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Bruno Morales
Caieiras - SP
2015.
Bruno Morales
Caieiras-SP
2015
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RESUMO
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
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2. AS DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS
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Não há menção expressa ao direito ao desenvolvimento na CF/88, ao
contrário, por exemplo, do que ocorre na Constituição Portuguesa de 1976, cujo art. 7°,
item 3, afirma que “Portugal reconhece o direito de todos os povos à autodeterminação
e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as
formas de opressão”. No nosso caso se trata de um direito fundamental implícito que,
com base no art. 5º, § 2º, decorre do regime e dos princípios adotados pela CF/88 bem
como dos tratados internacionais dos quais o Brasil é parte.
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3. O DIREITO A PAZ COMO DIREITO FUNDANTE DA QUINTA DIMENSÃO
Sendo considerado um direito que causa efeitos tanto internos a nação que o
adere, quanto internacional, começou a levantar questionamentos entre os juristas do mundo
todo, Paulo Bonavides defende a caracterização do direito à paz como fundante da quinta
dimensão.
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Com essa definição, Bonavides define o direito à paz como estando em um degrau
superior a que se encontrava ao estar mesclado a outros direitos fundamentais e até superior a
esses direitos, devido a sua visibilidade universalizada.
O reconhecimento e a concretização desse direito humaniza a comunhão social,
tempera e ameniza as relações de poder. O novo Estado de Direito das cinco gerações de
direitos fundamentais vem coroar o espírito de humanismo supracitado, trazendo luz ao
Direito à Paz, tirando-o da invisibilidade doutrinária e trazendo a sua normatividade.
Para que seja aderido este direito, é necessário colocá-lo nas declarações de
direitos, nas cláusulas das Constituições (como consta na Carta Magna Brasileira no Art. 4º.
VI), na didática constitucional, até torná-lo positivo e normativo, obedecendo-lhe como
norma das normas dentre as que garantem a conservação do gênero humano sobre a face do
planeta.
Em países onde a Constituição se cala diante desses direitos fundamentais temos
uma calamidade, uma ditadura constitucional, onde se vê desigualdade social, inquietude
popular, falta de humanização, sofrimento coletivo e muitas outras degradações.
Dos ramos constitucionais dos Poderes, o que mais colide com a harmonia civil da
sociedade é, sem dúvida, o Poder Executivo, cujos abusos são inúmeros e se traduzem em
diversas intervenções muitas vezes desleais na economia, no desenvolvimento social, na
política e na legitimidade do sistema. Além do que o Poder Executivo tudo pode onde não
impera a Constituição, onde a centralização dos poderes desfigura o regime político. Em
países com esse tipo de regimento, a sociedade fica descrente da Justiça, que sempre foi, é e
sempre será a mais poderosa das garantias sociais.
Seguindo esse raciocínio, parece viável, ser o dever constitucional de içar a
bandeira da paz em nome da conservação e dos valores impostos à ordem normativa pela
dignidade da espécie humana.
O favorecimento ao direito à paz é positivo, paz em seu caráter universal,
solidária, harmônica para todas as etnias, em todas as culturas, em todos os sistemas, e em
todas as crenças. Como bem esclarece Bonavides:
“... Quem conturbar essa paz, quem a violentar,
quem a negar, cometerá à luz desse
entendimento, crime contra a sociedade
humana...”.
O único dos direitos provido de inviolável força legitimadora, único capaz de
construir uma sociedade na justiça, que é fim e regra para o estabelecimento da ordem, da
liberdade e do bem comum.
Temos que assinalar a defesa da paz no mundo, universalizá-la para que todas as
constituições tomem para si como um direito fundamental, como um princípio norteador,
ensinar que a paz se inicia internamente, mas também pode-se aprender a ter paz com povos
exteriores.
No mundo globalizado como o de hoje, e com países que desrespeitam os poderes
constitucionais, ou ficamos com a força do direito ou com o direito da força, não há mais
alternativa, a primeira nos liberta e a segunda nos escraviza.
A paz logrou a dignidade teórica, o princípio constitucional, a aprovação
doutrinária e a normatividade.
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4. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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