Você está na página 1de 12

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

Criado ao abrigo do Decreto Presidencial N.º 168/12 de 24 de Julho, DR I Série – N.º141

DEPARTAMENTO DE DIREITO

IDÁLIA ANA MIGUEL PANZO

OS PROCESSOS ELEITORAIS EM ANGOLA E A


CONSTRUÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE 1992 –
2022.

CATUMBELA
2023
IDÁLIA ANA MIGUEL PANZO

OS PROCESSOS ELEITORAIS EM ANGOLA E A


CONSTRUÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE 1992 –
2022.

Ante-projecto do Trabalho de Fim de Curso


apresentado ao Departamento de Ciência
Política e Relações Internacionais, do
ISPOCAB, como requisito de conclusão do
grau de Licenciatura em Ciência Política e
Relações Internacionais.

Orientador: Prof. Helder Luís Kamundonda,


MSc.

CATUMBELA

2023
SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO ……………………………………….................................................... 3
2. JUSTIFICATIVA ………….………………………………………………………..….. 4
3. PROBLEMATIZAÇÃO ……………………………………………………………..…. 5
4. HIPÓTESE …………………………………………………………………………….... 6
5.OBJECTIVOS …................................................................................................................
5.1 GERAL …….....................................................................................................................
5.2 EPECÍFICO .....................................................................................................................
6. METODO DE ESTUDO ………………………………………………………
7. TIPOLOGIA DE PESQUISA ……………………………………….…………….….... 8
8. SUMÁRIO PROVISÓRIO ………………………………………………………………
9. CRONOGRAMA ............................................................................................................ 10
10. BIBLIOGRAFIAS ........................................................................................................ 11
I. Introdução

Este trabalho se propõe fazer um estudo sobre “Os Processos


Eleitorais em Angola e a Construção do Estado Democrático e de
Direito de 1992 – 2022”. A construção da democracia angolana tem
a sua génese no ano de 1992, com a fundação da segunda república,
instauração da democracia multipartidária e a realização das
primeiras eleições de 1992.

Em termos de conceitos, Processo eleitoral “consiste no


conjunto de atos abrangendo a preparação e a realização das eleições,
incluindo a apuração dos votos e a diplomação dos eleitos”.
Temos com este trabalho, a árdua missão de abordar sobre o
tema numa perspectiva dupla:
1. Processos eleitorais em Angola numa perspectiva histórica que
demarcam o período histórico da democracia angolana desde os
anais de 1992 até 2022.
2. Processos eleitorais em Angola na perspectiva jurídico político do
Direito Processual eleitoral que atende o modo de tramitação das
eleições que vai desde a propositura das candidaturas até ao
contencioso eleitoral.
A democracia angolana vive hoje, nesse ano de 2023 trinta e
um (31) anos de caminhada e percurso histórico. De lá, para cá, já se
realizaram 5 pleitos eleitorais. O primeiro, de 1992 foram as
primeiras eleições foram as presidências. O segundo pleito eleitoral
foi realizado em 2008, foram eleições legislativas. O terceiro foi
realizado em 2012, foram eleições presidenciais.

3
II. Justificação

Temos três razões obvias para a justificação do tema: motivação pessoal,


motivação académica e motivação sociopolítica.

 Motivação pessoal:
III. Problematização

Desde a instituição da democracia em Angola em 1992, tal


vivência prática tem suscitado muitas opiniões contrárias que
constituem a problemática da nossa investigação. Deste modo,
levantamos os seguintes problemas:

 Em que circunstância se deu a instituição da democracia em Angola?


E até que ponto os processos eleitorais em Angola e a construção do

4
Estado democrático de 1992 a 2022 contribuiu para o crescimento e
desenvolvimento do Estado?

Do mesmo modo, levantamos as seguintes questões de investigação:

 Como foram os processos eleitorais durante os cinco pleitos


eleitorais (1992, 2008, 2012, 2017 e 2022)?
 As eleições sempre foram justas e transparentes?
 Por que em Angola durante os 31 anos de democracia nunca houve
alternância governativa?
 Há democracia sem alternância governativa? Se sim, que democracia
é essa que um único partido é que sempre ganhou as eleições?
 Pode haver um processo eleitoral justo e transparente onde o partido
poder estado é que controla e monitora toda a máquina e sistema
eleitoral? Se assim for não será o partido poder estado eleitor de si
próprio e o cidadão eleitor um mero espectador?
 A democracia em Angola é visível?

A realidade política que Angola vem vivendo desde a história até aos dias
de hoje, deixa-nos muito reticentes. Faz-nos questionar se não estamos
diante de um sofisma de inversão de valores universais de democracia.
Pois, nota-se um grande abismo entre o que está estatuído na CRA e o que
se vive na prática. Entretanto, é sobre esses aspectos que o nosso trabalho
poderá se debater. E, com efeito ser mais contributo para a consolidação da
então aclamada democracia em Angola.

IV. Hipóteses

Como uma tentativa de responder as perguntas levantadas na


problematização do tema, formulamos as seguintes hipóteses:

5
 A construção da democracia em Angola poderá ter sido dada num
contexto de constante luta onde o partido opositor forçara o partido
poder estado a aceitar e implementar a democracia como uma
barganha nos processos de negociação para a paz.

V. Objectivos
Objectivos gerais:
 Compreender a problemática do sistema eleitoral angolano
face ao voto único, e a caracterização do mesmo sistema.
Objectivos específicos:
 Saber os conceitos dos sistemas eleitorais.
 Saber as Tipologias dos sistemas eleitorais e seus
pressupostos.
 Saber como são eleitos os Deputados no ciclo nacional e
provincial, e como é eleito o Presidente da República no nosso
Sistema Eleitoral.

IV.I. Variáveis dependentes

A escolha das elites governativas e do grupo parlamentar depende dos


Sistemas Eleitorais e da vontade expressa dos eleitores.

IV.II. Variáveis independentes

A formação dos governos é uma necessidade que nem sempre depende dos
sistemas eleitorais e da vontade expressa dos governados. E, sim dos
regimes políticos de cada Estado.

VI. Método e Tipo de Pesquisa

6
Assim, para alcançarmos os objectivos preconizados neste trabalho,
usaremos os seguintes métodos:

 Hermenêutico-jurídico: Partiremos da interpretação da norma


jurídico-constitucional, dando um olhar a Constituição da República
que a partir da interpretação dos artigos 143.º, 106.º, 107.º, 109.º,
110.º,111.º, 112.º, 116.º, 144.º, 145.º, 146.º e art. 180.º da CRA fazer
uma abordagem da problemática do nosso sistema eleitoral. Nesta
conformidade, faremos também recurso para o tal desiderato à Lei
Orgânica Sobre as Eleições Gerais de 23 de Maio de 2012.
 Método Dedutivo: A abordagem da nossa investigação partirá de
concepções gerais/universais para o mais particular que é a nossa
realidade angolana.
 Método Histórico: A democracia angolana obedeceu a um processo
histórico que partiu de 1992 onde se realizaram primeiras eleições. O
sistema eleitoral sempre esteve presente neste processo e percurso
histórico democrático. Daí recorrermos também a história sendo que,
o presente é uma consequência histórica do passado.

Tipos de Pesquisas:

 Bibliográfico: Manuais de Ciência Política e de Direito Constitucional


que versam sobre a matéria em função da sua natureza. Ou seja, os
Sistemas Eleitorais são matérias do Direito Eleitoral e, o Direito
Eleitoral é um sub-ramo do Direito Constitucional que é por sua vez um
Direito Político do Estado. Daí esse recurso bibliográfico em termos de
relação.

7
 Pesquisa de Dados: informativos, bibliográficos;
 Entrevistas Exploratórias: Docentes universitários especializados na
matéria;
 Pesquisa Explicativa;
 Pesquisa Descritiva;

SUMÁRIO PROVISÓRIO

Assim, para a abordagem da nossa temática, temos o seguinte sumário


provisório:

Iº CAPÍTULO – Enquadramento Histórico Doutrinal dos Sistemas


Eleitorais

1.1.1. Conceito de Sistemas Eleitorais


1.1.2. Origem e Evolução Histórica
1.1.3. Importância do Sistema Eleitoral
1.2. Tipologia dos Sistemas Eleitorais

1.2.1. Sistema de Representação Maioritário

1.2.2. Sistema de Representação Proporcional

1.2.3. Sistema Eleitorais Misto

1.3. Eleições e a democratização mundial


1.3.1. Função das Eleições
1.3.1.1. Os ditames da ideia democrática
1.3.2. Capacidade de exercer o direito eleitoral
1.3.2.1. A liberdade do voto
1.3.2.2. O voto como direito

8
1.3.2.3. O voto como dever

1.4. O Sufrágio Eleitoral

1.4.1. Tipos de Sufrágio

1.4.1.1. Sufrágio universal

1.4.1.2. Sufrágio igualitário

1.4.1.3. Sufrágio directo

1.4.1.4. Sufrágio secreto

1.4.1.5. Sufrágio livre

1.4.1.6. Sufrágio censitário

1.4.1.7. Sufrágio capacitário

1.4.1.8. Sufrágio limitado

IIº CAPÍTULO – Relação do Sistema Eleitoral com os Sistemas Político e


Partidário

2.1. Sistemas Eleitorais com os Sistemas Partidários

2.2. Sistemas Eleitorais com os Sistemas Políticos

IIIº CAPÍTULO – SISTEMA ELEITORAL NO ACTUAL CONTEXTO


CONSTITUCIONAL ANGOLANO

3.1. Evolução histórica do sistema eleitoral angolano

3.2. Sistema Eleitoral na actual Constituição da República de Angola

3.3. Eleições de 2017

2.3.1. Eleições dos Deputados no Cíclo Nacional

9
3.3.2. Eleições dos Deputados no Ciclo Provincial

3.3.3. Eleição da figura Presidente da República

3.3.3.1. A problemática da eleição do cabeça de lista do


partido mais votado. Uma crítica ao art. 109.º da CRA.

CONCLUSÃO

RECOMENDAÇÕES

BIBLIOGRAFIAS

VII. Cronograma

Nº de Actividades Meses
Ordem F M M J J A S O N D J F
1 Recepção
bibliográfica
2 Revisão
Bibliográfica
3 Escolha
4 Revisão da
Monografia
5 Trabalho em
capítulo
6 Revisão Geral
7 Entrega
8 Apresentação
VIII. Bibliografia Provisória

 CAPOCO, Zeferino, Manual de Ciência Política e Direito


Constitucional, Escolar Editora, 1ª Edição, 2015.

10
 DE CARVALHO, Manuel Proença, Manual de Ciência Política e
Sistemas Políticos e Constitucionais, Quid Iuris Sociedade Editora,
2ª Edição, Lisboa 2008.
 FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política
(Teorias, Métodos e Temáticas), Porto Editora, 3ª Edição, 2010.
 MIRANDA, Jorge, Direito Constitucional III, Lisboa, 2001.
 SAVITE, Adilson Benjamim Chissapa, Manual de Sistemas e
Comportamentos Eleitorais, ISPOCAB, 2014.

LEGISLAÇÃO
 Constituição de 2010
 Compêndio da Legislação Eleitoral

11

Você também pode gostar