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Rosa nasceu em 1871, numa Polônia ainda dominada pelo império russo feudal.
Seu tempo era de crise generalizada do capital e das sociedades burguesas, momento em
que a tensão gerada entre as potências imperialistas em sua corrida desenfreada pelo
acúmulo exorbitante de capital, pela conquista dos mercados e territórios ao redor globo
eclodia na trágica era das grandes guerras. Durante a primeira guerra mundial, Rosa
Luxemburgo se aliou às tendências radicais que exigiam o fim da guerra, defendiam o
antimilitarismo e a participação mais efetiva das massas nas decisões políticas da
sociedade. Imortalizou seu nome na história enquanto teórica crítica e militante política
em dois países, participando ativamente nos processos políticos ao se vincular à Social-
Democracia da Polônia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao
Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD); além de ter participado
na fundação da vertente marxista do SPD, que viria a ser tornar o Partido Comunista da
Alemanha (KPD). Devido ao intenso envolvimento com a política e ao caráter crítico
revolucionário de suas ideias, acabou sendo assassinada em 1919, possivelmente à
mando ou com o consentimento do partido social-democrata da Alemanha.
“A luta pelo socialismo é a mais prodigiosa guerra civil conhecida até hoje pela história
do mundo, e a revolução proletária deve-se preparar para ela com os instrumentos
necessários, precisa aprender a utilizá-los – para lutar e vencer. Munir assim a massa compacta
do povo trabalhador da totalidade do poder político, para que realize as tarefas da revolução, eis
a ditadura do proletariado e, portanto, a verdadeira democracia. Não há democracia quando o
escravo assalariado se senta ao lado do capitalista, o proletário agrícola ao lado do Junker,
numa igualdade falaciosa, para debater seus problemas vitais de forma parlamentar. Mas
quando a massa dos milhões de proletários empunha com sua mão calosa a totalidade do poder
do
Estado, tal o deus Thor com seu martelo, para arremessa-lo à cabeça das classes
dominantes, só então haverá uma democracia que não sirva para lograr o povo. “
(LUXEMBURGO, 1991, p. 105)
Referência da citação: Rosa Luxemburgo: os dilemas da ação revolucionária.
São Paulo: UNESP, 1995.