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Introdução

O presente trabalho teve como tema Direitos humanos e Direitos fundamentas como a
desobrir as suas origens, sobretudo quando ganhou a consciência da sua presença como ser
diferente, e desde que começou a fazer a experiência da sua existência e busca de realização,
o ser humano sempre se inquietou sobre como estar com os outros, como agir, como deve ser
e fazer, É de salientar que o objectivo do trabalho é de oferecer, em termos gerais, as
ferramentas necessárias para despertar nos seres humanos a postura ética desejada pela
sociedade, e tão querida nos dias de hoje, pois assim se reconhece a contribuição que ela está
a dar para a formação do ser humano, a partir da visão cristã que ela tem do ser humano e do
mundo. Por isso, este trabalho apresenta uma visao de como o ser humano tem que se lidar
com os direitos humanos e a saber os diritos fundamentais.
1.1 Direitos humanos

Conceptualização de direitos humanos e a declaração universal dos direitos humanos.

Segundo Chambisse (2011), diz que são direitos aceites como válidos por toda a humanidade
(para todos os povos e todas as épocas), com base no carácter inviolável, intemporal e
universal da natureza da pessoa humana. Esses direitos derivam, portanto, da natureza da
pessoa humana, fazem parte da essência da Humanidade (entendida aqui como uma
comunidade de gerações presentes e futuras).

os direitos humanos têm o objectivo de proteger a personalidade humana na sua dimensão


social, e impõem limites à autoridade e soberania dos Estados modernos. Esses direitos são
pré e supra-estatais: são inatos no homem e irrenunciáveis; derivam duma fonte de direito
supra positiva de direito natural ou divino, ou também se pode dizer que derivam do simples
facto de sermos seres humanos.

Segundo Varela (2011), Direitos humanos são, portanto, direitos básicos de todos os seres
humanos. São direitos civis e políticos pois entram na esfera da vida civil e política do ser
humano. Exemplo: direito à vida, à propriedade privada, à liberdade de expressão, da
imprensa, igualdade formal, ou seja, de todos perante a lei, direito à nacionalidade, de
participar do governo do seu Estado, etc.
A condenação generalizada da pena de morte, da tortura e da prisão por motivos políticos ou
religiosos, do racismo e da xenofobia, do genocídio e da violação do princípio da
autodeterminação dos povos, diz Varela (2011), constitui expressão do combate universal em
prol da promoção dos direitos humanos.
A validade dos direitos humanos não depende do reconhecimento ou do desconhecimento do
Estado, mas o valor de um Estado mede-se a partir do modo como assume e protege esses
direitos. A Comunidade Internacional possui organizações (como a Amnistia Internacional) e
normastratados ou convenções que visam a protecção ou a salvaguarda desses direitos.

1.1 Os direitos e os deveres fundamentais

1.2.1 Os direitos fundamentais e suas gerações


De acordo comVarale (2011, P.170), define os direitos fundamentais como sendo aqueles
direitos do ser humano que são reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional
positivo de um determinado Estado (carácter nacional). Diferem dos direitos humanos – com
os quais são frequentemente confundidos – na medida em que os direitos humanos aspiram à
validade universal, ou seja, são inerentes a todo ser humano como tal e a todos os povos em
todos os tempos, sendo reconhecidos pelo direito internacional por meio de tratados e tendo
portanto validade independentemente da sua positivação em uma determinada ordem
constitucional (carácter supranacional).
De acordo com Varela (2011), os direitos fundamentais do ser humano são a consagração dos
direitos humanos que o Estado garante aos seus cidadãos por meio da Constituição ou Lei
Fundamental. Portanto, podemos referir que os direitos fundamentais são os próprios direitos
humanos em vigor num ordenamento jurídico concreto num dado momento histórico, ou por
outra, são os direitos humanos enquanto tornados direito positivo. Saem da esfera de puras
intenções e passam a ter implicações jurídicas e se tornam vinculantes. Por isso, pode-se
ainda afirmar que os direitos fundamentais são os direitos humanos enquanto reconhecidos
pelo Estado e tornados direito positivo do Estado.
1.2.3 As gerações dos direitos fundamentais: da primeira à quinta geração
Segundo Varale (2011, P.172), As gerações são tomadas de consciência dos direitos humanos
por parte das sociedades e do modo como tais direitos foram consagrados na Constituição de
cada Estado. Por isso dizemos que são gerações dos direitos fundamentais. A maioria destes
direitos pertence ao mundo laico, e às vezes vão “contra” o Estado, pois impõem limites e
condições ao Estado.
1.2.4A segunda geração dos direitos fundamentais
De acordo com Varela (2011, P.172), A segunda geração dos direitos fundamentais é
constituída pelos direitos sociais, económicos e culturais. Cedo, em alguns quadrantes do
planeta, percebeu-se de que os direitos de liberdade, de facto, eram direitos das classes
privilegiadas; ou seja, da burguesia. Quem não sabe ler nem escrever não sabe o que fazer da
liberdade de imprensa. Para quem não tem o que comer, o direito à vida soa a irrisão. Por
isso, dizemos que estes direitos pretendem tornar efectivos e acessíveis todos os direitos de
liberdade. Estes direitos dão as condições para viver e tornar a vida possível em sociedade.
1.2.5 A terceira geração dos direitos fundamentais
Segundo Varela (2011, P.173),a classificação aqui feita, a terceira geração dos direitos
fundamentais é constituída pelos direitos dos povos, de solidariedade (ou de fraternidade) e
das minorias, ou simplesmente direitos difusos ou das colectividades, os direitos possuem
dois pontos em comum: a transindividualidade e a indivisibilidade. São transindividuais
porque só podem ser exigidos em acções colectivas e não individuais, pois o seu exercício
está condicionado à existência de um grupo determinado (por isso colectivos) ou
indeterminado (por isso difusos) de pessoas; são indivisíveis porque não podem ser
fraccionados entre os titulares. A satisfação de seus mandamentos beneficia indistintamente a
todos. A violação é igualmente prejudicial à totalidade do agrupamento humano.
1.2.6 A quarta geração dos direitos fundamentais
Segundo Varela (2011, P.173), A partir deste momento, começam as divergências
doutrinárias mais significativas. Alguns autores acham desnecessária a formulação dos
direitos da quarta e quinta gerações. Mas os defensores desta possibilidade, apesar de
divergirem num e noutro ponto, falam da questão da bioética, das tecnologias, da ecologia e
da qualidade de vida. Esta quarta geração, constitui um desprendimento da terceira, mas
agora com maior ênfase colocada na problemática do ambiente e da sustentabilidade do
desenvolvimento.
1.2.7 A quinta geração dos direitos fundamentais
Apesar de ainda não haver consenso quanto à consagração dos direitos da quarta geração na
esfera do direito internacional, já há defensores, como Paulo Bonavides, que sustentam a
existência de uma quinta geração dos direitos fundamentais. De acordo com a classificação
feita neste manual, servindo-se das sensibilidades dos seus defensores, a quinta geração dos
direitos fundamentais é constituída pelos direitos ao mundo virtual/digital e à paz. É verdade
que a questão do avanço tecnológico já é tratada nos direitos da quarta geração devido à sua
capacidade de afectar directamente a vida das pessoas (por exemplo: a manipulação
genética), mas agora esta questão é tratada como realidade a parte: o mundo virtual/digital em
si e a problemática da info-exclusão.
Uma segunda interpretação dos direitos da quinta geração, muito cara a Paulo Bonavides,
remete-nos à paz, pois só através da positivação desta é que poderemos alcançar a dignidade.
Bonavides vê a paz como forma de compreensão da democracia, pois entende que Karel
Vasak ao colocar a paz nos direitosde fraternidade ou solidariedade (terceira geração), o fez
de modo incompleto. Assim como a liberdade é a marca dos direitos da primeira geração, a
paz o é para os direitos da quinta geração, estando ela num patamar superior. Como se pode
ver, aqui não existe uma nova gama de direitos, mas uma tentativa de valoração do direito à
paz, dando-a uma importância que antes não tinha.

1.3 A vida: base de todos os direitos


Abreu, A. et al. (1983, P. 294), O direito que está na base de todos os outros é o direito à
vida. Este é o parâmetro central que perpassa todas as gerações. Suprimida a vida, caem todos
os outros direitos. Somente o vivo é que tem direitos. Pois bem, o direito à vida da
humanidade inteira; ou melhor, a própria existência da vida na terra é posta em dúvida por
uma eventual guerra atómica. Em suas fronteiras, os direitos humanos se entrecortam com os
temas
ecológicos e encontram o grande tema da paz. É que necessariamente o tema dos direitos
humanos se intersecta com o tema da ecologia, da paz e da justiça. Por isso necessariamente
tem que se confrontar com as políticas. E é um tema incómodo para a política e os políticos,
porque é o tema dos direitos humanos e é mais urgente para a humanidade. A luta pelos
direitos humanos é a mais importante porque abrange todas as questões e todos os sectores da
vida humana. Hoje, o bem comum, que é objecto duma boa política, chama-se direitos
humanos.
Conclusão
De forma conclusiva, percebe-se no entanto que os Direitos humanos são, portanto, direitos
básicos de todos os seres humanos. São direitos civis e políticos pois entram na esfera da vida
civil e política do ser humano. Exemplo: direito à vida, mas tambem à validade dos direitos
humanos não depende do reconhecimento ou do desconhecimento do Estado, mas o valor de
um Estado mede-se a partir do modo como assume e protege esses direitos. A Comunidade
Internacional possui organizações (como a Amnistia Internacional) e normas, tratados ou
convenções que visam a protecção ou a salvaguarda desses direitos, e os direitos
fundamentais como sendo aqueles direitos do ser humano que são reconhecidos e positivados
na esfera do direito constitucional positivo de um determinado Estado (carácter nacional).
Diferem dos direitos humanos – com os quais são frequentemente confundidos – na medida
em que os direitos humanos aspiram à validade universal, ou seja, são inerentes a todo ser
humano como tal e a todos os povos em todos os tempos, sendo reconhecidos pelo direito
internacional por meio de tratados e tendo portanto validade independentemente da sua
positivação em uma determinada ordem constitucional (carácter supranacional).
Referências Bibliograficas
Abreu, A. et al. (1983). Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. (17ª ed.). Lisboa.
Barbosa, J. C. T. (1984). O que é a justiça? (4ª ed.). São Paulo: Editora Brasiliense.
Chambisse, E. (2003). A emergência do filosofar: filosofia 11ª e 12ª Classe. Maputo:
Moçambique Editora.
Miranda, D. J. (s.a.). Direitos e deveres fundamentais do homem (3ª ed.).

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