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BRIGADA MILITAR
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO
PORTO ALEGRE
2012
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RESUMO
A temática relativa aos Direitos Humanos, mais que atual é necessária e vital à sociedade e em
especial às instituições de polícia, fruto do Estado Democrático de Direito que é uma
conquista da sociedade que se consolidou a partir de uma intensa luta em busca de democracia
e de cidadania. Esta luta não é de hoje e consolidou-se a partir de intensas negociações e
movimentos que buscaram enfraquecer o poder estatal, como um freio ao arbítrio em prol do
fortalecimento dos direitos civis. O Estado passou de um Estado Feudal para o Estado de
Direito e, para tanto, fazia-se necessário que surgisse do povo o cidadão, portador de direitos.
Foi nesta premissa que surgiram os Direitos Humanos que se firmam de forma indelével na
sociedade, como uma porta que se abre e que não se fecha. O conhecimento da história torna-
se basilar para que se compreenda a real extensão desta expressão que afirma os direitos mais
elementares do cidadão e não apenas o do “bandido”. O surgimento dos Direitos Humanos
não se dá de uma só vez, Bobbio (2004) afirmava que eles surgem paulatinamente, conforme a
sua necessidade e o momento e doutrinadores classificam este surgimento como gerações e
mais que declarar direitos, há que se protegê-los, e esta proteção se dá no ordenamento
brasileiro sob a forma de cláusulas pétreas. Novos direitos já começam a surgir e novos
surgirão, afirmava Bobbio (2004), assim verifica-se a necessidade atual de proteger as
questões relativas ao bio-direito. Nesta ótica, cabe a nós policiais militares, difundir
amplamente e firmar esta doutrina em nossos cursos e nas instruções, para que o profissional
de polícia militar se transforme num referencial da sociedade na eterna busca pelos direitos
civis.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................04
2 CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS...............................................................04
3 NOÇÕES E ORIGEM DA CIDADANIA................................................................05
3.1 Origens do termo cidadania..............................................................................06
3.2 A abordagem moderna sobre cidadania..........................................................07
3.2.1 A ideia do liberalismo........................................................................................07
4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS.........................................08
4.1 Grécia..................................................................................................................08
4.2 Roma...................................................................................................................08
4.3 O Cristianismo...................................................................................................09
4.4 A experiência inglesa........................................................................................09
4.5 A Revolução Americana....................................................................................10
4.6 A Revolução Francesa.......................................................................................11
4.7 A Idade Média.....................................................................................................12
5 DIREITOS HUMANOS EM ESPÉCIE..................................................................14
5.1 Direitos Humanos de 1ª geração..........................................................................14
5.2 Direitos Humanos de 2ª geração..........................................................................14
5.3 Direitos Humanos de 3ª geração..........................................................................14
5.4 Direitos Humanos de 4ª geração..........................................................................14
5.5 Direitos Humanos de 5ª geração..........................................................................15
6 A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS............................15
7 OS DIREITOS HUMANOS E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.........16
8 CONCLUSÃO......................................................................................................17
REFERÊNCIAS..........................................................................................................19
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1 INTRODUÇÃO
aqueles direitos fundamentais, aos quais todo homem deve ter acesso, em
virtude puramente de sua qualidade de ser humano e que, portanto, toda
sociedade, que pretenda ser uma sociedade autenticamente humana, deve
assegurar aos seus membros. (GORCZEVSKI, 2005)
Dentro desta ótica proposta por Covre (2006), verifica-se que a Constituição
Federal é uma arma potentíssima nas mãos dos cidadãos, os quais devem saber
usá-la em prol de conquistar as propostas mais igualitárias. “Só existe cidadania se
houver a prática da reivindicação, da apropriação de espaços, da pugna para fazer
valer os direitos do cidadão.” (COVRE, 2006, p. 10)
A cidadania é algo inerente ao ser humano, sendo qualidade integrante e
irrenunciável da própria condição humana, devendo ser respeitada, promovida e
protegida. (SARLET, 2008).
Mas a noção de cidadania vem desde a sociedade grega antiga, na
democracia ateniense até chegar ao Estado de Direito firmado pela Revolução
Francesa, que obedece a uma ordem legal e não mais a determinações de ordem
divina ou mesmo pela força, onde o Estado passou de um modelo absolutista para o
modelo liberal.
A Revolução Francesa (1789), com seus ideais de liberdade, igualdade
proporcionou uma mudança na hierarquia de poder que determinava a ordem social
e implicou na queda da nobreza e ascensão da burguesia, consolidando um longo
processo que determinou a queda do poder absoluto, centralizado e autoritário e
determinou uma nova ordem com ênfase no ideário liberal. (Martins, 2008).
4.1 Grécia
4.2 Roma
4.3 O Cristianismo
Inglaterra: a Magna Carta, a Petition of Rights, o Habeas Corpus Act, o Bill of Rights
e o Act of Sentlement.
A Magna Carta é tida como “a primeira constituição do mundo”.
1916 – American Institute of International Law, projeta uma
declaração de direitos do homem estruturada internacionalmente, sem resultados
positivos.
Tratado de Versalhes – (Conferência de Paris 1919), estabelece os
direitos do trabalhador, mediante “a noção de um direito comum internacional
referente às liberdades individuais”.
1938 – Conferência Pan-Americana, Lima (Peru), prevendo as
atrocidades nazistas, com a assunção do poder por Hitler, ressaltou a necessidade
da “defesa dos direitos do homem”.
Roosevelt (1941) – proclama as quatro liberdades: a liberdade de
expressão, que garante a democracia, a liberdade de credo; a liberdade da
necessidade e a liberdade do medo”.
• A Carta do Atlântico (1941) – subscrita pelo Presidente dos Estados
Unidos, Franklin Delano Roosevelt e pelo Primeiro Ministro da Inglaterra, Winston
Churchill, “afirmava a esperança de que a paz se estabelecesse, proporcionando a
segurança, de que todos os homens, em todos os países, pudessem viver livres do
medo e da necessidade”.
• Intensificação da política de DH, a partir do nazismo, em cujos campos
de concentração, com técnicas de extermínio, câmeras de gás, fornos crematórios,
trabalhos forçados e experiências cruéis com seres humanos, que deixaram o
mundo perplexo com as atrocidades nazistas.
• 1945 – Tribunal de Nuremberg, que reprimiu os crimes contra a
humanidade;
• 1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos – Carta da ONU,
promulgada em Paris, no Palais de Chailot, sob a presidência de Eleanor Roosevelt,
ainda sob o impacto da Segunda Guerra Mundial.
• 1951 – promulgação da Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados.
• 1966 – Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto dos
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
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Dentro desta linha de pensamento, por Bobbio (2004), constata-se que novos
direitos surgirão, fruto de uma evolução histórica da sociedade, numa luta constante
de esvaziamento de poder do homem sobre o homem, que não tem fim, pois
obedecem a um movimento dialético, de contrariedade, de negação, estabelecendo
um novo modelo.
Uma grande batalha política foi gerada, mas era imprescindível a cooperação
e entendimento para reunir em um único documento todas as concepções
pretendidas.
Pronunciamentos valiosos foram colhidos no ano de 1947, dentre eles
Mahatma Gandhi, líder da libertação da Índia do colonianismo britânico: “Somos
credores do direito à vida quando cumprimos o dever de cidadãos do mundo”.
Promulgada a Declaração Universal, a humanidade passou a ter em suas
mãos um documento de luta que ingressou na cabeça de todos os seres humanos
politicamente conscientes, unânimes da defesa de seus princípios, independente de
seus pontos de vista contraditórios.
SERPA (2002) informa que o mais importante documento do século foi a
Declaração Universal dos Direitos do Cidadão, aprovada pela Resolução nº 217 da
Assembléia Geral das Nações Unidas de 10 de dezembro de 1948.
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando Barcellos de. Teoria Geral dos Direitos Humanos. Porto
Alegre: Sérgio Antônio Fabris editor, 1996;
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. São Paulo: Editora Campus/Elsevier, 2004.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 19 ed. São Paulo: Malheiros,
2006.
CARRION, Eduardo Kroeff Machado. Apontamentos de Direito Constitucional.
Livraria do Advogado editora, 1997.
COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania. São Paulo: editora
braziliense, 2006.
COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos direitos Humanos. São
Paulo: Saraiva, 2007.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 2007.
_______. Vigiar e Punir. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
GORCZEWSKI, Clóvis. Direitos Humanos – dos primórdios da humanidade ao
Brasil de hoje. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2005.
MARSHALL. H.T. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar
editores, 1967
MARTINS, Cleber Ori Cuti. Cidadania, Ética e Política. Porto Alegre: Imprensa
Livre, 2008.
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais
na CF 88. Porto Alegre: Biblioteca do Advogado, 2008.
SCHILLING, Voltaire. Revolução Francesa – Iluminismo, Jacobismo e
Bonapartismo. Porto Alegre: 2003.
SERPA, José Hermílio. A Política, o Estado, a Constituição e os Direitos
Fundamentais, Sérgio Antônio Fabris editor, Porto Alegre, 2002;
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo, 27 ed. São Paulo:
Malheiros, 2006.
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