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Embora a linha de pensamento dos autores fosse um tanto quanto sinuoso, isso
porque, a abordagem que os autores fazem dá-se por inconsistente, em via de regra,
todo embasamento teórico, deve por si, expressar a perspectiva de análise, embora não
fossem suficientemente linces nesse sentido, mas é possível compreender a intenção dos
autores.
Para tal, os autores procuram fazê-lo, com base nas diferentes ideias oras
apresentadas por diversos autores considerados clássicos, paladidos do que hoje
chamamos por Ciências Sociais, em jeito de arregassar as mangas, começam por afirmar
que, abordar a questão ligada aos Movimentos Sociais e a Democracia. Parece uma
temática de ontem, que se pretende abordar hoje.
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É notável que o lance mais óbvio em toda tentitiva de situar o raciocínio em
torno do assunto levada à cabo pelos autores, tem que com a relação existente entre os
Movimentos Sociais e a Democracia. Na perspectiva Webberiana, os Movimentos
Sociais, sustentam as revoluções e a institucionalização de um novo poder burocrático e
até maior coesão social, respectivamente.
Paralelamente a ideia de Wbber, Smitt traz a questão do conflito como uma das
características que fazem a relação entre os movimentos Sociais com os Estados, a
compreensão da conflitualidade entre Movimentos Sociais e a Estado, explica nos
seguintes termos, isso é, com base no que se pode entender na ideia ora apresensentada,
é que, os Movimentos Sociais, valem-se de instrumento que visam promover a
consolidadção da Democracia.
Se se quiser ser mais poético para explicar essa problemática, as sociedades são
marcadas pelas cicatrizes da injustiça e desigualdade, a Democracia e a sua irmã
consaguínea a cidadadania para a sua consolidação precisam fundamentalmente de
grupos que lutem para as melhorias.
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Os movimentos Sociais exercem uma forte influência sobre o Estado, facto
justificado no facto de que, inúmeras vezes as susas acções afectam as opiniões dos
eleitores, facto que faz com que os políticos passem a olhá-los com bastante atenção.
O autor advoga por uma idéia de razão pública que subscreva tanto a um ethos
autônomo, deliberativo, para a ação local, quanto a uma concepção universalizável,
igualitária, de justiça e liberdade. Na tradição do Rawls, Oliveira busca reformular a
idéia rawlsiana de autonomia pública e democracia deliberativa para dentro do contexto
brasileiro uma sociedade cujas instituições ainda estão em processo de consolidação.
Tempo em que nos mostra esta importante transição num movimento social, ao
analisar a tese apresentada em 1935 e ainda inédita, a autora traz à tona facetas do
desenvolvimento intelectual do jovem Macpherson pouco conhecidas entre nós. As
próximas duas contribuições têm como foco experimentos de participação que vêm
sendo desenvolvido no Brasil, Washington Luís de Sousa Bonfim, em seu texto o
aprofundamento da democracia no Brasil:
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Tendências, conflitos e dinámica recente, trata da disjuntiva entre representação
e participação na democracia no Brasil. Para tanto, ele analisaos conselhos de gestores e
o orçamento participativo assim como acrescente judicialização da política, apoiando-se
teoricamente no conceito de soberania complexa. O autor mostra como a relação entre
estado e sociedade vem mudando na medida em que a democracia representativa é
aprofundada e novos mecanismo de participação na vida política são criados, e como
isto se reflete na compreensão que aqui temos de cidadania.
Os três textos que seguem fazem eco a esta realidade. Nadia Lucia Fuhrmann,
em sua contribuição intitulada Neoliberalismo, cidadania e saúde: a recente
reorganização do sistema público de saúde no Brasil, mostra como o sistema público de
saúde em implantação no Brasil, contrariando a lógica neoliberal da globalização e a
própria percepção majoritária expressa no senso comum, mantém um caráter de
universalidade, eqüidade e integralidade, e incentiva a participação e o Civitas – Revista
de Ciências Sociais v. 4, nº 1, jan.-jun. 2004.
Controle sociais desta política pelos cidadãos. Ele reflete ainda a mobilização do
movimento pela saúde. Na interpretação da autora, a própria lógica liberal, de
internalizar os conflitos na sociedade civil e descentralizar as políticas públicas,
contribuiu para a configuração de um sistema que trata o cuidado à saúde antes como
um direito de cidadania para todo o cidadão brasileiro do que como mercadoria.
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relação entre o Serviço Social e os movimentos sociais na Alemanha tem sido e
continuam tênues - quase uma não relação.
Por fim, como que para fechar o círculo, novamente um texto de cunho
prioritariamente teórico. Em Sobre o alcance teórico do conceito “exlusão”, Avelino da
Rosa Oliveira analisa criticamente a trajetória do conceito de exclusão social e mostra
como um termo impreciso entra em moda, faz carreira na academia até ser aceito como
auto-evidente, e na política, até tornar-se palavra-chave de propostas políticas