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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração pública

HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS

1º Ano

A Participação Política e Engajamento Cívico em Moçambique

DIAMANTINO DANIEL MUCAVEL

Xai-Xai, Novembro 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Publica

1º Ano

A Participação Política e Engajamento Cívico em Moçambique

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Administração Publica da UNISCED, na
disciplina de HISTÓRIA DAS IDEIAS
POLÍTICAS

DIAMANTINO DANIEL MUCAVEL

Xai-Xai,Novembro,2023
Índice
1.Introdução.................................................................................................................................................1
1.1.Objectivos..............................................................................................................................................2
1.2.Sistema político de Moçambique...........................................................................................................3
1.2.1.Participação Política...........................................................................................................................3
1.2.2.Engajamento Cívico...........................................................................................................................4
1.2.3.o impacto da participação política e do engajamento cívico na governança e no desenvolvimento do
país..............................................................................................................................................................5
2.Conclusaão...............................................................................................................................................6
3.Referências Bibliográficas........................................................................................................................7
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1.Introdução
A interacção entre cidadãos, organizações da sociedade civil e governo viabiliza a promoção do
engajamento cívico e a ampliação do processo de com produção em rede. Isso possibilita que se
exerça de modo mais efectivo o controle social, sendo um possível caminho para encurtar a
distância entre os poderes e ampliar o interesse da população nas acções políticas (YETANO e
ROYO,2016).
A articulação entre atores governamentais – nas três esferas: municipal, estadual e federal – e
cidadãos deve ocorrer por meio de mecanismos que estimulem a população a se engajar
civicamente e fomentem o interesse em participar das decisões e políticas propostas.
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1.1.Objectivos

 Analisar os níveis de participação política e engajamento cívico em diferentes regiões de


Moçambique.
 Investigar as motivações e desafios enfrentados pelos cidadãos moçambicanos ao se
envolverem na política e em actividades cívicas.
 Examinar como factores socioeconómicos, como educação e renda, influenciam a
participação política.
 Avaliar o impacto das organizações da sociedade civil em promover a participação cívica
e política.
 Identificar as principais barreiras à participação política efectiva e ao engajamento cívico
em Moçambique.
 Analisar o papel das eleições e do sistema político na formação da participação política.
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1.2.Sistema político de Moçambique

Moçambique é um país democrático baseado num sistema político multipartidário. A


Constituição da República consagra, entre outros, o princípio da liberdade de associação e
organização política dos cidadãos, o princípio da separação dos poderes legislativo, executivo e
judiciário, e a realização de eleições livres.

De acordo com a constituição em vigor, o regime político em Moçambique é presidencialista: o


chefe de Estado é igualmente chefe do governo. No entanto, existe desde 1985 o cargo de
Primeiro Ministro, que tem o papel de coordenador e pode dirigir as sessões do Conselho de
Ministros na ausência do presidente.

Na doutrina entre os sistemas de governo destacam-se em primeira linha dois: Os sistemas de


governo ditatoriais (monocráticos e autocráticos) e democráticos (directos, semidirectos e
representativos). Nos representativos notam-se os de concentração e de separação de poderes
Nos sistemas de governos democráticos de divisão de poderes temos os chamados sistemas
parlamentares, presidencialistas e semi-presidencialistas.

Assim que não restam dúvidas que o nosso sistema de governo é democrático representativo de
divisão de poderes

1.2.1.Participação Política
O processo eleitoral decorreu num ambiente polarizado e complexo, no qual a violência e a
desconfiança interpartidárias foram prevalentes, assim como a falta de confiança na capacidade
da administração eleitoral e dos órgãos judiciais em serem independentes e livres de influência
política.
Ao nível regional, Moçambique é membro da União Africana (UA) e da Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral (SADC) e está, portanto, comprometido com uma série de
importantes documentos regionais juridicamente vinculativos, incluindo a Carta Africana dos
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Direitos do Homem e dos Povos, o Protocolo à Carta Africana dos Direitos Homem e dos Povos
sobre os Direitos das Mulheres em África, o Protocolo sobre o Tribunal Africano de Direitos do
Homem e dos Povos, a Carta Africana para a Democracia, Eleições e Governação, o Protocolo
da SADC sobre Género e Desenvolvimento, Protocolo da SADC contra a Corrupção, e os
Princípios e Directrizes que Regem Eleições Democráticas da SADC. Outros compromissos
assumidos pelo Governo de Moçambique incluem a Declaração do NEPAD sobre Democracia,
Governação Política, Económica e Corporativa e a Declaração Africana sobre os Princípios que
Regem Eleições.

1.2.2.Engajamento Cívico

O engajamento do cidadão pode ser definido como a participação activa do cidadão na


comunidade, a fim de melhorar suas condições, antecedendo a participação política. A maior
parte das actividades de engajamento dos cidadãos pode ser classificada como não política ou
semipolítica, ou seja, não directamente destinada a influenciar parlamentares e chefes do Poder
Executivo em assuntos de grande importância para a comunidade. Também existem formas
individuais e colectivas de engajamento e de participação, de modo que cada cidadão tem o
poder de escolher quando, como e por qual meio se envolver politicamente (GIDDENS, 1991).

O engajamento está mais próximo da forma como o indivíduo vai actuar na sociedade, sendo
movido pelo sentimento de melhoria colectiva e não apenas pelo interesse próprio. A
participação política tem como premissa a vontade do indivíduo influenciar os resultados e as
decisões tomadas pelos governantes, podendo estar envolvido em actividades formais ou
informais e não estando, necessariamente, vinculado a partidos políticos ou instituições
governamentais.

O cidadão pode interessar-se em participar formalmente da política escolhendo um candidato no


período eleitoral, mas isso não significa que continuará participando apenas por conta desse ato.
Da mesma forma, o cidadão que é engajado civicamente pode entender que a participação por
meio da escolha de candidatos não acrescenta nada à vida da comunidade, preferindo agir de
modo local, sem participar formalmente na política.
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1.2.3.O impacto da participação política e do engajamento cívico na governança e no


desenvolvimento do país.
O uso da política, da conversação e da negociação são essenciais para que pendências entre
diversos interesses sejam, se não equacionadas, pelo menos equiparadas, tendo como objetivo
benefícios comuns e recuos necessários para o entendimento.

O engajamento dos cidadãos descentraliza a ação e distribui autoridade, gerando poder de


resolução de problemas para que todos possamos melhorar um pouquinho nossa sociedade.
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2.Conclusaão
Conclui-se que O primeiro passo para a democracia multipartidária deu-se com a elaboração da
nova constituição em 1990 que inaugura uma abertura para a liberdade de criação de partidos
políticos e concorrer para o poder político. O segundo passo deu-se com a materialização do
estipulado na nova constituição, quando em 1994 decorrem as primeiras eleições envolvendo
vários partidos
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3.Referências Bibliográficas

GIDDENS, A. Modernity and self-identity: self and society in the late modern age. Stanford:
Stanford University Press, 1991.

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