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Trabalho de Sociologia - 4º Bimestre

Aluno: Ramom Medeiros


Embora algumas das atuais características dos movimentos sociais estivessem presentes
desde o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, as novas mídias sociais e tecnologias de
informação e comunicação parecem ter proporcionado uma maior visibilidade a um número
também crescente de inquietações e demandas e aumentado sua capacidade de articulação,
pela rapidez e facilidade com que ideias e propostas circulam não apenas entre os diretamente
interessados na questão, mas também entre os seus próximos em progressão geométrica. O
que se por um lado aumenta a capilaridade de movimentos que agora se organizam como
redes, fóruns, frentes e coletivos, por outro, os tornam cada vez mais plurais em suas formas
de organização e em seus horizontes ideológicos e políticos e dificulta a construção de projetos
societários de oposição e enfrentamento à ordem do capital. Na construção dos atuais
movimentos sociais parece sobressair a necessidade de constituição, no mundo virtual e no
mundo real, de espaços e formas de sociabilidade em que diferentes ideias, posições e mesmo
projetos societários possam ser expressos. O mais importante parece ser a própria existência
do movimento e as formas de expressão de seus anseios (a música, o teatro, o escracho, o
filme, o meme). Uma vez que pouco se espera das estruturas políticas existentes (partidos,
sindicatos, parlamentos), a maior conquista, no momento, parece ser o desejo, ainda que sem
direção, de mudar. Quais mudanças e como essas mudanças serão processadas é uma
questão em aberto.

A ideia da corrente Tripartite foi primeiramente comentada em uma obra de Aristóteles. Um


pouco diferente do que se vê nos dias de hoje, a ideologia permaneceu por muitos anos e é
considerada a forma mais eficiente de dispor de maneira organizada a governança de um
país, delegando direitos e deveres específicos para cada poder diferente. Enquanto o Poder
Legislativo possui função de criar Leis e regulamentar a atividade do ordenamento jurídico, o
Poder Judiciário é o responsável por fiscalizar e punir todo aquele que não observar as
regras previstas nos textos legais. Além deles, o Poder Executivo é o que cuida da
organização do Estado como um todo e zela pela aplicação e cumprimento das Leis. É
importante que os poderes convivam separadamente e em harmonia, para que a capacidade
de cada um seja limitada de acordo com a possibilidade de abrangência do outro e,
principalmente, para que a organização do governo não fique concentrada ou monopolizada
nas mãos de um único grupo.

Florestan Fernandes teve sua vida dedicada aos estudos de Sociologia, à docência e à
educação de forma mais ampla (ele acreditava que os educadores deveriam ser engajados
na tarefa da transformação social), e à militância política. Para a Sociologia brasileira trouxe
inovações muito importantes, como a introdução da reflexividade com a qual foi permitido
descortinar algumas produções teóricas sobre a realidade social brasileira e as reler, de
forma crítica. No conjunto de obras que Florestan produziu durante sua vida acadêmica,
nota-se sempre a preocupação com a realidade social das minorias. Algumas obras
importantes podem ser citadas, como: Organização social dos tupinambá (1949) e A função
social da guerra na sociedade tupinambá (1952), ambas são indispensáveis para os que se
interessam em conhecer as sociedades indígenas brasileiras; Fundamentos empíricos da
explicação sociológica (1959), uma obra considerada clássica na sociologia do autor e
essencialmente epistemológica; A integração do negro na sociedade de classes (1964), livro
que será aqui resenhado, é parte de uma obra publicada em dois volumes, mas ambos
tratam com presteza das relações raciais brasileiras, e será melhor debatida no decorrer do
trabalho; e ainda, A revolução burguesa (1975), uma obra que faz os leitores ter contato com
uma interpretação interessante sobre o Brasil pós-colonial. Esta é apenas uma pequena
amostra do legado que Florestan Fernandes deixou não só para a Sociologia brasileira, mas
para todo o meio científico que se interesse em conhecer os temas pesquisados por ele.

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