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O livro pode parecer uma simples fábula infantil em uma leitura distraída, mas suas
mensagens funcionam de maneira quase didática para expressar o que Orwell
acreditava que acontecia dentro do regime soviético. É uma alegoria e uma sátira
sobre o totalitarismo, mais especificamente com os rumos que tomados pela
Revolução Russa, de 1917.
George Orwell
George Orwell pertencia a um grupo de socialistas ocidentais que acreditava nos ideais
de Karl Marx. “Ele faz parte de uma linha de intelectuais europeus que acreditavam no
socialismo como uma utopia democrática igualitária; em um governo proletário, com
sindicatos, assembleias e representantes populares no poder. É uma geração
influenciada ainda pelo pensamento utópico marxista, que sonhava com uma
revolução socialista que trouxesse, além da igualdade, a liberdade”. “O Orwell é um
socialista muito engajado e militante, inclusive. Ele participou de revoltas, lutou
diretamente na Guerra Civil Espanhola, se associou aos trabalhadores radicais da
Inglaterra. No entanto, sempre advogou por um tipo específico de socialismo, o do
tipo igualitário e democrático.”
Demais criticas
“Em uma esfera local ela é uma crítica ao socialismo soviético, mas, em esfera maior,
ainda é uma crítica ao totalitarismo, e, em última instância, a todo e qualquer tipo de
opressão”,
Para ele, o livro é também sobre a exploração do trabalho, as desigualdades sociais, a
deturpação de ideais e da verdade, a manipulação das massas, a repressão estatal, a
concentração de poder e a violência como recurso político. “O livro faz sucesso porque
todos esses temas são contemporâneos, são atemporais e são universais. Mesmo que
daqui 500 anos não exista mais nem o capitalismo, é bem provável que a humanidade
ainda passe por essas questões todas”