UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

PARTIDOS POLÍTICOS

O Docente
Fernando Muquepe

Luanda 2022
 UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

PARTIDOS POLÍTICOS

Trabalho apresentado na faculdade de ciências

sociais, da universidade Agostinho Neto para
avaliação na cadeira de Metodologia de
investigação em ciência política, no curso de ciência
política, ministrada pelo professor Me. Fernando
Muquepe.

Turma: B
SALA: C
Turno: Diurno
Ano: II°
Nome: António Casimiro António
Curso: Ciência Política

O Docente
Fernando Muquepe

Luanda 2022
 PARTIDOS POLÍTICOS
DO SISTEMA MONOPARTIDÁRIO AO MULTIPARTIDARISMO EM ANGOLA
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Problema da Pesquisa
É de capital importância conhecer a história dos partidos políticos em Angola, uma vez
organizações sociais através das quais vemo-nos todos representados enquanto
angolanos, de referir que os partidos políticos que hoje temos em Angola registam
momentos que despertam curiosidades dos pesquisadores e estudantes, dado o sistema
partidário vigente em Angola nos tempos idos, era um sistema monopartidário, onde
apenas um partido era legítimo para dirigir os interesses do País. Assim sendo,
hodiernamente a realidade está completamente avessa ao passado. Hoje reza o sistema
multipartidário, querendo com isso dizer que houve uma transição do monopartidarismo
ao multipartidarismo, importa aqui levar em consideração as seguintes questões: Quais
foram os precedentes que levaram o País a transição de monopartidarismo ao
multipartidarismo? Qual era o corolário do multipartidarismo? Como esta gesta transição
ocorreu? Essas e outras perguntas, configuram a preocupação deste projecto aqui
apresentado.
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Hipótese da Pesquisa
O presente projecto, assegurar por conjetura que o processo de transição, do
monopartidarismo (sistema de partido único) ao multipartidarismo (sistema de vários
partidos), deve-se a ausência de consenso entre as forças políticas internas, facto que
levou o país a mergulhar numa guerra civil e em consequência disso, o Estado angolano
perdeu a sua robustez no tocante ao normal funcionamento das instituições, na tentativa
de atenuar a crispação entre as forças políticas internas, marcou-se uma nova era da
história, a implementação do sistema multipartidário, onde vários partidos actuam com
liberdade e igualdade de oportunidades. O presente projecto traz essa abordagem não
como uma resposta as questões que o projecto apresenta, mas como uma forma paliativa
de elucidar a central preocupação do projecto.
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Justificativa da Pesquisa
O Presente projecto de pesquisa justifica o desejo de saber sobre os partidos políticos no
nosso país. Uma vez organizações que têm como objetivo representar todos angolanos,
digo porque em Estados democráticos tal como no nosso país, são os partidos políticos
que falam a favor do povo, na assembleia, no governo, na administração pública e as
demais franjas que constituem um Estado. Desta feita, é imprescindível saber o actual
sistema partidário em Angola, refere-se o modo como os partidos se encontram
organizados, mais do que saber o estado actual do sistema partidário, para melhor
compreensão, vale lembrar também como era o partido único e como surgiram os demais
partidos políticos.
Hoje, Angola comporta o sistema multipartidário diferente dos tempos idos em que só
um partido era legítimo, os demais não eram reconhecidos como partidos políticos. Nota-
se aqui uma transição radical do sistema de partido único (monopartidarismo), ao sistema
de vários partidos (multipartidarismo).
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Objetivos
Gerais
- Compreender os partidos políticos e os critérios que os orientam no que respeita a
números de partidos legítimos para representar o Estado.
- Conhecer os partidos que componham o nosso país na perspectiva histórica, estrutural
e funcional.
Especifico
- Pontuar os precedentes que levaram o sistema partidário angolano de monopartidarismo
ao multipartidarismo.
- Referenciar as características do então sistema partidário e do agora sistema partidário.
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Fundamentação Teórica
O projecto aqui apresentado, resulta da consulta de diversas literaturas, que nos trazem
evidencias científicas de tudo quanto o projecto assegura, com maior destaque as
seguintes obras: Carlos Albuquerque, com o título – A cultura do medo, obra que versa
sobre a vida política do país, no que diz respeito as liberdades. O livro do clássico
pensador político Aristóteles com o título – A política, livro de grande envergadura que
aborda a política em diversas dimensões. A obra da Victória Brittain como o título – A
morte da desigualdade, obra que descreve o período da guerra civil em Angola. Não
obstante as obras apresentadas, o presente projecto de pesquisa fez também recurso a
inúmeras obras não mencionadas.
 6
Metodologia da Pesquisa
Este projecto obedeceu a um conjunto de normas próprias para se elaborar um trabalho
científico. A metodologia de investigação provê um conjunto de caminhos para se chegar
ao pretenso conhecimento ou informação. E este projecto não é diferente dos outros, fez-
se recurso ao método qualitativo - método que consiste na recolha de dados não
numéricos.
Na presente pesquisa, foi utilizado diferentes instrumentos que sustentam o nosso
projecto, dentre os quais com maior destaque a internet, livros e documentos de diferentes
pendores.
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Índice Provisório
 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------ 6
 CAPITULO I – Monopartidarismo ao multipartidarismo Em Angola---------------7
1.1 - A origem da luta armada como projecto de construção política ---------------------14
1.2 - A importância de novas teorias ideológicas Marxista em África----------------------20
1.2.1 - O percurso histórico dos movimentos independentistas em Angola --------------30
1.2.2 - O período turbulento da independência face a pacificação dos angolanos--------38
1.2.3 - Processo de paz em 1992 e a formação de partidos políticos em Angola----------45
1.3 -A interrupção dos acordos de 1992: A última guerra e conclusão do processo de
Bicesse. --------------------------------------------------------------------------------------------50
1.3.1 - O caso angolano: A ambivalência entre a sociedade civil e o Estado--------------55
1.3.2 - O memorando Luena, a conclusão do processo de paz e as próximas eleições
legislativas de 2008 -------------------------------------------------------------------------------60
1.3.3 - O simbolismo do memorando do entendimento de Luena em 2002 e o culminar do
protocolo de Lusaka ------------------------------------------------------------------------------65

 CAPITULO II – As eleições legislativas de 2008 e as novas organizações políticas--

-------------------------------------------------------------------------------------------------69.
2.1 - Sistema político -----------------------------------------------------------------------------70
2.2 - Constituição da assembleia nacional de Angola ----------------------------------------75
2.3 - Estratégia do financiamento desigual dos partidos políticos --------------------------80
2.4 - Resultados apresentados pela CNE nas eleições de 2008------------------------------85
2.5 - O papel da mulher e o seu protagonismo na vida política angolana -----------------88
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Cronograma da Pesquisa

Atividades Abril Maio Junho Julho Agosto Setemb. Outub. Novem. Dezemb
Pesquisa do X
tema
Pesquisa X
Bibliográfica
Colecta de X
dados
Análise de X
dados
Elaboração X
do trabalho
Entrega do X
trabalho
Apresentação X
do trabalho
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Referências bibliográficas
 Albuquerque, carlos, Angola – A cultura do medo, brasil/lisboa, edições livros de
2002 I edição.
 Andrade, Mário pinto, Origem do nacionalismo africano, lisboa, publicações dom
quixote, 1997.
 Aristóteles, política, tradução de antónio campelo amaral; carlos de carvalho
gomes, lisboa, coleção vega universidade/ciências sociais e políticas, edições
bilíngue, I edição.
 Brittain, victória, morte da desigualdade – a guerra civil em angola, lisboa,
publicações dom quixote, março 1999, I edição.
 Carreira, iko, o pensamento estratégico de agostinho neto, lisboa, publicações
dom quixote, 1996.
 Bessa, antónio marques; Pinto, jaime nogueira, introdução a política – III
ideologia, regimes políticos e ordem internacional, lisboa/são paulo, editorial
verbo, janeiro,2002.

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