-
tas em lei. Por isso mesmo é que em nosso país todos os brasileiros, em regra, podem votar.
O sufrágio restrito, por outro lado, é aquele que não possibilita que todos os nacionais
exerçam o direito do voto, mas sim apenas aqueles que atendam a algumas características
especiais. Tal tipo de sufrágio pode ser capacitário ou censitário.
Teremos sufrágio capacitário quando o direito de votar é conferido apenas às pessoas que
possuam alguma característica especial, tal como a conclusão de curso superior ou o domínio
de mais de um idioma.
Da mesma forma, teremos sufrágio censitário quando o direito de votar for assegurado
apenas àqueles que possuam determinadas condições econômicas, tais como uma renda mí-
nima ou a comprovação da posse de um número certo de bens.

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Para poder concorrer a um cargo eletivo, o particular deve possuir todas as condições de
elegibilidade e não recair em nenhuma das causas de inelegibilidade. Podemos conceituar
elegibilidade como os pressupostos legais para que um indivíduo seja votado, ao passo que a
inelegibilidade pode ser compreendida como as situações que afastam a possibilidade de que
isso ocorra.

 Obs.: São condições de elegibilidade, na forma da lei:


 I – a nacionalidade brasileira;
 II – o pleno exercício dos direitos políticos;
 III – o alistamento eleitoral;
 IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
 V – a filiação partidária;
 VI – a idade mínima de:
 a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
 b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
 c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
 d) dezoito anos para Vereador.

São obrigados a realizar o alistamento e a respectiva votação aqueles que se encontrem


na faixa etária de 18 a 70 anos. Para aqueles com 16 a 18 anos, ou então com idade superior
a 70, tais procedimentos serão facultativos. Além disso, a Constituição Federal faculta aos
analfabetos a possibilidade de alistamento e voto.

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São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Es-
tado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Evita-se, com o princípio da anualidade, que o legislador modifique, no ano eleitoral, as
regras pertinentes às eleições, obstando assim que o abuso do poder econômico possa modi-
ficar as regras eleitorais com o objetivo de fraudar a lisura de todo o certame.

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Podemos relacionar como principais características do princípio da anualidade o fato de


tratar-se de uma cláusula pétrea e de destinar-se a evitar modificações legislativas antes de
um período razoável de tempo.

As consultas populares sobre questões locais serão realizadas concomitantemente com


as eleições municipais.
Para que a consulta popular possa ser realizada, a questão deve ter sido aprovada pela
Câmara Municipal e encaminhada à Justiça Eleitoral no prazo de até 90 dias antes da data
das eleições.

Consultas Populares
Quando serão realizadas Concomitantemente com as eleições municipais.
a) Aprovação pela Câmara Municipal.
Requisitos b) Encaminhamento à Justiça Eleitoral no prazo de até 90
dias antes da data das eleições.
Apenas poderão ocorrer durante as campanhas eleitorais,
Manifestações não podendo fazer uso de propaganda gratuita no rádio e
na televisão.

Vigora a regra de que a criação ou qualquer outra forma de agrupamento partidário (fusão
ou incorporação, por exemplo), são livres à iniciativa privada, de forma que os Partidos Políti-
cos gozam de liberdade e autonomia para definir o modo como irão funcionar e a sua estrutura
interna. Da mesma forma, a Constituição Federal estabelece que todo e qualquer partido polí-
tico apenas poderá ter caráter nacional, ou seja, ter sua atuação em todo o território nacional,
sem a possibilidade de restrição a determinados Estados ou Municípios.
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de forma a possuírem auto-
nomia para definir sua estrutura interna e forma de funcionamento.

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Os partidos políticos passaram a contar com a obrigatoriedade de aplicar, no mínimo, 5%


dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
Além disso, o montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela
do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gra-
tuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão
ser de, no mínimo, 30%, proporcional ao número de candidatas.

Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% na criação e na


Recursos do fundo
manutenção de programas de promoção e difusão da participação
partidário
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.

No mínimo, 30% do montante do Fundo Especial de Financiamento


Deverão ser distribuídos de Campanha, da parcela do fundo partidário destinada a
às candidatas campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita
no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos.

A regra geral é a de que os eleitos para os cargos eletivos de Deputados Federais, Deputa-
dos Estaduais, Deputados Distritais e Vereadores perderão o mandato quando se desligarem
do partido pelo qual tenham sido eleitos. As exceções ficam por conta das hipóteses de anu-
ência do partido ou das situações de justa causa legalmente definidas.

Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados


Regra Geral Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual
tenham sido eleitos perderão o mandato.

1. anuência do partido;
2. situações de justa causa definidas em lei, sendo elas:
a) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
Exceções b) grave discriminação política pessoal;
c) mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que
antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição,
majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias con-
tados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
ou fraude.

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A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor,


na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/INV POL/PC RJ/2022) O Partido Político Alfa, pela primeira vez em sua história,
teve filiados eleitos para cargos eletivos do Congresso Nacional.
Para que esse partido faça jus aos recursos do fundo partidário, preenchidos os demais requi-
sitos exigidos, é necessário que, nas eleições para:
a) o Senado Federal, tenha elegido pelo menos três senadores;
b) a Câmara dos Deputados, tenha elegido pelo menos quinze deputados federais;
c) o Congresso Nacional, considerado em sua inteireza, tenha elegido pelo menos quinze
­parlamentares;
d) a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, tenha elegido pelos menos três parla-
mentares em cada Casa;
e) a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, tenha elegido pelos menos cinco parla-
mentares em cada Casa.

002. (OMNI- CI/CM ITAMARATI DE MG/2022) O conjunto de regras fixadas pela Constituição
Federal, em que pese a participação da população no processo político, vem firmar os direitos
políticos no Brasil. Assim, é CORRETO afirmar que o militar alistável e elegível deverá afastar-
-se da atividade se não contar com, no mínimo:
a) Dez anos de serviço.
b) Quinze anos de serviço.
c) Vinte anos de serviço.
d) Vinte e cinco anos de serviço.

003. (FADESP/CHO/PM PA/ADMINISTRAÇÃO/SEM ESPECIALIDADE/2022) Sobre os direi-


tos políticos na Constituição Federal do Brasil de 1988 é certo afirmar que
a) o alistamento militar não é condição de elegibilidade.
b) o alistamento eleitoral não é condição de elegibilidade.
c) o alistamento eleitoral é obrigatório aos maiores de dezesseis anos.
d) os conscritos podem alistar-se como eleitores.

004. (SELECON - AG SG PEN (DEPEN MG)/DEPEN MG/2022) João, brasileiro, 66 anos de


idade, analfabeto, aposentado, e seu neto, Rodrigo, brasileiro, 17 anos de idade, aluno do en-
sino médio, estudam sobre pré-candidatos aos cargos de Senador da República e Deputado
Federal. André, brasileiro, 43 anos, engenheiro, pretende se candidatar ao cargo de Senador e
Bernardo, espanhol, 22 anos, advogado, para o de Deputado Federal. Diante disso, no tocante
à capacidade eleitoral ativa e passiva, é correto afirmar que:
a) o voto para João é obrigatório
b) Bernardo não pode se candidatar ao cargo de Deputado Federal

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c) Rodrigo tem idade obrigatória para votar


d) André não tem condições de se candidatar ao cargo de Senador

005. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE SC/ADMINISTRAÇÃO/2022) Julgue o próximo item, a


respeito das práticas na administração pública brasileira.
Ação popular, plebiscito e audiência pública são exemplos de formas de controle legislativo na
administração pública.

006. (CEBRASPE-CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Acer-


ca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.
A Constituição Federal de 1988 garantiu a ampliação da cidadania ao instituir o voto obrigató-
rio para todos os cidadãos e cidadãs, sem qualquer restrição.

007. (CEBRASPE-CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Acer-


ca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.
O conceito de cidadania está relacionado à noção de direitos das pessoas e, por isso, pressu-
põe deveres, como a obediência de todas e todos às normas e leis.

008. (CEBRASPE-CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Acer-


ca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.
No âmbito do ordenamento jurídico e político nacional, a soberania popular concretiza a ideia
de cidadania e é exercida indiretamente pelo sistema parlamentar, pelo sufrágio universal e
pelo voto direto e secreto, que tem valor igual para todas e todos.

009. (FGV/AAFE/SEFAZ AM/2022) Ivan, brasileiro nato, durante o período de serviço militar
obrigatório para o qual fora convocado, decidiu concorrer ao cargo eletivo de vereador nas
eleições que se realizariam em pouco menos de um ano.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que Ivan
a) pode se alistar como eleitor, mas, por ser conscrito, não pode concorrer a qualquer car-
go eletivo.
b) não pode se alistar como eleitor, por ser conscrito, o que o impede de concorrer a um car-
go eletivo.
c) não pode se alistar como eleitor, vedação que alcança todos os militares, o que o impede de
concorrer a um cargo eletivo.
d) pode se alistar como eleitor, mas, a exemplo de todos os militares, não pode concorrer a um
cargo eletivo.
e) pode se alistar como eleitor, por ser brasileiro nato e maior de dezoito anos, e pode se can-
didatar a um cargo eletivo.

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010. (FCC/ANA JD/DPE AM/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2022) De acordo com a Constituição Fe-


deral, o direito de voto das pessoas presas é
a) assegurado, desde que ausente condenação criminal transitada em julgado, enquanto dura-
rem seus efeitos.
b) assegurado, desde que a acusação ou condenação seja por crime praticado sem violência
ou grave ameaça a pessoa.
c) vedado diante da privação de liberdade no período de dois anos que antecede as eleições.
d) vedado diante da privação de liberdade no período das eleições, independentemente do
tempo de prisão anterior.
e) assegurado, desde que ausente condenação criminal com ou sem trânsito em julgado.

011. (FCC/ASS TD/DPE AM/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2022) Juliana é


analfabeta e possui dúvidas sobre seus direitos políticos. Segundo a Constituição Federal de
1988, Juliana é
a) inelegível e seu voto é facultativo.
b) inelegível e seu voto é obrigatório.
c) elegível e seu voto é facultativo.
d) elegível e seu voto é obrigatório.
e) inalistável e seu voto é obrigatório.

012. (LEGALLE/PROC/CM POA/2022) Qual a idade mínima, enquanto condição de elegibili-


dade, para Vereador?
a) Vinte e um anos.
b) Trinta e cinco anos.
c) Trinta anos.
d) Dezoito anos.
e) Vinte anos.

013. (LEGALLE/AG PREV/IPREC/2022) Acerca das condições de elegibilidade, assinale a al-


ternativa que apresenta a idade mínima para um vereador ser elegível.
a) 16 anos.
b) 18 anos.
c) 21 anos.
d) 30 anos.
e) 35 anos.

014. (DIRENS AERONÁUTICA/EAGS/EEAR/ADMINISTRAÇÃO/2022) Marque a alternativa


que completa a lacuna da afirmativa abaixo.

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O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de __________________
dias, contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso de poder, corrupção
ou fraude.
a) dez
b) cinco
c) quinze
d) vinte e cinco

015. (FGV/INSP POL/PC RJ/2022) Germano pretendia se candidatar a cargo eletivo nas pró-
ximas eleições. Com tal objetivo, procurou um advogado e foi informado de que era alcançado
por causa de inelegibilidade prevista na Constituição da República de 1988.
É correto afirmar que uma causa de inelegibilidade de natureza constitucional:
a) sempre impede que o interessado concorra a qualquer cargo eletivo;
b) somente alcança os cargos eletivos vinculados a um ente federativo em particular;
c) será afastada se houver a desincompatibilização no prazo indicado pela ordem jurídica;
d) somente alcança cargos eletivos específicos, conforme a causa geradora da inelegibilidade;
e) pode alcançar todos os cargos eletivos, um cargo eletivo específico ou os cargos eletivos
vinculados a um ente federativo em particular.

016. (FGV/ESTAG/MPE BA/DIREITO/2022) João pretendia ingressar na política, concorren-


do ao cargo de vereador no Município Beta, do qual sua esposa Maria era prefeita. Ao procurar
orientação jurídica, foi informado, corretamente, que a Constituição da República de 1988 o
impedia de concorrer ao cargo de vereador na mesma esfera territorial na qual o seu cônjuge
exerce o mandato eletivo de prefeito.
Portanto, à luz da narrativa, João:
a) está inelegível;
b) teve sua cidadania ativa restringida;
c) está com os direitos políticos suspensos;
d) não preenche as condições de elegibilidade;
e) perdeu momentaneamente os direitos políticos.

017. (CEBRASPE-CESPE/ATT/SEFAZ SE/2022) Conforme o texto constitucional, as hipóte-


ses de perda ou suspensão de direitos políticos incluem
a) a recusa de cumprimento de obrigação constitucional a todos imposta, realizada ou não
prestação alternativa.
b) a condenação criminal transitada em julgado apenas quando tenha sido aplicada pena pri-
vativa de liberdade.
c) a prática de ato de improbidade administrativa.

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d) o cancelamento da nacionalidade brasileira por ato do secretário nacional de Justiça.


e) a ausência de renúncia ao mandato, pelo presidente da República, até seis meses antes do
pleito de outro cargo a que e ele pretenda concorrer.

018. (CEV UECE/GCM/PREF SOBRAL/2022) É vedada a cassação de direitos políticos, cuja


perda ou suspensão dar-se-á nos casos de
a) condenação cível transitada em julgado.
b) improbidade administrativa.
c) relativa incapacidade civil.
d) suspensão da naturalização por ordem judicial.

019. (FGV/INV POL/PC AM/4ª CLASSE/2022) José foi condenado a pena privativa de liberda-
de em um processo penal pela prática de crime contra o patrimônio. Enquanto cumpria a pena,
mas já tendo recebido livramento condicional, consultou o seu advogado a respeito da possi-
bilidade de concorrer a um cargo eletivo nesse período, sendo respondido corretamente que
a) embora estivesse no gozo dos direitos políticos, José está inelegível.
b) José está no pleno gozo dos direitos políticos, podendo votar e ser votado.
c) José está com os direitos políticos suspensos, não podendo votar ou ser votado.
d) José está com os direitos políticos suspensos, o que significa dizer que pode votar, mas não
ser votado.
e) falta a José uma condição de elegibilidade, mas não há óbice a que exerça os seus direitos
cívicos como eleitor.

020. (FGV/SOLD/CBM AM/2022) Um grande número de eleitores, com elevado prestígio jun-
to à sociedade civil, decidiu criar o Partido Político WW. Esse partido teria caráter regional,
atuando apenas na região norte do país.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que o objetivo almejado é
a) inconstitucional, pois os partidos políticos não podem ter caráter regional.
b) constitucional, pois os partidos políticos podem ter caráter regional, atuando em apenas
uma região.
c) inconstitucional, pois os partidos políticos, embora possam ter caráter regional, devem estar
vinculados a ao menos três regiões.
d) inconstitucional, pois os partidos políticos, embora possam ter caráter regional, devem estar
vinculados a ao menos duas regiões.
e) constitucional, desde que o partido político tenha o seu caráter regional previamente autori-
zado pelo Tribunal Superior Eleitoral

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021. (VUNESP/NER/TJ SP/PROVIMENTO/2022) Os partidos políticos adquirem personalida-


de jurídica:
a) com o registro civil como pessoa jurídica de direito privado na forma da lei civil.
b) com o registro no Tribunal Superior Eleitoral como pessoa jurídica de direito público interno.
c) após a conjugação de dois requisitos, quais sejam, com o registro na forma da lei civil e re-
gistro no Tribunal Superior Eleitoral.
d) como pessoa jurídica de natureza mista, independentemente de qualquer registro.

022. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) A respeito dos direitos e das garantias fun-
damentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar que, para que um ex-governador de estado ou
do Distrito Federal se candidate à reeleição, ele deverá renunciar ao cargo com, no mínimo, 120
dias de antecedência das eleições.

023. (IBFC/AJ TRE PA/TRE PA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2020) A Consti-


tuição Federal (CF/88) traz algumas condições de elegibilidade. Assinale a alternativa que não
apresenta uma das condições de elegibilidade estabelecidas pela CF:
a) Nacionalidade brasileira
b) Alistamento eleitoral
c) Pleno exercício dos direitos políticos
d) A idade mínima de dezoito anos para deputado estadual

024. (FEPESE/ATM/PREF ITAJAÍ/2020) Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar


que o voto é:
a) facultativo para os analfabetos.
b) facultativo para os menores de 21 anos.
c) facultativo para os maiores de 60 anos.
d) obrigatório para os maiores de 16 anos.
e) obrigatório para os brasileiros natos.

025. (QUADRIX/ASS/CRBM 4/PA RO/GESTÃO/2021) A respeito dos direitos e das garantias


fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
Em relação aos direitos políticos previstos na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar
que a inelegibilidade do cônjuge no território de jurisdição é afastada com a dissolução do vín-
culo conjugal no curso do mandato.

026. (DIRENS AERONÁUTICA/EAGS/EEAR/ADMINISTRAÇÃO/2021) Assinale a alternativa


que indica um caso de perda ou suspensão de direitos políticos.

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a) Durante processo de cancelamento da naturalização.


b) Condenação civil transitada em julgado.
c) Improbidade administrativa.
d) Incapacidade civil relativa.

027. (FGV/AG POL-RN/PC RN/2021) Os partidos políticos Alfa e Beta decidiram celebrar uma
coligação para as eleições, de modo a potencializar as chances dos seus candidatos.
Suas assessorias jurídicas, considerando a sistemática constitucional vigente, ressaltaram
que essas coligações poderiam ser celebradas:
a) nas eleições majoritárias e nas proporcionais, com obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
b) apenas nas eleições majoritárias, com obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
c) apenas nas eleições proporcionais, com obrigatoriedade de vinculação entre as candidatu-
ras em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
d) apenas nas eleições majoritárias, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
e) apenas nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidatu-
ras em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

028. (VUNESP/AN L/CM MOGI-MIRIM/2020) Nos termos da Constituição Federal, a sobera-


nia popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) a capacidade eleitoral passiva consiste em forma de participação da pessoa na democracia
representativa, por meio da escolha de seus mandatários.
b) o voto, além de ser um direito público subjetivo, é função política e social de soberania po-
pular na democracia representativa.
c) a cassação de direitos políticos é possível nos casos de improbidade administrativa.
d) o fato de o Chefe do Poder Executivo não poder ser candidato a um terceiro mandato suces-
sivo é hipóteses de inelegibilidade absoluta.
e) a personalidade é característica essencial do direito de voto, a qual só pode ser outorgada
por procuração, nas situações excepcionais previstas em lei complementar.

029. (ALFA UMUARAMA/AFTR/PREF TAPEJARA-PR/2020) Segundo a Constituição da Re-


pública Federativa do Brasil, de 1988 e suas alterações, a soberania popular será exercida pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Assinale a alternati-
va que NÃO apresenta uma condição de elegibilidade.
a) Ter filiação partidária.
b) Ter nacionalidade brasileira.

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c) Possuir o domicílio eleitoral na circunscrição.


d) Ter a idade mínima de dezoito anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito e Vice-Prefeito.
e) Estar em pleno exercício dos direitos políticos.

030. (FACET/ASS JUR/PREF CAPIM/2020) São condições de elegibilidade, na forma da


lei, exceto:
a) A nacionalidade brasileira.
b) O pleno exercício dos direitos políticos.
c) O alistamento eleitoral.
d) O domicílio eleitoral na circunscrição
e) Prescindibilidade de filiação partidária

031. (FACET/ASS JUR/PREF CAPIM/2020) Fernando, em pleno gozo de seus direitos políti-
cos, com 30 anos de idade, decidiu se candidatar ao cargo de Senador da República pelo Esta-
do da Paraíba. Por conta de suas convicções filosóficas, Fernando afirmou em uma entrevista
numa rádio de João Pessoa, que não se filiaria a nenhum partido político, por ter incompatibi-
lidade ideológica com todos, afirmando ainda, que este é o diferencial de sua campanha. Com
base no relato acima, Fernando:
a) Poderá concorrer ao cargo de Senador da República, desde que se filie a algum partido.
b) Poderá concorrer ao cargo de Senador da República, visto que preenche todos os requisitos
necessários.
c) Não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por não preencher o requisito etá-
rio, além de não possuir filiação partidária.
d) Poderá concorrer aos cargos de Senador ou Vice-presidente da República, mas não ao de
Presidente.
e) Não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por ausência de filiação partidária,
sendo este o único requisito que falta preencher.

032. (FUNDATEC/AXAD/ESTÂNCIA V/PREF ESTÂNCIA VELHA/2020) A Constituição Fede-


ral, em relação aos direitos políticos, estabelece as condições de elegibilidade para os cargos
de Governador e Vice-Governador de Estado. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A idade mínima de vinte e um anos.
b) A nacionalidade brasileira.
c) A filiação partidária.
d) O alistamento eleitoral.

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033. (FUNDATEC/GM/PREF CAMPO BOM/2020) Segundo as disposições do Art. 14 da Cons-


tituição Federal, entre as condições de elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito, na forma da
lei, estão:
a) A nacionalidade brasileira e a idade mínima de trinta e cinco anos.
b) O alistamento eleitoral e a idade mínima de trinta anos.
c) O pleno exercício dos direitos políticos e a idade mínima de trinta anos.
d) A filiação partidária e a idade mínima de vinte e um anos.
e) O domicílio eleitoral na circunscrição e a idade mínima de dezoito anos.

034. (FACET/ANA ADM/PREF CAPIM/2020) Ao disciplinar o tema dos partidos políticos, a


Constituição Federal de 1988 estabeleceu o seguinte:
I – caráter estadual.
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

035. (IDECAN/ASS/IF RR/ADMINISTRAÇÃO/2020) Assinale a alternativa que indique corre-


tamente o órgão onde os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, registrarão
seus estatutos.
a) Tribunal Superior Eleitoral
b) Supremo Tribunal Federal
c) Superior Tribunal de Justiça
d) Ministério Público Eleitoral
e) Seção Eleitoral

036. (FCC/TJ TRF4/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2019) Antônia tem 18 anos,


Pedro 20 anos, João 30 anos e Miguel 40 anos. Entendendo-se que as demais condições de
elegibilidade foram preenchidas e levando-se em consideração apenas a idade mínima, em
conformidade com a Constituição Federal, Antônia

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a) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João e Miguel podem ser eleitos para
o cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
b) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador ou de Prefeito; João pode ser eleito
para o cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
c) pode ser eleita para o cargo de Vereadora; Pedro pode ser eleito para o cargo de Vereador
ou de Prefeito; João pode ser eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador;
Miguel pode se eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente
da República.
d) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de Vereador, de
Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
e) pode ser eleita para o cargo de Vereadora ou de Prefeita; Pedro pode ser eleito para o cargo
de Vereador, de Prefeito ou de Governador; João e Miguel podem ser eleitos para o cargo de
Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.

037. (FCC/ANA G/DPE AM/ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/BIBLIOTECONOMIA/2018)


A Constituição Federal de 1988 estabelece, como regra geral, que são inalistáveis e inelegíveis
como eleitores
a) analfabetos.
b) estrangeiros.
c) maiores de 70 anos.
d) maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
e) que alegarem motivos de crença religiosa.

038. (FCC/PROC LEG/CL DF/2018) De acordo com o pensador Norberto Bobbio, entre a for-
ma extrema de democracia representativa e a forma extrema de democracia direta existe um
continuum de formas intermediárias [...] perfeitamente compatíveis entre si posto que apro-
priadas a diversas situações e a diversas exigências. [...] não são dois sistemas alternativos.
(BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia, p. 52). Do trecho transcrito, se dessumi:
a) Trata-se de uma censura às constituições que, assim como a brasileira, preveem que todo
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente [...].
b) Na atualidade, é possível se admitir um sistema de democracia direta se instrumentos
intermediários forem incorporados de modo a mitigar as restrições da democracia represen-
tativa tradicional.
c) A democracia representativa encontra-se sob questionamentos em todos os países e a sua
obsolescência exige novos instrumentos de participação dos cidadãos por meio da democra-
cia digital.

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d) Os instrumentos de democracia direta, entre os quais o plebiscito, o referendo e a iniciativa


popular, são prescindíveis nas democracias maduras ocidentais que prestigiam a democracia
liberal tradicional, sendo mais adequados aos países de menor tradição democrática.
e) O direito de participação dos cidadãos nas decisões estatais contemporaneamente não se
resume aos processos eleitorais, de sorte que a democracia participativa, tal como a brasileira,
contempla a ação popular, o direito à informação e a iniciativa popular das leis, entre outros.

039. (FCC/TEC LEG/CL DF/TÉCNICO DE ARQUIVO E BIBLIOTECA/2018) Considere que o in-


divíduo A, brasileiro naturalizado, de 31 anos, alfabetizado, em pleno exercício de seus direitos
políticos, pretende se candidatar ao cargo de Senador. Considere que o indivíduo B, brasileiro
naturalizado, de 32 anos, alfabetizado, em pleno exercício de seus direitos políticos, pretende
se candidatar ao cargo de Governador de Estado. Diante desse quadro, em decorrência das
eleições que ocorrem neste ano,
a) o indivíduo A não pode ocupar o cargo de Senador por não ser brasileiro nato.
b) o indivíduo B não pode ocupar o cargo de Governador de Estado por não ter 35 anos.
c) apenas o indivíduo B pode ser eleito e ocupar o cargo pretendido.
d) apenas o indivíduo A pode ser eleito e ocupar o cargo pretendido.
e) os indivíduos A e B podem ser eleitos e ocupar os cargos pretendidos.

040. (FCC/CON TEC LEG/CL DF/INSPETOR DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Filomena, pro-


fessora aposentada, 65 anos de idade, é brasileira naturalizada e possui domicílio eleitoral no
Distrito Federal. Considerando apenas as informações fornecidas, de acordo com a Constitui-
ção Federal, Filomena
a) não poderá ser candidata a Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo, para ela,
obrigatório o voto.
b) poderá ser candidata a Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo, para ela, facul-
tativo o voto.
c) poderá ser candidata a Governadora do Estado de São Paulo, sendo, para ela, faculta-
tivo o voto.
d) não poderá ser candidata a Governadora do Distrito Federal, sendo, para ela, obrigató-
rio o voto.
e) não poderá ser candidata a Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo, para ela,
facultativo o voto.

041. (FCC/AG PEN/IAPEN/2018) Hector Gonzales, brasileiro naturalizado, contando atual-


mente 32 anos de idade, pretende disputar cargo eletivo no Brasil. Considerando as regras
dispostas na Constituição Federal, Hector poderá concorrer

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a) ao cargo de Governador e Vice-Governador de Estado.


b) apenas aos cargos do Poder Legislativo, pois os do Executivo são restritos aos brasi-
leiros natos.
c) somente aos cargos de Prefeito, Vereador e Deputado Estadual, tendo em vista a limita-
ção de idade.
d) somente aos cargos de Deputado Federal e Senador da República.
e) a qualquer cargo eletivo, haja vista o pleno direito à elegibilidade consagrado na Constitui-
ção, com Exceção ao de Presidente da República, exclusivo aos brasileiros natos.

042. (FCC/AGA/PREF RECIFE/2019) Determinado servidor público ocupante de cargo efeti-


vo em órgão de Administração direta estadual, brasileiro naturalizado, com 22 anos de idade,
pretende candidatar-se a Prefeito do Município em que possui domicílio eleitoral e no qual sua
esposa exerce mandato de Vereadora. Nessa hipótese, considerados apenas os elementos ora
fornecidos, à luz da Constituição Federal, referido servidor
a) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que são privativos de brasileiros natos os
cargos de chefia do Poder Executivo.
b) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que não possui a idade mínima requerida.
c) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que seria exercido no território de jurisdição
de cônjuge titular de mandato eletivo.
d) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido
no mandato, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
e) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido no
mandato, ficará afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração.

043. (FCC/PROC/SANASA/JURÍDICO/2019) Gustavo foi eleito governador de um Estado em


2018 e sua filha Carolina deseja estrear na política e se candidatar à prefeitura da capital desse
mesmo Estado nas eleições municipais de 2020.
Considerando que Gustavo estará exercendo o seu mandato no período eleitoral do próximo
pleito, em conformidade com a Constituição Federal de 1988, Carolina
a) não poderá concorrer a mandato eletivo enquanto seu genitor exercer cargo político, pois
são absolutamente inelegíveis para qualquer cargo os parentes consanguíneos ou afins, até o
terceiro grau ou por adoção, de Governador de Estado.
b) poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois são inelegíveis, no território de
jurisdição do titular, apenas os cônjuges de Governador de Estado, salvo se já titular de manda-
to eletivo e candidato à reeleição.
c) não poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, de Governador de Estado.

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d) poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois o território da sua jurisdição não
será o mesmo território da jurisdição do seu genitor.
e) poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois são inelegíveis, no território de
jurisdição do titular, os parentes consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção do
Presidente da República.

044. (FCC/ANA LEG/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ADMINISTRA-


ÇÃO/2018) João, Governador do Estado X, faleceu no primeiro ano do seu mandato, sendo
sucedido por José, que havia sido eleito Vice-Governador. Ao fim do mandato em que suce-
deu a João, José se elegeu Governador do Estado X. Com a proximidade do encerramento
desse novo mandato, entendendo que ainda possui muitos projetos para realizar, José alme-
ja se candidatar à reeleição.
À luz da Constituição da República, a reeleição pretendida por José
a) não é possível, uma vez que José já exerceu por duas vezes consecutivas o mandato de
Governador, embora ele possa candidatar-se ao cargo de Vice-Governador na referida eleição,
na medida em que ainda não foi reeleito para esse cargo.
b) é possível, uma vez que no primeiro mandato José foi eleito Vice-Governador, e não Gover-
nador; deverá, contudo, renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito.
c) não é possível, uma vez que, já tendo ocupado o cargo em dois mandatos, José está impe-
dido de, ainda que futuramente, voltar a ser Governador do Estado X.
d) é possível, uma vez que no primeiro mandato José foi eleito Vice-Governador, e não Gover-
nador, não sendo necessário renunciar ao respectivo mandato para concorrer à reeleição.
e) não é possível, uma vez que, ao suceder a João, José passou a exercer seu primeiro manda-
to como titular do cargo de Governador, de maneira que somente poderia ser reeleito para um
único período subsequente, o que já ocorreu.

045. (FCC/TEC LEG/ALESE/TAQUIGRAFIA/2018) À luz da Constituição Federal, considera-


das exclusivamente as condições de elegibilidade relativas à nacionalidade e idade, um brasi-
leiro naturalizado de 25 anos poderia, em tese, candidatar-se a
a) Senador, mas não poderia assumir a Presidência do Senado Federal.
b) Presidente da República.
c) Governador de Estado.
d) Vereador, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara Municipal.
e) Deputado Federal, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara dos Deputados.

046. (FCC/TEC LEG/CL DF/FOTÓGRAFO/2018) A respeito do que estabelece a Constituição


Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos,

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a) não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
b) as idades mínimas para a elegibilidade relativa aos cargos de Presidente da República e
Senador são, respectivamente, de 35 e 30 anos.
c) entre os cargos privativos de brasileiro nato, estão o de Presidente da República, Senador,
Ministro do Supremo Tribunal Federal e oficial da Forças Armadas.
d) o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de 60 anos.
e) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos ca-
sos previstos na Constituição ou na Lei de Migração.

047. (CESPE/AMCI/CGM J PESSOA/PREF JOÃO PESSOA/AUDITORIA, FISCALIZAÇÃO, OU-


VIDORIA E TRANSPARÊNCIA/GERAL/2018) À luz do disposto na Constituição Federal de 1988
(CF), julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais e dos direitos fundamentais.
Conforme a CF, o poder emana do povo e é exercido por meio de representantes eleitos, não
havendo previsão do exercício do poder diretamente pelo povo.

048. (CESPE/TJ/STM/STM/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2018) Em relação aos


direitos e deveres fundamentais, à nacionalidade e ao Poder Judiciário, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Com a pretensão de candidatar-se a cargo eletivo, determinado militar,
com cinco anos de serviço, fez, de forma regular, o pedido de registro de sua candidatura.
Assertiva: Nessa situação, após ser eleito, o militar deverá afastar-se de sua atividade pelo
período do mandato eletivo, devendo retornar ao serviço após o seu término.

049. (CESPE/AI/ABIN/2018) Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue.
Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebis-
cito é uma consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais.

050. (CESPE/TJ/TRE PE/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) O alistamento


eleitoral e o voto são obrigatórios para
a) maiores de setenta e cinco anos de idade.
b) maiores de dezoito anos de idade.
c) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.
d) analfabetos.
e) maiores de setenta anos de idade.

051. (CESPE/TJ/TRE BA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) A Constituição


Federal de 1988 estabelece que “todo o poder emana do povo”, que pode exercê-lo diretamen-
te. Nesse sentido, o instrumento constitucional que materializa uma consequência advinda do
princípio invocado é o(a)

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a) plebiscito.
b) filiação partidária.
c) greve.
d) alistamento militar.
e) livre expressão da atividade intelectual.

052. (CESPE/TJ/TRE BA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) Ao ser procurada


para responder pesquisa relativa às eleições estaduais, Maria Lúcia, professora aposentada,
então com sessenta e seis anos de idade, recusou-se a responder aos questionamentos e ale-
gou que, por ser idosa, não era mais obrigada a votar. Assim, afirmou que, como tem a intenção
de utilizar essa prerrogativa, sua opinião quanto aos candidatos não seria relevante à pesquisa.
Nessa situação hipotética, à luz da Constituição Federal de 1988, o entendimento de Maria
Lúcia está
a) correto, porque a sua idade faz presumir a incapacidade civil absoluta, o que acarreta a per-
da de direitos políticos.
b) correto, tendo em vista que a sua situação de idosa lhe garante o voto facultativo.
c) correto, porque a aposentadoria torna seu voto facultativo.
d) equivocado, porque o voto é facultativo apenas para os analfabetos.
e) equivocado, porque, para cidadãos com a sua idade, o voto é obrigatório.

053. (CESPE/EPF/PF/2018) Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e um anos de idade


no mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado condenação criminal con-
tra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com relação aos direitos políti-
cos de Gilberto.
Em razão de sua idade, o ato de votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto.

054. (CEBRASPE-CESPE/ASSP/PGE PE/2019) A respeito dos direitos políticos e dos parti-


dos políticos, julgue o item seguinte.
Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permitem ao cidadão candidatar-se e re-
ceber votos para um cargo eletivo.

055. (CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2019) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o


item que se segue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do Estado e das
instituições democráticas.
Policial rodoviário federal com mais de dez anos de serviço pode candidatar-se ao cargo de
deputado federal, devendo, no caso de ser eleito, passar para inatividade a partir do ato de
sua diplomação.

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GABARITO
1. b 37. b
2. a 38. e
3. a 39. c
4. b 40. a
5. E 41. a
6. E 42. e
7. C 43. c
8. C 44. e
9. b 45. e
10. a 46. a
11. a 47. E
12. d 48. E
13. b 49. C
14. c 50. b
15. e 51. a
16. a 52. e
17. c 53. E
18. b 54. E
19. c 55. E
20. a
21. a
22. E
23. d
24. a
25. E
26. c
27. d
28. b
29. d
30. e
31. c
32. a
33. d
34. d
35. a
36. d

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/INV POL/PC RJ/2022) O Partido Político Alfa, pela primeira vez em sua história,
teve filiados eleitos para cargos eletivos do Congresso Nacional.
Para que esse partido faça jus aos recursos do fundo partidário, preenchidos os demais requi-
sitos exigidos, é necessário que, nas eleições para:
a) o Senado Federal, tenha elegido pelo menos três senadores;
b) a Câmara dos Deputados, tenha elegido pelo menos quinze deputados federais;
c) o Congresso Nacional, considerado em sua inteireza, tenha elegido pelo menos quinze par-
lamentares;
d) a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, tenha elegido pelos menos três parla-
mentares em cada Casa;
e) a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, tenha elegido pelos menos cinco parla-
mentares em cada Casa.

Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão
os partidos políticos que atenderem a um dos requisitos estabelecidos no texto da Constitui-
ção Federal.

Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à te-
levisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2%
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.

Desta forma, o Partido Político Alfa fará jus aos recursos do fundo partidário caso tenha elegido
pelo menos 15 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação.
Letra b.

002. (OMNI- CI/CM ITAMARATI DE MG/2022) O conjunto de regras fixadas pela Constituição
Federal, em que pese a participação da população no processo político, vem firmar os direitos
políticos no Brasil. Assim, é CORRETO afirmar que o militar alistável e elegível deverá afastar-
-se da atividade se não contar com, no mínimo:
a) Dez anos de serviço.
b) Quinze anos de serviço.
c) Vinte anos de serviço.
d) Vinte e cinco anos de serviço.

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A questão deve ser respondida com base nas disposições do §8º do artigo 14, que estabelece
as regras relacionadas com a elegibilidade dos militares.

Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Letra a.

003. (FADESP/CHO/PM PA/ADMINISTRAÇÃO/SEM ESPECIALIDADE/2022) Sobre os direi-


tos políticos na Constituição Federal do Brasil de 1988 é certo afirmar que
a) o alistamento militar não é condição de elegibilidade.
b) o alistamento eleitoral não é condição de elegibilidade.
c) o alistamento eleitoral é obrigatório aos maiores de dezesseis anos.
d) os conscritos podem alistar-se como eleitores.

a) Certa. O alistamento militar não é uma condição de elegibilidade.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

b/c) Erradas. Já o alistamento eleitoral, em sentido oposto, é sim condição de elegibilidade,


sendo facultativo para os maiores de 16 e menores de 18 anos.
d) Erradas. Além disso, o texto constitucional estabelece, em seu artigo 14, §2º, que “Não po-
dem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório,
os conscritos”.
Letra a.

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004. (SELECON - AG SG PEN (DEPEN MG)/DEPEN MG/2022) João, brasileiro, 66 anos de


idade, analfabeto, aposentado, e seu neto, Rodrigo, brasileiro, 17 anos de idade, aluno do en-
sino médio, estudam sobre pré-candidatos aos cargos de Senador da República e Deputado
Federal. André, brasileiro, 43 anos, engenheiro, pretende se candidatar ao cargo de Senador e
Bernardo, espanhol, 22 anos, advogado, para o de Deputado Federal. Diante disso, no tocante
à capacidade eleitoral ativa e passiva, é correto afirmar que:
a) o voto para João é obrigatório
b) Bernardo não pode se candidatar ao cargo de Deputado Federal
c) Rodrigo tem idade obrigatória para votar
d) André não tem condições de se candidatar ao cargo de Senador

a) Errada. João é analfabeto. Logo, o seu voto é facultativo, e não obrigatório.


b) Certa. Uma das condições de elegibilidade é a nacionalidade brasileira. E como Bernardo é
espanhol, não poderá ele candidatar-se ao cargo de Deputado Federal.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;

c) Errada. A idade obrigatória para votar é a partir dos 18 anos. Sendo assim, o voto de Rodrigo
é facultativo.
d) Errada. André é brasileiro e tem 43 anos. Logo, poderá ele candidatar-se ao cargo de Senador.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
Letra b.

005. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE SC/ADMINISTRAÇÃO/2022) Julgue o próximo item, a


respeito das práticas na administração pública brasileira.
Ação popular, plebiscito e audiência pública são exemplos de formas de controle legislativo na
administração pública.

A ação popular, o plebiscito e a audiência pública são exemplos de participação direta da so-
ciedade na soberania popular, e não formas de controle legislativo.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;

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II – referendo;
III – iniciativa popular.
Errado.

006. (CEBRASPE-CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Acer-


ca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.
A Constituição Federal de 1988 garantiu a ampliação da cidadania ao instituir o voto obrigató-
rio para todos os cidadãos e cidadãs, sem qualquer restrição.

O voto não é obrigatório para todos os cidadãos. Em sentido diverso, a Constituição Federal
estabelece um conjunto de pessoas que possuem a faculdade de se alistar e votar.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Errado.

007. (CEBRASPE-CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Acer-


ca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.
O conceito de cidadania está relacionado à noção de direitos das pessoas e, por isso, pressu-
põe deveres, como a obediência de todas e todos às normas e leis.

Assim como afirmado, o conceito de cidadania está relacionado com a noção de direitos das
pessoas. Para fins eleitorais, é considerado cidadão aquele que, por estar alistado, passa a
contar com direitos políticos (direito de votar e, desde que atendidos os demais requisitos,
direito de ser votado).
Certo.

008. (CEBRASPE-CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Acer-


ca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.
No âmbito do ordenamento jurídico e político nacional, a soberania popular concretiza a ideia
de cidadania e é exercida indiretamente pelo sistema parlamentar, pelo sufrágio universal e
pelo voto direto e secreto, que tem valor igual para todas e todos.

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A soberania popular pode tanto ser exercida indiretamente (por meio de representantes elei-
tos) quanto diretamente (como, por exemplo, através de plebiscito, referendo e iniciativa popu-
lar). Quando exercida indiretamente, a soberania está materializada no sufrágio universal e no
voto direto e secreto, que tem valor igual para todos.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Certo.

009. (FGV/AAFE/SEFAZ AM/2022) Ivan, brasileiro nato, durante o período de serviço militar
obrigatório para o qual fora convocado, decidiu concorrer ao cargo eletivo de vereador nas
eleições que se realizariam em pouco menos de um ano.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que Ivan
a) pode se alistar como eleitor, mas, por ser conscrito, não pode concorrer a qualquer car-
go eletivo.
b) não pode se alistar como eleitor, por ser conscrito, o que o impede de concorrer a um car-
go eletivo.
c) não pode se alistar como eleitor, vedação que alcança todos os militares, o que o impede de
concorrer a um cargo eletivo.
d) pode se alistar como eleitor, mas, a exemplo de todos os militares, não pode concorrer a um
cargo eletivo.
e) pode se alistar como eleitor, por ser brasileiro nato e maior de dezoito anos, e pode se can-
didatar a um cargo eletivo.

Na medida em que Ivan foi convocado para o serviço militar obrigatório, será ele considerado
conscrito durante o mencionado período. Logo, durante este lapso de tempo, Ivan não poderá
se alistar como eleitor e, consequentemente, estará impedido de concorrer a qualquer um dos
cargos eletivos (haja vista que não atenderá à condição de elegibilidade do alistamento eleitoral).

Art. 14, § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
III – o alistamento eleitoral;
Letra b.

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010. (FCC/ANA JD/DPE AM/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2022) De acordo com a Constituição Fe-


deral, o direito de voto das pessoas presas é
a) assegurado, desde que ausente condenação criminal transitada em julgado, enquanto dura-
rem seus efeitos.
b) assegurado, desde que a acusação ou condenação seja por crime praticado sem violência
ou grave ameaça a pessoa.
c) vedado diante da privação de liberdade no período de dois anos que antecede as eleições.
d) vedado diante da privação de liberdade no período das eleições, independentemente do
tempo de prisão anterior.
e) assegurado, desde que ausente condenação criminal com ou sem trânsito em julgado.

O direito de voto das pessoas presas é assegurado, mas desde que esteja ausente a condena-
ção criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
Dito de outra forma, apenas após a condenação criminal transitada em julgado é que a pessoa
presa terá os seus direitos políticos suspensos, estando impedida, a partir de então, de votar.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
Letra a.

011. (FCC/ASS TD/DPE AM/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2022) Juliana é


analfabeta e possui dúvidas sobre seus direitos políticos. Segundo a Constituição Federal de
1988, Juliana é
a) inelegível e seu voto é facultativo.
b) inelegível e seu voto é obrigatório.
c) elegível e seu voto é facultativo.
d) elegível e seu voto é obrigatório.
e) inalistável e seu voto é obrigatório.

Por ser analfabeta, Juliana possui a faculdade de votar (de exercer a capacidade eleitoral ativa).
Contudo, Juliana não pode ser eleita para nenhum cargo eletivo (capacidade eleitoral passiva).

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


II – facultativos para:
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Letra a.

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Direitos Políticos
Diogo Surdi

012. (LEGALLE/PROC/CM POA/2022) Qual a idade mínima, enquanto condição de elegibili-


dade, para Vereador?
a) Vinte e um anos.
b) Trinta e cinco anos.
c) Trinta anos.
d) Dezoito anos.
e) Vinte anos.

A idade mínima a ser observada para que o particular possa concorrer ao cargo de Vereador é
a de 18 anos.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


VI – a idade mínima de:
d) dezoito anos para Vereador.
Letra d.

013. (LEGALLE/AG PREV/IPREC/2022) Acerca das condições de elegibilidade, assinale a al-


ternativa que apresenta a idade mínima para um vereador ser elegível.
a) 16 anos.
b) 18 anos.
c) 21 anos.
d) 30 anos.
e) 35 anos.

A idade mínima para um vereador ser elegível é 18 anos, conforme previsão do texto da Cons-
tituição Federal.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


VI – a idade mínima de:
d) dezoito anos para Vereador.
Letra b.

014. (DIRENS AERONÁUTICA/EAGS/EEAR/ADMINISTRAÇÃO/2022) Marque a alternativa


que completa a lacuna da afirmativa abaixo.
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de __________________
dias, contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso de poder, corrupção
ou fraude.

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a) dez
b) cinco
c) quinze
d) vinte e cinco

Estabelece o § 10 do artigo 14 da Constituição Federal que,

O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados
da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Letra c.

015. (FGV/INSP POL/PC RJ/2022) Germano pretendia se candidatar a cargo eletivo nas pró-
ximas eleições. Com tal objetivo, procurou um advogado e foi informado de que era alcançado
por causa de inelegibilidade prevista na Constituição da República de 1988.
É correto afirmar que uma causa de inelegibilidade de natureza constitucional:
a) sempre impede que o interessado concorra a qualquer cargo eletivo;
b) somente alcança os cargos eletivos vinculados a um ente federativo em particular;
c) será afastada se houver a desincompatibilização no prazo indicado pela ordem jurídica;
d) somente alcança cargos eletivos específicos, conforme a causa geradora da inelegibilidade;
e) pode alcançar todos os cargos eletivos, um cargo eletivo específico ou os cargos eletivos
vinculados a um ente federativo em particular.

As causas de inelegibilidade de natureza constitucional podem alcançar todos os cargos ele-


tivos, um cargo eletivo específico ou os cargos eletivos vinculados a um ente federativo em
particular.
Como exemplo de inelegibilidade absolutas, podemos citar os analfabetos e os conscritos
durante o período do serviço militar obrigatório.

Art. 14, § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.

A inelegibilidade relativa (que abrange apenas um ou alguns cargos) tem como exemplo a ne-
cessidade de desincompatibilização para que os Chefes do Poder Executivo possam concorrer
a outros cargos.

Art. 14, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Es-
tado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.

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Por fim, temos a inelegibilidade funcional, que está relacionada com o ente federativo em que
o titular desempenha seu mandato.

Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei-


tos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
um único período subsequente.
Letra e.

016. (FGV/ESTAG/MPE BA/DIREITO/2022) João pretendia ingressar na política, concorren-


do ao cargo de vereador no Município Beta, do qual sua esposa Maria era prefeita. Ao procurar
orientação jurídica, foi informado, corretamente, que a Constituição da República de 1988 o
impedia de concorrer ao cargo de vereador na mesma esfera territorial na qual o seu cônjuge
exerce o mandato eletivo de prefeito.
Portanto, à luz da narrativa, João:
a) está inelegível;
b) teve sua cidadania ativa restringida;
c) está com os direitos políticos suspensos;
d) não preenche as condições de elegibilidade;
e) perdeu momentaneamente os direitos políticos.

No caso narrado, João está inelegível, haja vista que incide nas regras da inelegibilidade reflexa
da Constituição Federal.

Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consan-
guíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Letra a.

017. (CEBRASPE-CESPE/ATT/SEFAZ SE/2022) Conforme o texto constitucional, as hipóte-


ses de perda ou suspensão de direitos políticos incluem
a) a recusa de cumprimento de obrigação constitucional a todos imposta, realizada ou não
prestação alternativa.
b) a condenação criminal transitada em julgado apenas quando tenha sido aplicada pena pri-
vativa de liberdade.
c) a prática de ato de improbidade administrativa.
d) o cancelamento da nacionalidade brasileira por ato do secretário nacional de Justiça.
e) a ausência de renúncia ao mandato, pelo presidente da República, até seis meses antes do
pleito de outro cargo a que e ele pretenda concorrer.

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Apenas a Letra C retrata uma das situações estabelecidas no texto constitucional como de
perda ou suspensão dos direitos políticos.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Letra c.

018. (CEV UECE/GCM/PREF SOBRAL/2022) É vedada a cassação de direitos políticos, cuja


perda ou suspensão dar-se-á nos casos de
a) condenação cível transitada em julgado.
b) improbidade administrativa.
c) relativa incapacidade civil.
d) suspensão da naturalização por ordem judicial.

A improbidade administrativa é uma das situações ensejadoras de suspensão dos direitos


políticos.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Letra b.

019. (FGV/INV POL/PC AM/4ª CLASSE/2022) José foi condenado a pena privativa de liberda-
de em um processo penal pela prática de crime contra o patrimônio. Enquanto cumpria a pena,
mas já tendo recebido livramento condicional, consultou o seu advogado a respeito da possi-
bilidade de concorrer a um cargo eletivo nesse período, sendo respondido corretamente que
a) embora estivesse no gozo dos direitos políticos, José está inelegível.
b) José está no pleno gozo dos direitos políticos, podendo votar e ser votado.
c) José está com os direitos políticos suspensos, não podendo votar ou ser votado.
d) José está com os direitos políticos suspensos, o que significa dizer que pode votar, mas não
ser votado.
e) falta a José uma condição de elegibilidade, mas não há óbice a que exerça os seus direitos
cívicos como eleitor.
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Enquanto os efeitos da condenação criminal tiverem efeito, José estará com os direitos po-
líticos suspensos, não podendo, consequentemente, votar ou ser votado para nenhum car-
go eletivo.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
Letra c.

020. (FGV/SOLD/CBM AM/2022) Um grande número de eleitores, com elevado prestígio jun-
to à sociedade civil, decidiu criar o Partido Político WW. Esse partido teria caráter regional,
atuando apenas na região norte do país.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que o objetivo almejado é
a) inconstitucional, pois os partidos políticos não podem ter caráter regional.
b) constitucional, pois os partidos políticos podem ter caráter regional, atuando em apenas
uma região.
c) inconstitucional, pois os partidos políticos, embora possam ter caráter regional, devem estar
vinculados a ao menos três regiões.
d) inconstitucional, pois os partidos políticos, embora possam ter caráter regional, devem estar
vinculados a ao menos duas regiões.
e) constitucional, desde que o partido político tenha o seu caráter regional previamente autori-
zado pelo Tribunal Superior Eleitoral

Na situação elencada, o objetivo almejado é inconstitucional, haja vista que os partidos políti-
cos não podem ter caráter regional, mas sim apenas nacional.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a so-
berania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
Letra a.

021. (VUNESP/NER/TJ SP/PROVIMENTO/2022) Os partidos políticos adquirem personalida-


de jurídica:
a) com o registro civil como pessoa jurídica de direito privado na forma da lei civil.
b) com o registro no Tribunal Superior Eleitoral como pessoa jurídica de direito público interno.
c) após a conjugação de dois requisitos, quais sejam, com o registro na forma da lei civil e re-
gistro no Tribunal Superior Eleitoral.
d) como pessoa jurídica de natureza mista, independentemente de qualquer registro.
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A personalidade jurídica dos partidos políticos é adquirida com o registro civil como pessoa
jurídica de direito privado, na forma da lei civil.

Art. 17, § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Letra a.

022. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) A respeito dos direitos e das garantias fun-
damentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar que, para que um ex-governador de estado ou
do Distrito Federal se candidate à reeleição, ele deverá renunciar ao cargo com, no mínimo, 120
dias de antecedência das eleições.

Para concorrer à reeleição, não há necessidade de desincompatibilização. Quando o cargo


pretendido for outro, em sentido diverso, a desincompatibilização deverá ocorrer no prazo de
6 meses antes do pleito.

Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei-


tos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
um único período subsequente.
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Dis-
trito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Errado.

023. (IBFC/AJ TRE PA/TRE PA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2020) A Consti-


tuição Federal (CF/88) traz algumas condições de elegibilidade. Assinale a alternativa que não
apresenta uma das condições de elegibilidade estabelecidas pela CF:
a) Nacionalidade brasileira
b) Alistamento eleitoral
c) Pleno exercício dos direitos políticos
d) A idade mínima de dezoito anos para deputado estadual

Para concorrer ao cargo de Deputado Estadual, a idade mínima constitucionalmente exigida é


de 21 anos, confirmando o erro da Letra D.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;

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II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Letra d.

024. (FEPESE/ATM/PREF ITAJAÍ/2020) Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar


que o voto é:
a) facultativo para os analfabetos.
b) facultativo para os menores de 21 anos.
c) facultativo para os maiores de 60 anos.
d) obrigatório para os maiores de 16 anos.
e) obrigatório para os brasileiros natos.

Devemos, para responder a questão, fazer uso das disposições do artigo 14, § 1º, da Constitui-
ção Federal, de seguinte redação:

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

a) Certa. Conforme verificado, o voto é facultativo para os analfabetos.


b) Errada. O voto é facultativo para os maiores de 16 e menores de 18 anos.
c) Errada. A facultatividade do voto alcança os maiores de 70 anos, diferente do que afirmado.
d) Errada. Os maiores de 16 anos possuem a faculdade de votar. A obrigatoriedade ocorre
apenas após os 18 anos.
e) Errada. As regras acerca do direito de votar são aplicáveis tanto aos brasileiros natos quanto
aos naturalizados.
Letra a.

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025. (QUADRIX/ASS/CRBM 4/PA RO/GESTÃO/2021) A respeito dos direitos e das garantias


fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
Em relação aos direitos políticos previstos na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar
que a inelegibilidade do cônjuge no território de jurisdição é afastada com a dissolução do vín-
culo conjugal no curso do mandato.

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegi-


bilidade reflexa, conforme entendimento sumulado do STF:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do man-
dato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Errado.

026. (DIRENS AERONÁUTICA/EAGS/EEAR/ADMINISTRAÇÃO/2021) Assinale a alternativa


que indica um caso de perda ou suspensão de direitos políticos.
a) Durante processo de cancelamento da naturalização.
b) Condenação civil transitada em julgado.
c) Improbidade administrativa.
d) Incapacidade civil relativa.

Apenas a Letra C retrata uma situação estabelecida pela Constituição Federal como de perda
ou suspensão dos direitos políticos. Especificamente no caso de improbidade administrativa,
teremos a suspensão dos mencionados direitos.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Letra c.

027. (FGV/AG POL-RN/PC RN/2021) Os partidos políticos Alfa e Beta decidiram celebrar uma
coligação para as eleições, de modo a potencializar as chances dos seus candidatos.
Suas assessorias jurídicas, considerando a sistemática constitucional vigente, ressaltaram
que essas coligações poderiam ser celebradas:

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a) nas eleições majoritárias e nas proporcionais, com obrigatoriedade de vinculação entre as


candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
b) apenas nas eleições majoritárias, com obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
c) apenas nas eleições proporcionais, com obrigatoriedade de vinculação entre as candidatu-
ras em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
d) apenas nas eleições majoritárias, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal;
e) apenas nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidatu-
ras em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

Atualmente, a celebração de coligações apenas é possível para as eleições majoritárias, e,


ainda, assim, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal. Logo, podemos sedimentar o entendimento de que não é pos-
sível a celebração de coligações nas eleições proporcionais.

Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou mu-
nicipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
Letra d.

028. (VUNESP/AN L/CM MOGI-MIRIM/2020) Nos termos da Constituição Federal, a sobera-


nia popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) a capacidade eleitoral passiva consiste em forma de participação da pessoa na democracia
representativa, por meio da escolha de seus mandatários.
b) o voto, além de ser um direito público subjetivo, é função política e social de soberania po-
pular na democracia representativa.
c) a cassação de direitos políticos é possível nos casos de improbidade administrativa.
d) o fato de o Chefe do Poder Executivo não poder ser candidato a um terceiro mandato suces-
sivo é hipóteses de inelegibilidade absoluta.
e) a personalidade é característica essencial do direito de voto, a qual só pode ser outorgada
por procuração, nas situações excepcionais previstas em lei complementar.

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a) Errada. A capacidade eleitoral passiva refere-se à possibilidade do particular ser votado


nas eleições.
b) Certa. É por meio do voto, que é direto, secreto, universal e periódico, que o corpo eleitoral
escolhe os seus representantes e mandatários. Sendo assim, o voto, além de ser um direito pú-
blico subjetivo (direito de todos que atendam as condições exigidas), é função política e social
de soberania popular na democracia representativa.
c) Errada. Nosso ordenamento jurídico não admite a cassação de direitos políticos. Em caso
de improbidade administrativa, teremos a suspensão dos direitos políticos.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

d) Errada. As hipóteses de inelegibilidade absoluta são apenas duas, sendo elas: os inalistá-
veis e os analfabetos.

Art. 14, § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

e) Errada. Diferente do que afirmado, o voto é pessoal, não podendo, em nenhuma hipótese, ser
exercido por meio de procuração.
Letra b.

029. (ALFA UMUARAMA/AFTR/PREF TAPEJARA-PR/2020) Segundo a Constituição da Re-


pública Federativa do Brasil, de 1988 e suas alterações, a soberania popular será exercida pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Assinale a alternati-
va que NÃO apresenta uma condição de elegibilidade.
a) Ter filiação partidária.
b) Ter nacionalidade brasileira.
c) Possuir o domicílio eleitoral na circunscrição.
d) Ter a idade mínima de dezoito anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito e Vice-Prefeito.
e) Estar em pleno exercício dos direitos políticos.

Apenas a Letra D não elenca uma condição de elegibilidade, conforme previsão da Constitui-
ção Federal. A idade mínima exigida para os cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual
ou Distrital, Prefeito e Vice-Prefeito é de 21 anos.

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Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Letra d.

030. (FACET/ASS JUR/PREF CAPIM/2020) São condições de elegibilidade, na forma da


lei, exceto:
a) A nacionalidade brasileira.
b) O pleno exercício dos direitos políticos.
c) O alistamento eleitoral.
d) O domicílio eleitoral na circunscrição
e) Prescindibilidade de filiação partidária

Todas as alternativas, com exceção da Letra E, representam condições de elegibilidade. A filia-


ção partidária, diferente do que afirmado, é sim uma condição de elegibilidade, sendo, por isso
mesmo, imprescindível.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Letra e.

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031. (FACET/ASS JUR/PREF CAPIM/2020) Fernando, em pleno gozo de seus direitos políti-
cos, com 30 anos de idade, decidiu se candidatar ao cargo de Senador da República pelo Esta-
do da Paraíba. Por conta de suas convicções filosóficas, Fernando afirmou em uma entrevista
numa rádio de João Pessoa, que não se filiaria a nenhum partido político, por ter incompatibi-
lidade ideológica com todos, afirmando ainda, que este é o diferencial de sua campanha. Com
base no relato acima, Fernando:
a) Poderá concorrer ao cargo de Senador da República, desde que se filie a algum partido.
b) Poderá concorrer ao cargo de Senador da República, visto que preenche todos os requisitos
necessários.
c) Não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por não preencher o requisito etá-
rio, além de não possuir filiação partidária.
d) Poderá concorrer aos cargos de Senador ou Vice-presidente da República, mas não ao de
Presidente.
e) Não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por ausência de filiação partidária,
sendo este o único requisito que falta preencher.

Por ter apenas 30 anos de idade, Fernando não poderá concorrer ao cargo de Senador, que exi-
ge a idade mínima de 35 anos. Além disso, é condição de exigibilidade, dentre outras, a filiação
a partido político.
Consequentemente, Fernando não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por
não preencher o requisito etário, além de não possuir filiação partidária.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
Letra c.

032. (FUNDATEC/AXAD/ESTÂNCIA V/PREF ESTÂNCIA VELHA/2020) A Constituição Fede-


ral, em relação aos direitos políticos, estabelece as condições de elegibilidade para os cargos
de Governador e Vice-Governador de Estado. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A idade mínima de vinte e um anos.
b) A nacionalidade brasileira.
c) A filiação partidária.
d) O alistamento eleitoral.

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A idade mínima para concorrer aos cargos de Governador e Vice-Governador de Estado é de 30


anos, diferente do que afirmado na Letra A. Nas demais alternativas, estamos diante de condi-
ções de elegibilidade constitucionalmente exigidas.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Letra a.

033. (FUNDATEC/GM/PREF CAMPO BOM/2020) Segundo as disposições do Art. 14 da Cons-


tituição Federal, entre as condições de elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito, na forma da
lei, estão:
a) A nacionalidade brasileira e a idade mínima de trinta e cinco anos.
b) O alistamento eleitoral e a idade mínima de trinta anos.
c) O pleno exercício dos direitos políticos e a idade mínima de trinta anos.
d) A filiação partidária e a idade mínima de vinte e um anos.
e) O domicílio eleitoral na circunscrição e a idade mínima de dezoito anos.

A Letra D é a alternativa que elenca, de forma correta, as condições de elegibilidade para o


cargo de Prefeito e Vice.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

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c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Letra d.

034. (FACET/ANA ADM/PREF CAPIM/2020) Ao disciplinar o tema dos partidos políticos, a


Constituição Federal de 1988 estabeleceu o seguinte:
I – caráter estadual.
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

Para responder à questão, façamos uso das disposições do artigo 17 do texto constitucional.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a so-
berania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional; (Erro do Item I)
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes; (Item II)
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; (Item III)
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei. (Item IV)
Letra d.

035. (IDECAN/ASS/IF RR/ADMINISTRAÇÃO/2020) Assinale a alternativa que indique corre-


tamente o órgão onde os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, registrarão
seus estatutos.
a) Tribunal Superior Eleitoral
b) Supremo Tribunal Federal
c) Superior Tribunal de Justiça
d) Ministério Público Eleitoral
e) Seção Eleitoral

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De acordo com o § 2º do artigo 17, temos a previsão de que,

Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Letra a.

036. (FCC/TJ TRF4/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2019) Antônia tem 18 anos,


Pedro 20 anos, João 30 anos e Miguel 40 anos. Entendendo-se que as demais condições de
elegibilidade foram preenchidas e levando-se em consideração apenas a idade mínima, em
conformidade com a Constituição Federal, Antônia
a) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João e Miguel podem ser eleitos para
o cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
b) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador ou de Prefeito; João pode ser eleito
para o cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
c) pode ser eleita para o cargo de Vereadora; Pedro pode ser eleito para o cargo de Vereador
ou de Prefeito; João pode ser eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador;
Miguel pode se eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente
da República.
d) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de Vereador, de
Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
e) pode ser eleita para o cargo de Vereadora ou de Prefeita; Pedro pode ser eleito para o cargo
de Vereador, de Prefeito ou de Governador; João e Miguel podem ser eleitos para o cargo de
Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.

Para responder à questão, temos que conhecer as idades mínimas constitucionalmente previs-
tas para a eleição nos diversos cargos eletivos.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

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b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Sendo assim, Antônia e Pedro podem ser eleitos, apenas, para o cargo de Vereador. Já João,
que tem 30 anos, pode ser eleito para os cargos de Vereador, Prefeito ou Governador.
Por fim, Miguel, de 40 anos, pode ser eleito, desde que atendidas as demais condições de ele-
gibilidade, para todos os cargos eletivos.
Letra d.

037. (FCC/ANA G/DPE AM/ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/BIBLIOTECONOMIA/2018)


A Constituição Federal de 1988 estabelece, como regra geral, que são inalistáveis e inelegíveis
como eleitores
a) analfabetos.
b) estrangeiros.
c) maiores de 70 anos.
d) maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
e) que alegarem motivos de crença religiosa.

De acordo com o § 2º do artigo 14 da Constituição Federal,

Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obriga-
tório, os conscritos.

Logo, dentre as opções elencadas, apenas os estrangeiros não podem se alistar como eleitores.
Letra b.

038. (FCC/PROC LEG/CL DF/2018) De acordo com o pensador Norberto Bobbio, entre a for-
ma extrema de democracia representativa e a forma extrema de democracia direta existe um
continuum de formas intermediárias [...] perfeitamente compatíveis entre si posto que apro-
priadas a diversas situações e a diversas exigências. [...] não são dois sistemas alternativos.
(BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia, p. 52). Do trecho transcrito, se dessumi:
a) Trata-se de uma censura às constituições que, assim como a brasileira, preveem que todo
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente [...].
b) Na atualidade, é possível se admitir um sistema de democracia direta se instrumentos
intermediários forem incorporados de modo a mitigar as restrições da democracia represen-
tativa tradicional.

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c) A democracia representativa encontra-se sob questionamentos em todos os países e a sua


obsolescência exige novos instrumentos de participação dos cidadãos por meio da democra-
cia digital.
d) Os instrumentos de democracia direta, entre os quais o plebiscito, o referendo e a iniciativa
popular, são prescindíveis nas democracias maduras ocidentais que prestigiam a democracia
liberal tradicional, sendo mais adequados aos países de menor tradição democrática.
e) O direito de participação dos cidadãos nas decisões estatais contemporaneamente não se
resume aos processos eleitorais, de sorte que a democracia participativa, tal como a brasileira,
contempla a ação popular, o direito à informação e a iniciativa popular das leis, entre outros.

Dentre as opções elencadas, a única que encontra fundamento lógico, com base na citação do
autor, é a Letra E. Assim como afirmado, o direito de participação dos cidadãos nas decisões
estatais não se resume, apenas, aos processos eleitorais (direito de votar), de forma que as de-
mocracias participativas (como a brasileira) admitem outras formas de exercício da soberania
popular, como, por exemplo, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Letra e.

039. (FCC/TEC LEG/CL DF/TÉCNICO DE ARQUIVO E BIBLIOTECA/2018) Considere que o in-


divíduo A, brasileiro naturalizado, de 31 anos, alfabetizado, em pleno exercício de seus direitos
políticos, pretende se candidatar ao cargo de Senador. Considere que o indivíduo B, brasileiro
naturalizado, de 32 anos, alfabetizado, em pleno exercício de seus direitos políticos, pretende
se candidatar ao cargo de Governador de Estado. Diante desse quadro, em decorrência das
eleições que ocorrem neste ano,
a) o indivíduo A não pode ocupar o cargo de Senador por não ser brasileiro nato.
b) o indivíduo B não pode ocupar o cargo de Governador de Estado por não ter 35 anos.
c) apenas o indivíduo B pode ser eleito e ocupar o cargo pretendido.
d) apenas o indivíduo A pode ser eleito e ocupar o cargo pretendido.
e) os indivíduos A e B podem ser eleitos e ocupar os cargos pretendidos.

a) Errada. O cargo de Senador não é privativo de brasileiro nato.


b) Errada. O cargo de Governador não exige a idade mínima de 35 anos, mas sim, em sentido
oposto, 30 anos.

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c) Certa. Considerando que o indivíduo B possui os requisitos necessários, poderá ele ocupar
o cargo de Governador. Já o indivíduo A, por ter apenas 31 anos, não pode vir a ocupar o cargo
pretendido (Senador), uma vez que este exige a idade mínima de 35 anos.
d) Errada. Conforme analisado, o indivíduo A, por não ter a idade mínima necessária, não pode
vir a ocupar o cargo pretendido (Senador).
e) Errada. Apenas o indivíduo B poderá ocupar o cargo pretendido. No caso do indivíduo A,
conforme afirmado, o requisito da idade mínima não está atendido.
Letra c.

040. (FCC/CON TEC LEG/CL DF/INSPETOR DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Filomena, pro-


fessora aposentada, 65 anos de idade, é brasileira naturalizada e possui domicílio eleitoral no
Distrito Federal. Considerando apenas as informações fornecidas, de acordo com a Constitui-
ção Federal, Filomena
a) não poderá ser candidata a Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo, para ela,
obrigatório o voto.
b) poderá ser candidata a Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo, para ela, facul-
tativo o voto.
c) poderá ser candidata a Governadora do Estado de São Paulo, sendo, para ela, faculta-
tivo o voto.
d) não poderá ser candidata a Governadora do Distrito Federal, sendo, para ela, obrigató-
rio o voto.
e) não poderá ser candidata a Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo, para ela,
facultativo o voto.

a) Certa. Por não ser brasileira nata, Filomena não poderá candidatar-se ao cargo de Presiden-
te, que é, nos termos da Constituição Federal, privativo de brasileiros natos. No entanto, deverá
Filomena, por ter 65 anos, votar regularmente nas eleições. A faculdade do voto, sob o prisma
etário, ocorre após os 70 anos.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

b) Errada. Filomena não poderá candidatar-se ao cargo de Presidente, uma vez que não possui
a condição de brasileira nata.
c) Errada. Conforme demonstrado, o voto, para Filomena, é obrigatório, e não facultativo.

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d) Errada. Filomena poderá ser candidata ao cargo de Governadora, haja vista que possui a
idade mínima exigida (30 anos).
e) Errada. O voto de Filomena é obrigatório, não havendo que se falar, pela questão da idade,
em faculdade de votar.
Letra a.

041. (FCC/AG PEN/IAPEN/2018) Hector Gonzales, brasileiro naturalizado, contando atual-


mente 32 anos de idade, pretende disputar cargo eletivo no Brasil. Considerando as regras
dispostas na Constituição Federal, Hector poderá concorrer
a) ao cargo de Governador e Vice-Governador de Estado.
b) apenas aos cargos do Poder Legislativo, pois os do Executivo são restritos aos brasi-
leiros natos.
c) somente aos cargos de Prefeito, Vereador e Deputado Estadual, tendo em vista a limita-
ção de idade.
d) somente aos cargos de Deputado Federal e Senador da República.
e) a qualquer cargo eletivo, haja vista o pleno direito à elegibilidade consagrado na Constitui-
ção, com Exceção ao de Presidente da República, exclusivo aos brasileiros natos.

Vejamos as idades mínimas constitucionalmente previstas para cada um dos cargos eletivos
previstos em nosso ordenamento jurídico.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Sob a ótica da idade, Hector poderá concorrer aos cargos de Vereador, Deputado Federal e Es-
tadual (ou Distrital), Juiz de Paz, Governador e Vice. Consequentemente, a Letra A é a resposta
da questão.
Letra a.

042. (FCC/AGA/PREF RECIFE/2019) Determinado servidor público ocupante de cargo efeti-


vo em órgão de Administração direta estadual, brasileiro naturalizado, com 22 anos de idade,
pretende candidatar-se a Prefeito do Município em que possui domicílio eleitoral e no qual sua
esposa exerce mandato de Vereadora. Nessa hipótese, considerados apenas os elementos ora
fornecidos, à luz da Constituição Federal, referido servidor

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a) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que são privativos de brasileiros natos os
cargos de chefia do Poder Executivo.
b) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que não possui a idade mínima requerida.
c) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que seria exercido no território de jurisdição
de cônjuge titular de mandato eletivo.
d) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido
no mandato, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
e) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido no
mandato, ficará afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração.

a) Errada. O cargo de Prefeito não é, nos termos da Constituição Federal, privativo de brasi-
leiro nato.
b) Errada. A idade mínima necessária para concorrer ao cargo de Prefeito é de 21 anos. Logo,
o servidor público poderá concorrer ao cargo pretendido.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


VI – a idade mínima de:
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;

c) Errada. A inelegibilidade reflexa toma como base o cargo ocupado no Poder Executivo, e
não o contrário. Considerando que a esposa do servidor ocupa um cargo do Poder Legislativo
(Vereadora), a inelegibilidade está afastada.
d) Errada. A eleição para o cargo de Prefeito implica no afastamento do servidor do cargo efeti-
vo ocupado, hipótese em que poderá optar pelo recebimento de uma das duas remunerações.
e) Certa. Todas as condições de legibilidade estão atendidas para o cargo de Prefeito. De igual
forma, o servidor não incide, pelas informações da questão, em nenhuma hipótese de inelegi-
bilidade. Assim, caso seja eleito Prefeito, deverá ele afastar-se do cargo efetivo, podendo optar
pela remuneração que deseja receber.
Letra e.

043. (FCC/PROC/SANASA/JURÍDICO/2019) Gustavo foi eleito governador de um Estado em


2018 e sua filha Carolina deseja estrear na política e se candidatar à prefeitura da capital desse
mesmo Estado nas eleições municipais de 2020.
Considerando que Gustavo estará exercendo o seu mandato no período eleitoral do próximo
pleito, em conformidade com a Constituição Federal de 1988, Carolina

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a) não poderá concorrer a mandato eletivo enquanto seu genitor exercer cargo político, pois
são absolutamente inelegíveis para qualquer cargo os parentes consanguíneos ou afins, até o
terceiro grau ou por adoção, de Governador de Estado.
b) poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois são inelegíveis, no território de
jurisdição do titular, apenas os cônjuges de Governador de Estado, salvo se já titular de manda-
to eletivo e candidato à reeleição.
c) não poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, de Governador de Estado.
d) poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois o território da sua jurisdição não
será o mesmo território da jurisdição do seu genitor.
e) poderá ser candidata a prefeita do município desejado, pois são inelegíveis, no território de
jurisdição do titular, os parentes consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção do
Presidente da República.

Devemos responder a questão com base na previsão constitucional acerca da inelegibilidade


reflexa, de seguinte redação:

Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consan-
guíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Assim sendo, se considerarmos que Gustavo é Governador do Estado, sua filha (vínculo de
primeiro grau) não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo dentro do território de jurisdição
do titular, que é, no caso apresentado, o Estado.
Letra c.

044. (FCC/ANA LEG/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ADMINISTRAÇÃO/2018)


João, Governador do Estado X, faleceu no primeiro ano do seu mandato, sendo sucedido por
José, que havia sido eleito Vice-Governador. Ao fim do mandato em que sucedeu a João, José se
elegeu Governador do Estado X. Com a proximidade do encerramento desse novo mandato, en-
tendendo que ainda possui muitos projetos para realizar, José almeja se candidatar à reeleição.
À luz da Constituição da República, a reeleição pretendida por José
a) não é possível, uma vez que José já exerceu por duas vezes consecutivas o mandato de
Governador, embora ele possa candidatar-se ao cargo de Vice-Governador na referida eleição,
na medida em que ainda não foi reeleito para esse cargo.
b) é possível, uma vez que no primeiro mandato José foi eleito Vice-Governador, e não Gover-
nador; deverá, contudo, renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito.
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c) não é possível, uma vez que, já tendo ocupado o cargo em dois mandatos, José está impe-
dido de, ainda que futuramente, voltar a ser Governador do Estado X.
d) é possível, uma vez que no primeiro mandato José foi eleito Vice-Governador, e não Gover-
nador, não sendo necessário renunciar ao respectivo mandato para concorrer à reeleição.
e) não é possível, uma vez que, ao suceder a João, José passou a exercer seu primeiro manda-
to como titular do cargo de Governador, de maneira que somente poderia ser reeleito para um
único período subsequente, o que já ocorreu.

De acordo com o artigo 14, § 5º, da Constituição Federal,

O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os


houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único perío-
do subsequente.

Na situação narrada, José já exercer o cargo de Governador por dois mandatos (um em que
assumiu em virtude do falecimento do titular (sucessão) e outro por meio de reeleição). Logo,
não poderá ele, de acordo com as regras previstas em nosso ordenamento jurídico, ser eleito
para um terceiro mandato de Governador.
Letra e.

045. (FCC/TEC LEG/ALESE/TAQUIGRAFIA/2018) À luz da Constituição Federal, considera-


das exclusivamente as condições de elegibilidade relativas à nacionalidade e idade, um brasi-
leiro naturalizado de 25 anos poderia, em tese, candidatar-se a
a) Senador, mas não poderia assumir a Presidência do Senado Federal.
b) Presidente da República.
c) Governador de Estado.
d) Vereador, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara Municipal.
e) Deputado Federal, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara dos Deputados.

Inicialmente, devemos saber que, dentre os cargos eletivos existentes em nosso ordenamen-
to jurídico, apenas os de Presidente e Vice-Presidente da República são privativos de brasi-
leiros natos.
Além disso, por ter 25 anos, o brasileiro naturalizado apenas poderia ser eleito para os cargos
de Vereador, Prefeito, Vice, Deputado Estadual ou Federal e Juiz de Paz.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


VI – a idade mínima de:
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juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

a/b/c) Erradas. Mencionando cargos que não podem ser exercidos pelo brasileiro em questão.
d) Errada. É possível a eleição para o cargo de Vereador, sendo que o erro da alternativa está
em afirmar que não será possível ocupar a Presidência da Câmara.
A resposta, desta forma, é a Letra E.
Letra e.

046. (FCC/TEC LEG/CL DF/FOTÓGRAFO/2018) A respeito do que estabelece a Constituição


Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos,
a) não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
b) as idades mínimas para a elegibilidade relativa aos cargos de Presidente da República e
Senador são, respectivamente, de 35 e 30 anos.
c) entre os cargos privativos de brasileiro nato, estão o de Presidente da República, Senador,
Ministro do Supremo Tribunal Federal e oficial da Forças Armadas.
d) o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de 60 anos.
e) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos ca-
sos previstos na Constituição ou na Lei de Migração.

a) Certa. De acordo com o §2º do artigo 14,

Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obriga-
tório, os conscritos.

b) Errada. Para ambos os cargos eletivos mencionados a idade mínima constitucionalmente


estabelecida é de 35 anos.
c) Errada. O cargo de Senador não é privativo de brasileiro nato. Em sentido oposto, apenas o
cargo de Presidente do Senado é que deve ser ocupado, exclusivamente, por brasileiros natos.
d) Errada. Com relação à idade, o alistamento eleitoral e o voto apenas serão facultativos para
os maiores de 70 anos, além, claro, das pessoas que estejam com idade compreendida entre
16 e 18 anos.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:

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a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

e) Errada. De acordo com o § 2º do artigo 12,

A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos pre-
vistos nesta Constituição.

Logo, apenas a Constituição (e não a lei, como a Lei de Migração) é que poderá estabelecer
distinções entre brasileiros natos e naturalizados.
Letra a.

047. (CESPE/AMCI/CGM J PESSOA/PREF JOÃO PESSOA/AUDITORIA, FISCALIZAÇÃO,


OUVIDORIA E TRANSPARÊNCIA/GERAL/2018) À luz do disposto na Constituição Fede-
ral de 1988 (CF), julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais e dos direitos
fundamentais.
Conforme a CF, o poder emana do povo e é exercido por meio de representantes eleitos, não
havendo previsão do exercício do poder diretamente pelo povo.

De acordo com a Constituição Federal, o poder pode ser exercido tanto indiretamente (por
meio de representantes eleitos) quanto diretamente (por meio, dentre outros, de plebiscito,
referendo e iniciativa popular).

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
I – referendo;
III – iniciativa popular.
Errado.

048. (CESPE/TJ/STM/STM/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2018) Em relação aos


direitos e deveres fundamentais, à nacionalidade e ao Poder Judiciário, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Com a pretensão de candidatar-se a cargo eletivo, determinado militar,
com cinco anos de serviço, fez, de forma regular, o pedido de registro de sua candidatura.
Assertiva: Nessa situação, após ser eleito, o militar deverá afastar-se de sua atividade pelo
período do mandato eletivo, devendo retornar ao serviço após o seu término.

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Nos termos da Constituição, o militar é alistável, devendo ser observado, no caso, as seguintes
situações:

a) se contar menos de dez anos de serviço (como no exemplo da questão), deverá afastar-se da
atividade;
b) se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passa-
rá automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Deve ser salientado que o afastamento é definitivo, e não, como informa a questão, apenas
após o período do mandato eletivo.
Errado.

049. (CESPE/AI/ABIN/2018) Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue.
Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebis-
cito é uma consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais.

Ao passo que o plebiscito é uma consulta prévia, ou seja, antes da matéria virar lei, o referendo
ocorre em momento posterior ao processo legislativo.
Certo.

050. (CESPE/TJ/TRE PE/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) O alistamento


eleitoral e o voto são obrigatórios para
a) maiores de setenta e cinco anos de idade.
b) maiores de dezoito anos de idade.
c) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.
d) analfabetos.
e) maiores de setenta anos de idade.

Dentre as alternativas, apenas os maiores de 18 anos possuem a obrigatoriedade do alista-


mento e do voto.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Letra b.

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051. (CESPE/TJ/TRE BA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) A Constituição


Federal de 1988 estabelece que “todo o poder emana do povo”, que pode exercê-lo diretamen-
te. Nesse sentido, o instrumento constitucional que materializa uma consequência advinda do
princípio invocado é o(a)
a) plebiscito.
b) filiação partidária.
c) greve.
d) alistamento militar.
e) livre expressão da atividade intelectual.

Dentre as opções da questão, apenas o plebiscito trata-se de uma forma de participação direta
da população.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
I – referendo;
III – iniciativa popular.
Letra a.

052. (CESPE/TJ/TRE BA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) Ao ser procurada


para responder pesquisa relativa às eleições estaduais, Maria Lúcia, professora aposentada,
então com sessenta e seis anos de idade, recusou-se a responder aos questionamentos e ale-
gou que, por ser idosa, não era mais obrigada a votar. Assim, afirmou que, como tem a intenção
de utilizar essa prerrogativa, sua opinião quanto aos candidatos não seria relevante à pesquisa.
Nessa situação hipotética, à luz da Constituição Federal de 1988, o entendimento de Maria
Lúcia está
a) correto, porque a sua idade faz presumir a incapacidade civil absoluta, o que acarreta a per-
da de direitos políticos.
b) correto, tendo em vista que a sua situação de idosa lhe garante o voto facultativo.
c) correto, porque a aposentadoria torna seu voto facultativo.
d) equivocado, porque o voto é facultativo apenas para os analfabetos.
e) equivocado, porque, para cidadãos com a sua idade, o voto é obrigatório.

A justificativa de Maria Lúcia está incorreta, uma vez que apenas após os 70 anos de idade é
que o alistamento e o voto passam a ser facultativos.
Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
II – facultativos para:
b) os maiores de setenta anos;
Letra e.

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053. (CESPE/EPF/PF/2018) Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e um anos de idade


no mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado condenação criminal con-
tra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com relação aos direitos políti-
cos de Gilberto.
Em razão de sua idade, o ato de votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto.

A faculdade de se alistar como eleitor e de votar ocorre apenas aos 70 anos de idade, confor-
me previsão do texto constitucional.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


II – facultativos para:
b) os maiores de setenta anos;

Assim sendo, Gilberto deverá votar nas eleições de 2018.


Errado.

054. (CEBRASPE-CESPE/ASSP/PGE PE/2019) A respeito dos direitos políticos e dos parti-


dos políticos, julgue o item seguinte.
Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permitem ao cidadão candidatar-se e re-
ceber votos para um cargo eletivo.

Os direitos políticos ativos são aqueles que permitem que o cidadão vote regularmente nas
eleições. Já os direitos políticos passivos, sem sentido oposto, implicam na possibilidade de o
cidadão ser votado para os diversos cargos eletivos.
Errado.

055. (CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2019) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o


item que se segue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do Estado e das
instituições democráticas.
Policial rodoviário federal com mais de dez anos de serviço pode candidatar-se ao cargo de
deputado federal, devendo, no caso de ser eleito, passar para inatividade a partir do ato de sua
diplomação.

O policial rodoviário federal não é, para fins eleitorais, considerado um militar, motivo pelo qual
não há que se falar na necessidade de passar para a inatividade em caso de eleição.
Nesta situação caso seja eleito para o cargo de Deputado Federal, o policial deverá, apenas,
ficar afastado do cargo público efetivo até então ocupado.
Errado.

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Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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