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1.1.
[...] consideram-se três gerações de direitos humanos que podem ser sintetizados
como direitos humanos de primeira, de segunda e de terceira gerações/dimensões.
Além destes, é preciso mencionar, ainda, os direitos de quarta e de quinta
geração/dimensão, que são frutos de uma construção doutrinária [...] tal divisão não
deve ser interpretada como afronta ao princípio da indivisibilidade dos Direitos
Humanos [...]. (ALVARENGA, 2016, p. 31).
1.2.
Para adentrar no tema principal deste trabalho, temos que ter em mente a
importância dos direitos humanos para a afirmação de garantias aos cidadãos, desta
forma, assegurando direitos e possibilitando uma maior autonomia perante o Estado.
O desenvolvimento dos direitos humanos não é um fenômeno atual e, para
isso, faremos um breve relato histórico para mostrar os marcos conquistados para
que sejam debatidos ao longo dessa pesquisa e relacioná-los com a temática
apresentada. É observado que a matéria abordada nos direitos humanos pode ser
pautada como o conjunto de direitos relacionados à dignidade da pessoa humana.
Segundo parte da doutrina atual, temos que os direitos humanos são divididos
em dimensões. Essas dimensões retratam momentos vivenciados pela sociedade
em determinada época, representando, assim, momentos em que houve diversas
transformações sociais, econômicas e políticas. Segundo Ramos, temos:
A teoria das gerações dos direitos humanos foi lançada pelo jurista francês de
origem checa, Karel Vasak, que, em Conferência proferida no Instituto Internacional
de Direitos Humanos de Estrasburgo (França), no ano de 1979, classificou os
direitos humanos em três gerações, cada uma com características próprias.
Posteriormente, determinados autores defenderam a ampliação da classificação de
Vasak para quatro ou até cinco gerações (RAMOS, 2017, p. 53)
1.3.
A Constituição Federal de 1988 em seu art. 1º estabeleceu os fundamentos
nos quais a República Federativa do Brasil deve estar pautada, dentre os quais se
encontra a dignidade da pessoa humana.
[...] uma qualidade intrínseca de todo ser humano, e não um direito conferido às
pessoas pelo ordenamento jurídico. A sua consagração como fundamento do Estado
brasileiro não significa, portanto, a atribuição de dignidade às pessoas, mas sim a
imposição aos poderes públicos dos deveres de respeito, proteção e promoção dos
meios necessários a uma vida digna.
De acordo com Branco (2012, p. 159), o princípio da dignidade da pessoa
humana:
[...] ao mesmo tempo em que estes surgiram como uma exigência da dignidade de
proporcionar o pleno desenvolvimento da pessoa humana, somente por meio da
existência desses direitos a dignidade poderá ser respeitada, protegida e promovida.