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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO NORTE DO BRASIL

CURSO LIVRE DE TEOLOGIA

[NOME COMPLETO DO ALUNO]

A IMPORTÂNCIA DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS RELIGIOSAS NA


RECONSTRUÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA

RECIFE
2022
[NOME COMPLETO DO ALUNO]

A IMPORTÂNCIA DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS RELIGIOSAS NA


RECONSTRUÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA

RECIFE
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................4
2. PROBLEMATIZAÇÃO..................................................................................................................5
3. OBJETIVOS.....................................................................................................................................5
3.1. OBJETIVO GERAL.................................................................................................................5
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................................5
4. APORTE TEÓRICO........................................................................................................................5
4.1. A DIGNIDADE HUMANA COMO FUNDAMENTO PARA EFETIVAÇÃO DOS
DIREITOS FUNDAMENTAIS...........................................................................................................5
4.2. AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS RELIGIOSAS....................................................................7
4.3. A IMPORTÂNCIA DAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS NA RECONSTRUÇÃO DA
DIGNIDADE HUMANA.................................................................................................................9
5. METODOLOGIA..........................................................................................................................11
6. CRONOGRAMA............................................................................................................................12
7. REFERÊNCIAS.............................................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

No século XIX, a individualidade não era respeitada e o crescimento econômico de um


país era mais importante do que o próprio povo. Na década de 1940, começaram a surgir
tratados entre as nações para implementar os aspectos sociais do desenvolvimento nacional e,
de alguma forma, tentar demonstrar os valores humanos. É a partir daí que a dignidade
humana e os direitos sociais são colocados em nível global.
De forma semelhante, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu a dignidade da
pessoa humana e a cidadania como princípios fundamentais do Estado. O respeito à pessoa
humana é o maior objetivo de qualquer sociedade e é uma diretriz que deve ser seguida tanto
no espaço público, quanto no privado. Por sua vez, a cidadania confere ao seu novo conceito
um complemento social, o que significa que ser cidadão é ter direitos políticos, civis e sociais.
Assim, os direitos sociais são elencados como direitos fundamentais de segunda
geração. Isso significa que não basta descrever apenas na Lei Constitucional, é preciso
também que seja implementado pelo Estado por meio de políticas públicas. Enquanto o
governo tem essa obrigação, o indivíduo, por ser a parte interessada, também tem a
responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento do país.
Diante disso a partir da Constituição de 1988, os indivíduos começaram a participar
mais na construção da nação. Isso significa que cidadãos e entidades privadas têm
legitimidade para atuar no interesse da comunidade.
Mesmo com essa conotação social de tentar eliminar as desigualdades, a máquina
pública não tem conseguido dar conta dos problemas que geram exclusão e, diante disso,
muitas pessoas têm permanecido em situação de vulnerabilidade social.
Observa-se, nesta conjuntura, que o Estado não consegue estabelecer efetivamente a
igualdade social. Com a Constituição Federal de 1988, as igrejas cristãs começaram a
aparecer com mais frequência no cenário nacional para ajudar os governos a implementar
políticas públicas. Essas entidades privadas não usurpam a responsabilidade do Estado na
implementação das políticas públicas, mas sim, ser um braço do governo na efetivação dos
direitos sociais.
Em Pernambuco e em outros sete estados brasileiros, existe uma instituição religiosa
chamada Cristolândia, associada à Igreja Batista, que desempenha um papel importante na
ajuda ao governo na implementação de políticas públicas em comunidades carentes. Não
apenas abrigando pessoas em situação de rua, mas fornecendo-lhes tudo o que precisam para
se reajustar e incentivá-los a prosperar em um ambiente social. O programa é abordado na
perspectiva da inserção de princípios bíblicos na busca pela recuperação do bem-estar físico,
mental e emocional do indivíduo.

2. PROBLEMATIZAÇÃO

Qual a importância das organizações sociais religiosas na reconstrução da dignidade


humana?

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Analisar a importância que as organizações sociais religiosas têm na reconstrução da


dignidade humana.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Conceituar a dignidade humana;


 Identificar as organizações sociais religiosas;
 Destacar a importância das organizações sociais religiosa na reconstrução da
dignidade humana.

4. APORTE TEÓRICO

4.1. A DIGNIDADE HUMANA COMO FUNDAMENTO PARA EFETIVAÇÃO DOS


DIREITOS FUNDAMENTAIS

A Organização das Nações Unidas (ONU) determina, no preâmbulo da Declaração


Universal dos Direitos Humanos, que as garantias fundamentais e a busca da dignidade são
direito de todos os seres humanos. O respeito à pessoa deve ser o ponto de partida para todas
as nações envolvidas, constituindo-se como fundamento das políticas públicas e, bem como,
das ações governamentais, servindo de pilar para qualquer sociedade organizada (BOKOVA,
2010).
De acordo com Luiz Roberto Barroso:

A dignidade humana, então, é um valor fundamental que se viu convertido


em princípio jurídico de estatura constitucional, seja por sua positivação em
norma expressa seja por sua aceitação como um mandamento jurídico
extraído do sistema. Ser, assim, tanto como justificação moral quanto como
fundamento normativo para os direitos fundamentais (BARROSO, 2010).

Neste sentido, a dignidade humana apresenta três importantes aspectos: o valor


intrínseco, a autonomia e valor social. O valor intrínseco se refere as características de cada
ser humano que não podem ser retiradas de seu possuidor, atribuindo a todos uma igualdade.
A autonomia, por sua vez, advém do livre arbítrio do sujeito, refere-se, especificamente, ao
direito à liberdade de expressão, ou à forma de exercer seus direitos, desde que não haja
nenhuma proibição legal. E os valores sociais funcionam como limitador, protegendo os
indivíduos e a sociedade dos exageros decorrentes do exercício de direitos, isto é, os direitos
obtidos não podem trazer prejuízos a sociedade (BARROSO, 2010).
Os direitos humanos desempenham um papel importante em uma sociedade
democrática. Isso nem sempre foi o caso, no entanto, e no início da década de 1940, os seres
humanos ainda eram vistos como um meio para os objetivos nacionais, não seus fins. Neste
contexto, porém, já surge um debate visando a mudança desse conceito. Entretanto, somente
em dezembro de 1948 se manifestou o primeiro marco relevante para a universalização dos
direitos humanos (BIRMAN, 2003).
A defesa humanista do ser humano tem o seu início no conceito bíblico-cristão.
Anteriormente, esta concepção apenas era concebida no campo conceitual, entretanto, a partir
do século XX foi introduzida na esfera pública. Após isso, os países passaram a produzir
legislações que tinham como fundamento a dignidade humana, como a constituição mexicana
de 1917 e a constituição da República de Weimar de 1919 (BARROSO, 2010).
Ao mesmo tempo, no Brasil, as esferas públicas e privadas, regidas pelo Código Civil,
passam a dar mais importância à propriedade do que à própria pessoa. Essa realidade apenas
apresenta mudanças com a Constituição Federal de 1988, que muda o foco para a cidadania
considerando a dignidade da pessoa humana como princípio fundamental do Estado
Democrático de Direito (OLIVEIRA, 2020).
Com este dispositivo normativo em vigor, os direitos humanos passaram a ser vistos
como centrais para o desenvolvimento e progresso social da nação, cabendo notar que não há
estado social formal sem que a dignidade humana seja realizada (OLIVEIRA, 2020).
Diante disso, as instituições, tanto públicas, quanto privadas, devem se adequar para
tornar a normatização cidadã, algo concreto em todas as esferas da sociedade, pois o respeito
à pessoa humana tem em sua forma prática, o reconhecimento das singularidades,
independente da classe social, cor de pele, gênero, religião e bem como, qualquer coisa que já
tenha ou não feito na vida. Compreender a cidadania dessa forma é, certamente, um caminho
seguro para construção de uma nação mais justa e solidária (BARROSO, 2010). Neste
sentido, Celso Antônio B. de Mello (2013, p. 183) afirma que “a lei não deve ser fonte de
privilégio ou perseguições, mas instrumento regulador da vida social que necessita tratar
equitativamente os cidadãos”.
Esse dispositivo básico na lei Constitucional não é meramente uma referência
normativa, pois o princípio da dignidade da pessoa humana serve como parâmetro e guia para
decisões administrativas, judiciais e legislativas (SOBOTTKA, 2008).

4.2. AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS RELIGIOSAS

De acordo com Monello (2016), uma organização social religiosa é uma pessoa
jurídica de direito privado, constituída por pessoas físicas ou jurídicas que professam uma
religião na vivência do culto divino de acordo com suas ordens e crenças religiosas, um
carisma, uma ideologia, uma filosofia de vida fornece a base para sua religião, educação,
bem-estar e outras iniciativas. Eles são o resultado da confissão e experiência de seus
membros ou das crenças de seus membros e são constituídos sob o manto da confissão, são
titulares de seus próprios direitos de regular suas vidas e atividades.
Essas organizações também surgiram para preencher algumas das lacunas criadas pelo
Estado, porém, sua motivação para exercer esse papel social tende a ser limitado pela crença.
Nesse sentido, Burity (2007, p. 9) afirma que:

a contribuição possível ou empiricamente identificada da vivência religiosa


ou da atuação de organizações religiosas no agenciamento de soluções ou
‘saídas’ para os graves problemas sociais característicos da sociedade
brasileira e recentemente enfeixados no par ‘exclusão/inclusão social. Desta
admissão resulta uma aproximação tentativa, de ambas as partes, com vistas
a lançar mão da religião (vivenciada ou institucionalmente mediada) como
recurso de mobilização social, implementação de ações de promoção de
inclusão ou cidadania, e/ou representação de interesses sociais setoriais.

Dessa forma, as organizações religiosas atuam em diversos campos sociais e


educacionais, buscando proporcionar oportunidades de desenvolvimento para as pessoas mais
pobres de acordo com seus preceitos religiosos. Eles contam com o apoio voluntário da
comunidade para continuar essa iniciativa por meio de trabalho prático e arrecadação de
fundos.
Diversas organizações religiosas desempenham um importante papel no campo da
saúde, assistência social e educacional, principalmente voltadas ao atendimento de idosos,
crianças e jovens. A motivação para isso é o propósito institucional, principalmente a
identificação institucional. Nessa identidade interna, o reconhecimento da fraternidade é um
princípio fundamental e um elemento relevante da existência da instituição e de seus membros
(RHONHEIMER, 2011).
Assim, vincular-se a uma organização religiosas que trabalha com atuação social na
proteção das crianças, jovens e idosos é ter consciência da importância da fraternidade, agindo
de forma harmônica e com sensibilidade a situação de vulnerabilidade e de diversidade. Mas,
além disso, deve permitir que cada vez mais pessoas, organizações e comunidades tenham
esses objetivos e princípios em suas ações, permitindo uma atuação mais efetiva (CAMPOS,
2019).
A vida, cada vez mais complexa, obriga-nos a conjugar os esforços de vários
indivíduos para atingir um objetivo comum. É o homem que não encontra dentro de si forças
e recursos suficientes para desenvolver todas as atividades que deseja sozinho e, assim,
satisfazer todas as necessidades de si mesmo e da comunidade a qual participa. Esses esforços
são feitos diretamente pelo ser humano porque ele tem capacidade legal para adquirir direitos,
exercê-los e dispor deles diretamente ou por intermédio de grupos de pessoas (PAES 2006).
Ressalte-se, porém, que tal ação das organizações religiosas não deve ser motivada por
um acordo formal e juridicamente feito, mas pelo reconhecimento e adesão à natureza
institucional em que a fraternidade, a unidade, o trabalho, a dignidade humana e sua
promoção são referências existenciais. As ações das organizações religiosas, diferentemente
de outras posições institucionais ou pessoais, visam prioritariamente a proteção integral da
pessoa humana, definidas como atividades apostólicas. No entanto, eles podem liderar e
orientar uma comunidade muito maior, propondo mudanças sociais e atitudes públicas;
porque fazem parte da essência do próprio ser humano (PEREIRA; SILVA; PURIFICAÇÃO,
2021).
Assim, a consciência da dignidade humana, a cooperação e a fraternidade são valores
que são transmitidos e aprendidos. A organização religiosa é, portanto, capaz de vivê-los
como uma identidade e missão que, ao enfatizar esses valores, é capaz de criar transformações
sociais e públicas, e fazer de suas instituições um bem social (SILVA, 2006)
As organizações religiosas, fundadas a partir de um fundamento de ação em que a
dignidade humana é valorizada recebem prioridade absoluta, podendo até mesmo apresentar
equívocos em alguns momentos, mas tem em sua identidade a promoção da proteção do ser
humano (GUNDRY-VOLF, 2013).

4.3. A IMPORTÂNCIA DAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS NA RECONSTRUÇÃO


DA DIGNIDADE HUMANA

O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 44, inciso IV dispõe que as organizações
religiosas são pessoas jurídicas de direito privado (BRASIL, 2002). Por serem instituições de
personalidade jurídica com participação na sociedade civil, as Igrejas Cristãs são legalizadas
para atuar no terceiro setor, conforme afirma Paes (2009, p.96) “A tradição religiosa no
Terceiro Setor está irmanada com seus mais profundos objetivos: a ajuda ao próximo, o
repartir, a preocupação social”. No mesmo caminho, a Lei 13.019 (BRASIL, 2014), em seu
artigo 2º legitima a participação de organizações religiosas como entidades atuantes no
desenvolvimento social.
Até o século XVI, a Igreja Católica existia como a única Igreja Cristã. No entanto,
depois que ocorrei a separação entre seus representantes na Reforma, surgiu o protestantismo.
Nesses dois movimentos cristãos, muitas vezes encontramos semelhanças e diferenças
dogmáticas (LIMA, 2016). Mas em ambas as linhas doutrinárias encontram-se documentos
históricos que enfatizam a importância do desenvolvimento social do Estado.
No catolicismo, existem as encíclicas papais, que são cartas escritas pelos papas com
instruções sobre o trabalho social da Igreja Católica, que são seguidas por toda a comunidade
católica. Em uma dessas cartas, o Papa Leão XII disse que a Igreja se levanta para falar sua
palavra como magistério. (PETERS, 2000). E, naturalmente, contra as teorias da luta de
classes, favorece a cooperação de trabalhadores e empregadores para que respeitem os direitos
de cada um e pratiquem a reciprocidade. (OLIVEIRA, 2020)
Apesar de a prática social já ser constante na Igreja, ocorreu em 1974, em Lausanne,
na Suíça, um evento marcante, com a reunião de igrejas evangélicas de mais de 150 países.
Durante esta reunião, foram discutidos os temas de evangelismo, assistência social dentre
outros. Uma das conclusões do evento é que esse segmento precisa ter um papel social ativo
na sociedade como um todo, a fim de contribuir para a efetivação da dignidade humana
(PACTO DE LAUSANNE, 1974).
Devido a essa omissão do Estado e com essa conotação social, grupos cristãos na
década de 1950 começaram a trabalhar para ajudar a população em situação de rua por meio
de evangelismo e assistencialismo. Com o tempo, na década de 1970, a Igreja percebeu que o
assistencialismo, por si só, não era suficiente para atender às necessidades daqueles em
situação de vulnerabilidade social (PACTO DE LAUSANNE, 1974).
Portanto, o serviço das igrejas cristãs no desenvolvimento social do Estado é de grande
importância para ajudar as pessoas nessas condições e integrar-se à criação do próprio terceiro
setor. Isso se deve à ação da Igreja, baseada no amor ao próximo (PAES, 2009).
No Congresso da North American Association of Christians in Social Work
(NACSW), em 2012, Nicholas Plácido e David Cecil explicaram que as igrejas sérias sempre
tiveram em seu dogma o trabalho em favor dos necessitados, em favor das pessoas que estão
em um estado de vulnerabilidade, e, neste sentido, é prejudicial para a sociedade não lhes dar
espaço para agir. Visto que, desde o primeiro século, o trabalho social é praticado pela
comunidade cristã em localidades carentes (PLACIDO, 2012).
Nesta perspectiva, como exemplo de ação social em cuidado com pessoas em situação
de vulnerabilidade em Pernambuco, o projeto Cristolândia, vinculado à Igreja Batista,
fundado em 2009, em são Paulo, pelo pastor Fernando Brandão.
Nesse contexto de ação, com o objetivo de curar os moradores de rua de Brasília, o
projeto Cristolândia, vinculado à Missão Batista, foi fundado em 2009, em São Paulo, pelo
pastor Fernando Brandão. O programa é dividido em três fases: a) Missão Batista Cristolândia
(MBC) tem duração máxima de 2 meses, com uma tarefa de triagem para determinar se a
pessoa está interditada na justiça. e apoio em caso de emergência; b) Centro de Formação
Cristã I (CFC I) com tempo previsto de 6 a 8 meses, sua função é reeducar o indivíduo para
que seja responsável, tenha senso de submissão e consiga estabilidade emocional, também
nesta fase são oferecidos cursos para completar a educação básica; c) Centro de Formação
Cristã II (CFC II) pode durar até 12 meses, esta fase final caracteriza-se pela adaptação da
pessoa ao viver e prosperar no meio social. Cada passo é importante para a recuperação do
indivíduo, pois é necessário salvar a dignidade da pessoa, para que ela se sinta útil e
importante no contexto social (CRISTOLANDIA, 2022).
A abordagem de recuperação utilizada é elaborada a partir de princípios bíblicos para
ajudar a melhorar todas as áreas da vida das pessoas vulneráveis, melhorando a saúde física,
mental e emocional (CRISTOLANDIA, 2022). O tratamento físico e emocional visa
proporcionar uma vida saudável, sem drogas e digna. O paciente faz um exame físico para
analisar o estado de saúde, incluindo o acompanhamento da família. Estudar a Bíblia faz parte
do tratamento, por isso buscam reforço espiritual. A conclusão do tratamento visa matricular
cursos de formação profissional como por exemplo, panificação, eletricidade, carpintaria para
homens, costura e artesanato para mulheres. (CRISTOLAND, 2022).
Com mais de trinta e duas unidades distribuídas em oito estados brasileiros, essa
unidade já recebeu mais de sessenta e sete mil pessoas para tratamento. Todos aqueles que
precisam e desejam participar como voluntários podem acessar este projeto, bastando
comparecer gratuitamente à unidade de atendimento (VIEIRA, 2016).

5. METODOLOGIA

Nossa pesquisa será de abordagem qualitativa. Na concepção de Oliveira (2010, p. 61)


a pesquisa qualitativa “pode ser caracterizada como sendo uma tentativa de se explicar em
profundidade o significado e as características do resultado das informações obtidas através
de entrevistas ou questões abertas, sem a mensuração quantitativa de características ou
comportamento”.
Ainda a respeito das abordagens qualitativas de pesquisa é importante considerar o que
a autora destaca:

As abordagens qualitativas de pesquisa facilitam descrever a complexidade


de problemas e hipóteses bem como analisar a interação entre variáveis,
compreender e classificar determinados processos sociais, oferecer
contribuições no processo das mudanças, criação ou formação de opiniões de
determinados grupos e interpretação das particularidades dos
comportamentos ou atitudes dos indivíduos. (OLIVEIRA, 2010, p. 61)

Na perspectiva dos objetivos de nosso estudo realizaremos uma pesquisa bibliográfica,


a qual Cervo e Bervian (1983, p. 55) a definem como a que:

Explica um problema a partir de referências teóricas publicadas em


documentos. Pode ser realizada independente ou como parte da pesquisa
descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as
contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um
determinado assunto, tema ou problema.

Para Michaliszyan (2008, p. 51), pesquisa bibliográfica trata-se de uma pesquisa do


tipo qualitativa, desenvolvida a partir de referências teóricas que apareçam em livros, artigos,
documentos, etc.[...] são necessárias para fundamentar a pesquisa empírica.
De acordo com Prestes (2014, p.30): "pesquisa bibliográfica é aquela que se efetiva
tentando-se resolver um problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego
predominante de informações provenientes de material gráfico, sonoro ou informatizado."
A respeito de pesquisa bibliográfica Oliveira (2010, p. 69) diz: "É uma modalidade de
estudo e análise de documentos de domínio científico tais como: livros, enciclopédias,
periódicos, ensaios críticos, dicionários e artigos científicos."
A Pesquisa Bibliográfica compreende o levantamento de toda a bibliografia já
publicada em forma de livros, periódicos (revistas), teses, anais de congressos, indexados em
bases de dados em formato on-line ou CD-ROM. Sua finalidade é proporcionar ao aluno ou
ao pesquisador o acesso à literatura produzida sobre determinado assunto, servindo de apoio
para o desenvolvimento de trabalhos científicos e análise das pesquisas.
Para Lima e Mioto (2007, p. 38) a pesquisa bibliográfica implica em: "um conjunto
ordenado de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo, e que, por isso,
não pode ser aleatório."
Para efetuar esse tipo de pesquisa, é necessário fazer o levantamento dos temas e tipos
de abordagens já trabalhadas por outros estudiosos, para assimilar os conceitos e explorar os
aspectos já publicados, tornando-se relevante levantar e selecionar conhecimentos já
catalogados em bibliotecas, editoras, videotecas, na internet, entre outras.
Para Prestes (2014, p.31), a pesquisa bibliográfica é capaz de:

Atender aos objetivos tanto do aluno, em sua formação acadêmica, quanto de


outros pesquisadores, na construção de trabalhos inéditos que objetivem
rever, reanalisar, interpretar e criticar considerações teóricas ou paradigmas,
ou ainda criar novas proposições na tentativa de explicar a compreensão de
fenômenos relativos à mais diversas áreas do conhecimento.

Neste entendimento, nossa pesquisa será desenvolvida a partir de referências teóricas


após a realização de revisão bibliográfica acerca deste tema.

6. CRONOGRAMA

2022
ATIVIDADES
Mar. Abr. Mai. Jun. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Elaboração do projeto X X

Apresentação do projeto ao
X
Professor orientador

Alterações do projeto conforme


X X X X X X
indicações do orientador

Reescrita do projeto se necessário X X X X

Revisão do referencial teórico X X X X

Escrita do TCC X X X X X X

Revisão textual do TCC X X

Entrega do trabalho X

7. REFERÊNCIAS

BARROSO, L. R. A dignidade da pessoa humana no direito constitucional contemporâneo:


natureza jurídica, conteúdos mínimos e critérios de aplicação. 2010. Disponível em:
https://luisrobertobarroso.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Dignidade_texto-
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BOKOVA, I. Dia Internacional da Juventude: Mensagem de Irina Bokova, Diretora Geral da


UNESCO. 12 ago. 2010. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/55655-dia-internacional-
da-juventude-mensagem-de-irina-bokova-diretora-geral-da-unesco. Acesso em: 07 jul. 2022.

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 07 jul.
2022.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm. Acesso em: 07 jul.
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