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RESUMO LIVRO INSTRUMENTOS DE TRABALHO COM A COLETIVIDADE

1. Tawane: O nosso tema traz a discussão acerca da instrumentalidade


do Serviço Social referente ao trabalho com a coletividade.
O texto apresenta instrumentos técnicos que os assistente sociais
precisam para operar na ação profissional, sobre tudo na defesa dos
direitos de dar vez e voz a todos, a prática do Assistente Social nesse
texto é apresentada através da instrumentalidade que se faz presente no
trabalho legal com a coletividade. As autoras citam o Movimento de
Reconceituação é um momento histórico que atravessa o Serviço
Social dando uma mudança acerca do direcionamento ético politico,
teórico metodológico, e técnico operativo, todos eles são caracterizados
né pelo movimento de reconceituação e tem como um dos seus
princípios fundamentais o reconhecimento da liberdade como um valor
ético central e tbm das demandas politicas . Desta forma a discussão
acerca da interface entre estado , democracia, direito e Serviço social
vao se tornar pautas relevantes para a construção deste seminário, as
autoras elas trazem esse debate no texto pq elas falam que è um
momento da categoria Profissional trazer pautas sobre as discussões
acerca da legalidade( leis) e seus instrumentos como forma de
ampliação da cidadania plena.

As discussões acerca dos instrumentos de trabalho com a coletividade


são de grande relevância para o Assistente Social, visto que seu
direcionamento ético-político tem um caráter emancipatório e de
ampliação e consolidação da cidadania.
Ao tratar das formas de participação popular é importante inseri-las na
forma de governo democrático, sem o qual essa discussão não seria
possível.
Discutir democracia e participação sempre foi um ponto contraditório
neste país. Mas aí A democracia ela se revela no conjunto das lutas
sociais, em sua dimensão totalizadora, isso faz dela um processo em
permanente construção.
Segundo José Paulo Netto (1990) ele fala sobre qual a função que a
democracia em plena consolidação burguêsa desempenha na
sociedade capitalista. Sendo a democracia revelada nas lutas
participativas incluídas e somatizadas, e dada na efetivação do
trabalhador como protagonista na sociedade, na conjuntura burguesa,
contudo sempre haverá um limite para a democracia, os ordenamentos
democráticos sempre serão de maneira restrita, e essa restritividade é
de ordem vital para manutenção do seu sistema (NETTO, 1990, p. 77).
Ainda de acordo com Netto (1990) os projetos burgueses sempre
estiveram agregados dos pactos democráticos
-------- >Segundo as autoras, Com base na carta magna e no projeto
ético politico do Serviço Social, os instrumentos de trabalho com a
coletividade podem ser caracterizados como legais e técnicos
operativos, que tem o objetivo principal a participação social.
E assim Para entender melhor os tópicos discutidos neste tema será
dado uma contextualização do direito, a democracia e a participação
popular é preciso compreender a construção da Democracia e como o
processo participativo da população nos processos decisórios da vida
coletiva é fundamental. E para falar sobre esse processo da construção
da democracia a bety vai falar um pouquinho.. Logo após irá ser
apresentados os instrumentos de participação popular os quais foram
divididos apenas com intuito didático para uma melhor compreensão
entre instrumentos legais e técnicos operativos.
Contexto histórico – DIREITO E A DEMOCRACIA

A democracia pode ser entendida como uma das formas de governo, ou seja, uma das diversas
maneiras como o poder politico pode ser exercício.

No Estado Democrático de Direito estão contidos os elementos formadores do Estado de


Direito, o qual nasceu a partir do desejo da burguesia de impor limites ao absolutismo da
monarquia, tendo como principais características o império da lei, a divisão dos poderes e as
garantias de liberdade. A democracia, centrada na soberania popular, em que o “poder político
é exercido pelo povo” (BOBBIO, 1987, p. 135), é, na verdade, um conceito que sofre alterações
ao longo da história, guardando relação direta com os direitos políticos, com a participação na
vida política e com a limitação do poder.

Veja a seguir alguns autores que falam sobre a democracia Bobbio e Grossi:

Bobbio (2007), o significado descritivo da democracia, com base na tradição dos


clássicos, levando em consideração as outras formas de governo, esta relacionada a
forma de governo, em que o poder é exercido pelo povo, distinguindo-se, assim, da
aristocracia e da monarquia.

Ao falar de democracia é essencial falar dos direitos dos homens. Segundo Bobbio
(2004,p.21), “ sem direitos do homem reconhecidos e protegidos, não há democracia;
sem democracia, não existem as condições mínimas para solução pacifica dos
conflitos’.

(Grossi, 2006, p,50) A relação entre o direito e a democracia surge e tem como base os
princípios da Revolução Francesa e a vinculação entre direito e o poder político, em que
‘o controle e a hierarquia foram revestidos até mesmo com uma aura democrática graças
a axiomática identificação da lei como expressão da vontade geral

Segundo Grossi 2006, p, 11 --- > A sociedade é base do direito e é somente ela, porém
há de se perceber a sociedade a partir da sua realidade complexa e articulada, e é nas
suas articulações que se deve ser produzido o direito, respeitando as realidades e
diversidades locais. Essa percepção do direito para o autor não é um esclarecimento
banal; ao contrario, ele subtrai ao seio materno da sociedade, que o direito é então
chamado a exprimir. ’. Dessa forma para Grossi, o direito como ordenamento significa
respeitar a complexidade social, e ainda, em uma dimensão objetiva, produzir um
resultado benéfico a todos os indivíduos de uma comunidade organizada. O
ordenamento está relacionado ao significado de ‘ superação de posições singulares em
seus isolamentos para obter o resultado substancial de ordem, substancial para a própria
vida da comunidade. ’

Nesse sentido a participação popular para o direito, na sua essência, é fundamental para
sua sustentabilidade, pois ele não pode descambar do alto, nem se impor de forma
coativa, ao contrário, ele "é quase uma pretensão que vem de baixo, é a salvação de uma
comunidade que somente com o direito e no direito, somente transformando-se num
ordenamento jurídico, pode vencer o seu jogo na história.” (GROSSI, 2006, p.13)

Grossi destaca a patologia à qual se refere foi construída pela lógica jurídica legalista,
que tem seus alicerces na moderna racionalidade, na ciência positivista, e essa
construção do jurídico aliada ao poder político é que acabou afastando o direito da
própria fisiologia da sociedade, já que os homens não mais se identificam nas leis ou no
ordenamento do direito contemporâneo e, portanto, o grande mito dessa lógica jurídica
atual está na crença de que a lei é a vontade geral.

Grossi (2006) esclarece que essa característica do jurídico na contemporaneidade foi


decorrente de um processo de modernização do político e do jurídico, dimensões que
foram sendo racionalizadas. O século XIX é o século da racionalidade moderna, da
lógica, do objetivismo. É assim que justamente no século XIX as dimensões políticas e
jurídicas se concretizam no paradigma da modernidade. E é também nesse período que
o capitalismo torna-se o modo de produção dominante nos países centrais e que a
burguesia aparece como uma classe hegemônica. Dessa forma, é a partir desse período que o
paradigma da modernidade fica associado ao desenvolvimento do capitalismo (SANTOS,
2002).

Para Santos (2002), o desenvolvimento do capitalismo na modernidade pode ser divido em três
períodos. O primeiro, que cobre todo o século XIX, pode ser considerado como o capitalismo
liberal; o segundo, que começa no final do século XIX, um capitalismo organizado, que atinge
seu desenvolvimento máximo no período entre as duas guerras e nas duas primeiras décadas
pós-guerra. E, o último, que iniciou nos anos 60 e que ainda prepondera.
2. PARTICIPAÇÃO POPULAR: ESCREVER MAIS AQUI.

DEMOCRACIA E SOCIEDADE: Para ser plural, a democracia tem que incluir diversos atores
sociais, ou seja, diversas formas de vida existentes na sociedade contemporânea, cabendo
assim ressaltar o importante papel dos movimentos sociais. “Os movimentos sociais
estariam inseridos em movimentos pela ampliação do político, pela transformação de
práticas dominantes, pelo aumento da cidadania e pela inserção política de atores sociais
excluídos.” (SANTOS, 2005, p. 53).

3. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR E O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL


( aqui todos podem contribuir)

A autora neste pontua um grande destaque no movimento de reconceituação do Serviço


Social se referindo ao direcionamento do trabalho do Assistente Social visando atender os
interesses da classe trabalhadora.

Para compreender este ponto a autora faz a seguinte pergunta , Como Atender aos interesses
da população a partir de um processo participativo, ou seja, “dar voz” política a essa parcela da
população? Segundo a autora a tarefa não é tão simples, mas podemos caracterizar as formas
de participação popular, para o Serviço Social, de duas maneiras: instrumentos legais e
instrumentos técnico-operativos de participação.

Com relação aos instrumentos legais de participação, apesar de vivermos em um Estado


Democrático de Direito, o qual nos garante direito políticos por meio de sua Carta Magna, são
várias as barreiras, no Brasil, que dificultam o exercício da cidadania. Uma destas barreiras é a
dimensão cultural, já que temos na nossa história um período muito maior de ditadura do que
de democracia. Assim, a democracia é ainda muito incipiente e em fase de aperfeiçoamento.

Apesar do artigo 14 da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 88 dispor que “a


soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante I- plebiscito; II- referendo e III- iniciativa
popular”, percebemos que na prática política esse direito ainda ocorre timidamente

INSTRUMENTOS LEGAIS DE PARTICIPAÇÃO:

A Constituição de 1988 estabeleceu uma estrutura jurídica que permitiu a consolidação do


regime democrático no Brasil. Assim, estabeleceu também uma série de direitos sociais,
resultantes de um longo e conflituoso processo de mobilizações sociais e políticas, marcados,
especialmente, nos anos 70 e 80. Esse processo tinha por objetivo a ampliação do
envolvimento dos atores sociais nos processos decisórios da vida política e por em prática as
políticas sociais, tão reivindicadas, expressas nos movimentos sociais, como forma de resposta
às demandas concernentes a descentralização e democratização do Estado brasileiro. A
participação direta dos sujeitos coletivos ainda tem dificuldades em ser operacionalizada em
função da condição histórica de isolamento político da cultura nacional. O brasileiro não tem
cultura de organização coletiva, de reivindicação de direitos e de articulação entre categorias e
classes sociais. Os mecanismos do trabalho coletivo, quando conscientes e criticamente
utilizados, mostram-se importantes instrumentos de participação e controle dos cidadãos do
Poder Público. O Serviço Social pode e deve organizar a participação popular por meio destas
ferramentas que são instrumentos legítimos do princípio democrático. Este princípio da
participação popular no processo decisório da Administração Pública é assegurado na
Constituição da República do Brasil de 1988 7 . Tal participação popular é viabilizada de várias
formas, desde a presença de ouvidores nos órgãos públicos, a implementação de "disque-
denúncia", a organização de audiências públicas e consultas públicas.

É CONCRETIZADO POR MEIO DE : (Audiência Pública), (plebiscito),


(referendos), (iniciativas populares)

INSTRUMENTOS TÉCNICOS PARA PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA

No que concerne aos instrumentos técnico-operativos para a participação democrática, de


relevância para a prática do Serviço Social, podemos destacar alguns: palestras, dinâmicas
grupais, seminário, simpósio, mesa-redonda, painel, fórum e outros. Cada instrumento dispõe
de técnicas e objetivos específicos. Aqui, o que nos interessa é a utilização destes instrumentos
como forma de promover a participação.

É CONCRETIZADO POR MEIO DE: Palestras, dinâmicas grupais ‘Técnicas de


comunicação para grupos: simpósio, seminário, conferencia, curso, convenção, jornada,
painel, fórum, congresso, brainstorming.’

RESUMO LIVRO final : A ideia de estado democrático pode ser visto por 3 princípios
fundamentais, segundo Berlinguer (2004) os direitos humanos, o pluralismo das ideias e
dos comportamentos e a busca de finalidades comuns. Dentre essas finalidades emerge,
com importância variável, a equidade, seja como objetivo, seja como base de
convivência civil e equidade social.

Assim, com base na realidade brasileira e no projeto profissional do Serviço Social que
compreende também um projeto social emancipatório, cuja garantia dos direitos sociais
e coletivos sejam garantidos visando a justiça social, tornam-se iminentemente
necessárias as discussões acerca da instrumentalidade como sustentáculo as praticas
voltadas a participação popular.
A intenção deste trabalho não é expor modelos instrumentais prontos com o objetivo de
aplica-los tecnicamente, mas de trazer alguns instrumentos e técnicas que possibilitem à
construção de praticas voltada a coletividade visando a autonomia a ampliação da
cidadania e a emancipação.

Apesar das restrições a implementação de instrumentos participativos, tais mecanismos


apresentam vantagens. Eles criam a possibilidade efetiva de legitimação processual de
tomada de decisões de assuntos relevantes para a coletividade em um regime
democrático. Também permitem que o cidadão intervenha nos assuntos de seu interesse.
Mas, indiscutivelmente, a maior vantagem destes mecanismos é o combate intransigente
á apatia e alienação politicas que o profissional de Serviço Social deve promover.

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