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04/01/2024, 15:37 Conteúdo - Módulo 2

Conteúdo - Módulo 2

Site: Escola Virtual de Governo Impresso por: RENATA MACIEL ALVES DE LIMA
Curso: Direitos Humanos: Uma Declaração Universal Data: quinta-feira, 4 jan. 2024, 15:37
Livro: Conteúdo - Módulo 2

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Índice

1. A Primeira Geração De Direitos Humanos: Os Direitos Civis

2. Os Direitos Civis e a Declaração Universal De Direitos Humanos


2.1. Os Direitos à Vida, Liberdade e Segurança Pessoal
2.2. A proibição à tortura e escravidão
2.3. Igualdade perante à lei e respeito à legalidade

3. Os Direitos Civis Da Declaração Universal e a Constituição Federal De 1988

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1. A Primeira Geração De Direitos Humanos: Os Direitos Civis

A Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) de 1948 é considerada o principal marco de surgimento dos Direitos Humanos no plano
internacional. O documento, assinado por dezenas de países no âmbito das Organização das Nações Unidas (ONU), representou o compromisso da
comunidade internacional de promover a paz e a proteção do ser humano, após o massacre de milhões de pessoas pela Segunda Guerra Mundial.

Mas, antes mesmo da DUDH, as revoluções liberais do fim do século dezoito – a Revolução Americana de 1776 (também conhecida como a Guerra
de Independência dos Estados Unidos) e a Revolução Francesa de 1789 – são apontadas como os acontecimentos históricos responsáveis pela
primeira elaboração de documentos que asseguraram direitos dos indivíduos em oposição ao poder arbitrário das monarquias, que marcava
fortemente a organização das sociedades naquele momento histórico.

Os revolucionários americanos firmaram o documento “A Declaração de Independência dos Estados Unidos da América” que ressaltava a igualdade
entre os homens (no caso, entre os homens da então colônia e da Coroa inglesa) e o direito à liberdade:

(...) Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de
certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.

Já a Revolução Francesa pôs fim à Monarquia Absolutista do rei Luís XVI e marcou uma nova era de direitos dos indivíduos frente ao Estado,
registrados na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:

Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo
dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governos, resolveram expor, em uma declaração
solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que essa declaração, constantemente presente junto a todos
os membros do corpo social, lembre-lhes permanentemente seus direitos e deveres; a fim de que os atos do poder legislativo e do
poder executivo, podendo ser, a todo instante, comparados ao objetivo de qualquer instituição política, sejam por isso mais
respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, estejam sempre
voltadas para a preservação da Constituição e para a felicidade geral.

Em razão disso, a Assembleia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do
homem e do cidadão:

Art.1.º - Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter como fundamento a utilidade comum.

Art. 2.º - A finalidade de toda associação política é a preservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são
a liberdade, a prosperidade, a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3.º - O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer
autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 4.º - A liberdade consiste em poder fazer tudo o que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada
homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes
limites só podem ser determinados pela lei. (...)

Íntegra da declaração em: https://br.ambafrance.org/A-Declaracao-dos-Direitos-do-Homem-e-do-Cidadao

Essas revoluções criaram mecanismos para que a sociedade pudesse enfrentar os problemas advindos da profunda desigualdade e da ausência de
liberdades para os indivíduos, na medida em que delas surge um grupo de direitos organizados para cada indivíduo: direito à vida, à igualdade, à
liberdade, à propriedade, à segurança, ao sigilo das correspondências, à inviolabilidade de seu domicílio, a apenas ser punido nos termos previstos
em lei, etc. Estabelecia-se, então, que os indivíduos tinham direitos e que todo e qualquer indivíduo, de qualquer grupo social, tinha os mesmos
direitos, quebrando-se a organização social baseada na existência de grupos privilegiados, por um lado, e de grupos sem privilégio algum, por outro
lado.

A esse conjunto de direitos é dado o nome de direitos civis e são considerados direitos humanos de primeira geração.

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2. Os Direitos Civis e a Declaração Universal De Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz, em seus primeiros artigos, um conjunto de direitos que podemos classificar como direitos civis,
ou os Direitos Humanos de primeira geração. Representa o compromisso dos países que assinaram a Declaração em respeitar, promover e
defender as liberdades individuais de todos os seres humanos. Nesta seção, estudaremos esses direitos: i) vida, liberdade e segurança pessoal; ii)
proibição à tortura e escravidão e iii) a igualdade perante a lei e respeito à legalidade.

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2.1. Os Direitos à Vida, Liberdade e Segurança Pessoal

Já em seus primeiros artigos, a Declaração Universal prevê os direitos à liberdade e à igualdade para todos os seres humanos desde o seu
nascimento:

Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação
uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer
espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou
qualquer outra condição.

2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que
pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra
limitação de soberania.

Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

A Declaração ressalta, ainda, que todos os seres humanos são dotados de razão e consciência: trata-se de uma previsão importante considerando
que a Humanidade sofria as consequências da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e do extermínio massivo de judeus, ciganos, homossexuais e
pessoas com deficiência pelo regime nazista alemão, sob a alegação de criação de uma “raça pura” e pela completa desconsideração da condição
de ser humano daqueles indivíduos. O espírito de fraternidade evocado pela Declaração reforça a noção de igualdade entre todos os seres
humanos, e por isso a importância de sua proteção.

A previsão do artigo 2º da DUDH – inexistência de distinção entre as pessoas por conta de sua raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de
outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição e também da condição política, jurídica ou internacional
do país ou território a que pertença uma pessoa – amplia o conteúdo do direito à igualdade, dando-lhe caráter material, ao indicar que os
indivíduos não podem sofrer prejuízos por terem raça, sexo ou língua, por exemplo, diferente dos demais.

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2.2. A proibição à tortura e escravidão

O direito à vida e à liberdade previsto nos artigos primeiro ao terceiro da Declaração Universal ganham proteções específicas com a proibição da
escrivão e tortura:

Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Há indícios de que a escravidão é praticada desde as primeiras civilizações. Entre os séculos quinze e dezenove, de 10 a 12,5 milhões de pessoas
foram trazidas da África para as Américas em condições precárias. Tão precárias que a metade dos escravos embarcados chegava morta ao
destino. Transformados na prática em objetos, perdiam família, raízes e eram submetidos a castigos extremamente cruéis. Apesar de ter raízes
antigas na história da humanidade, a escravidão existe ainda hoje em muitas formas. Tráfico de seres humanos, servidão por dívida e trabalho
doméstico forçado são apenas alguns exemplos.

A Declaração Universal também prevê expressamente a proibição da tortura e ainda a tratamentos cruéis, desumanos e degradantes a todos os
seres humanos.

A tortura se configura por qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais são infligidos intencionalmente a uma pessoa,
para:

obter, da pessoa ou de terceiros, informações ou confissões;


castigar uma pessoa por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido;
intimidar ou coagir uma pessoa ou outras pessoas.

A tortura também ocorre por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza e quando as dores ou sofrimentos são infligidos
por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência.

Apesar de ser absolutamente proibida, a tortura ainda acontece em todo o mundo:

“Apesar do impressionante quadro jurídico e institucional estabelecido para impedir a tortura, ela continua sendo uma prática
amplamente tolerada e até utilizada pelos governos, e a impunidade dos seus perpetradores persiste”. Ban Ki-moon, Secretário-Geral
das Nações Unidas de 2007 a 2016.

Em 26 de junho é comemorado o Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU)
em 1997, sendo realizada no mesmo dia em que foi assinada por diversos países a Convenção contra a Tortura, criada em 26 de junho de 1987. O
objetivo da data é, além de apoiar as vítimas dessa repulsiva prática, combater a execução de atos de tortura por parte dos órgãos repressivos dos
Estados.

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2.3. Igualdade perante à lei e respeito à legalidade

Além de garantir o direito à liberdade e igualdade a todos os seres humanos, com a proteção à vida (proibindo expressamente a escravidão e a
tortura), a Declaração Universal também estabeleceu um grupo de direitos para garantir a proteção judicial dos indivíduos quando houver violação
a seus direitos e o respeito à legalidade pela proibição de prisões arbitrárias e a presunção da inocência.

Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra
qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos
fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial,
para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido
provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua
defesa.

2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou
internacional. Também não será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

A igualdade perante a lei, sem qualquer discriminação (artigo 7 da Declaração) significa que todos os indivíduos devem receber o mesmo
tratamento. Esse conceito contém dois tipos de igualdade – a igualdade formal e a igualdade material.

A igualdade formal é aquela na qual as leis e o Estado tratam todos os indivíduos como se estivessem na mesma posição social, política,
econômica, vivendo desde sempre nas mesmas condições e com acesso a oportunidades iguais.

A igualdade material é a proteção da lei e pelo Estado àquelas pessoas que se encontrem em situação de vulnerabilidade social maior e por isso
têm direito a proteções específicas para ter acesso a mais oportunidades. As políticas de ações afirmativas como as cotas racionais e econômicas
de acesso ao ensino superior gratuito são exemplos de promoção desse tipo de igualdade.

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3. Os Direitos Civis Da Declaração Universal e a Constituição Federal De 1988

Os direitos civis da Declaração Universal também estão garantidos na Constituição Federal de 1988, tamanha a sua importância.

Já no artigo 1º da Constituição, está previsto que a República Federativa do Brasil tem como fundamentos, entre outros, a cidadania e a dignidade
da pessoa humana:

Clique no item abaixo para acessar a Legislação

Dando sequência, o artigo 3º da Constituição estabelece que tem, entre seus objetivos fundamentais, a promoção do bem de todos sem
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade ou origem:

Clique no item abaixo para acessar a Legislação

O artigo 5º da Constituição que prevê os direitos e garantias fundamentais de todos os cidadãos tem conteúdo muito semelhante aos direitos à
vida, liberdade e segurança pessoal, igualdade perante à lei e respeito à legalidade. Vejamos:

Declaração Universal dos Direitos Humanos Constituição Federal de 1988


Direitos à vida, liberdade e segurança pessoal
Artigo 1 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
Artigo 3 nos termos seguintes:
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal

Direito à igualdade
Artigo 7 Artigo 5º (...)
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual termos desta Constituição
proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Proibição da tortura
Artigo 5 Artigo 5º (...)
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
castigo cruel, desumano ou degradante desumano ou degradante
Proteção judicial
Artigo 8 Artigo 5º (...)
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
nacionais competentes remédio efetivo para os atos que lesão ou ameaça a direito;
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos
pela constituição ou pela lei.
Respeito à legalidade

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Artigo 9 Artigo 5º (...)
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;
Artigo 10 LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa autoridade competente;
e pública audiência por parte de um tribunal independente e LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento julgado de sentença penal condenatória;
de qualquer acusação criminal contra ele. LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
Artigo 11 competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito propriamente militar, definidos em lei;
de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha
sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no
qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias
necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão
que, no momento, não constituíam delito perante o direito
nacional ou internacional. Também não será imposta pena
mais forte de que aquela que, no momento da prática, era
aplicável ao ato delituoso.

Em resumo, os direitos civis firmados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 também serviram de fundamento para as
garantias fundamentais estabelecidas pela Constituição Federal do Brasil, cerca de quarenta anos depois, em 1988. Os conteúdos principais do
respeito à vida, liberdade, segurança pessoal, igualdade, proteção judicial e respeito à legalidade se repetem porque protegem todos os indivíduos
contra arbitrariedades do Estado. Por isso, quando falamos em Direitos Humanos, também estamos tratando de Direitos Fundamentais e vice-
versa.

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