(1) A autora discute o papel da comunicação pública no fortalecimento da governança democrática e da participação cidadã; (2) Ela explica que a sociedade contemporânea requer novas formas de participação política que coloquem os cidadãos no centro da gestão pública; (3) A autora argumenta que a comunicação pública, quando bem conduzida, pode promover o engajamento cidadão e consolidar práticas democráticas de governança.
(1) A autora discute o papel da comunicação pública no fortalecimento da governança democrática e da participação cidadã; (2) Ela explica que a sociedade contemporânea requer novas formas de participação política que coloquem os cidadãos no centro da gestão pública; (3) A autora argumenta que a comunicação pública, quando bem conduzida, pode promover o engajamento cidadão e consolidar práticas democráticas de governança.
(1) A autora discute o papel da comunicação pública no fortalecimento da governança democrática e da participação cidadã; (2) Ela explica que a sociedade contemporânea requer novas formas de participação política que coloquem os cidadãos no centro da gestão pública; (3) A autora argumenta que a comunicação pública, quando bem conduzida, pode promover o engajamento cidadão e consolidar práticas democráticas de governança.
RESENHA CRÍTICA: O PAPEL INSTITUCIONAL DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA
PARA O SUCESSO DA GOVERNANÇA.
Ana Lúcia Coelho Romero Novelli e Doutora em Ciências da Comunicação e
Artes pela Universidade de São Paulo e atua no Senado Federal desde 1999 passando pela coordenação do Secretaria de Comunicação Social e coordenação do projeto de implantação do Alô Senado e do DataSenado. Além disso atuou como professora de relações públicas em várias instituições de ensino superior de Brasília, como Secretária Geral do Conselho Federal dos profissionais de relações públicas e Diretora Científica da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Públicas.1 A autora, em artigo publicado no primeira semestre de 2006 pela revista Organicom, da Universidade de São Paulo, procura compreender a abrangência do termo governança na atualidade. Assim, a comunicação praticada nos órgãos públicos se apresenta como um valioso instrumento no fortalecimento da esfera pública e dos mecanismos de participação e democratização. Nesse contexto, percebemos que o ritmo acelerado que a sociedade imprime provocou inúmeras transformações em âmbito econômico, político e social e, por conseguinte, os profissionais e pesquisadores tem ampliado as práticas comunicacionais da sua área e essa ampliação pode ser percebida, em especial no Estado brasileiro. Assim, Novelli (2006, p. 4) afirma que apesar de todas as transformações, o que mais a interessa em sua pesquisa são as “novas formas de participação política efetivamente colocadas à disposição da sociedade para que o cidadão possa realizar intervenções na gestão de políticas públicas”. Dessa forma, a comunicação pública tem por objetivo transpor as limitações impostas nas esferas de divulgação de informações e assessoria de imprensa que por vezes apropriam-se da informação como instrumento para promoção dos governantes e de suas ações. Novelli irá dividir seu artigo em 4 capítulo: inicialmente elabora algumas reflexões sobre a crise da modernidade fundamentando-se no conceito de modernidade líquida de Z. Bauman. Para Novelli (2006, p. 5) “a metáfora de Bauman é bastante interessante, na medida em que se vivencia o rompimento e substituição 1 Informações extraídas do Currículo lattes. Disponível em: <http://lattes.cnpq.br/0863966961211941>. dos antigos códigos, padrões e regras”. Dessa forma, a sociedade contemporânea apresenta-se rompendo os absolutos e apresentando uma ampla diversidade de opções podem ser escolhidos de forma livre pelos indivíduos. A ampliação das liberdades e a relativização dos códigos morais de comportamento vêm acompanhadas com a sensação de rompimentos das barreiras de tempo e de espaço. Ainda mais nesses últimos dias, em que devido a pandemia de Covid-19, a sociedade atribuiu novos sentidos as interações digitais, ampliando a comunicação, diminuindo as distâncias e, consequentemente, o tempo. Antes de iniciar o capítulo, Novelle afirma que a liquidez da sociedade também causa impactos na política. Assim, o Estado tem o dever de promover o desenvolvimento econômico sem deixar de lado os aspectos concernentes ao bem- estar social, o que inclui os mecanismos de participação popular. A autora, no segundo capítulo, aborda questões relativas as novas práticas que esse novo Estado contemporâneo deve assumir. Segundo Novelle (2006, p. 7) “a crise de governabilidade dos Estados [...] demonstrou que a administração burocrática, quando aliada às práticas democráticas de governo pode produzir resultados muito eficientes”. Diante disso aponta três ondas de mudanças que foram desencadeadas a partir da crise de governabilidade: o gerencialismo, o consumerismo, e o serviço orientado ao cidadão. Neste sentido, Novelli (2006) procura traçar no terceiro capítulo como o Estado, a partir de uma governabilidade orientada ao cidadão, se abriu para a governança. A autora procura circunscrever os dois conceitos:
De forma geral, a governança se refere aos pré-requisitos institucionais para a
otimização do desempenho administrativo – instrumentos técnicos de gestão que assegurem a eficiência e a democratização das políticas públicas. Já a governabilidade, que para muitos autores é a outra face da moeda da governança, refere-se à capacidade do Estado de obter apoio e articular alianças entre os vários grupos sociais com o objetivo de viabilizar a implementação de seu projeto de Estado. (NOVELLI, 2006, p. 8)
Diante disso, a governança se fundamenta em três mecanismo fundamentais:
a democracia direta, a representação e o terceiro setor. Para que a possa haver uma adaptação dos governos a essa nova realidade mais participativa é necessário que os cidadãos se sejam estimulados ao engajamento e, consequentemente, a maior participação. Novelli aponta 10 princípios orientadores para o desenvolvimento sólido da governança: Compromisso, direitos, clareza, prazo, objetividade, recursos, coordenação, responsabilidade, avaliação e cidadania ativa. No último capítulo, Novelle (2006) irá enfatizar a importância da educação pública para a prática da governança através do fortalecimento das relações com os cidadãos. Assim, “o papel da comunicação pública no processo de apoio às práticas da boa governança é decisivo para o sucesso da proposta” (NOVELLI, 2006, p. 12) Nesse sentido, os fluxos comunicacionais entre governo e cidadão podem seguir os seguintes fluxos: informação, relação de mão única, do governo aos cidadãos; consulta, relação de mão dupla, na qual o cidadão apenas oferece um feedback; e participação ativa, relação que se baseia em uma parceria do governo com cidadãos engajados. A autora deixa claro que os desafios da comunicação pública precisam ser vencidos para que o novo modelo, mais participativo e democrática possa ser aplicado. Novelli (2006, p. 15) afirma que “a prática da comunicação pública, quando conduzida de forma ética e responsável, tem a possibilidade de promover e consolidar o engajamento ativo dos cidadãos nas definições de políticas públicas”. Por fim, no que se refere ao combate ao COVID-19. O governo utiliza o modelo em que o fluxo de comunicação se baseia no processo de informação, pois as informações são transmitidas através do modelo de comunicação em massa, por meio de entrevistas coletivas e assessorias de imprensa. Além disso o modelo que privilegia forma de consulta também tem sido utilizado na busca de obter um feedback. Pesquisas de opinião tem sio realizadas para se compreender a aceitabilidade da população sobre as medidas do governo, como isolamento social e aceitação do próprio Ministro da Saúde em comparação com o Presidente.
REFERÊNCIA
NOVELLI, A. L. C. R. O papel institucional da comunicação pública para o sucesso
Primeira Infância Livre: o reconhecimento pleno da criança como sujeito de direitos em desenvolvimento e suas implicações para o desencarceramento infantil