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DELEGADO DE POLÍCIA
DIREITOS HUMANOS
Prof. Mateus Silveira
POLÍCIA CIVIL | RS
Delegado de Polícia
direitos humanos
Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
DIREITOS HUMANOS: 1. Teoria geral dos direitos humanos: conceito e terminologia. 2. Afirmação his-
tórica dos direitos humanos. 3. Direitos humanos e responsabilidade do Estado. 4. Direitos humanos na
Constituição Federal de 1988. 5. Interpretação e aplicação dos tratados internacionais de proteção aos
direitos humanos. 6. Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução nº 217A (III) da Assembleia
Geral das Nações Unidas, de 10 de dezembro de 1948). 7. Convenção Contra a Tortura e Outros Trata-
mentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (Decreto nº 40, de 15 de fevereiro de 1991). 8.
Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública (Portaria Interministerial nº 4.226,
de 31 de dezembro de 2010). 9. Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos dos
Profissionais de Segurança Pública (Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010). 10. Trata-
mento nominal, inclusão e uso do nome social de travestis e transexuais nos registros estaduais relativos
a serviços públicos prestados no âmbito do Poder Executivo Estadual (Decreto n° 48.118, de 27 de junho
de 2011). 10.1. A Carteira de Nome Social para Travestis e Transexuais no Estado do Rio Grande do Sul
(Decreto n° 49.122, de 17 de maio de 2012). 11. Lei Estadual 13.694, de 19 de janeiro de 2011. 12. Lei
Federal nº 12.288, de 20 de julho de 2010. 13. Lei Estadual nº 13.320, de 21 de dezembro de 2009.
BANCA: Fundatec
CARGO: Delegado de Polícia
Sumário
DIREITOS HUMANOS.......................................................................................................................................... 9
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS..................................................................................................... 9
Das categorias e Gerações de Direitos Humanos............................................................................................. 10
Dimensão ou Geração de Direitos Humanos.................................................................................................... 11
Evolução histórica dos direitos humanos......................................................................................................... 11
Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos......................................................................................... 17
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948)........................................................................... 17
CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU
DEGRADANTES................................................................................................................................................. 23
DECRETO Nº 40, DE 15 DE FEVEREIRO DE 1991............................................................................................... 23
PORTARIA INTERMINISTERIAL SEDH/MJ Nº 2, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010 (DOU 16.12.2010)................... 34
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (A).................................................... 39
DECRETO Nº 48.118, DE 27 DE JUNHO DE 2011. (publicado no DOE nº 123 de 28 de junho de 2011)............ 44
DECRETO Nº 49.122 DE 17/05/2012 (PUBLICADO NO DOE EM 17 MAIO 2012).............................................. 46
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988....................................................................... 47
Questões.......................................................................................................................................................... 53
Negros, pardos e Estatuto da Igualdade Racial ................................................................................................ 61
Estatuto da Igualdade Racial do Estado do Rio Grande do Sul......................................................................... 73
Questões.......................................................................................................................................................... 79
Lei nº 13.320.................................................................................................................................................... 88
direitoS humanos
DIREITOS HUMANOS
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INDISPONIBILIDADE: o ser humano não pode abrir mão, dispor de um direito humano, por ser
inerente a ele e nem os Estados podem suprimi-los, a partir do momento que os reconhece;
IMPRESCRITIBILIDADE: um direito humano não prescreve por decurso de prazo.
Atualmente a majoritária jurisprudência do STJ está aplicando a imprescritibilidade dos direitos
humanos.
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO. REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E
MORAIS. REGIME MILITAR. DISSIDENTE POLÍTICO PRESO NA ÉPOCA DO REGIME MILITAR.
TORTURA. DANO MORAL. FATO NOTÓRIO. NEXO CAUSAL. NÃO INCIDÊNCIA DA PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL – ART. 1º DECRETO 20.910/1932. IMPRESCRITIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL Nº
1.165.986 – SP (2008/0279634-1) RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX – Julgado em 16/11/2010.
INDIVIDUALIDADE: podem ser exercidos por apenas um indivíduo;
COMPLEMENTARIEDADE: os direitos humanos devem ser interpretados em conjunto, não ha-
vendo hierarquia entre eles;
INVIOLABILIDADE: esses direitos não podem ser descumpridos por nenhuma pessoa ou auto-
ridade;
IRRENUNCIABILIDADE: são irrenunciáveis estes direitos.
INTERRELACIONARIEDADE: os direitos humanos e os sistemas de proteção se inter-relacionam,
possibilitando às pessoas escolher entre o mecanismo de proteção global ou regional não ha-
vendo hierarquia entre eles;
HISTORICIDADE: estão vinculados ao desenvolvimento histórico e cultural do ser humano;
VEDAÇÃO DO RETROCESSO OU DO REGRESSO: uma vez estabelecidos os direitos humanos,
não se admite o retrocesso visando sua limitação ou diminuição.
PREVALÊNCIA DA NORMA MAIS BENÉFICA: na solução de um caso concreto deve prevalecer a
norma mais benéfica para a vítima da violação dos direitos humanos.
As dimensões ou gerações de DH: A doutrina menciona 3 dimensões clássicas dos DH: Liberda-
de, Igualdade e Fraternidade.
LIBERDADE: protege os direitos civis e políticos individuais (liberdade, vida e segurança);
IGUALDADE: protege os direitos econômicos, sociais, culturais e trabalhistas;
FRATERNIDADE: também conhecida como “princípio da solidariedade”, protege os direitos di-
fusos como meio ambiente, consumidor e desenvolvimento.
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curso – matéria – Prof.
1º Dimensão ou Geração:
Direitos das Liberdades; Vida, liberdade, segurança e propriedade.
Civis e Políticos.
2º Dimensão ou Geração:
Sociais, econômicos, culturais, trabalhistas, saúde,
Direitos da Igualdade; educação e habitação.
Direitos Sociais e Econômicos.
3º Dimensão ou Geração:
Paz, meio ambiente, patrimônio histórico e cultural,
Fraternidade dos povos; defesa do consumidor.
Transindividuais/difusos/coletivos
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A visão grega: consolidação dos direitos po- testamento: faz menção à necessidade
líticos, com a participação política dos cida- de respeito a todos, em especial aos
dãos (Atenas: A pólis e as deliberações em vulneráveis. Cristianismo contribui para
praça pública, na praça denominada Ágora). a disciplina: há vários trechos da Bíblia
(Novo Testamento) que pregam a igual-
Platão, em sua obra A República (400 a.C), dade e solidariedade com o semelhan-
defendeu a igualdade e a noção de bem co- te.
mum.
Aristóteles, em Ética a Nicômaco, salientou
a importância do agir com justiça, para o A IDADE MÉDIA E A IDADE MO-
bem de todos da pólis, mesmo em face de DERNA
leis injustas.
Na Idade Média, o poder dos governantes
Em Antígona (peça de Sófocles), a persona-
era ilimitado, pois era fundado na vontade
gem luta para enterrar o seu irmão Polinice
divina (clero e a nobreza).
mesmo contra a ordem do tirano Creon-
te, que havia criado uma lei proibindo que Os primeiros movimentos de reivindicação
aqueles que atentassem contra lei da cida- de liberdades a determinados estamentos
de fossem enterrados. que surgiram foram a Declaração das Cortes
de Leão, adotada na Península Ibérica em
Travou-se, assim, uma reflexão sobre a su-
1188 (Reino de Espanha), e a Magna Carta
perioridade normativa de determinadas
Inglesa, de 1215.
normas, mesmo em face da vontade do
poder (contra a tirania, contra a injustiça e A Carta Magna (1215) foi possivelmente a
contra o Estado opressor). influência inicial mais significativa no amplo
processo histórico que conduziu o constitu-
A REPÚBLICA ROMANA: tem grande contri-
cionalismo ocidental hoje conhecido.
buição na sedimentação do princípio da le-
galidade. A Lei das Doze Tábuas, ao estipular Em 1215, depois de que o Rei João Sem-
a lex scripta como regente de condutas, deu -terra da Inglaterra violou um número de
um passo na direção da vedação ao arbítrio. leis antigas e costumes pelos quais a Ingla-
terra tinha sido governada, seus súditos,
Reconhecimento da igualdade entre todos
principalmente os barões revoltados com as
os seres humanos, em especial pela aceita-
arbitrariedades do seu soberano, forçaram
ção do jus gentium, o direito aplicado a to-
o rei a assinar a Magna Carta que enume-
dos romanos ou não.
ra o que mais tarde veio a ser considerados
Marco Túlio Cícero retoma a defesa da ra- como direitos humanos. Entre eles, estava o
zão reta (recta ratio), salientando, na Repú- direito da igreja de ser livre da interferên-
blica, que a verdadeira lei é a lei da razão, cia governamental e os direitos de todos os
inviolável mesmo em face da vontade do cidadãos livres de possuirem e herdarem a
poder (apesar das diferenças os homens propriedade e ser protegidos de impostos
podem permanecer unidos se adotarem o excessivos. Os princípios do devido proces-
“viver reto”). so legal e da igualdade na lei, bem como as
determinações que proibiam o suborno e a
•• INFLUÊNCIAS DO CRISTIANISMO (AN- má conduta oficial.
TIGO E NOVO TESTAMENTO): Os cinco
livros de Moisés (Torah): apregoam so- •• Renascimento e reforma protestante: a
lidariedade e preocupação com o bem- crise da Idade Média deu lugar ao surgi-
-estar de todos (1800-1500 a.C.). Antigo mento dos Estados Nacionais absolutistas
e a sociedade estamental (dividida por
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curso – matéria – Prof.
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arbitrário e liberticida não poderia A Revolução Francesa: adoção da Declara-
sequer alegar que teria sido acei- ção Francesa dos Direitos do Homem e do
to pela população, pois a renúncia Cidadão pela Assembleia Nacional Consti-
à liberdade seria o mesmo que re- tuinte francesa, em 27 de agosto de 1789,
nunciar à natureza humana, sendo que consagra a igualdade e a liberdade que
inadmissível. levou à abolição de privilégios, direitos feu-
dais e imunidades de várias castas, em es-
•• Cesare Beccaria (Dos delitos e pecial da aristocracia de terras. O lema dos
das penas – 1766): sustentou a revolucionários era: Liberdade, Igualdade e
existência de limites para a ação Fraternidade. O Projeto de Declaração dos
do Estado na repressão penal, Direitos da Mulher e da Cidadã, em 1791,
balizando os limites do jus puniendi proposto por Olympe de Gouges, reivindi-
que permanecem até hoje. cou a igualdade de direitos de gênero.
•• Kant (Fundamentação da Em 1791 – edição da 1º Constituição da
metafísica dos costumes – 1785): França Revolucionária, que consagrou a
defendeu a existência da dignidade perda dos direitos absolutos do monarca
intrínseca a todo ser racional, que francês, implantando-se uma monarquia
não tem preço ou equivalente. constitucional, mas ao mesmo tempo reco-
Justamente em virtude dessa nheceu o voto censitário.
dignidade, não se pode tratar o ser
humano como um meio, mas sim Declaração Francesa dos Direitos do Ho-
como um fim em si mesmo. mem e do Cidadão (1789): consagrada
como a 1º com vocação universal. Esse uni-
versalismo será o grande alicerce da futura
AS DECLARAÇÕES DE DIREITOS E afirmação dos direitos humanos do século
XX, com a edição da Declaração Universal
O CONSTITUCIONALISMO LIBERAL
dos Direitos Humanos.
As revoluções liberais, inglesa, americana e
francesa e suas respectivas declarações de
direitos marcaram a primeira afirmação his- CONSTITUCIONALISMO SOCIAL
tórica moderna dos direitos humanos.
Antecedentes: Final do século XVIII: pró-
A Revolução Inglesa: teve como marcos a prios jacobinos franceses defendiam a am-
Petition of Rights – 1628, que buscou garan- pliação do rol de direitos da Declaração
tir determinadas liberdades individuais, e o Francesa para abarcar também os direitos
Bill of Rigths, de 1689, que consagrou a su- sociais, como direito à educação e à assis-
premacia do Parlamento e o império da lei. tência social.
A Revolução Americana: retrata o processo Em 1793: revolucionários franceses edi-
de independência das colônias britânicas na taram uma nova Declaração Francesa dos
América do Norte, culminado em 1776, e Direitos do Homem e do Cidadão, redigida
ainda a criação da Constituição norte-ame- com forte apelo à igualdade e com reconhe-
ricana de 1787. Somente em 1791 foram cimento de direitos sociais como educação.
aprovadas dez emendas que, finalmente,
introduziram um rol de direitos na Consti- Europa do Século XIX: movimentos socialis-
tuição Americana. (1º Emenda Separação tas ganham apoio popular nos seus ataques
da igreja e o Estado; 2º Emenda direito de ao modo de produção capitalista. Expoen-
manter e portar armas;). tes: Karl Marx, Engels e August Bebel.
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curso – matéria – Prof.
A Revolução Russa (1917): estimulou novos dos pontos do tratado era a criação de um
avanços na defesa da igualdade e justiça so- organismo internacional que tivesse como
cial. finalidade assegurar a paz num mundo trau-
matizado pelas dimensões do conflito que
Introdução dos chamados direitos sociais – se encerrara.
que pretendiam assegurar condições mate-
riais mínimas. Em 15/11/1920, teve lugar em Genebra/Suí-
ça, a 1º Assembleia Geral da Liga das Nações.
DIREITOS DO HOMEM: Inatos aos seres hu- Os objetivos da organização eram impedir as
manos – vida, liberdade, não há necessida- guerras e assegurar a paz, a partir de ações
de de codificação para que os mesmos se- diplomáticas, de diálogos e negociações para
jam respeitados. a solução dos litígios. Porém, infelizmente
DIREITOS FUNDAMENTAIS: Estão positiva- não se conseguiu impedir a 2º Guerra.
dos em uma Constituição de um país. A Liga das Nações, segundo a Profª. Drª.
DIREITOS HUMANOS: Direitos do homem Flávia Piovesan: "tinha como finalidade pro-
e/ou fundamentais positivados em tratados mover a cooperação, paz e segurança inter-
ou documentos de direitos humanos. nacional, condenando agressões externas
contra a integridade territorial e a indepen-
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: O míni- dência política dos seus membros".
mo que uma pessoa deve ter para sua exis-
tência. O Brasil aderiu desde o início à Liga das Na-
ções, porém por ato isolado do presidente
da República Artur Bernardes que, após seis
anos, desligou-se (denunciou) do tratado
OS DIREITOS HUMANOS ANTES
sem a anuência do Congresso Nacional.
DA ONU
Já os Estados Unidos não ratificaram o tratado.
A Liga das Nações foi uma organização in- As eleições para o congresso americano (Sena-
ternacional criada em abril de 1919, quan- do) em 1918 deram a vitória ao Partido Repu-
do a Conferência de Paz de Paris adotou seu blicano, que era oposição ao Presidente Woo-
pacto fundador, posteriormente inscrito em drow Wilson, portanto o Partido Republicano
todos os tratados de paz. que assumiu o controle do Senado por duas
vezes bloqueou a ratificação do tratado de
Ainda durante a Primeira Guerra Mundial, a
Versalhes, favorecendo o isolamento do país,
ideia de criar um organismo destinado à pre-
opondo-se à Sociedade das Nações. Assim, os
servação da paz e à resolução dos conflitos
Estados Unidos nunca aderiram à Sociedade
internacionais por meio da mediação e do
das Nações e negociaram em separado a paz
arbitramento já havia sido defendida por al-
com a Alemanha: o Tratado de Berlim de 1921,
guns estadistas, especialmente o presidente
que confirmou a pagamento de indenizações e
dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Con-
de outras disposições do Tratado de Versalhes,
tudo, a recusa do Congresso norte-america-
mas excluiu explicitamente todos os assuntos
no em ratificar o Tratado de Versalhes aca-
relacionados com a Sociedade das Nações.
bou impedindo que os Estados Unidos se
tornassem membro do novo organismo. Sem a participação americana e não pos-
suindo forças armadas próprias, o poder de
Com o fim da 1º Guerra Mundial (1914-
coerção da Liga das Nações baseava-se ape-
1918), os países vencedores se reuniram
nas em sanções econômicas e militares. Sua
em Versalhes, no subúrbio de Paris na Fran-
atuação foi bem-sucedida no arbitramento
ça, em janeiro de 1919 para firmar um tra-
de disputas nos Bálcãs e na América Lati-
tado de paz, o Tratado de Versalhes. Um
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na, na assistência econômica e na proteção ções Unidas e para a Declaração Universal
a refugiados, na supervisão do sistema de dos Direitos Humanos (DUDH).
mandatos coloniais e na administração de
territórios livres como a cidade de Dantzig. Em junho de 1998 (86º sessão), foi adota-
Mas ela se revelou impotente para bloquear da a Declaração da OIT sobre os Princípios
a invasão japonesa da Manchúria (1931), a e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu
agressão italiana à Etiópia (1935) e o ataque Seguimento. O documento é uma reafir-
russo à Finlândia (1939). Em abril de 1946, o mação universal da obrigação de respeitar,
organismo se autodissolveu, transferindo as promover e tornar realidade os princípios
responsabilidades que ainda mantinha para refletidos nas Convenções fundamentais da
a recém-criada ONU. OIT, ainda que não tenham sido ratificadas
pelos Estados-membros.
Atualmente, a OIT estabeleceu um patamar
A ORGANIZAÇÃO INTERNACIO- mínimo de proteção dos trabalhadores e
NAL DO TRABALHO conseguiu identificar os sujeitos de prote-
ção, tais como crianças, gestantes e idosos.
A Organização Internacional do Trabalho
A OIT tem sede em Genebra/Suíça.
(OIT) foi criada em 1919, como parte do Tra-
tado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Direito Humanitário: As Convenções de Ge-
Guerra Mundial. nebra (1949) e seus Protocolos Adicionais
são a essência do Direito Internacional Hu-
A sua constituição converteu-se na Parte
manitário (DIH), o conjunto de leis que rege
XIII do Tratado de Versalhes (1919).
a conduta dos conflitos armados e busca
Fundou-se sobre a convicção primordial de limitar seus efeitos. Eles protegem especi-
que a paz universal e permanente somente ficamente as pessoas que não participam
pode estar baseada na justiça social. É a úni- dos conflitos (civis, profissionais de saúde
ca das agências do Sistema das Nações Uni- e de socorro) e as que não mais participam
das com uma estrutura tripartite, composta das hostilidades (soldados feridos, doentes,
de representantes de governos e de organi- náufragos e prisioneiros de guerra).
zações de empregadores e de trabalhado-
res. A OIT é responsável pela formulação e
pela aplicação das normas internacionais do
trabalho (convenções e recomendações).
As convenções, uma vez ratificadas por de-
cisão soberana de um país, passam a fazer
parte de seu ordenamento jurídico. O Brasil
está entre os membros fundadores da OIT
e participa da Conferência Internacional do
Trabalho desde sua primeira reunião.Na
primeira Conferência Internacional do Tra-
balho, realizada em 1919, a OIT adotou seis
convenções.
Em 1944, à luz dos efeitos da Grande De-
pressão e da 2º Guerra Mundial, a OIT ado-
tou a Declaração da Filadélfia como anexo
da sua Constituição. A Declaração anteci-
pou e serviu de modelo para a Carta das Na-
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curso – matéria – Prof.
Tema:
A DUDH é o 1º documento universal elabo- 2º parte: arts. 12 ao 17, referem-se aos direi-
rado pela ONU. É composta de um preâm- tos do indivíduo e de participação política;
bulo e 30 artigos.
3º parte: arts. 18 a 21, refere-se às liberda-
Trata-se de uma recomendação do Conse- des políticas, públicas e religiosas, como li-
lho Econômico e Social da ONU, feita pela berdade de associação;
Comissão de DH à Assembleia Geral da ONU
que efetuou uma resolução recomendando 4º parte: arts. 22 a 27, refere-se aos direitos
o texto aos seus membros. No entanto o econômicos, sociais e culturais.
seu alcance é de norma jus cogens (norma Os arts. 28, 29 e 30 servem como um fe-
imperativa aceita por todos as nações). chamento que dá sistematicidade e força a
Foi adotada e proclamada pele Res. 217-A DUDH, declarando o dever do indivíduo pe-
da III Assembleia Geral em 10/12/1948. rante a sociedade e a proibição do uso dos
direitos contra os fins das Nações Unidas.
O Preâmbulo reconhece a DIGNIDADE DA
PESSOA como núcleo da DUDH. A DUDH nos seus artigos traz proteções aos
direitos humanos de 1º e 2º dimensão, ou
A DUDH surge como exigência moral da hu- seja, direitos de liberdade e igualdade.
manidade para impedir que os atos bárba-
ros cometidos nas duas guerras mundiais DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
não se repitam mais.
DIREITOS HUMANOS
Por não possuir status de tratado interna-
cional, após a promulgação da DUDH, ini- Introdução dos direitos e menção às
ciou-se o árduo trabalho de juridicizar os três dimensões dos direitos humanos.
direitos humanos na esfera internacional.
Artigo 1º Todas as pessoas nascem livres e
A estrutura da DUDH se baseia no Código iguais em dignidade e direitos. São dotadas de
de Napoleão, em que há um preâmbulo e razão e consciência e devem agir em relação
princípios gerais introdutórios. Os arts. 1º umas às outras com espírito de fraternidade.
e 2º inserem as ideias mestras da declara-
ção, com referência aos princípios da digni- Artigo 2º
dade, liberdade, igualdade e fraternidade.
I) Todo o homem tem capacidade para go-
Na mesma senda podemos dividir a DUDH zar os direitos e as liberdades estabelecidos
em 4 partes: nesta Declaração sem distinção de qualquer
espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, reli-
1º parte: arts. 3 ao 11, que referem-se aos gião, opinião política ou de outra natureza,
direitos individuais; origem nacional ou social, riqueza, nasci-
mento, ou qualquer outra condição.
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II) Não será também feita nenhuma distin- Artigo 7º Todos são iguais perante a lei e tem
ção fundada na condição política, jurídica direito, sem qualquer distinção, a igual prote-
ou internacional do país ou território a que ção da lei. Todos tem direito a igual proteção
pertença uma pessoa, quer se trate de um contra qualquer discriminação que viole a pre-
território independente, sob tutela, sem go- sente Declaração e contra qualquer incitamento
verno próprio, quer sujeito a qualquer outra a tal discriminação.
limitação de soberania.
Os dois artigos anteriores consagram o Di-
Garantias Processuais
reito a Igualdade e a Vedação à Discrimina-
ção. Este artigo regula o devido processo legal e
Artigo 3º Toda pessoa tem direito à vida, à li- o acesso a remédios que garantam o respei-
berdade e à segurança pessoal. to e a aplicação dos direitos humanos.
Artigo 8º Todo o homem tem direito a receber
dos tribunais nacionais competentes remé-
DIREITOS HUMANOS ESSENCIAIS (Art. dio efetivo para os atos que violem os direitos
1 ao Art. 3) fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
constituição ou pela lei.
Direito a Igualdade;
Artigo 9º Ninguém será arbitrariamente preso,
Direito à Vida; detido ou exilado.
Direito à Liberdade;
Direito à Segurança; Princípio da Igualdade no Processo,
Direito à Propriedade. (Art. 17 da DUDH); da Atuação Imparcial do Julgador e da
Publicidade dos Atos Processuais
Artigo 10. Todo ser humano tem direito, em ple-
Da Vedação à escravidão e à tortura, na igualdade, a uma audiência justa e pública
tratamento ou castigo cruel , desuma- por parte de um tribunal independente e impar-
no ou degradante. cial, para decidir sobre seus direitos e deveres
ou do fundamento de qualquer acusação crimi-
Artigo 4º Ninguém será mantido em escravidão
nal contra ele.
ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos
serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5º Ninguém será submetido à tortura, Princípio da Presunção da Inocência e
nem a tratamento ou castigo cruel, desumano da Irretroatividade da Lei Penal
ou degradante.
Artigo 11.
1. Todo ser humano acusado de um ato
Princípio da Igualdade formal (igualda- delituoso tem o direito de ser presumido
de perante ou frente a lei) inocente até que a sua culpabilidade tenha
sido provada de acordo com a lei, em julga-
Artigo 6º Toda pessoa tem o direito de ser, em
mento público no qual lhe tenham sido as-
todos os lugares, reconhecida como pessoa pe-
seguradas todas as garantias necessárias à
rante a lei.
sua defesa.
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curso – matéria – Prof.
2. Ninguém poderá ser culpado por qual- •• Direito de transitar pelo país;
quer ação ou omissão que, no momento,
não constituíam delito perante o direito na- •• Direito de deixar o país livremente;
cional ou internacional. Também não será •• Direito de regressar ao país quando
imposta pena mais forte do que aquela que, desejar.
no momento da prática, era aplicável ao ato
delituoso.
Direito de Asilo
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2. O casamento não será válido senão com o 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte
livre e pleno consentimento dos nubentes. no governo de seu país, diretamente ou por
intermédio de representantes livremente
escolhidos.
Direito de Propriedade
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso
Artigo 17. ao serviço público do seu país.
1. Todo ser humano tem direito à proprie- 3. A vontade do povo será a base da autori-
dade, só ou em sociedade com outros. dade do governo; esta vontade será expres-
sa em eleições periódicas e legítimas, por
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sufrágio universal, por voto secreto ou pro-
sua propriedade. cesso equivalente que assegure a liberdade
de voto.
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curso – matéria – Prof.
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Artigo 29
1. Toda pessoa tem deveres para com a co-
munidade, em que o livre e pleno desenvol-
vimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades,
toda pessoa estará sujeita apenas às limita-
ções determinadas pela lei, exclusivamente
com o fim de assegurar o devido reconheci-
mento e respeito dos direitos e liberdades
de outrem e de satisfazer às justas exigên-
cias da moral, da ordem pública e do bem-
-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem,
em hipótese alguma, ser exercidos contra-
riamente aos propósitos e princípios das
Nações Unidas.
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curso – matéria – Prof.
Brasília, em 15 de fevereiro de 1991; 170º Desejosos de tornar mais eficaz a luta contra a
da Independência e 103º da República. tortura e outros tratamentos ou penas cruéis,
desumanos ou degradantes em todo o mundo,
Acordam o seguinte:
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PARTE I ARTIGO 3º
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curso – matéria – Prof.
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ARTIGO 10 ARTIGO 14
1. Cada Estado Parte assegurará que o en- 1. Cada Estado Parte assegurará, em seu
sino e a informação sobre a proibição de sistema jurídico, à vítima de um ato de tor-
tortura sejam plenamente incorporados no tura, o direito à reparação e a uma indeni-
treinamento do pessoal civil ou militar encar- zação justa e adequada, incluídos os meios
regado da aplicação da lei, do pessoal médi- necessários para a mais completa reabili-
co, dos funcionários públicos e de quaisquer tação possível. Em caso de morte da vítima
outras pessoas que possam participar da como resultado de um ato de tortura, seus
custódia, interrogatório ou tratamento de dependentes terão direito à indenização.
qualquer pessoa submetida a qualquer for-
ma de prisão, detenção ou reclusão. 2. O disposto no presente Artigo não afetará
qualquer direito a indenização que a vítima
2. Cada Estado Parte incluirá a referida proi- ou outra pessoa possam ter em decorrência
bição nas normas ou instruções relativas das leis nacionais.
aos deveres e funções de tais pessoas.
ARTIGO 15
ARTIGO 11
Cada Estado Parte assegurará que nenhuma
Cada Estado Parte manterá sistematicamen- declaração que se demonstre ter sido presta-
te sob exame as normas, instruções, méto- da como resultado de tortura possa ser invo-
dos e práticas de interrogatório, bem como cada como prova em qualquer processo, salvo
as disposições sobre a custódia e o tratamen- contra uma pessoa acusada de tortura como
to das pessoas submetidas, em qualquer ter- prova de que a declaração foi prestada.
ritório sob sua jurisdição, a qualquer forma
de prisão, detenção ou reclusão, com vistas a ARTIGO 16
evitar qualquer caso de tortura. 1. Cada Estado Parte se comprometerá a
ARTIGO 12 proibir em qualquer território sob sua juris-
dição outros atos que constituam tratamen-
Cada Estado Parte assegurará suas autori- to ou penas cruéis, desumanos ou degra-
dades competentes procederão imediata- dantes que não constituam tortura tal como
mente a uma investigação imparcial sempre definida no Artigo 1, quando tais atos forem
que houver motivos razoáveis para crer que cometidos por funcionário público ou outra
um ato de tortura tenha sido cometido em pessoa no exercício de funções públicas, ou
qualquer território sob sua jurisdição. por sua instigação, ou com o seu consenti-
mento ou aquiescência. Aplicar-se-ão, em
ARTIGO 13 particular, as obrigações mencionadas nos
Cada Estado Parte assegurará a qualquer Artigos 10, 11, 12 e 13, com a substituição
pessoa que alegue ter sido submetida a tor- das referências a tortura por referências a
tura em qualquer território sob sua jurisdi- outras formas de tratamentos ou penas cru-
ção o direito de apresentar queixa perante éis, desumanos ou degradantes.
as autoridades competentes do referido Es- 2. Os dispositivos da presente Convenção
tado, que procederão imediatamente e com não serão interpretados de maneira a res-
imparcialidade ao exame do seu caso. Serão tringir os dispositivos de qualquer outro ins-
tomadas medidas para assegurar a prote- trumento internacional ou lei nacional que
ção do queixoso e das testemunhas contra proíba os tratamentos ou penas cruéis, de-
qualquer mau tratamento ou intimação em sumanos ou degradantes ou que se refira à
conseqüência da queixa apresentada ou de extradição ou expulsão.
depoimento prestado.
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curso – matéria – Prof.
27
3. O Secretário-Geral das Nações Unidas co- o parágrafo 3 do presente Artigo, junto com
locará à disposição do Comitê o pessoal e os as observações conexas recebidas do Esta-
serviços necessários ao desempenho eficaz do Parte interessado, em seu relatório anu-
das funções que lhe são atribuídas em virtu- al que apresentará em conformidade com o
de da presente Convenção. Artigo 24. Se assim o solicitar o Estado Parte
interessado, o Comitê poderá também in-
4. O Secretário-Geral das Nações Unidas cluir cópia do relatório apresentado em vir-
convocará a primeira reunião do Comitê. tude do parágrafo 1 do presente Artigo.
Após a primeira reunião, o Comitê deverá
reunir-se em todas as ocasiões previstas em ARTIGO 20
suas regras de procedimento.
1. O Comitê, no caso de vir a receber infor-
5. Os Estados Partes serão responsáveis pe- mações fidedignas que lhe pareçam indicar,
los gastos vinculados à realização das reuni- de forma fundamentada, que a tortura é
ões dos Estados Partes e do Comitê, inclu- praticada sistematicamente no território de
sive o reembolso de quaisquer gastos, tais um Estado Parte, convidará o Estado Parte
como os de pessoal e de serviço, em que em questão a cooperar no exame das infor-
incorrerem as Nações Unidas em conformi- mações e, nesse sentido, a transmitir ao Co-
dade com o parágrafo 3 do presente Artigo. mitê as observações que julgar pertinentes.
ARTIGO 19 2. Levando em consideração todas as ob-
servações que houver apresentado o Esta-
1. Os Estados Partes submeterão ao Comi- do Parte interessado, bem como quaisquer
tê, por intermédio do Secretário-Geral das outras informações pertinentes de que dis-
Nações Unidas, relatórios sobre as medi- puser, o Comitê poderá, se lhe parecer justi-
das por eles adotadas no cumprimento das ficável, designar um ou vários de seus mem-
obrigações assumidas em virtude da pre- bros para que procedam a uma investigação
sente Convenção, dentro de prazo de um confidencial e informem urgentemente o
ano, a contar do início da vigência da pre- Comitê.
sente Convenção no Estado Parte interes-
sado. A partir de então, os Estados Partes 3. No caso de realizar-se uma investigação
deverão apresentar relatórios suplementa- nos termos do parágrafo 2 do presente Arti-
res a cada quatro anos sobre todas as novas go, o Comitê procurará obter a colaboração
disposições que houverem adotado, bem do Estado Parte interessado. Com a concor-
como outros relatórios que o Comitê vier a dância do Estado Parte em questão, a inves-
solicitar. tigação poderá incluir uma visita a seu ter-
ritório.
2. O Secretário-Geral das Nações Unidas
transmitirá os relatórios a todos os Estados 4. Depois de haver examinado as conclu-
Partes. sões apresentadas por um ou vários de seus
membros, nos termos do parágrafo 2 do
3. Cada relatório será examinado pelo Co- presente Artigo, o Comitê as transmitirá ao
mitê, que poderá fazer os comentários ge- Estado Parte interessado, junto com as ob-
rais que julgar oportunos e os transmitirá ao servações ou sugestões que considerar per-
Estado Parte interessado. Este poderá, em tinentes em vista da situação.
resposta ao Comitê, comunicar-lhe todas as
observações que deseje formular. 5. Todos os trabalhos do Comitê a que se
faz referência nos parágrafos 1 ao 4 do pre-
4. O Comitê poderá, a seu critério, tomar a sente Artigo serão confidenciais e, em todas
decisão de incluir qualquer comentário que as etapas dos referidos trabalhos, procurar-
houver feito de acordo com o que estipula -se-á obter a cooperação do Estado Parte.
28
curso – matéria – Prof.
29
h) o Comitê, dentro dos doze meses seguin- delas, que aleguem ser vítimas de violação,
tes à data de recebimento de notificação por um Estado Parte, das disposições da
mencionada na b), apresentará relatório em Convenção.O Comitê não receberá comuni-
que: cação alguma relativa a um Estado Parte que
não houver feito declaração dessa natureza.
I) se houver sido alcançada uma solução nos
termos da alínea e), o Comitê restringir-se- 2. O Comitê considerará inadmissível qual-
-á, em seu relatório, a uma breve exposição quer comunicação recebida em conformi-
dos fatos e da solução alcançada; dade com o presente Artigo que seja anô-
nima, ou que, a seu juízo, constitua abuso
II) se não houver sido alcançada solução do direito de apresentar as referidas comu-
alguma nos termos da alínea e), o Comitê nicações, ou que seja incompatível com as
restringir-se-á, em seu relatório, a uma bre- disposições da presente Convenção.
ve exposição dos fatos; serão anexados ao
relatório o texto das observações escritas e 3. Sem prejuízo do disposto no parágrafo
as atas das observações orais apresentadas 2, o Comitê levará todas as comunicações
pelos Estados Partes interessados. apresentadas em conformidade com este
Artigo ao conhecimento do Estado Parte da
Para cada questão, o relatório será encami- presente Convenção que houver feito uma
nhado aos Estados Partes interessados. declaração nos termos do parágrafo 1 e so-
2. As disposições do presente Artigo entra- bre o qual se alegue ter violado qualquer
rão em vigor a partir do momento em que disposição da Convenção. Dentro dos seis
cinco Estado Partes da presente Convenção meses seguintes, o Estado destinatário sub-
houverem feito as declarações menciona- meterá ao Comitê as explicações ou decla-
das no parágrafo 1 deste Artigo. As referidas rações por escrito que elucidem a questão
declarações serão depositadas pelos Esta- e, se for o caso, indiquem o recurso jurídico
dos Partes junto ao Secretário-Geral das Na- adotado pelo Estado em questão.
ções Unidas, que enviará cópia das mesmas 4. O Comitê examinará as comunicações re-
aos demais Estados Partes. Toda declaração cebidas em conformidade com o presente
poderá ser retirada, a qualquer momento, Artigo á luz de todas as informações a ele
mediante notificação endereçada ao Secre- submetidas pela pessoa interessada, ou em
tário-Geral. Far-se-á essa retirada sem pre- nome dela, e pelo Estado Parte interessado.
juízo do exame de quaisquer questões que
constituam objeto de uma comunicação já 5. O Comitê não examinará comunicação al-
transmitida nos termos deste Artigo; em guma de uma pessoa, nos termos do presente
virtude do presente Artigo, não se receberá Artigo, sem que se haja assegurado de que;
qualquer nova comunicação de um Estado
Parte uma vez que o Secretário-Geral haja a) a mesma questão não foi, nem está sen-
recebido a notificação sobre a retirada da do, examinada perante uma outra instância
declaração, a menos que o Estado Parte in- internacional de investigação ou solução;
teressado haja feito uma nova declaração. b) a pessoa em questão esgotou todos os
ARTIGO 22 recursos jurídicos internos disponíveis; não
se aplicará esta regra quando a aplicação
1. Todo Estado Parte da presente Conven- dos mencionados recursos se prolongar in-
ção poderá, em virtude do presente Artigo, justificadamente ou quando não for prová-
declarar, a qualquer momento, que reco- vel que a aplicação de tais recursos venha
nhece a competência do Comitê para rece- a melhorar realmente a situação da pessoa
ber e examinar as comunicações enviadas que seja vítima de violação da presente
por pessoas sob sua jurisdição, ou em nome Convenção.
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curso – matéria – Prof.
31
ARTIGO 29 de Justiça, mediante solicitação feita em
conformidade com o Estatuto da Corte.
1. Todo Estado Parte da presente Convenção
poderá propor uma emenda e depositá-la 2. Cada Estado poderá, por ocasião da as-
junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas. sinatura ou da ratificação da presente
O Secretário-Geral comunicará a proposta Convenção, declarar que não se considera
de emenda aos Estados Partes, pedindo-lhes obrigado pelo parágrafo 1 deste Artigo. Os
que o notifiquem se desejam que se con- demais Estados Partes não estarão obriga-
voque uma conferência dos Estados Partes dos pelo referido parágrafo com relação a
destinada a examinar a proposta e submetê- qualquer Estado Parte que houver formula-
-la a votação. Se, dentro dos quatro meses do reserva dessa natureza.
seguintes à data da referida comunicação,
pelos menos um terço dos Estados Partes se 3. Todo Estado Parte que houver formulado
manifestar a favor da referida convocação, o reserva nos termos do parágrafo 2 do pre-
Secretário-Geral convocará uma conferência sente Artigo poderá retirá-la, a qualquer
sob os auspícios das Nações Unidas. Toda momento, mediante notificação endereça-
emenda adotada pela maioria dos Estados da ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
Partes presentes e votantes na conferência ARTIGO 31
será submetida pelo Secretário-Geral à acei-
tação de todos os Estados Partes. 1. Todo Estado Parte poderá denunciar a
presente Convenção mediante notificação
2. Toda emenda adotada nos termos das por escrito endereçada ao Secretário-Geral
disposições do parágrafo 1 do presente Ar- das Nações Unidas. A denúncia produzirá
tigo entrará em vigor assim que dois terços efeitos um ano depois da data de recebi-
dos Estados Partes da presente Convenção mento da notificação pelo Secretário-Geral.
houverem notificado o Secretário-Geral das
Nações Unidas de que a aceitaram em con- 2. A referida denúncia não eximirá o Estado
sonância com os procedimentos previstos Parte das obrigações que lhe impõe a pre-
por suas respectivas constituições. sente Convenção relativamente a qualquer
ação ou omissão ocorrida antes da data em
3. Quando entrarem em vigor, as emen- que a denúncia venha a produzir efeitos; a
das serão obrigatórias para todos os Esta- denúncia não acarretará, tampouco, a sus-
dos Partes que as tenham aceito, ao passo pensão do exame de quaisquer questões
que os demais Estados Partes permanecem que o Comitê já começara a examinar antes
obrigados pelas disposições da Convenção e da data em que a denúncia veio a produzir
pelas emendas anteriores por eles aceitas. efeitos.
ARTIGO 30 3. A partir da data em que vier a produzir
1. As controvérsias entre dois ou mais Esta- efeitos a denúncia de um Estado Parte, o
dos Partes com relação à interpretação ou Comitê não dará início ao exame de qual-
à aplicação da presente Convenção que não quer nova questão referente ao Estado em
puderem ser dirimidas por meio da nego- apreço.
ciação serão, a pedido de um deles, subme- ARTIGO 32
tidas a arbitragem. Se durante os seis meses
seguintes à data do pedido de arbitragem, O Secretário-Geral das Nações Unidas co-
as Partes não lograrem pôr-se de acordo municará a todos os Estados membros das
quanto aos termos do compromisso de ar- Nações Unidas e a todos os Estados que as-
bitragem, qualquer das Partes poderá sub- sinaram a presente Convenção ou a ela ade-
meter a controvérsia à Corte Internacional riram:
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curso – matéria – Prof.
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PORTARIA INTERMINISTERIAL SEDH/MJ Nº 2, DE 15 DE DEZEMBRO
DE 2010 (DOU 16.12.2010)
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curso – matéria – Prof.
35
25) Estimular a prática regular de exercícios 32) Erradicar todas as formas de punição
físicos, garantindo a adoção de mecanismos envolvendo maus tratos, tratamento cruel,
que permitam o cômputo de horas de ativi- desumano ou degradante contra os profis-
dade física como parte da jornada semanal sionais de segurança pública, tanto no coti-
de trabalho. diano funcional como em atividades de for-
mação e treinamento.
26) Elaborar cartilhas voltadas à reeduca-
ção alimentar como forma de diminuição de 33) Combater o assédio sexual e moral nas
condições de risco à saúde e como fator de instituições, veiculando campanhas inter-
bem-estar profissional e autoestima. nas de educação e garantindo canais para o
recebimento e apuração de denúncias.
34) Garantir que todos os atos decisórios de
REABILITAÇÃO E REINTEGRAÇÃO
superiores hierárquicos dispondo sobre pu-
27) Promover a reabilitação dos profissio- nições, escalas, lotação e transferências se-
nais de segurança pública que adquiram jam devidamente motivados e fundamenta-
lesões, traumas, deficiências ou doenças dos.
ocupacionais em decorrência do exercício 35) Assegurar a regulamentação da jornada
de suas atividades. de trabalho dos profissionais de segurança
28) Consolidar, como valor institucional, a pública, garantindo o exercício do direito à
importância da readaptação e da reintegra- convivência familiar e comunitária.
ção dos profissionais de segurança pública
ao trabalho em casos de lesões, traumas,
deficiências ou doenças ocupacionais ad- SEGUROS E AUXÍLIOS
quiridos em decorrência do exercício de 36) Apoiar projetos de leis que instituam se-
suas atividades. guro especial aos profissionais de segurança
29) Viabilizar mecanismos de readaptação pública, para casos de acidentes e traumas
dos profissionais de segurança pública e des- incapacitantes ou morte em serviço.
locamento para novas funções ou postos de 37) Organizar serviços de apoio, orientação
trabalho como alternativa ao afastamento psicológica e assistência social às famílias
definitivo e à inatividade em decorrência de de profissionais de segurança pública para
acidente de trabalho, ferimentos ou sequelas. casos de morte em serviço.
38) Estimular a instituição de auxílio-funeral
DIGNIDADE E SEGURANÇA NO destinado às famílias de profissionais de se-
TRABALHO gurança pública ativos e inativos.
30) Manter política abrangente de preven-
ção de acidentes e ferimentos, incluindo a ASSISTÊNCIA JURÍDICA
padronização de métodos e rotinas, ativi-
dades de atualização e capacitação, bem 39) Firmar parcerias com Defensorias Pú-
como a constituição de comissão especiali- blicas, serviços de atendimento jurídico de
zada para coordenar esse trabalho. faculdades de Direito, núcleos de advocacia
pro bono e outras instâncias de advocacia
31) Garantir aos profissionais de segurança gratuita para assessoramento e defesa dos
pública acesso ágil e permanente a toda in- profissionais de segurança pública, em ca-
formação necessária para o correto desem- sos decorrentes do exercício profissional.
penho de suas funções, especialmente no
tocante à legislação a ser observada.
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curso – matéria – Prof.
40) Proporcionar assistência jurídica para 47) Promover nas instituições de segurança
fins de recebimento de seguro, pensão, auxí- pública uma cultura que valorize o aprimo-
lio ou outro direito de familiares, em caso de ramento profissional constante de seus ser-
morte do profissional de segurança pública. vidores também em outras áreas do conhe-
cimento, distintas da segurança pública.
HABITAÇÃO 48) Estimular iniciativas voltadas ao aperfei-
çoamento profissional e à formação conti-
41) Garantir a implementação e a divulga- nuada dos profissionais de segurança públi-
ção de políticas e planos de habitação volta- ca, como o projeto de ensino a distância do
dos aos profissionais de segurança pública, governo federal e a Rede Nacional de Altos
com a concessão de créditos e financiamen- Estudos em Segurança Pública (Renaesp).
tos diferenciados.
49) Assegurar o aperfeiçoamento profissio-
nal e a formação continuada como direitos
CULTURA E LAZER do profissional de segurança pública.
42) Conceber programas e parcerias que
estimulem o acesso à cultura pelos profis- PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS
sionais de segurança pública e suas famílias,
mediante vales para desconto ou ingresso 50) Assegurar a produção e divulgação regu-
gratuito em cinemas, teatros, museus e ou- lar de dados e números envolvendo mortes,
tras atividades, e que garantam o incentivo lesões e doenças graves sofridas por profis-
à produção cultural própria. sionais de segurança pública no exercício ou
em decorrência da profissão.
43) Promover e estimular a realização de
atividades culturais e esportivas nas instala- 51) Utilizar os dados sobre os processos
ções físicas de academias de polícia, quar- disciplinares e administrativos movidos em
téis e outros prédios das corporações, em face de profissionais de segurança pública
finais de semana ou outros horários de dis- para identificar vulnerabilidades dos treina-
ponibilidade de espaços e equipamentos. mentos e inadequações na gestão de recur-
sos humanos.
44) Estimular a realização de atividades cul-
turais e esportivas desenvolvidas por asso- 52) Aprofundar e sistematizar os conheci-
ciações, sindicatos e clubes dos profissio- mentos sobre diagnose e prevenção de do-
nais de segurança pública. enças ocupacionais entre profissionais de
segurança pública.
37
blica sobre suas condições de trabalho e a 61) Multiplicar iniciativas para promoção da
eficácia dos programas e serviços a eles dis- saúde e da qualidade de vida dos profissio-
ponibilizados por suas instituições. nais de segurança pública.
62) Apoiar o desenvolvimento, a regula-
ESTRUTURAS E EDUCAÇÃO EM mentação e o aperfeiçoamento dos progra-
DIREITOS HUMANOS mas de atenção biopsicossocial já existen-
tes.
56) Constituir núcleos, divisões e unidades
especializadas em Direitos Humanos nas 63) Profissionalizar a gestão das instituições
academias e na estrutura regular das insti- de segurança pública, fortalecendo uma cul-
tuições de segurança pública, incluindo en- tura gerencial enfocada na necessidade de
tre suas tarefas a elaboração de livros, car- elaborar diagnósticos, planejar, definir me-
tilhas e outras publicações que divulguem tas explícitas e monitorar seu cumprimento.
dados e conhecimentos sobre o tema. 64) Ampliar a formação técnica específica
57) Promover a multiplicação de cursos para gestores da área de segurança pública.
avançados de Direitos Humanos nas insti- 65) Veicular campanhas de valorização pro-
tuições, que contemplem o ensino de ma- fissional voltadas ao fortalecimento da ima-
térias práticas e teóricas e adotem o Plano gem institucional dos profissionais de segu-
Nacional de Educação em Direitos Humanos rança pública.
como referência.
66) Definir e monitorar indicadores de satis-
58) Atualizar permanentemente o ensino fação e de realização profissional dos profis-
de Direitos Humanos nas academias, refor- sionais de segurança pública.
çando nos cursos a compreensão de que os
profissionais de segurança pública também 67) Estimular a participação dos profissio-
são titulares de Direitos Humanos, devem nais de segurança pública na elaboração de
agir como defensores e promotores desses todas as políticas e programas que os envol-
direitos e precisam ser vistos desta forma vam.
pela comunidade.
59) Direcionar as atividades de formação
no sentido de consolidar a compreensão
de que a atuação do profissional de segu-
rança pública orientada por padrões inter-
nacionais de respeito aos Direitos Humanos
não dificulta, nem enfraquece a atividade
das instituições de segurança pública, mas
confere-lhes credibilidade, respeito social e
eficiência superior.
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
60) Contribuir para a implementação de
planos voltados à valorização profissional e
social dos profissionais de segurança públi-
ca, assegurado o respeito a critérios básicos
de dignidade salarial.
38
curso – matéria – Prof.
DOU de 03/01/2011 (nº 1, Seção 1, pág. 27) ações envolvendo agentes de segurança públi-
ca; e,
Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos
Agentes de Segurança Pública. considerando as conclusões do Grupo de Traba-
lho, criado para elaborar proposta de Diretrizes
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA E O MI- sobre Uso da Força, composto por representan-
NISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE tes das Polícias Federais, Estaduais e Guardas
DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA RE- Municipais, bem como com representantes da
PÚBLICA, no uso das atribuições que lhes confe- sociedade civil, da Secretaria de Direitos Huma-
rem os incisos I e II, do parágrafo único, do art. nos da Presidência da República e do Ministério
87, da Constituição Federal e, da Justiça, resolvem:
considerando que a concepção do direito à se- Art. 1º Ficam estabelecidas Diretrizes sobre o
gurança pública com cidadania demanda a se- Uso da Força pelos Agentes de Segurança Públi-
dimentação de políticas públicas de segurança ca, na forma do Anexo I desta Portaria.
pautadas no respeito aos direitos humanos;
Parágrafo único. Aplicam-se às Diretri-
considerando o disposto no Código de Conduta zes estabelecidas no Anexo I, as definições
para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação constantes no Anexo II desta Portaria.
da Lei, adotado pela Assembléia Geral das Nações
Unidas na sua Resolução 34/169, de 17 de dezem- Art. 2º A observância das diretrizes menciona-
bro de 1979, nos Princípios Básicos sobre o Uso da das no artigo anterior passa a ser obrigatória
Força e Armas de Fogo pelos Funcionários Respon- pelo Departamento de Polícia Federal, pelo De-
sáveis pela Aplicação da Lei, adotados pelo Oitavo partamento de Polícia Rodoviária Federal, pelo
Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Departamento Penitenciário Nacional e pela
Crime e o Tratamento dos Delinqüentes, realiza- Força Nacional de Segurança Pública.
do em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de se-
tembro de 1999, nos Princípios orientadores para § 1º As unidades citadas no caput deste ar-
a Aplicação Efetiva do Código de Conduta para os tigo terão 90 dias, contados a partir da pu-
Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, blicação desta Portaria, para adequar seus
adotados pelo Conselho Econômico e Social das procedimentos operacionais e seu processo
Nações Unidas na sua Resolução 1.989/61, de 24 de formação e treinamento às diretrizes su-
de maio de 1989 e na Convenção Contra a Tortura pramencionadas.
e outros Tratamentos ou penas Cruéis, Desuma- § 2º As unidades citadas no caput deste arti-
nos ou Degradantes, adotado pela Assembléia Ge- go terão 60 dias, contados a partir da publi-
ral das Nações Unidas, em sua XL Sessão, realizada cação desta Portaria, para fixar a normatiza-
em Nova York em 10 de dezembro de 1984 e pro- ção mencionada na diretriz nº 9 e para criar a
mulgada pelo Decreto nº 40, de 15 de fevereiro de comissão mencionada na diretriz nº 23.
1991 (1) ;
§ 3º As unidades citadas no caput deste
considerando a necessidade de orientação e pa- artigo terão 60 dias, contados a partir da
dronização dos procedimentos da atuação dos publicação desta Portaria, para instituir Co-
agentes de segurança pública aos princípios in- missão responsável por avaliar sua situação
ternacionais sobre o uso da força; interna em relação às diretrizes não men-
considerando o objetivo de reduzir paulatina- cionadas nos parágrafos anteriores e propor
mente os índices de letalidade resultantes de medidas para assegurar as adequações ne-
cessárias.
39
Art. 3º A Secretaria de Direitos Humanos da Prevenção do Crime e o Tratamento dos De-
Presidência da República e o Ministério da Jus- linquentes, realizado em Havana, Cuba, de
tiça estabelecerão mecanismos para estimular e 27 de agosto a 7 de setembro de 1999;
monitorar iniciativas que visem à implementa- d) a Convenção Contra a Tortura e outros
ção de ações para efetivação das diretrizes tra- Tratamentos ou penas Cruéis, Desumanos
tadas nesta Portaria pelos entes federados, res- ou Degradantes, adotada pela Assembléia
peitada a repartição de competências prevista Geral das Nações Unidas, em sua XL Sessão,
no art. 144 da Constituição Federal. realizada em Nova York em 10 de dezembro
Art. 4º A Secretaria Nacional de Segurança Pública de 1984 e promulgada pelo Decreto nº 40,
do Ministério da Justiça levará em consideração a de 15 de fevereiro de 1991.
observância das diretrizes tratadas nesta Portaria 2. O uso da força por agentes de segurança
no repasse de recursos aos entes federados. pública deverá obedecer aos princípios da
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de legalidade, necessidade, proporcionalidade,
sua publicação. moderação e conveniência.
3. Os agentes de segurança pública não de-
LUIZ PAULO BARRETO – Ministro de Estado da verão disparar armas de fogo contra pesso-
Justiça as, exceto em casos de legítima defesa pró-
PAULO DE TARSO VANNUCHI – Ministro de Esta- pria ou de terceiro contra perigo iminente
do Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da de morte ou lesão grave.
Presidência da República 4. Não é legítimo o uso de armas de fogo
contra pessoa em fuga que esteja desarma-
ANEXO I da ou que, mesmo na posse de algum tipo
de arma, não represente risco imediato de
DIRETRIZES SOBRE O USO DA FORÇA E morte ou de lesão grave aos agentes de se-
ARMAS DE FOGO PELOS AGENTES DE gurança pública ou terceiros.
SEGURANÇA PÚBLICA 5. Não é legítimo o uso de armas de fogo
1. O uso da força pelos agentes de segurança contra veículo que desrespeite bloqueio
pública deverá se pautar nos documentos in- policial em via pública, a não ser que o ato
ternacionais de proteção aos direitos huma- represente um risco imediato de morte ou
nos e deverá considerar, primordialmente: lesão grave aos agentes de segurança públi-
ca ou terceiros.
a) ao Código de Conduta para os Funcio-
6. Os chamados "disparos de advertência"
nários Responsáveis pela Aplicação da Lei,
não são considerados prática aceitável, por
adotado pela Assembléia Geral das Nações
não atenderem aos princípios elencados na
Unidas na sua Resolução 34/169, de 17 de
Diretriz nº 2 e em razão da imprevisibilidade
dezembro de 1979;
de seus efeitos.
b) os Princípios orientadores para a Aplica-
7. O ato de apontar arma de fogo contra
ção Efetiva do Código de Conduta para os
pessoas durante os procedimentos de abor-
Funcionários Responsáveis pela Aplicação
dagem não deverá ser uma prática rotineira
da Lei, adotados pelo Conselho Econômico
e indiscriminada.
e Social das Nações Unidas na sua Resolu-
ção 1.989/61, de 24 de maio de 1989; 8. Todo agente de segurança pública que,
em razão da sua função, possa vir a se en-
c) os Princípios Básicos sobre o Uso da Força
volver em situações de uso da força, deverá
e Armas de Fogo pelos Funcionários Respon-
portar no mínimo 2 (dois) instrumentos de
sáveis pela Aplicação da Lei, adotados pelo
menor potencial ofensivo e equipamentos
Oitavo Congresso das Nações Unidas para a
40
curso – matéria – Prof.
41
serviço, áreas de atuação, experiências an- acompanhamento da letalidade, com o ob-
teriores em atividades fim, registros funcio- jetivo de monitorar o uso efetivo da força
nais, formação em direitos humanos e nive- pelos seus agentes.
lamento em ensino. Os instrutores deverão 24. Os agentes de segurança pública deve-
ser submetidos à aferição de conhecimen- rão preencher um relatório individual todas
tos teóricos e práticos e sua atuação deve as vezes que dispararem arma de fogo e/
ser avaliada. ou fizerem uso de instrumentos de menor
16. Deverão ser elaborados procedimen- potencial ofensivo, ocasionando lesões ou
tos de habilitação para o uso de cada tipo mortes. O relatório deverá ser encaminha-
de arma de fogo e instrumento de menor do à comissão interna mencionada na Di-
potencial ofensivo que incluam avaliação retriz nº 23 e deverá conter no mínimo as
técnica, psicológica, física e treinamento es- seguintes informações:
pecífico, com previsão de revisão periódica a) circunstâncias e justificativa que levaram
mínima. o uso da força ou de arma de fogo por parte
17. Nenhum agente de segurança públi- do agente de segurança pública;
ca deverá portar armas de fogo ou instru- b) medidas adotadas antes de efetuar os
mento de menor potencial ofensivo para o disparos/usar instrumentos de menor po-
qual não esteja devidamente habilitado e tencial ofensivo, ou as razões pelas quais
sempre que um novo tipo de arma ou ins- elas não puderam ser contempladas;
trumento de menor potencial ofensivo for
introduzido na instituição deverá ser esta- c) tipo de arma e de munição, quantidade
belecido um módulo de treinamento espe- de disparos efetuados, distância e pessoa
cífico com vistas à habilitação do agente. contra a qual foi disparada a arma;
18. A renovação da habilitação para uso d) instrumento(s) de menor potencial ofen-
de armas de fogo em serviço deve ser feita sivo utilizado(s), especificando a freqüência,
com periodicidade mínima de 1 (um) ano. a distância e a pessoa contra a qual foi utili-
zado o instrumento;
19. Deverá ser estimulado e priorizado,
sempre que possível, o uso de técnicas e e) quantidade de agentes de segurança pú-
instrumentos de menor potencial ofensi- blica feridos ou mortos na ocorrência, meio
vo pelos agentes de segurança pública, de e natureza da lesão;
acordo com a especificidade da função ope- f) quantidade de feridos e/ou mortos atin-
racional e sem se restringir às unidades es- gidos pelos disparos efetuados pelo(s)
pecializadas. agente(s) de segurança pública;
20. Deverão ser incluídos nos currículos dos g) número de feridos e/ou mortos atingi-
cursos de formação e programas de educa- dos pelos instrumentos de menor potencial
ção continuada conteúdos sobre técnicas e ofensivo utilizados pelo(s) agente(s) de se-
instrumentos de menor potencial ofensivo. gurança pública;
21. As armas de menor potencial ofensivo h) número total de feridos e/ou mortos du-
deverão ser separadas e identificadas de rante a missão;
forma diferenciada, conforme a necessida-
de operacional. i) quantidade de projéteis disparados que
atingiram pessoas e as respectivas regiões
22. O uso de técnicas de menor potencial corporais atingidas;
ofensivo deve ser constantemente avaliado.
j) quantidade de pessoas atingidas pelos
23. Os órgãos de segurança pública deve- instrumentos de menor potencial ofensivo
rão criar comissões internas de controle e e as respectivas regiões corporais atingidas;
42
curso – matéria – Prof.
43
DECRETO Nº 48.118, DE 27 DE JUNHO DE 2011.
(publicado no DOE nº 123 de 28 de junho de 2011)
44
curso – matéria – Prof.
45
DECRETO Nº 49.122 DE 17/05/2012
(PUBLICADO NO DOE EM 17 MAIO 2012)
46
curso – matéria – Prof.
47
que não frustrem outra reunião anterior- XXVII – aos autores pertence o direito ex-
mente convocada para o mesmo local, sen- clusivo de utilização, publicação ou repro-
do apenas exigido prévio aviso à autoridade dução de suas obras, transmissível aos her-
competente; deiros pelo tempo que a lei fixar;
XVII – é plena a liberdade de associação XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
para fins lícitos, vedada a de caráter para-
militar; a) a proteção às participações individuais
em obras coletivas e à reprodução da ima-
XVIII – a criação de associações e, na forma gem e voz humanas, inclusive nas ativida-
da lei, a de cooperativas independem de au- des desportivas;
torização, sendo vedada a interferência es-
tatal em seu funcionamento; b) o direito de fiscalização do aproveita-
mento econômico das obras que criarem
XIX – as associações só poderão ser com- ou de que participarem aos criadores, aos
pulsoriamente dissolvidas ou ter suas ati- intérpretes e às respectivas representações
vidades suspensas por decisão judicial, sindicais e associativas;
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado; XXIX – a lei assegurará aos autores de in-
ventos industriais privilégio temporário
XX – ninguém poderá ser compelido a asso- para sua utilização, bem como proteção às
ciar-se ou a permanecer associado; criações industriais, à propriedade das mar-
cas, aos nomes de empresas e a outros sig-
XXI – as entidades associativas, quando ex- nos distintivos, tendo em vista o interesse
pressamente autorizadas, têm legitimidade social e o desenvolvimento tecnológico e
para representar seus filiados judicial ou ex- econômico do País;
trajudicialmente;
XXX – é garantido o direito de herança;
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros
XXIII – a propriedade atenderá a sua função situados no País será regulada pela lei brasi-
social; leira em benefício do cônjuge ou dos filhos
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento brasileiros, sempre que não lhes seja mais
para desapropriação por necessidade ou favorável a lei pessoal do de cujus ;
utilidade pública, ou por interesse social, XXXII – o Estado promoverá, na forma da
mediante justa e prévia indenização em di- lei, a defesa do consumidor;
nheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição; XXXIII – todos têm direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu inte-
XXV – no caso de iminente perigo público, a resse particular, ou de interesse coletivo ou
autoridade competente poderá usar de pro- geral, que serão prestadas no prazo da lei,
priedade particular, assegurada ao proprie- sob pena de responsabilidade, ressalvadas
tário indenização ulterior, se houver dano; aquelas cujo sigilo seja imprescindível à se-
XXVI – a pequena propriedade rural, assim gurança da sociedade e do Estado;
definida em lei, desde que trabalhada pela XXXIV – são a todos assegurados, indepen-
família, não será objeto de penhora para dentemente do pagamento de taxas:
pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os a) o direito de petição aos poderes públicos
meios de financiar o seu desenvolvimento; em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;
48
curso – matéria – Prof.
49
LIII – ninguém será processado nem senten- LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela
ciado senão pela autoridade competente; mantido quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LIV – ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal; LXVII – não haverá prisão civil por dívida,
salvo a do responsável pelo inadimplemen-
LV – aos litigantes, em processo judicial ou to voluntário e inescusável de obrigação ali-
administrativo, e aos acusados em geral são mentícia e a do depositário infiel;
assegurados o contraditório e a ampla defe-
sa, com os meios e recursos a ela inerentes; LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sem-
pre que alguém sofrer ou se achar amea-
LVI – são inadmissíveis, no processo, as pro- çado de sofrer violência ou coação em sua
vas obtidas por meios ilícitos; liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
LVII – ninguém será considerado culpado abuso de poder;
até o trânsito em julgado de sentença penal LXIX – conceder-se-á mandado de seguran-
condenatória; ça para proteger direito líquido e certo, não
LVIII – o civilmente identificado não será amparado por habeas corpus ou habeas
submetido a identificação criminal, salvo data , quando o responsável pela ilegalida-
nas hipóteses previstas em lei; de ou abuso de poder for autoridade públi-
ca ou agente de pessoa jurídica no exercício
LIX – será admitida ação privada nos crimes de atribuições do poder público;
de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal; LXX – o mandado de segurança coletivo
pode ser impetrado por:
LX – a lei só poderá restringir a publicidade
dos atos processuais quando a defesa da in- a) partido político com representação no
timidade ou o interesse social o exigirem; Congresso Nacional;
LXI – ninguém será preso senão em flagran- b) organização sindical, entidade de classe
te delito ou por ordem escrita e fundamen- ou associação legalmente constituída e em
tada de autoridade judiciária competente, funcionamento há pelo menos um ano, em
salvo nos casos de transgressão militar ou defesa dos interesses de seus membros ou
crime propriamente militar, definidos em associados;
lei; LXXI – conceder-se-á mandado de injunção
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local sempre que a falta de norma regulamenta-
onde se encontre serão comunicados ime- dora torne inviável o exercício dos direitos e
diatamente ao juiz competente e à família liberdades constitucionais e das prerrogati-
do preso ou à pessoa por ele indicada; vas inerentes à nacionalidade, à soberania e
à cidadania;
LXIII – o preso será informado de seus direi-
tos, entre os quais o de permanecer calado, LXXII – conceder-se-á habeas data :
sendo-lhe assegurada a assistência da famí- a) para assegurar o conhecimento de infor-
lia e de advogado; mações relativas à pessoa do impetrante,
LXIV – o preso tem direito à identificação constantes de registros ou bancos de dados
dos responsáveis por sua prisão ou por seu de entidades governamentais ou de caráter
interrogatório policial; público;
50
curso – matéria – Prof.
b) para a retificação de dados, quando não cional, em dois turnos, por três quintos dos
se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judi- votos dos respectivos membros, serão equi-
cial ou administrativo; valentes às emendas constitucionais. (Pará-
grafo acrescido pela Emenda Constitucional
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima nº 45, de 2004)
para propor ação popular que vise a anu-
lar ato lesivo ao patrimônio público ou de § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tri-
entidade de que o Estado participe, à mo- bunal Penal Internacional a cuja criação te-
ralidade administrativa, ao meio ambiente nha manifestado adesão. (Parágrafo acres-
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando cido pela Emenda Constitucional nº 45, de
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 2004)
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídi-
ca integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado
por erro judiciário, assim como o que ficar
preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI – são gratuitos para os reconhecida-
mente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas
corpus e habeas data , e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania.
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e admi-
nistrativo, são assegurados a razoável dura-
ção do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação. (Inciso acres-
cido pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
§ 1º As normas definidoras dos direitos e
garantias fundamentais têm aplicação ime-
diata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorren-
tes do regime e dos princípios por ela ado-
tados, ou dos tratados internacionais em
que a República Federativa do Brasil seja
parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacio-
nais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Na-
51
Questões .
53
e) a vontade do povo é o fundamento da obrigatória, e a educação superior será
autoridade dos poderes públicos e deve acessível a todos, bem como a educa-
exprimir-se por meio de eleições peri- ção técnico-profissional, está baseada
ódicas, por sufrágio universal e igual, no mérito.
com voto obrigatório e secreto.
5. (IBFC – 2014 – SEDS-MG – Agente de Segu-
4. (Aroeira – 2014 – PC-TO – Escrivão de Polí- rança Socioeducativo)
cia Civil)
Indique a alternativa CORRETA, de acordo
A Declaração Universal dos Diretos Huma- com a Declaração Universal dos Direitos Hu-
nos, adotada e proclamada pela Assembleia manos:
Geral das Nações Unidas em 10 de dezem-
bro de 1948, assevera que toda pessoa tem a) Toda pessoa tem direito à liberdade de
deveres para com a comunidade, em que o locomoção e residência dentro e fora
livre e pleno desenvolvimento de sua perso- das fronteiras de cada Estado.
nalidade é possível. Com base nesse princí- b) Toda pessoa tem direito à dupla nacio-
pio, nos termos da Declaração Universal, nalidade
c) Toda pessoa tem direito a organizar sin-
a) toda pessoa estará sujeita apenas às dicato, sendo obrigatório o seu ingresso
limitações determinadas pela lei, ex- nele para proteção de seus interesses.
clusivamente com o fim de assegurar o d) Os pais têm prioridade de direito na es-
devido reconhecimento e respeito dos colha do gênero de instrução que será
direitos e liberdade de outrem e de sa- ministrada aos seus filhos.
tisfazer às justas exigências da moral, da
ordem pública e do bem-estar de uma 6. (FUNIVERSA – 2015 – Secretaria da Criança
sociedade democrática, sendo que es- – DF – Técnico Socioeducativo – Adminis-
ses direitos e liberdades são proibidos, trativo)
em hipótese alguma, de ser exercidos
contrariamente aos propósitos e princí- De acordo com o que dispõe a Declaração
pios das Nações Unidas. Universal dos Direitos Humanos, os direitos
b) é livre a interferências na vida privada, humanos são indivisíveis e englobam, exclu-
na família, no lar ou na correspondên- sivamente, os direitos
cia, salvo por ordem judicial, nas hipó- a) civis, políticos, econômicos, sociais e
teses e na forma que a lei estabelecer culturais, não prevendo hierarquia en-
para fins de investigação criminal, polí- tre eles.
tica ou para instrução processual penal. b) civis e políticos.
c) tem o direito de procurar e de gozar asilo c) coletivos e individuais, estes últimos
em outros países, em caso de vítima de hierarquicamente superiores.
perseguição, sendo que este direito pode d) econômicos e sociais.
ser invocado, inclusive, em caso de per- e) privados e públicos, estes últimos hie-
seguição motivada por crimes de direito rarquicamente superiores.
comum, desde que de acordo aos propó-
sitos e princípios das Nações Unidas. 7. (CESPE – 2013 – MTE – Auditor Fiscal do
d) tem igual direito de acesso ao serviço Trabalho)
público, independente de ser seu país,
como, por exemplo, o direito à educa- À luz das normas internacionais de proteção
ção, que será gratuita, pelo menos nos aos direitos humanos, julgue os itens que se
graus elementares e fundamentais, seguem, acerca do combate ao trabalho for-
sendo que a educação elementar será çado.
54
.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos 11. (FUNCAB – PC-PA – Delegado de Polícia Ci-
proíbe, expressamente, a manutenção de pes- vil – 2016)
soas em regime de escravidão ou de servidão.
De acordo com o art. 5⁰, LXVII, da
( ) Certo ( ) Errado CRFB/1988, “Não haverá prisão civil por
dívida, salvo a do responsável pelo inadim-
8. Equivalem às normas constitucionais origi- plemento voluntário e inescusável de obri-
nárias os tratados internacionais sobre os di- gação alimentar e a do depositário infiel”.
reitos humanos aprovados, em cada casa do A Convenção Americana sobre Direitos Hu-
Congresso Nacional, em dois turnos, pro três manos -Pacto de San José da Costa Rica,
quintos dos votos dos respectivos membros. que proíbe a prisão por dívida decorrente
do descumprimento de obrigações contra-
( ) Certo ( ) Errado tuais, à qual o Brasil aderiu, foi internalizada
com o status de:
55
13. (FUNCAB – PC-PA – Delegado de Polícia Ci- d) é uma declaração de direitos que deve
vil) ser respeitada pelos Estados signatá-
rios, mas, devido ao fato de não ter a
Com relação ao trabalho e ao que estabele- forma de tratado ou convenção, não
ce a Declaração Universal dos Direitos Hu- implica vinculação desses Estados.
manos, assinale a alternativa correta. e) inovou a concepção dos direitos huma-
a) Toda pessoa que trabalha tem direito a nos, porque universalizou os direitos
uma remuneração justa e satisfatória, civis, políticos, econômicos, sociais e
que lhe assegure apenas a si uma exis- culturais, privilegiando os direitos civis
tência compatível com a dignidade hu- e políticos em relação aos demais.
mana, não sendo necessário acrescen-
tar outros meios de proteção social. 15. (FUNCAB – PC-PA – Delegado de Polícia Ci-
b) Toda pessoa tem direito ao trabalho, à vil – 2016)
livre escolha de emprego e a condições A respeito da Declaração Universal dos Di-
justas e favoráveis de trabalho, sendo reitos Humanos de 1948, assinale a alterna-
opcional a proteção contra o desempre- tiva correta.
go.
c) A remuneração por igual trabalho per- a) Estabelece que a vontade do povo é o
mite distinção desde que prevista em fundamento da autoridade dos pode-
lei nacional. res públicos, devendo se exprimir por
d) Toda pessoa tem direito a organizar sin- meio de eleições honestas, realizadas
dicatos e a neles ingressar para a prote- periodicamente por sufrágio universal
ção de seus interesses. e igual, com voto secreto ou segundo
e) Toda pessoa tem direito a repouso e processo equivalente que salvaguarde a
lazer inclusive a limitação razoável das liberdade de voto.
horas de trabalho e a férias periódicas b) Prevê a criação de um Tribunal Interna-
não remuneradas. cional para a verificação do cumprimen-
to dos direitos humanos por ela estabe-
14. (CESPE – PC-GO – Conhecimentos Básicos – lecidos.
2016) c) Dispõe que a educação gratuita abran-
ge o ensino elementar, técnico e profis-
A Declaração Universal dos Direitos Huma- sional.
nos d) Possui natureza de tratado internacio-
a) não apresenta força jurídica vinculan- nal e força vinculante em relação a to-
te, entretanto consagra a ideia de que, dos os países que a ratificaram.
para ser titular de direitos, a pessoa e) Foi primeiro documento internacional a
deve ser nacional de um Estado-mem- tratar expressamente de direitos huma-
bro da ONU. nos de terceira dimensão, como a paz e
b) não prevê expressamente instrumentos o meio ambiente.
ou órgãos próprios para sua aplicação
compulsória. 16. (FUNCAB – PC-PA – Delegado de Polícia Ci-
c) prevê expressamente a proteção ao vil – 2016)
meio ambiente como um direito de to- Conforme estabelecido na Convenção con-
das as gerações, bem como repudia o tra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas
trabalho escravo, determinando san- Cruéis, Desumanos ou Degradantes, é cor-
ções econômicas aos Estados que não o reto afirmar:
combaterem.
56
.
57
20. (ACAFE – PC-SC – Delegado de Polícia – 21. (VUNESP – PC-SP – Delegado de Polícia –
2014) 2014)
De acordo com a Convenção contra a Tor- Segundo o que dispõe a Declaração Univer-
tura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, sal dos Direitos Humanos da ONU, toda pes-
Desumanas ou Degradantes, é correto afir- soa, vítima de perseguição, tem o direito de
mar: procurar e de gozar asilo em outros países.
No entanto, esse direito não pode ser invo-
a) A referida denúncia eximirá o Estado- cado, entre outros, em caso de perseguição
-parte das obrigações que lhe impõe a
presente Convenção relativamente a a) de militante político que tenha se eva-
qualquer ação ou omissão ocorrida an- dido clandestinamente de seu país de
tes ou após a data da denúncia. Todavia, origem.
a denúncia não acarretará a suspensão b) de pessoa que claramente tenha se re-
do exame de quaisquer questões que o belado contra o regime de governo de
Comitê já começara a examinar antes seu país.
da data em que a denúncia fora realiza- c) por razões de ordem política.
da. d) por motivos religiosos.
b) As controvérsias entre dois ou mais e) legitimamente motivada por crimes de
Estados-partes com relação à interpre- direito comum.
tação ou aplicação da presente Conven-
ção serão sempre submetidas à Corte 22. (VUNESP – PC-SP – Técnico de Laboratório
Internacional de Justiça, mediante so- – 2014)
licitação feita em conformidade com o
Estatuto da Corte. Segundo a Declaração Universal dos Direi-
c) Todo Estado-parte poderá denunciar a tos Humanos, toda pessoa tem direito a um
presente Convenção mediante notifica- padrão de vida capaz de assegurar a si e a
ção por escrito endereçada ao Secretá- sua família saúde e bem-estar, inclusive
rio Geral das Nações Unidas. A denúncia a) moradia, transporte e lazer.
produzirá efeitos 30 (trinta) dias depois b) serviços sociais, transporte e proprieda-
da data do recebimento da notificação de privada.
pelo Secretário Geral. c) alimentação, vestuário e habitação.
d) Todo Estado-parte na presente Conven- d) transporte, lazer e propriedade privada.
ção poderá propor emendas e deposi- e) cuidados médicos, moradia e viagens.
tá-las junto ao Secretário Geral da Or-
ganização das Nações Unidas. Quando 23. (VUNESP – PC-SP – Técnico de Laboratório
entrarem em vigor, as emendas serão – 2014)
obrigatórias para os Estados-partes que
as aceitaram, ao passo que os demais Prevê a Declaração Universal dos Direitos
Estados-partes permanecem obrigados Humanos que o casamento
pelas disposições da Convenção e pelas
a) não será válido senão com o livre e ple-
emendas anteriores por eles aceitas.
no consentimento dos nubentes.
e) A partir da data de protocolo da denún-
b) deve ser celebrado por autoridade civil.
cia de um Estado-parte, o Comitê não
c) não gera direitos e deveres iguais para
dará início ao exame de qualquer nova
homens e mulheres.
questão referente ao Estado em apreço.
d) é a união indissolúvel entre homens e
mulheres.
e) deverá ser celebrado por autoridade da
religião do homem.
58
.
24. (VUNESP – PC-SP – Escrivão de Polícia – 26. (VUNESP – PC-SP – Escrivão de Polícia Civil
2014) – 2013)
A Declaração Universal dos Direitos Huma- Consoante o que estabelece expressamente
nos prevê que toda pessoa acusada de um a Declaração Universal dos Direitos Huma-
ato delituoso. nos, é correto afirmar que
a) tem direito, em plena igualdade, a uma a) a instrução promoverá a compreensão,
audiência justa e pública por parte de a tolerância e a amizade entre todas as
um tribunal ad hoc. nações e grupos raciais ou religiosos,
b) poderá ser privada de sua nacionalida- sendo obrigatório o ensino religioso nas
de, ou do direito de mudar de naciona- escolas públicas.
lidade. b) o poder público deve financiar os estudos
c) tem direito a um julgamento por júri, dos alunos em escolas privadas quando
no qual lhe sejam asseguradas todas as não houver vagas em escolas públicas.
garantias necessárias à sua defesa. c) os pais têm prioridade de direito na es-
d) poderá ser exilada e perder sua nacio- colha do gênero de instrução que será
nalidade, mas tem o direito de procurar ministrada a seus filhos.
asilo em outros países d) toda pessoa tem direito à instrução,
e) tem o direito de ser presumida inocen- que será gratuita em todos os graus.
te até que a sua culpabilidade tenha e) a instrução técnico-profissional será
sido provada de acordo com a lei. acessível a todos, bem como a instru-
ção superior, esta baseada na condição
25. (VUNESP – PC-SP – Escrivão de Polícia – econômico-financeira da pessoa.
2014)
27. (FUMARC – PC-MG – Delegado de Polícia –
É correto afirmar, sobre as previsões conti- 2011)
das na Declaração Universal de Direitos Hu-
manos, que: A Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos pode ser caracterizada, primeiramen-
a) está previsto o direito à educação, com te por sua amplitude, compreendendo um
o ensino elementar obrigatório e gratui- conjunto de direitos e faculdades, sem as
to, com acesso ao ensino superior gra- quais um ser humano não pode desenvol-
tuito e de acordo com o mérito. ver sua personalidade física, moral e inte-
b) estão previstos direitos ligados ao con- lectual. Em segundo lugar, pela universali-
trato de trabalho, como salário mínimo, dade, aplicável a todas as pessoas de todos
repouso e lazer, mas sem nenhuma li- os países, raças, religiões e sexos, seja qual
mitação horária da jornada de trabalho. for o regime político dos territórios nos
c) são proclamados, em seu artigo I, como quais incide. Assinale abaixo a assertiva que
os três valores fundamentais dos direi- é CONTRÁRIA ao enunciado acima:
tos humanos a liberdade, a igualdade e
a fraternidade. a) Como uma plataforma comum de ação,
d) os direitos de liberdade previstos são a Declaração foi adotada em 10 de de-
relativos à esfera individual, não pre- zembro de 1948, pela aprovação de 48
vendo liberdades políticas relativas à Estados, com 8 abstenções.
participação do povo no governo. b) Objetiva delinear uma ordem pública
e) não há disposição que verse sobre o mundial fundada no respeito à dignida-
direito a contrair matrimônio e fundar de da pessoa humana, para orientar o
uma família, nem sobre os direitos de- desenvolvimento de uma raça humana
correntes do casamento. superior.
59
c) Introduz a indivisibilidade dos direitos 29. (ACAFE – PC-SC – Escrivão de Polícia Civil –
humanos, ao conjugar o catálogo dos 2010)
direitos civis e políticos, com o dos di-
reitos econômicos, sociais e culturais. Quanto a Declaração Universal dos Direitos
d) Teve imediatamente, após a sua ado- Humanos, assinale a alternativa correta.
ção, grande repercussão moral ao des- a) Todo ser humano tem direito de fazer
pertar nos povos a consciência de que parte no governo de um país direta-
o conjunto da comunidade humana se mente, via intermédio de representan-
interessava pelo seu destino. tes escolhidos.
b) Ninguém será arbitrariamente privado
28. (FUMARC – PC-MG – Escrivão de Polícia Ci- de sua nacionalidade, salvo do direito
vil – 2011) de mudar de nacionalidade.
A Declaração Universal dos Direitos Huma- c) Não será feita nenhuma distinção fun-
nos, adotada em 10 de dezembro de 1948, dada na condição política, jurídica ou
objetiva delinear uma ordem pública mun- internacional do país ou território a que
dial fundada no respeito à dignidade da pertença uma pessoa, quer se trate de
pessoa humana. Leia e analise as assertivas um território independente, sob tute-
abaixo: la, sem governo próprio, quer sujeito a
qualquer outra limitação de soberania.
I – A Declaração compreende um conjunto d) Todo ser humano tem pleno direito de
de direitos e faculdades sem as quais um acesso ao serviço público de qualquer
ser humano não pode desenvolver sua per- país.
sonalidade física, moral e intelectual.
30. (MS CONCURSOS – SEDS-PE – Sargento –
II – Sendo universal, é aplicável a todas as Policia Militar – 2010)
pessoas de todos os países, raças, religiões
e sexos, condicionada à aplicação ao regime São considerados direitos resguardados
político dos territórios nos quais incide. pela Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos de 1948:
III – Consolida a afirmação de uma ética uni-
versal, ao consagrar um consenso sobre va- a) Direito à vida, à liberdade e segurança
lores de cunho universal a serem seguidos pessoal.
pelos Estados. b) Direito a julgamento justo, salvo em
caso de guerra.
Marque a opção CORRETA. c) Adoção de medidas penais retroativas,
a) Somente as assertivas I e II estão corre- mesmo quando prejudiquem o réu.
tas. d) O Estado passa a ter direito de efetuar
b) Somente as assertivas II e III estão cor- algumas prisões arbitrárias.
retas. e) O réu é considerado culpado, mesmo
c) Somente as assertivas I e III estão corre- antes de sentença transitado em julga-
tas. do.
d) Somente a assertiva I está correta.
Gabarito: 1. E 2. E 3. A 4. A 5. D 6. A 7. Certo 8. Errado 9. Errado 10. E 11. A 12. A 13. D 14. B 15. A
16. E 17. A 18. C 19. A 20. D 21. E 22. C 23. A 24. E 25. C 26. C 27. B 28. C 29. C 30. A
60
curso – matéria – Prof.
61
II – adoção de medidas, programas e políti- TÍTULO II
cas de ação afirmativa;
III – modificação das estruturas institucio- Dos Direitos Fundamentais
nais do Estado para o adequado enfren-
tamento e a superação das desigualdades
étnicas decorrentes do preconceito e da
discriminação étnica; CAPÍTULO I
DO DIREITO À SAÚDE
IV – promoção de ajustes normativos para
aperfeiçoar o combate à discriminação étni- Art. 6º O direito à saúde da população negra
ca e às desigualdades étnicas em todas as será garantido pelo poder público mediante po-
suas manifestações individuais, institucio- líticas universais, sociais e econômicas destina-
nais e estruturais; das à redução do risco de doenças e de outros
agravos.
V – eliminação dos obstáculos históricos,
socioculturais e institucionais que impedem § 1º O acesso universal e igualitário ao Sis-
a representação da diversidade étnica nas tema Único de Saúde (SUS) para promoção,
esferas pública e privada; proteção e recuperação da saúde da popu-
lação negra será de responsabilidade dos
VI – estímulo, apoio e fortalecimento de
órgãos e instituições públicas federais, esta-
iniciativas oriundas da sociedade civil dire-
duais, distritais e municipais, da administra-
cionadas à promoção da igualdade de opor-
ção direta e indireta.
tunidades e ao combate às desigualdades
étnicas, inclusive mediante a implementa- § 2º O poder público garantirá que o seg-
ção de incentivos e critérios de condiciona- mento da população negra vinculado aos
mento e prioridade no acesso aos recursos seguros privados de saúde seja tratado sem
públicos; discriminação.
VII – implementação de programas de ação Art. 7º O conjunto de ações de saúde voltadas à
afirmativa destinados ao enfrentamento população negra constitui a Política Nacional de
das desigualdades étnicas no tocante à edu- Saúde Integral da População Negra, organizada
cação, cultura, esporte e lazer, saúde, segu- de acordo com as diretrizes abaixo especifica-
rança, trabalho, moradia, meios de comuni- das:
cação de massa, financiamentos públicos,
acesso à terra, à Justiça, e outros. I – ampliação e fortalecimento da participa-
ção de lideranças dos movimentos sociais
Parágrafo único. Os programas de ação em defesa da saúde da população negra nas
afirmativa constituir-se-ão em políticas pú- instâncias de participação e controle social
blicas destinadas a reparar as distorções e do SUS;
desigualdades sociais e demais práticas dis-
criminatórias adotadas, nas esferas pública II – produção de conhecimento científico e
e privada, durante o processo de formação tecnológico em saúde da população negra;
social do País. III – desenvolvimento de processos de infor-
Art. 5º Para a consecução dos objetivos desta mação, comunicação e educação para con-
Lei, é instituído o Sistema Nacional de Promo- tribuir com a redução das vulnerabilidades
ção da Igualdade Racial (Sinapir), conforme es- da população negra.
tabelecido no Título III. Art. 8º Constituem objetivos da Política Nacio-
nal de Saúde Integral da População Negra:
62
curso – matéria – Prof.
I – a promoção da saúde integral da popula- Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art.
ção negra, priorizando a redução das desi- 9º, os governos federal, estaduais, distrital e
gualdades étnicas e o combate à discrimina- municipais adotarão as seguintes providências:
ção nas instituições e serviços do SUS;
I – promoção de ações para viabilizar e am-
II – a melhoria da qualidade dos sistemas de pliar o acesso da população negra ao ensino
informação do SUS no que tange à coleta, gratuito e às atividades esportivas e de lazer;
ao processamento e à análise dos dados de-
sagregados por cor, etnia e gênero; II – apoio à iniciativa de entidades que man-
tenham espaço para promoção social e cul-
III – o fomento à realização de estudos e tural da população negra;
pesquisas sobre racismo e saúde da popu-
lação negra; III – desenvolvimento de campanhas edu-
cativas, inclusive nas escolas, para que a
IV – a inclusão do conteúdo da saúde da po- solidariedade aos membros da população
pulação negra nos processos de formação negra faça parte da cultura de toda a socie-
e educação permanente dos trabalhadores dade;
da saúde;
IV – implementação de políticas públicas
V – a inclusão da temática saúde da popu- para o fortalecimento da juventude negra
lação negra nos processos de formação po- brasileira.
lítica das lideranças de movimentos sociais
para o exercício da participação e controle Seção II
social no SUS. DA EDUCAÇÃO
Parágrafo único. Os moradores das comuni- Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino funda-
dades de remanescentes de quilombos se- mental e de ensino médio, públicos e privados,
rão beneficiários de incentivos específicos é obrigatório o estudo da história geral da África
para a garantia do direito à saúde, incluindo e da história da população negra no Brasil, ob-
melhorias nas condições ambientais, no sa- servado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de de-
neamento básico, na segurança alimentar e zembro de 1996.
nutricional e na atenção integral à saúde.
§ 1º Os conteúdos referentes à história da
população negra no Brasil serão ministra-
dos no âmbito de todo o currículo escolar,
CAPÍTULO II resgatando sua contribuição decisiva para o
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À desenvolvimento social, econômico, políti-
co e cultural do País.
CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER
§ 2º O órgão competente do Poder Executi-
Seção I vo fomentará a formação inicial e continua-
DISPOSIÇÕES GERAIS da de professores e a elaboração de mate-
rial didático específico para o cumprimento
Art. 9º A população negra tem direito a parti- do disposto no caput deste artigo.
cipar de atividades educacionais, culturais, es-
portivas e de lazer adequadas a seus interesses § 3º Nas datas comemorativas de caráter cí-
e condições, de modo a contribuir para o patri- vico, os órgãos responsáveis pela educação
mônio cultural de sua comunidade e da socie- incentivarão a participação de intelectuais
dade brasileira. e representantes do movimento negro para
debater com os estudantes suas vivências
relativas ao tema em comemoração.
63
Art. 12. Os órgãos federais, distritais e estaduais Seção III
de fomento à pesquisa e à pós-graduação pode- DA CULTURA
rão criar incentivos a pesquisas e a programas
de estudo voltados para temas referentes às Art. 17. O poder público garantirá o reconheci-
relações étnicas, aos quilombos e às questões mento das sociedades negras, clubes e outras
pertinentes à população negra. formas de manifestação coletiva da população
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos negra, com trajetória histórica comprovada,
órgãos competentes, incentivará as instituições como patrimônio histórico e cultural, nos ter-
de ensino superior públicas e privadas, sem pre- mos dos arts. 215 e 216 da Constituição Federal.
juízo da legislação em vigor, a: Art. 18. É assegurado aos remanescentes das
I – resguardar os princípios da ética em pes- comunidades dos quilombos o direito à preser-
quisa e apoiar grupos, núcleos e centros de vação de seus usos, costumes, tradições e mani-
pesquisa, nos diversos programas de pós- festos religiosos, sob a proteção do Estado.
-graduação que desenvolvam temáticas de Parágrafo único. A preservação dos docu-
interesse da população negra; mentos e dos sítios detentores de reminis-
II – incorporar nas matrizes curriculares dos cências históricas dos antigos quilombos,
cursos de formação de professores temas que tombados nos termos do § 5º do art. 216
incluam valores concernentes à pluralidade da Constituição Federal, receberá especial
étnica e cultural da sociedade brasileira; atenção do poder público.
III – desenvolver programas de extensão Art. 19. O poder público incentivará a celebra-
universitária destinados a aproximar jovens ção das personalidades e das datas comemo-
negros de tecnologias avançadas, assegura- rativas relacionadas à trajetória do samba e de
do o princípio da proporcionalidade de gê- outras manifestações culturais de matriz africa-
nero entre os beneficiários; na, bem como sua comemoração nas institui-
ções de ensino públicas e privadas.
IV – estabelecer programas de cooperação
técnica, nos estabelecimentos de ensino Art. 20. O poder público garantirá o registro e
públicos, privados e comunitários, com as a proteção da capoeira, em todas as suas mo-
escolas de educação infantil, ensino funda- dalidades, como bem de natureza imaterial e de
mental, ensino médio e ensino técnico, para formação da identidade cultural brasileira, nos
a formação docente baseada em princípios termos do art. 216 da Constituição Federal.
de equidade, de tolerância e de respeito às Parágrafo único. O poder público buscará
diferenças étnicas. garantir, por meio dos atos normativos ne-
Art. 14. O poder público estimulará e apoiará cessários, a preservação dos elementos for-
ações socioeducacionais realizadas por entida- madores tradicionais da capoeira nas suas
des do movimento negro que desenvolvam ati- relações internacionais.
vidades voltadas para a inclusão social, median- Seção IV
te cooperação técnica, intercâmbios, convênios DO ESPORTE E LAZER
e incentivos, entre outros mecanismos.
Art. 15. O poder público adotará programas de Art. 21. O poder público fomentará o pleno
ação afirmativa. acesso da população negra às práticas despor-
tivas, consolidando o esporte e o lazer como di-
Art. 16. O Poder Executivo federal, por meio dos reitos sociais.
órgãos responsáveis pelas políticas de promo-
ção da igualdade e de educação, acompanhará Art. 22. A capoeira é reconhecida como despor-
e avaliará os programas de que trata esta Seção. to de criação nacional, nos termos do art. 217
da Constituição Federal.
64
curso – matéria – Prof.
65
CAPÍTULO IV Art. 34. Os remanescentes das comunidades
DO ACESSO À TERRA dos quilombos se beneficiarão de todas as ini-
ciativas previstas nesta e em outras leis para a
E À MORADIA ADEQUADA promoção da igualdade étnica.
Seção I Seção II
DO ACESSO À TERRA DA MORADIA
Art. 27. O poder público elaborará e implemen- Art. 35. O poder público garantirá a implemen-
tará políticas públicas capazes de promover o tação de políticas públicas para assegurar o di-
acesso da população negra à terra e às ativida- reito à moradia adequada da população negra
des produtivas no campo. que vive em favelas, cortiços, áreas urbanas
Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das subutilizadas, degradadas ou em processo de
atividades produtivas da população negra no degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica
campo, o poder público promoverá ações para urbana e promover melhorias no ambiente e na
viabilizar e ampliar o seu acesso ao financia- qualidade de vida.
mento agrícola. Parágrafo único. O direito à moradia ade-
Art. 29. Serão assegurados à população negra quada, para os efeitos desta Lei, inclui não
a assistência técnica rural, a simplificação do apenas o provimento habitacional, mas
acesso ao crédito agrícola e o fortalecimento da também a garantia da infraestrutura urba-
infraestrutura de logística para a comercializa- na e dos equipamentos comunitários asso-
ção da produção. ciados à função habitacional, bem como a
assistência técnica e jurídica para a constru-
Art. 30. O poder público promoverá a educa- ção, a reforma ou a regularização fundiária
ção e a orientação profissional agrícola para os da habitação em área urbana.
trabalhadores negros e as comunidades negras
rurais. Art. 36. Os programas, projetos e outras ações
governamentais realizadas no âmbito do Siste-
Art. 31. Aos remanescentes das comunidades ma Nacional de Habitação de Interesse Social
dos quilombos que estejam ocupando suas ter- (SNHIS), regulado pela Lei no 11.124, de 16 de
ras é reconhecida a propriedade definitiva, de- junho de 2005, devem considerar as peculiari-
vendo o Estado emitir-lhes os títulos respecti- dades sociais, econômicas e culturais da popu-
vos. lação negra.
Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Fe-
desenvolverá políticas públicas especiais volta- deral e os Municípios estimularão e facilita-
das para o desenvolvimento sustentável dos re- rão a participação de organizações e movi-
manescentes das comunidades dos quilombos, mentos representativos da população negra
respeitando as tradições de proteção ambiental na composição dos conselhos constituídos
das comunidades. para fins de aplicação do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social (FNHIS).
Art. 33. Para fins de política agrícola, os rema-
nescentes das comunidades dos quilombos re- Art. 37. Os agentes financeiros, públicos ou pri-
ceberão dos órgãos competentes tratamento vados, promoverão ações para viabilizar o aces-
especial diferenciado, assistência técnica e li- so da população negra aos financiamentos habi-
nhas especiais de financiamento público, des- tacionais.
tinados à realização de suas atividades produti-
vas e de infraestrutura.
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curso – matéria – Prof.
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CAPÍTULO VI § 3º A autoridade contratante poderá, se
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO considerar necessário para garantir a prá-
tica de iguais oportunidades de emprego,
Art. 43. A produção veiculada pelos órgãos de requerer auditoria por órgão do poder pú-
comunicação valorizará a herança cultural e a blico federal.
participação da população negra na história do § 4º A exigência disposta no caput não se
País. aplica às produções publicitárias quando
Art. 44. Na produção de filmes e programas abordarem especificidades de grupos étni-
destinados à veiculação pelas emissoras de te- cos determinados.
levisão e em salas cinematográficas, deverá ser
adotada a prática de conferir oportunidades de
emprego para atores, figurantes e técnicos ne- TÍTULO III
gros, sendo vedada toda e qualquer discrimina-
ção de natureza política, ideológica, étnica ou Do Sistema Nacional de
artística. Promoção da Igualdade Racial
Parágrafo único. A exigência disposta no (SINAPIR)
caput não se aplica aos filmes e programas
que abordem especificidades de grupos ét-
nicos determinados.
CAPÍTULO I
Art. 45. Aplica-se à produção de peças publicitá- DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
rias destinadas à veiculação pelas emissoras de
televisão e em salas cinematográficas o dispos- Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Pro-
to no art. 44. moção da Igualdade Racial (Sinapir) como for-
ma de organização e de articulação voltadas à
Art. 46. Os órgãos e entidades da administração implementação do conjunto de políticas e ser-
pública federal direta, autárquica ou fundacio- viços destinados a superar as desigualdades ét-
nal, as empresas públicas e as sociedades de nicas existentes no País, prestados pelo poder
economia mista federais deverão incluir cláusu- público federal.
las de participação de artistas negros nos con-
tratos de realização de filmes, programas ou § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
quaisquer outras peças de caráter publicitário. nicípios poderão participar do Sinapir me-
diante adesão.
§ 1º Os órgãos e entidades de que trata este
artigo incluirão, nas especificações para § 2º O poder público federal incentivará a
contratação de serviços de consultoria, con- sociedade e a iniciativa privada a participar
ceituação, produção e realização de filmes, do Sinapir.
programas ou peças publicitárias, a obriga-
toriedade da prática de iguais oportunida-
des de emprego para as pessoas relaciona-
das com o projeto ou serviço contratado. CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
§ 2º Entende-se por prática de iguais opor-
tunidades de emprego o conjunto de medi- Art. 48. São objetivos do Sinapir:
das sistemáticas executadas com a finalida-
de de garantir a diversidade étnica, de sexo I – promover a igualdade étnica e o com-
e de idade na equipe vinculada ao projeto bate às desigualdades sociais resultantes
ou serviço contratado. do racismo, inclusive mediante adoção de
ações afirmativas;
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curso – matéria – Prof.
II – formular políticas destinadas a comba- Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais, distri-
ter os fatores de marginalização e a promo- tal e municipais, no âmbito das respectivas esfe-
ver a integração social da população negra; ras de competência, poderão instituir conselhos
de promoção da igualdade étnica, de caráter
III – descentralizar a implementação de permanente e consultivo, compostos por igual
ações afirmativas pelos governos estaduais, número de representantes de órgãos e entida-
distrital e municipais; des públicas e de organizações da sociedade ci-
IV – articular planos, ações e mecanismos vil representativas da população negra.
voltados à promoção da igualdade étnica; Parágrafo único. O Poder Executivo priori-
V – garantir a eficácia dos meios e dos ins- zará o repasse dos recursos referentes aos
trumentos criados para a implementação programas e atividades previstos nesta Lei
das ações afirmativas e o cumprimento das aos Estados, Distrito Federal e Municípios
metas a serem estabelecidas. que tenham criado conselhos de promoção
da igualdade étnica.
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA CAPÍTULO IV
DAS OUVIDORIAS PERMANENTES
Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará E DO ACESSO À JUSTIÇA E À
plano nacional de promoção da igualdade racial SEGURANÇA
contendo as metas, princípios e diretrizes para a
implementação da Política Nacional de Promo- Art. 51. O poder público federal instituirá, na for-
ção da Igualdade Racial (PNPIR). ma da lei e no âmbito dos Poderes Legislativo e
§ 1º A elaboração, implementação, coor- Executivo, Ouvidorias Permanentes em Defesa
denação, avaliação e acompanhamento da da Igualdade Racial, para receber e encaminhar
PNPIR, bem como a organização, articula- denúncias de preconceito e discriminação com
ção e coordenação do Sinapir, serão efetiva- base em etnia ou cor e acompanhar a implemen-
dos pelo órgão responsável pela política de tação de medidas para a promoção da igualdade.
promoção da igualdade étnica em âmbito Art. 52. É assegurado às vítimas de discriminação
nacional. étnica o acesso aos órgãos de Ouvidoria Perma-
§ 2º É o Poder Executivo federal autoriza- nente, à Defensoria Pública, ao Ministério Público
do a instituir fórum intergovernamental de e ao Poder Judiciário, em todas as suas instâncias,
promoção da igualdade étnica, a ser coor- para a garantia do cumprimento de seus direitos.
denado pelo órgão responsável pelas políti- Parágrafo único. O Estado assegurará aten-
cas de promoção da igualdade étnica, com ção às mulheres negras em situação de vio-
o objetivo de implementar estratégias que lência, garantida a assistência física, psíqui-
visem à incorporação da política nacional ca, social e jurídica.
de promoção da igualdade étnica nas ações
governamentais de Estados e Municípios. Art. 53. O Estado adotará medidas especiais
para coibir a violência policial incidente sobre a
§ 3º As diretrizes das políticas nacional e população negra.
regional de promoção da igualdade étnica
serão elaboradas por órgão colegiado que Parágrafo único. O Estado implementará
assegure a participação da sociedade civil. ações de ressocialização e proteção da ju-
ventude negra em conflito com a lei e ex-
posta a experiências de exclusão social.
69
Art. 54. O Estado adotará medidas para coibir VI – apoio a programas e projetos dos go-
atos de discriminação e preconceito praticados vernos estaduais, distrital e municipais e de
por servidores públicos em detrimento da po- entidades da sociedade civil voltados para a
pulação negra, observado, no que couber, o dis- promoção da igualdade de oportunidades
posto na Lei no 7.716, de 5 de janeiro de 1989. para a população negra;
Art. 55. Para a apreciação judicial das lesões e VII – apoio a iniciativas em defesa da cultu-
das ameaças de lesão aos interesses da popula- ra, da memória e das tradições africanas e
ção negra decorrentes de situações de desigual- brasileiras.
dade étnica, recorrer-se-á, entre outros instru-
mentos, à ação civil pública, disciplinada na Lei § 1º O Poder Executivo federal é autorizado
no 7.347, de 24 de julho de 1985. a adotar medidas que garantam, em cada
exercício, a transparência na alocação e na
execução dos recursos necessários ao finan-
ciamento das ações previstas neste Estatu-
CAPÍTULO V to, explicitando, entre outros, a proporção
dos recursos orçamentários destinados aos
DO FINANCIAMENTO DAS
programas de promoção da igualdade, es-
INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA pecialmente nas áreas de educação, saúde,
IGUALDADE RACIAL emprego e renda, desenvolvimento agrário,
habitação popular, desenvolvimento regio-
Art. 56. Na implementação dos programas e das nal, cultura, esporte e lazer.
ações constantes dos planos plurianuais e dos
orçamentos anuais da União, deverão ser ob- § 2º Durante os 5 (cinco) primeiros anos, a
servadas as políticas de ação afirmativa a que se contar do exercício subsequente à publica-
refere o inciso VII do art. 4º desta Lei e outras ção deste Estatuto, os órgãos do Poder Exe-
políticas públicas que tenham como objetivo cutivo federal que desenvolvem políticas e
promover a igualdade de oportunidades e a in- programas nas áreas referidas no § 1º des-
clusão social da população negra, especialmen- te artigo discriminarão em seus orçamen-
te no que tange a: tos anuais a participação nos programas de
ação afirmativa referidos no inciso VII do
I – promoção da igualdade de oportunida- art. 4º desta Lei.
des em educação, emprego e moradia;
§ 3º O Poder Executivo é autorizado a ado-
II – financiamento de pesquisas, nas áreas
tar as medidas necessárias para a adequada
de educação, saúde e emprego, voltadas
implementação do disposto neste artigo,
para a melhoria da qualidade de vida da po-
podendo estabelecer patamares de parti-
pulação negra;
cipação crescente dos programas de ação
III – incentivo à criação de programas e veí- afirmativa nos orçamentos anuais a que se
culos de comunicação destinados à divulga- refere o § 2º deste artigo.
ção de matérias relacionadas aos interesses
da população negra; § 4º O órgão colegiado do Poder Executi-
vo federal responsável pela promoção da
IV – incentivo à criação e à manutenção de igualdade racial acompanhará e avaliará a
microempresas administradas por pessoas programação das ações referidas neste ar-
autodeclaradas negras; tigo nas propostas orçamentárias da União.
V – iniciativas que incrementem o acesso e
Art. 57. Sem prejuízo da destinação de recursos
a permanência das pessoas negras na edu-
ordinários, poderão ser consignados nos orça-
cação fundamental, média, técnica e supe-
mentos fiscal e da seguridade social para finan-
rior;
ciamento das ações de que trata o art. 56:
70
curso – matéria – Prof.
71
que trata o caput e será utilizada para ações
de promoção da igualdade étnica, confor-
me definição do Conselho Nacional de Pro-
moção da Igualdade Racial, na hipótese de
extensão nacional, ou dos Conselhos de
Promoção de Igualdade Racial estaduais
ou locais, nas hipóteses de danos com ex-
tensão regional ou local, respectivamente.”
(NR)
Art. 63. O § 1º do art. 1º da Lei nº 10.778, de
24 de novembro de 2003, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 1º ..............................................................
§ 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se
por violência contra a mulher qualquer ação
ou conduta, baseada no gênero, inclusive
decorrente de discriminação ou desigualda-
de étnica, que cause morte, dano ou sofri-
mento físico, sexual ou psicológico à mulher,
tanto no âmbito público quanto no privado.
............................................................” (NR)
Art. 64. O § 3º do art. 20 da Lei nº 7.716, de
1989, passa a vigorar acrescido do seguinte in-
ciso III:
“Art. 20. .............................................................
§ 3º ..............................................................
III – a interdição das respectivas mensagens
ou páginas de informação na rede mundial
de computadores.
...........................................................” (NR)
Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa)
dias após a data de sua publicação.
Brasília, 20 de julho de 2010; 189º da Indepen-
dência e 122º da República.
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curso – matéria – Prof.
73
II – as políticas públicas, os programas e as I – a promoção da saúde integral da popula-
medidas de ação afirmativa, combatendo ção negra, priorizando a redução das desi-
especificamente as desigualdades raciais gualdades étnicas e o combate à discrimina-
que atingem as mulheres negras; ção nas instituições e serviços do SUS;
III – o resgate, a preservação e a manuten- II – a melhoria da qualidade dos sistemas de
ção da memória histórica legada à socieda- informação do SUS no que tange à coleta,
de gaúcha pelas tradições e práticas socio- ao processamento e à análise dos dados por
culturais negras; cor, etnia e gênero;
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curso – matéria – Prof.
I – criação de núcleos de estudos sobre a des afins, dados históricos sobre a participação
saúde da população negra; dos negros nos fatos comemorados.
II – implementação de cursos de pós-gradu- Art. 12. As instituições de ensino deverão res-
ação com linhas de pesquisa e programas peitar a diversidade racial quando promoverem
sobre a saúde da população negra no âmbi- debates, palestras, cursos ou atividades afins,
to das universidades; convidando negros, entre outros, para discorrer
III – inclusão da questão da saúde da popu- sobre os temas apresentados.
lação negra como tema transversal nos cur- Art. 13. O Poder Público deverá promover cam-
rículos dos ensinos Médio e Superior; panhas que divulguem a literatura produzida
IV – inclusão de matérias sobre etiologia, pelos negros e aquela que reproduza a história,
diagnóstico e tratamento das doenças pre- as tradições e a cultura do povo negro.
valentes na população negra e medicina de
matriz africana, nos cursos e treinamentos Art. 14. Nas instituições de ensino, públicas e
dos profissionais do SUS; privadas, deverá ser oportunizado o aprendi-
zado e a prática da capoeira, como atividade
V – promoção de seminários e eventos para esportiva, cultural e lúdica, sendo facultada a
discutir e divulgar os temas da saúde da po- participação dos mestres tradicionais de capo-
pulação negra nos serviços de saúde. eira para atuarem como instrutores desta arte
Art. 8º Os negros terão políticas públicas desti- esporte.
nadas à redução do risco de doenças que têm Art. 15. O Estado deverá promover programas
maior incidência, em especial, a doença falcifor- de incentivo, inclusão e permanência da popu-
me, as hemoglobinopatias, o lúpus, a hiperten- lação negra nos ensinos Médio, Técnico e Supe-
são, o diabetes e os miomas. rior, adotando medidas para:
I – incentivar ações que mobilizem e sen-
sibilizem as instituições privadas de Ensino
CAPÍTULO II Superior para que adotem as políticas e
DO DIREITO À CULTURA, À ações afirmativas;
EDUCAÇÃO, AO ESPORTE E AO LAZER II – incentivar e apoiar a criação de cursos
de acesso ao Ensino Superior para estudan-
Art. 9º O Poder Público promoverá políticas e tes negros, como mecanismo para viabilizar
programas de ação afirmativa que assegurem uma inclusão mais ampla e adequada des-
igualdade de acesso ao ensino público para os tes nas instituições;
negros, em todos os níveis de educação, pro-
porcionalmente a sua parcela na composição da III – dar cumprimento ao disposto na Lei Fe-
população do Estado, ao mesmo tempo em que deral nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
incentivará os estabelecimentos de ensino pri- que estabelece as diretrizes e bases da edu-
vado a adotarem tais políticas e programas. cação nacional, e na Lei Federal nº 12.288,
de 20 de julho de 2010, que institui o Esta-
Art. 10. O Estado deve promover o acesso dos tuto da Igualdade Racial; altera as Leis nºs
negros ao ensino gratuito, às atividades esporti- 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de
vas e de lazer e apoiar a iniciativa de entidades 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho
que mantenham espaço para promoção social de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de
desta parcela da população. 2003, no que tange a obrigatoriedade da
Art. 11. Nas datas comemorativas de caráter cí- inclusão da História e da Cultura Afrobrasi-
vico, as instituições de ensino públicas deverão leiras nos currículos escolares dos ensinos
inserir nas aulas, palestras, trabalhos e ativida- Médio e Fundamental;
75
IV – estabelecer programas de cooperação composição da população do Estado, e incenti-
técnica com as escolas de Educação Infantil, vará a uma maior equidade para os negros nos
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensi- empregos oferecidos na iniciativa privada.
no Técnico para a capacitação de professo-
res para o ensino da História e da Cultura Parágrafo único. Para enfrentar a situação
Negras e para o desenvolvimento de uma de desigualdade de oportunidades, deverão
educação baseada nos princípios da equi- ser implementadas políticas e programas de
dade, tolerância e respeito às diferenças ra- formação profissional, emprego e geração
ciais; de renda voltadas aos negros.
V – desenvolver, elaborar e editar materiais Art. 18. A inclusão do quesito raça, a ser regis-
didáticos e paradidáticos que subsidiem o trado segundo a autoclassificação, será obriga-
ensino, a divulgação, o debate e as ativida- tória em todos os registros administrativos dire-
des afins sobre a temática da História e Cul- cionados a empregadores e trabalhadores dos
tura Negras; setores público e privado.
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curso – matéria – Prof.
77
Questões .
79
4. (FCC – SEGEP-MA – Analista Ambiental – os compromissos assumidos pelo Brasil
Pedagogo – 2016) ao ratificar a Convenção Internacional
sobre a eliminação de todas as formas
No âmbito do Estatuto da Igualdade Racial, de Discriminação Racial e todos os com-
− Lei nº 12.288/2010 − ações afirmativas promissos assumidos pelo Brasil peran-
são te a comunidade internacional.
a) as políticas voltadas para garantir equi- b) O Estatuto da Igualdade Racial tem por
dade por meio de cotas raciais para objetivo único evitar a discriminação ra-
acesso à educação básica pública, ao cial e o bulling social.
emprego, à moradia, à saúde, ao sane- c) O Estatuto da Igualdade Racial ao tra-
amento básico e outros serviços. tar da Cultura busca preservar as tradi-
b) aquelas que são voltadas à seleção por ções remanescentes dos quilombos e o
mérito, condição socioeconômica, ade- registro e proteção da capoeira, como
são a credo religioso, partido político bem de natureza imaterial e da forma-
e outros critérios que revelem práticas ção da identidade cultural brasileira.
discriminatórias. d) A lei 12288/2010, no que trata do direi-
c) os programas e medidas especiais ado- to à saúde, garante tratamento iguali-
tados pelo Estado e pela iniciativa pri- tário da população negra, também no
vada para a correção das desigualdades que diz respeito aos seguros privados
raciais e para a promoção da igualdade de saúde.
de oportunidades. e) O Estado tem o dever de garantir a
d) as medidas governamentais compensa- igualdade de oportunidades, reconhe-
tórias permanentes destinadas a popu- cendo a qualquer cidadão brasileiro, in-
lações marcadamente marginalizadas e dependente da etnia ou cor da pele, o
desfavorecidas por condições de desi- pleno direito de participação na comu-
gualdades materiais. nidade, em todas as suas vertentes.
e) a caridade pública e a filantropia das
empresas privadas, de caráter com- 6. (IDECAN – Prefeitura de Natal – RN – Advo-
pulsório, facultativo ou voluntário, que gado – 2016)
produzem condição temporária de
igualdade racial. Sobre o tratamento que a Lei nº 12.288, de
20 de julho de 2010 – Estatuto da Igualdade
5. (IESES – BAHIAGÁS – Analista de Processos Racial dá ao esporte e lazer, analise as afir-
Organizacionais – Administração – 2016) mativas.
I – A capoeira é reconhecida como desporto
A Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010, insti- de criação nacional, nos termos do Art. 217
tuiu o Estatuto da Igualdade Racial, que obje- da Constituição Federal.
tiva garantir à população negra a efetivação
da igualdade de oportunidades, a defesa dos II – A atividade de capoeirista será reco-
direitos étnicos individuais, coletivos e difu- nhecida em todas as modalidades em que
sos, e o combate à discriminação e às demais a capoeira se manifesta, seja como esporte,
formas de intolerância, conforme dispõe o luta, dança ou música, sendo livre o exercí-
caput do artigo 1º do diploma legal em aná- cio em todo o território nacional.
lise. Considerando os termos da lei e a mens III – É facultado o ensino da capoeira nas
lege, assinale a afirmação INCORRETA. instituições públicas e privadas pelos capo-
a) O Brasil, no tocante à inclusão da popu- eiristas e mestres tradicionais, pública e for-
lação negra no mercado, tem por fun- malmente reconhecidos.
damento legal a CF, a Lei 12.288/2010, Estão corretas as afirmativas
80
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81
10. (IBFC – SAEB-BA – Analista de Registro de nas esferas pública e privada, em virtude de
Comércio – 2015) raça, cor, descendência ou origem nacional
ou étnica.
Assinale a alternativa correta sobre as maté-
rias indicadas expressamente na Lei Federal IV – Para se beneficiar do amparo do Es-
nº 12.888, de 20 de julho de 2010 (Estatuto tatuto Estadual da Igualdade Racial, será
da Igualdade Racial) como sendo de estudo considerado negro aquele que estiver clas-
obrigatório nos estabelecimentos de ensino sificado como negro, pardo ou mestiço no
fundamental e de ensino médio, públicos e quesito de cor, comprovado através da Cer-
privados. tidão de Registro de Nascimento.
a) Estudo dos problemas brasileiros e His- Quais estão corretas?
tória geral da África. a) Apenas I e II.
b) História das populações indígenas no b) Apenas III e IV.
Brasil e História da população negra no c) Apenas I, II e III.
Brasil. d) Apenas II, III e IV.
c) História geral da África e História da po- e) I, II, III e IV.
pulação negra no Brasil.
d) História das populações indígenas no 12. (FUNDATEC – CEEE – Técnico de Enferma-
Brasil e História geral da África. gem – 2013)
e) Estudo dos problemas brasileiros e His-
tória das populações indígenas no Brasil. De acordo com o artigo 1º, da Lei nº 12.288,
de 20.07.2010, toda situação injustifica-
11. (FUNDATEC – CEEE – Médico do Trabalho – da de diferenciação de acesso e fruição de
2013) bens, serviços e oportunidades, nas esferas
pública e privada, em virtude de raça, cor,
Com base na Lei Estadual nº 13.694, de descendência ou origem nacional ou étnica,
19.01.2011, analise as seguintes assertivas: para efeito da mencionada Lei, se considera
I – A Lei 13.694/2011 instituiu o Estatuto Es- a) discriminação de gênero.
tadual da Igualdade Racial e de Combate à b) discriminação étnico-racial.
Intolerância Religiosa contra quaisquer re- c) desigualdade racial.
ligiões, como ação estadual de desenvolvi- d) desigualdade de gênero e raça.
mento do Rio Grande do Sul, objetivando a e) desigualdade socioeconômica.
superação do preconceito, da discriminação
e das desigualdades raciais. 13. (FUNDATEC – CEEE – Técnico de Enferma-
II – Para efeito da Lei 13.694/2011, será gem – 2013)
considerado discriminação racial toda dis- O artigo 18, da Lei nº 13.694, de 19.01.2011,
tinção, exclusão ou restrição baseada em estabelece que “a inclusão do quesito raça,
raça, cor, descendência, origem nacional a ser registrado segundo a autoclassificação,
ou étnica que tenha por objetivo cercear o será
reconhecimento, o gozo ou o exercício dos
direitos humanos e das liberdades funda- a) obrigatório em todos os registros admi-
mentais em qualquer campo da vida pública nistrativos direcionados a empregado-
ou privada. res e trabalhadores dos setores público
III – Para efeito da Lei 13.694/2011, será e privado”.
considerado desigualdade racial toda situa- b) optativo em todos os registros adminis-
ção injustificada de diferenciação de acesso trativos direcionados a empregadores e
e fruição de bens, serviços e oportunidades, trabalhadores do setor privado”.
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17. (FUNDATEC – CEEE-GT – Técnico de Enfer- III – A inclusão do requisito raça, a ser re-
magem do Trabalho – 2013) gistrado segundo a autoclassificação, será
facultativa em todos os registros adminis-
Com base na Lei nº 13.694, de 19.01.2011, trativos direcionados a empregadores e tra-
que instituiu o Estatuto Estadual da Igualda- balhadores dos setores público e privado.
de Racial, analise as seguintes assertivas:
Quais estão corretas?
I – Para efeito do referido Estatuto, será
considerada desigualdade racial toda situa- a) Apenas I.
ção injustificada de diferenciação de acesso b) Apenas II.
e fruição de bens, serviços e oportunidades, c) Apenas I e II.
restritivo às esferas públicas, em virtude de d) Apenas I e III.
raça, cor, descendência ou origem nacional e) Apenas II e III.
ou étnica.
19. (FUNDATEC – IRGA – 2013 – ASS. ADM)
II – Para beneficiar-se do amparo do referi-
do Estatuto, será considerado negro aque- Nos termos do Estatuto Estadual da Igualda-
le que se declarar, expressamente, como de Racial, considera-se desigualdade racial:
negro, pardo, mestiço de ascendência afri- a) Toda situação injustificada de diferencia-
cana, ou através de palavra ou expressão ção de acesso e fruição de bens, serviços
equivalente que o caracterize negro. e oportunidades, nas esferas pública e
III – A inclusão do quesito raça, a ser re- privada, em virtude de raça, cor, descen-
gistrado segundo a autoclassificação, será dência ou origem nacional ou étnica.
obrigatória em todos os registros adminis- b) Toda situação justificada ou não de dife-
trativos direcionados a empregadores e tra- renciação de acesso e fruição de bens,
balhadores dos setores público e privado. serviços e oportunidades, nas esferas
Quais estão corretas? pública e privada, em virtude de raça,
cor, descendência ou origem nacional
a) Apenas I. ou étnica.
b) Apenas II. c) Toda situação justificada de diferen-
c) Apenas I e II. ciação de acesso e fruição de bens,
d) Apenas II e III. serviços e oportunidades, nas esferas
e) I, II e III. públicas, em virtude de raça, cor, des-
cendência ou origem nacional ou étni-
18. (FUNDATEC – IRGA – 2013 – TÉC. SUP.JURÍ- ca, excluída a esfera privada.
DICO) d) Toda situação injustificada ou não de
Considerando o Estatuto Estadual da Igual- diferenciação de acesso e fruição de
dade Racial, analise as seguintes assertivas: bens, serviços e oportunidades, nas es-
feras pública e privada, em virtude de
I – O Poder Público deverá promover políticas raça ou orientação sexual.
afirmativas que assegurem igualdade de e) Toda situação injustificada de diferen-
oportunidades aos negros no acesso aos ciação de acesso e fruição de bens, ser-
cargos públicos, proporcionalmente a sua viços e oportunidades, realizada por
parcela na composição do Estado. particulares, em virtude de raça, cor,
descendência ou origem nacional ou ét-
II – O Poder Público deverá incentivar a
nica, com exclusão da esfera pública.
uma maior equidade para os negros nos
empregos oferecidos na iniciativa privada.
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20. (FUNDATEC – IRGA – 2013 – ASS. ADM ) ção de ao menos 10% (dez por cento) de
atores, figurantes e técnicos negros.
Indique a alternativa INCORRETA sobre os
objetivos do Sistema Nacional de Promoção V – inclusão, no rol de feriados nacionais,
da Igualdade Racial. do Dia da Consciência Negra.
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b) Discriminação racial ou étnico-racial: d) a restrição baseada em cor cuja finali-
toda distinção, exclusão, restrição ou dade seja restringir o reconhecimento,
preferência baseada em raça, cor, des- em igualdade de condições, de direitos
cendência ou origem nacional ou étnica humanos no campo social.
que tenha por objeto anular ou restrin- e) o tratamento socialmente diferenciado
gir o reconhecimento, gozo ou exercício, que tenha o objetivo de rechaçar o gozo
em igualdade de condições, de direitos de liberdade fundamental na esfera cul-
humanos e liberdades fundamentais tural em razão da origem nacional.
nos campos político, econômico, social,
cultural ou em qualquer outro campo 25. (MPE-PR – 2012 – MPE-PR – Promotor de
da vida pública ou privada. Justiça)
c) População negra: o conjunto de pesso- Assinale a alternativa incorreta:
as que se autodeclaram não brancas,
conforme o quesito cor ou raça usado a) O Estatuto da Igualdade Racial consi-
pelos órgãos oficiais de estatística. dera desigualdade de gênero e raça a
d) Ações afirmativas: os programas in- assimetria no âmbito da sociedade que
centivados pelo Estado e pela iniciativa acentua a distância social entre mulhe-
privada para a conscientização das de- res negras e demais segmentos sociais;
sigualdades raciais e para a promoção b) Em nosso país, há obrigatoriedade de
dos direitos humanos. estudo, tanto no ensino fundamental,
e) Desigualdade de gênero e raça: simetria quanto no ensino médio, da história ge-
existente no âmbito da sociedade que ral da África e da história da população
acentua a distância social entre mulhe- negra no Brasil;
res negras e os demais segmentos so- c) É competente, por opção da ofendida,
ciais. para os processos cíveis regidos pela Lei
nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), o
24. (ESAF – 2012 – CGU – Analista de Finanças Juizado do seu domicílio ou residência,
e Controle – Prevenção da Corrupção e Ou- do lugar do fato em que se baseou a de-
vidoria) manda ou do domicílio do agressor;
d) Povos e comunidades tradicionais são
Visando assegurar o princípio da igualdade, grupos culturalmente indiferenciados que
o Estatuto da Igualdade Racial estabelece usam territórios e recursos naturais como
que é considerado(a) desigualdade racial condição para sua reprodução cultural,
a) a assimetria existente no âmbito da so- social, religiosa, ancestral e econômica;
ciedade que acentua a distância social e) É a autoidentificação o critério funda-
entre mulheres negras e os demais seg- mental para definir os grupos aos quais
mentos sociais. se aplicam as disposições da Convenção
b) a preferência baseada em raça ou ori- nº 169, da OIT.
gem étnica que tenha por objeto, em 26. (FESMIP-BA – 2011 – MPE-BA – Analista de
igualdade de condições, anular o exer- Sistemas)
cício de direitos humanos e liberdades
fundamentais em qualquer campo da A Lei 12.288/10, que instituiu o Estatuto da
vida pública ou privada. Igualdade Racial, trouxe, no seu artigo pri-
c) a situação injustificada de diferenciação meiro, conceitos acerca de discriminação
de acesso e fruição de bens, serviços racial ou étnico-racial, desigualdade racial,
e oportunidades, nas esferas pública e população negra, políticas públicas e ações
privada, em virtude de raça ou origem afirmativas para efeito do mencionado Esta-
étnica. tuto. Analise os itens I, II, III, IV e V abaixo.
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Gabarito: 1. C 2. C 3. B 4. C 5. B 6. A 7. C 8. C 9. D 10. C 11. C 12. C 13. A 14. E 15. D 16. D 17. D
18. C 19. A 20. C 21. C 22. Certa 23. B 24. C 25. D 26. D 27. D
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LEI Nº 13.320, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009.
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curso – matéria – Prof.
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Art. 8º A Secretaria da Administração e dos Re- Art. 10. As determinações constantes desta Se-
cursos Humanos orientará os órgãos públicos ção não impedem a adoção de medidas suple-
estaduais no sentido de proverem atendimen- mentares, objetivando a adaptação das instala-
to especial de forma que as pessoas protegidas ções para a pessoa com deficiência física.
pelo disposto no art. 7.º não sejam obrigadas a
esperar em filas. Art. 11. Nas edificações que venham a ser refor-
madas, as adaptações necessárias atenderão às
posturas municipais, a preceitos técnicos oficial-
CAPÍTULO II mente estabelecidos, bem como à anuência do
autor do projeto original.
DA ACESSIBILIDADE
Art. 12. As dependências que demandam acentu-
Seção I ado contato com o público deverão estar, prefe-
DA ACESSIBILIDADE NOS PROJETOS rencialmente, localizadas no térreo da edificação.
DE ARQUITETURA E DE ENGENHARIA Art. 13. A escolha de materiais a serem especi-
DE EDIFÍCIOS PÚBLICOS ficados para os pisos, principalmente das áreas
de maior circulação de público, deverá recair
Art. 9º Os projetos de arquitetura e de enge- em produtos antiderrapantes, mormente quan-
nharia, destinados à construção ou reforma do se tratar de rampas.
de edifícios públicos, inclusive os destinados a
Autarquias e Empresas de Economia Mista, in- Art. 14. Todas as aberturas de passagem deve-
corporarão as disposições de ordem técnica rão ser dimensionadas com largura mínima de
consubstanciadas nesta Seção, a fim de facilitar 90 cm (noventa centímetros).
o acesso à pessoa com deficiência física, exce-
Parágrafo único. Caso essas aberturas se-
tuados os prédios tombados pelo patrimônio
jam dotadas de elementos que devam per-
histórico nacional, quando tal medida implique
manecer constantemente fechados, devido
prejuízo arquitetônico, do ponto de vista históri-
a segurança, ar condicionado etc., serão
co. (Redação dada pela Lei nº 14.859/16)
previstos, quando estritamente necessá-
§ 1º Os edifícios referidos no “caput” des- rios, mecanismos que os mantenham tem-
te artigo deverão dispor de, no mínimo, um porariamente abertos.
sanitário masculino e um sanitário femini-
Art. 15. As maçanetas a serem especificadas se-
no, adaptados ou construídos, para uso por
rão, preferencialmente, do tipo alavanca.
pessoas com deficiência. (Redação dada
pela Lei nº 14.859/16) Art. 16. Deverá ser previsto trecho de rampa:
§ 2º As adaptações de que trata o “caput” I – sempre que a diferença das cotas de so-
deste artigo serão definidas em conformi- leira for superior a 2 cm (dois centímetros);
dade com o disposto na Norma Brasileira –
NBR – 9050/05, da Associação Brasileira de II – pelo menos em uma das entradas da
Normas Técnicas – ABNT –, e demais nor- edificação, quando o térreo estiver acentu-
mas de acessibilidade vigentes. (Redação adamente acima do nível da calçada.
dada pela Lei nº 14.859/16) Art. 17. As especificações concernentes a eleva-
§ 3º Quando da impossibilidade de ade- dores de passageiros determinarão que os bo-
quação dos edifícios públicos às normas tões de chamada e de comando estejam a, no
de acessibilidade vigentes, apresentar-se- máximo, 120 cm (cento e vinte centímetros) do
-ão alternativas para análise junto ao ór- piso, as cabines possuam corrimão, pelo menos,
gão competente. (Redação dada pela Lei nº em dois lados, e as portas tenham largura míni-
14.859/16) ma de 100 cm (cem centímetros).
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curso – matéria – Prof.
Art. 18. Os sistemas de alarme de incêndio de- endem bancos oficiais ou privados, caixas
verão possuir dispositivos de sinalização sono- econômicas, sociedades de crédito, associa-
ro-luminosa adequadamente localizados na ções de poupança, suas agências, subagên-
edificação e o mecanismo de alarme ser de fácil cias e seções.
ativação e estar a, no máximo, 120 cm (cento e
vinte centímetros) do piso. Art. 25. Os sanitários devidamente compatíveis
com a pessoa com deficiência física deverão es-
Art. 19. Projetos de auditórios devem prever tar disponíveis nos mesmos horários de funcio-
local destinado a cadeiras de rodas, inclusive, namento dos estabelecimentos financeiros.
quando for o caso, dotado de equipamento de
tradução simultânea, sem prejuízo das condi- Art. 26. Todos os estabelecimentos financeiros,
ções de visibilidade e locomoção. nas dependências destinadas para atendimento
ao público, deverão possuir bebedouros, obser-
Art. 20. Os refeitórios e salas de leitura deverão vando-se sempre as normas de acessibilidade
ser projetados de maneira a permitir o acesso, para a pessoa com deficiência física e crianças.
circulação e manobra de cadeira de rodas, bem
como possuir mesas apropriadas aos usuários Parágrafo único. Serão colocados copos
desses aparelhos. descartáveis à disposição dos clientes.
Art. 21. Os sanitários destinados ao público de- Art. 27. É obrigatória a instalação de caixas pa-
verão ser dimensionados de modo a permitir o gadoras para uso preferencial de pessoas com
acesso e a circulação de cadeiras de rodas, bem deficiência, com mobilidade reduzida, idosos e
como providos de elementos auxiliares que gestantes, no andar térreo dos estabelecimen-
permitam seu uso por pessoa com deficiência. tos bancários, que tenham caixas exclusiva-
mente em andares superiores, exceto os que
Art. 22. No hall da edificação, quando houver possuam elevadores que, então, deverão dispo-
telefones públicos, pelo menos um deles deverá nibilizar cadeiras de rodas para melhor locomo-
ser acessível ao cadeirante. ção interna.
Art. 23. Os projetos de arquitetura e de enge- Parágrafo único. É obrigatória a instalação
nharia que se encontrem em elaboração incor- de caixa eletrônico acessível ao cadeirante,
porarão, sempre que possível, as presentes de- no andar térreo, que possibilite a digitação
terminações. e a visualização das operações a serem re-
alizadas, em altura e proximidade que per-
Seção II mita ao usuário do serviço a utilização deste
DA ACESSIBILIDADE NOS na própria cadeira de rodas. (Incluído pela
ESTABELECIMENTOS PRIVADOS Lei nº 14.613/14)
Art. 28. Os estabelecimentos bancários que in-
Subseção I fringirem o disposto no art. 27 ficarão sujeitos
NOS ESTABELECIMENTOS às seguintes penalidades:
FINANCEIROS I – advertência e notificação para se ade-
Art. 24. Os estabelecimentos financeiros com quarem no prazo de 15 (quinze) dias úteis;
agências no Estado do Rio Grande do Sul ficam II – multa de 10.000 (dez mil) UPF-RS – Uni-
obrigados a possuírem instalações sanitárias se- dade Padrão Fiscal do Rio Grande do Sul e,
paradas por sexo e compatíveis com a pessoa no caso de reincidência, o dobro;
com deficiência física, para uso de seus clientes.
III – após a incidência do previsto nos inci-
Parágrafo único. Os estabelecimentos fi- sos I e II, cassação do alvará e interdição do
nanceiros referidos no “caput” compre- estabelecimento.
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Parágrafo único. A pessoa com deficiência Art. 32. Os estabelecimentos obrigados deverão
ou com mobilidade reduzida, idosos e ges- afixar em suas dependências internas, inclusive
tantes poderão representar, junto ao Esta- nas garagens, cartazes ou placas indicativas dos
do, contra o infrator, através de suas entida- locais onde as cadeiras de rodas encontram-se
des representativas. disponíveis aos usuários.
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curso – matéria – Prof.
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sentarem ainda cópia do Registro na Secre- Art. 50. Todo cão-guia portará identificação e,
taria da Justiça e do Desenvolvimento Social. sempre que solicitado, o seu condutor deverá
Art. 46. Tanto às pessoas físicas como às jurí- apresentar documento comprobatório do registro
dicas, a concessão do crédito especial se dará expedido pela Escola de Cães-Guia, acompanhado
dentro dos critérios usuais das instituições fi- do atestado de sanidade do animal fornecido pelo
nanceiras, respeitada a capacidade de liquidez órgão competente, ou médico veterinário.
dos financiados, demonstrada por documentos Art. 51. Viola os direitos humanos aquele que
que lhes forem solicitados. impede o acesso da pessoa com deficiência vi-
sual, conduzida por cão-guia, aos locais previs-
Art. 47. As pessoas físicas comprovarão a defi- tos no art. 48 desta Subseção.
ciência por meio de laudo médico, devendo as
entidades fazerem prova, através de seus esta- Parágrafo único. Os estabelecimentos, em-
tutos, de que se dedicam à promoção da pessoa presas ou órgãos que derem causa à dis-
com deficiência. criminação serão punidos com pena de
interdição até que cesse a discriminação,
Seção VII podendo cumular com pena de multa.
DOS DEFICIENTES VISUAIS Art. 52. A pessoa com deficiência visual tem di-
reito de manter pelo menos um cão-guia em sua
Subseção I residência e de transitar com o mesmo, seguro
DO INGRESSO COM CÃO-GUIA pela coleira, nas áreas e dependências comuns
do respectivo condomínio, independentemente
Art. 48. Toda pessoa com deficiência visual acom- de restrições à presença de animais na conven-
panhada de cão-guia, bem como treinador ou ção do condomínio ou do regimento interno.
acompanhante habilitado, poderá ingressar e per-
Art. 53. À pessoa com deficiência visual que
manecer em qualquer local público, meio de trans-
dependa de cães-guia para sua locomoção fica
porte, ou em qualquer estabelecimento comercial,
assegurado o direito ao transporte nas linhas
industrial, de serviço, ou de promoção, proteção e
intermunicipais regulares, em conformidade
recuperação da saúde, desde que observadas as
com o disposto na Lei nº 12.900, de 4 de janei-
condições impostas por esta Subseção.
ro de 2008, limitado a um animal por viagem,
Art. 49. Para os fins desta Lei, entende-se por: independentemente de peso e de cobrança de
I – deficiente visual: pessoa com cegueira tarifa, segundo Lei Federal n.° 11.126, de 27 de
ou baixa visão; junho de 2005, e Decreto Federal n.° 5.904, de
21 de setembro de 2006.
II – cão-guia: o animal portador de certifica-
do de habilitação fornecido por uma escola Subseção II
filiada à Federação Internacional de Escolas DA ACESSIBILIDADE À INFORMAÇÃO
de Cães-Guia e que esteja a serviço de uma
pessoa com deficiência visual, dependente Art. 54. Fica assegurado à pessoa com deficiência
inteiramente dele, ou que se encontre em visual o direito de receber, sem custo adicional,
estágio de treinamento; os boletos de pagamento de suas contas de água,
energia elétrica e telefonia, confeccionados em
III – local público: é aquele aberto e utiliza-
braile.
do pela sociedade, com acesso gratuito ou
mediante pagamento de taxa de ingresso; e Parágrafo único. Para o recebimento dos bole-
tos de pagamento confeccionados em braile,
IV – estabelecimento: propriedade privada
a pessoa com deficiência visual deverá efetuar
sujeita ao cumprimento das normas e pos-
a solicitação junto à empresa prestadora do
turas municipais.
serviço, onde será feito o seu cadastramento.
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curso – matéria – Prof.
Art. 55. Fica determinada a inclusão de, pelo Parágrafo único. Para efetivar o disposto
menos, 1 (um) exemplar da Bíblia Sagrada, edi- no “caput”, o Poder Executivo poderá esta-
tado em linguagem braile, no acervo das biblio- belecer convênios com entidades públicas
tecas públicas do Estado do Rio Grande do Sul. ou privadas que atuem no atendimento dos
Art. 55-A. Os bares e restaurantes estabelecidos surdos.
no Estado do Rio Grande Sul, onde sejam co- Art. 58. Os telejornais da Fundação Rádio e Te-
mercializadas refeições ao público, ficam obri- levisão Educativa estão autorizados a instituir a
gados a oferecer cardápios em braile. (Incluído legenda em língua portuguesa das notícias por
pela Lei nº 13.519/10) eles veiculados, no decorrer dos seus progra-
§ 1º A previsão legal contida no ‘caput’ des- mas diários, com a finalidade de possibilitar aos
te artigo obriga somente os estabelecimen- surdos o seu entendimento.
tos que disponibilizem cardápios impressos Art. 59. Fica autorizada a Fundação Rádio e Te-
e que ofereçam, no mínimo, 90 (noventa) levisão Educativa a adquirir os equipamentos
lugares. (Incluído pela Lei nº 13.519/10) necessários, se for o caso, para o efetivo cum-
§ 2º Estão excluídos da previsão contida primento do art. 58.
nesta Lei os estabelecimentos que prestem
serviços de ‘buffet’ e os que ofereçam prato
único. (Incluído pela Lei nº 13.519/10)
CAPÍTULO III
§ 3º Os cardápios deverão estar expostos
em local de fácil acesso às pessoas com de- DA INCLUSÃO SOCIAL
ficiência visual, contendo a transcrição do
Art. 60. A família que tenha pessoa com defici-
cardápio para o braile, com o nome dos pra-
ência tem preferência na participação do Pro-
tos, a relação de bebidas, de sobremesas e
grama de Garantia de Renda Mínima Familiar,
outros produtos oferecidos e seus respecti-
instituído pela Lei nº 11.620, de 14 de maio de
vos preços. (Incluído pela Lei nº 13.519/10)
2001, coordenado pela Secretaria da Justiça e
Seção VIII do Desenvolvimento Social, respeitadas as con-
dições impostas.
DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA AUDITIVA Art. 61. A educação profissional, prevista na Lei nº
11.123, de 27 de janeiro de 1998, compreende as
Art. 56. Ficam reconhecidos a LIBRAS – Língua diferentes formas de educação voltadas ao traba-
Brasileira de Sinais – e os demais recursos de ex- lho, à ciência e à tecnologia, tendo por finalida-
pressão a ela associados, como meios de comu- de propiciar o pleno desenvolvimento da pessoa,
nicação objetiva e de uso corrente. seu preparo para o exercício da cidadania e o de-
Parágrafo único. Compreende-se como senvolvimento de aptidões para a vida produtiva,
Língua Brasileira de Sinais o meio de co- através da preparação e da qualificação à pessoa
municação de natureza visual-gestual, com com deficiência para o mercado de trabalho, inde-
estrutura gramatical própria, oriunda de co- pendente de idade e nível de escolaridade.
munidade de pessoas surdas do Brasil, sen- Art. 62. Devem ser destinados preferencialmen-
do esta uma das formas de comunicação da te ao jovem com deficiência com idade entre 16
pessoa com deficiência auditiva. (dezesseis) e 24 (vinte e quatro) anos 10% (dez
Art. 57. Fica assegurado aos surdos o direito à por cento) dos novos postos de trabalho, decor-
informação e ao atendimento em toda a admi- rentes do Programa Primeiro Emprego, institu-
nistração pública, direta e indireta, por servidor ído pela Lei nº 11.363, de 30 de julho de 1999,
em condições de comunicar-se através da LI- regularmente inscrito no Programa, respeitadas
BRAS. as condições impostas.
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Parágrafo único. O empregador que con- termos da legislação trabalhista e previdenciá-
tratar pessoa com deficiência terá direito ria em vigor.
ao repasse de que trata o art. 4.º da Lei nº
11.363/1999, pelo período de, no máximo, Art. 69. O Sistema Estadual de Habitação de In-
12 (doze) meses. teresse Social – SEHIS –, instituído pela Lei nº
13.017, de 24 de julho de 2008, tem o objeti-
Art. 63. Devem ser destinados 10% (dez por cen- vo de viabilizar e promover, mediante políticas
to) das vagas de trabalho oferecidas no Progra- e programas de investimentos e subsídios, o
ma Nova Chance, instituído pela Lei nº 11.856, acesso à terra urbanizada e à habitação urbana
de 4 de dezembro de 2002, preferencialmente, e rural digna e sustentável para a população de
à pessoa acima de quarenta anos com deficiên- baixa renda, observando, dentre outras diretri-
cia, regularmente inscrita e respeitadas as con- zes, a adoção de mecanismos de quotas para a
dições impostas pelo Programa. pessoa com deficiência.
Art. 64. Fica o Poder Executivo autorizado a
conceder benefícios fiscais e estímulos credi-
tícios a empresas que preencham, no mínimo, CAPÍTULO IV
10% (dez por cento) de seus Quadros de Pessoal
DA SAÚDE
com pessoa com deficiência encaminhada por
instituições de assistência mantidas pelo poder
público estadual.
Seção I
DA PREVENÇÃO E DO TRATAMENTO
Parágrafo único. Equiparam-se às institui-
ções oficiais de atendimento à pessoa com Art. 70. É obrigatória a realização do exame deno-
deficiência as entidades particulares que minado Emissões Otoacústicas Evocadas (Teste
estejam conveniadas com o Estado ou man- da Orelhinha), imediatamente após o nascimen-
tenham registro na Secretaria da Justiça e to, nas maternidades e hospitais da rede pública
do Desenvolvimento Social, com o mesmo e particular de saúde do Estado do Rio Grande do
propósito assistencial educativo. Sul. (Redação dada pela Lei nº 14.625/14)
Art. 65. Os benefícios fiscais referidos no art. 64 § 1º Quando o bebê nascer fora da mater-
serão representados por prazos especiais con- nidade ou em outra unidade de saúde, o
cedidos para o recolhimento de impostos e ta- diagnóstico terá que ser feito até 3 (três)
xas devidos ao Estado, ou por redução dos res- meses de vida. (Renumerado pela Lei nº
pectivos valores ou alíquotas. 14.625/14)
Art. 66. Os incentivos creditícios serão repre- § 2º Fica obrigatória a fixação de cartazes
sentados por prioridade na concessão de em- com o timbre do hospital, à vista da popula-
préstimos, assim como diferimento de taxas pri- ção, nas dependências dos hospitais, mater-
vilegiadas, nas operações de crédito realizadas nidades e postos de saúde da rede oficial,
pelas empresas credenciadas junto a estabele- particular e conveniados, com o seguinte
cimento de crédito oficial, cujo acionista majori- teor: “De acordo com o artigo 70 da Lei nº
tário seja o Estado do Rio Grande do Sul. 13.320, de 21 de dezembro de 2009, é obri-
gatória a realização do exame denominado
Art. 67. A habilitação das empresas processar- Emissões Otoacústicas Evocadas (Teste da
-se-á junto à Secretaria da Justiça e do Desen- Orelhinha), imediatamente após o nasci-
volvimento Social, por períodos renováveis não mento, nas maternidades e hospitais da
superiores a 6 (seis) meses. rede pública e particular de saúde do Esta-
Art. 68. Só será considerada, para efeito de cál- do do Rio Grande do Sul.”. (Incluído pela Lei
culo, a pessoa com deficiência contratada nos nº 14.625/14)
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curso – matéria – Prof.
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§ 1º Para os fins de que trata o “caput”, fi- Art. 84. O Plano Terapêutico Individual é um re-
cam definidos os seguintes termos: gistro individual dos moradores, onde devem
constar dados pessoais e endereço de um res-
I – assistência: oferta de serviços de abriga- ponsável, a programação de atividades a serem
gem, alimentação, higiene, lazer e ações de desenvolvidas, considerando o que mais benefi-
reabilitação psicossocial; ciará o usuário, bem como os profissionais res-
II – situação de vulnerabilidade social: po- ponsáveis por tais atividades.
breza, abandono definitivo ou temporário, Parágrafo único. O plano deve ser revisto,
maus-tratos físicos e psicológicos, deficiên- pelo menos, uma vez por mês, prevendo
cia física e intelectual; termo de permanência no serviço e incluir,
III – caráter provisório: tempo necessário ainda, todos os fatos relevantes ocorridos
para que o usuário tenha condições de aten- no período de atendimento relacionados à
der os objetivos estabelecidos no “caput”; saúde, bem-estar social e direitos.
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curso – matéria – Prof.
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de modalidade comum do sistema de transpor- se esta indicar risco ao equilíbrio econô-
te intermunicipal de passageiros, seja por ôni- mico da concessão ou permissão, o Poder
bus, trem e/ou barco, condicionada ao disposto Executivo poderá propor medidas visando a
no art. 163, § 4º, da Constituição do Estado. sua preservação.
§ 1º Para efeito exclusivamente da conces- Art. 98. A empresa transportadora que, sem jus-
são do benefício de que trata o “caput”, to motivo, recusar transporte gratuito ao bene-
considera-se pessoa com deficiência aque- ficiário do art. 94 cometerá infração punível nos
la que apresenta, em caráter permanente, termos do Regulamento do Serviço de Transpor-
perda ou anormalidade de sua estrutura ou te Coletivo Intermunicipal.
função psicológica, fisiológica ou anatômica
que gere incapacidade para o desempenho
de atividade, dentro do padrão considerado CAPÍTULO VI
normal para o ser humano.
DO SISTEMA ESTADUAL DE
§ 2º Na inexistência de linhas de modalida- INCENTIVO ÀS ENTIDADES DE
de comum, o beneficio referido no “caput”
fica assegurado em linhas de modalidade
ASSISTÊNCIA SOCIAL E À PESSOA
semidireto. COM DEFICIÊNCIA
Art. 95. A condição de deficiente, bem como a Art. 99. O Sistema Estadual de Incentivo às En-
necessidade de assistência de terceiros, deve- tidades de Assistência Social – SEIAS é instituído
rão ser atestadas pelas respectivas entidades pela Lei nº 11.608, de 23 de abril de 2001.
representativas ou assistenciais e homologadas
Parágrafo único. A assistência social à pes-
pela Secretaria da Saúde.
soa com deficiência física, sensorial, intelec-
Art. 96. Considerar-se-á economicamente ca- tual ou múltipla, será prestada por entida-
rente a pessoa com deficiência que comprove des públicas ou privadas, filantrópicas, sem
renda familiar “per capita” mensal igual ou in- fins lucrativos, constituídas para este fim.
ferior a 1,5 (um e meio) salários mínimos nacio-
Art. 100. Os contribuintes do Imposto sobre Ope-
nalmente fixados.
rações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Art. 97. O órgão competente do Poder Executivo sobre Prestações de Serviços de Transporte In-
ou a entidade de classe que represente os con- terestadual e Intermunicipal e de Comunicação
cessionários ou permissionários do transporte – ICMS, inscritos no Cadastro Geral de Contri-
intermunicipal de passageiros serão responsá- buintes do Tesouro do Estado – CGC/TE, poderão
veis pela confecção gratuita das credenciais de efetuar doações às entidades definidas no pará-
identificação dos beneficiários, devendo emiti- grafo único do art. 105, no limite de 1% (um por
-las no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a cento) do montante devido do imposto, discrimi-
solicitação. nado na Guia de Informação ou Livro de Regis-
tro e Apuração do ICMS, limitado a 0,5% (meio
§ 1º O órgão competente do Poder Execu- por cento) do saldo devedor de cada período de
tivo manterá controle sobre o número de apuração, respeitado o montante global da recei-
credenciais emitidas e sobre a frequência ta líquida, conforme disposto no art. 102.
de sua utilização, relativamente a cada em-
presa concessionária ou permissionária de Parágrafo único. Cada contribuinte não po-
transporte coletivo intermunicipal. derá, obedecido o limite previsto no “ca-
put”, ultrapassar a 25% (vinte e cinco por
§ 2º Na hipótese de frequência da utilização cento) das doações mensais resultante do
das credenciais em relação a uma determi- abatimento no ICMS devido para a mesma
nada empresa, apurada na forma do § 1º, entidade.
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curso – matéria – Prof.
Art. 102. Anualmente, lei de iniciativa do Go- § 3º As entidades sociais terão como limite
vernador do Estado fixará o montante global individual mensal de despesa por pessoa:
que poderá ser utilizado em aplicações de as- I – se serviços de apoio, o equivalente a 50
sistência social à pessoa com deficiência física, (cinquenta) UPF-RS;
sensorial, intelectual ou múltipla, mediante a
sistemática prevista neste Capítulo, equivalente II – se serviços de abrigamento, o equiva-
ao mínimo de 0,5% (meio por cento) da receita lente a 100 (cem) UPF-RS.
tributária líquida.
§ 4º As entidades sociais não poderão so-
Art. 103. As entidades de assistência social, mar os limites de apoio e de abrigamento
conforme os casos específicos de atendimento, mencionados no § 3.º do art. 103.
para beneficiarem-se das doações nos termos
Art. 104. As instituições de assistência ficam au-
deste Sistema, deverão contar com os seguintes
torizadas a destinar espaço físico para a divulga-
serviços:
ção das empresas que efetuarem doações.
I – de apoio ou
101
CAPÍTULO VII Parágrafo único. No ato da inscrição, o de-
DO SERVIÇO PÚBLICO ficiente intelectual deverá apresentar car-
teira de habilitação específica para o cargo
(Redação dada pela Lei nº 13.449/10) ou função a exercer, fornecida por entidade
oficial reconhecida.
Seção I
Art. 110. A pessoa com deficiência será prefe-
DA ADMISSÃO NO SERVIÇO PÚBLICO rencialmente lotada em órgão cuja infra- estru-
Art. 105. As deficiências físicas, intelectuais e tura lhe facilite o acesso ao local de trabalho e
sensoriais não são consideradas causas impedi- desempenho da função, desde que verificada a
tivas para admissão no serviço público estadual. necessidade administrativa de lotação do res-
pectivo cargo.
Parágrafo único. À pessoa com deficiên-
cia é assegurado o direito de inscrição em Art. 111. A deficiência de que era portador o
concurso público para provimento de cargo candidato ao ingressar no serviço público não
cujas atribuições sejam compatíveis com a poderá ser motivo para a concessão de aposen-
deficiência de que é portadora. tadoria por invalidez ou exoneração do respecti-
vo cargo ou função.
Art. 106. O candidato com deficiência deverá
apresentar laudo médico que comprove a defi- Seção II
ciência alegada, no ato da inscrição para o con-
curso. DOS SERVIDORES PÚBLICOS QUE
POSSUEM FILHOS COM DEFICIÊNCIA
Art. 107. Os concursos para provimento de car-
go público destinarão, na forma do parágrafo Art. 112. Os servidores públicos estaduais da
único do art. 105, no mínimo, 10% (dez por cen- administração direta, autárquica ou fundacio-
to) das vagas para pessoas com deficiência. nal, incluindo os empregados das fundações
mantidas ou instituídas pelo Estado, que possu-
§ 1º Não ocorrendo a aprovação de candi- am filho, dependente, com deficiência congêni-
datos com deficiência em número suficiente ta ou adquirida, com qualquer idade, terão sua
para ocupar os cargos previstos em reserva carga horária semanal reduzida à metade, nos
de mercado, estes serão preenchidos pelos termos desta Seção.
demais aprovados.
§ 1º A redução de carga horária, de que
§ 2º Caso o número de vagas oferecidas trata o “caput”, destina-se ao acompanha-
impossibilite a obtenção do percentual de mento do filho, natural ou adotivo, no seu
10% (dez por cento) previsto no “caput”, no tratamento e/ou atendimento às suas ne-
mínimo uma delas será destinada ao con- cessidades básicas diárias.
curso de deficientes.
§ 2º No caso de ambos os cônjuges serem
Art. 108. À pessoa com deficiência serão asse- servidores estaduais e enquadrados nas dis-
gurados meios adequados para a prestação das posições desta Seção, a somente um deles
provas requeridas no concurso, de acordo com será autorizada a redução de carga horária,
as peculiaridades de sua deficiência. de sua livre escolha.
Art. 109. O deficiente intelectual, nas atividades § 3º O afastamento poderá ser consecutivo,
compatíveis com a deficiência, será submetido, intercalado, alternado ou escalonado, con-
obedecidos os parâmetros do art. 110, a teste forme necessidade e/ou programa do trata-
prático realizado no órgão em que irá desempe- mento pertinente.
nhar suas atividades.
102
curso – matéria – Prof.
Art. 113. Para se efetuar a redução de carga ho- item I, da Constituição Federal, são considera-
rária prevista no art. 112, o interessado deverá das graves, se incapacitantes para a função pú-
encaminhar requerimento ao titular ou dirigen- blica, conforme o caso, a cegueira e a paralisia
te máximo do órgão em que estiver lotado, ins- e, por equiparação, a grave deformidade física
truído com cópia da certidão de nascimento ou superveniente ao ingresso no serviço estadual.
adoção, atestado médico ou laudo de que tenha
filho com deficiência, com dependência, e, se Art. 116. O disposto no art. 115 aplica-se a to-
possível, laudo prescritivo do tratamento a que das as categorias de servidores do Estado regi-
deverá ou está sendo submetido. das por Estatuto, ainda que próprio ou peculiar.
§ 1º A autoridade referida no “caput” enca- Art. 117. Os servidores inativados com proven-
minhará o expediente à Secretaria da Ad- tos proporcionais ao tempo de serviço que vie-
ministração e dos Recursos Humanos, com rem a se enquadrar em hipótese prevista no art.
vistas ao Departamento de Perícia Médica, 121 terão esses proventos revistos para se tor-
que emitirá laudo conclusivo sobre o reque- narem integrais.
rimento.
§ 2º Não havendo órgão de perícia médica Seção IV
do Estado na cidade domiciliar do servidor, DO ESTÁGIO DO ESTUDANTE
o laudo do Departamento de Perícia Médica COM DEFICIÊNCIA (INCLUÍDO PELA
poderá ser suprido por relatório detalhado LEI Nº 13.449/10)
de dois profissionais plenamente habilita-
dos. Art. 117-A. Ficam assegurados nos órgãos pú-
blicos do Estado, 10% (dez por cento) do total
Art. 114. O benefício de que trata esta Seção
das vagas de estágio existentes aos estudantes
será concedido pelo prazo de 6 (seis) meses, po-
com deficiência, matriculados no ensino médio,
dendo ser renovado sucessivamente por iguais
superior, supletivo e especial. (Incluído pela Lei
períodos, observando-se o disposto no art. 116
nº 13.449/10)
e seus parágrafos.
Art. 117-B. Quando o total das vagas a que se
§ 1º Tratando-se de deficiência irreversível
refere o art. 117-A resultar em fração igual ou
e que necessite de tratamento continuado,
superior a 0,5 (cinco décimos) ou inferior a 0,5
o servidor fará, à época da renovação, ape-
(cinco décimos), arredondar-se-á para o número
nas a comunicação ao seu órgão para fins
inteiro imediatamente superior ou inferior, res-
de registro e providências.
pectivamente. (Incluído pela Lei nº 13.449/10)
§ 2º Encaminhado o pedido inicial ou a soli-
§ 1º Será sempre reservada, no mínimo,
citação de prorrogação ou renovação da au-
uma vaga ao estudante com deficiência. (In-
torização, o servidor, automaticamente, go-
cluído pela Lei nº 13.449/10)
zará deste benefício, passados 15 (quinze)
dias do protocolo do expediente, cabendo à § 2º Na hipótese do não preenchimento das
autoridade ou dirigente todas as responsa- vagas por falta de candidatos aptos às fun-
bilidades, principais e acessórias, para sua ções, no prazo máximo de 30 (trinta) dias
implementação. contados de sua disponibilização, estas se-
rão destinadas a outras pessoas, não defi-
Seção III cientes. (Incluído pela Lei nº 13.449/10)
DA APOSENTADORIA
Art. 115. Para efeito de fixação dos proventos de
aposentadoria, na forma do que prevê o art. 40,
103
DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 123. Os Secretários de Estado, por ocasião
da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência,
Art. 118. Todos os jovens com deficiência têm o procederão a levantamento das atividades rea-
direito à reinserção e à integração plena na so- lizadas no âmbito de suas Secretarias, devendo
ciedade, de acordo com a Lei nº 12.682, de 21 dar prioridade para implementação das ações
de dezembro de 2006, que instituiu o Estatuto sob orientação da FADERS.
da Juventude no âmbito do Estado do Rio Gran-
de do Sul, sendo sujeitos de direitos e oportuni- Art. 124. O Dia Estadual dos Surdos é comemo-
dades que lhes permitam o acesso a serviços e rado, anualmente, no dia 26 de setembro.
benefícios sociais que melhorem sua qualidade Art. 125. O Dia da Língua Brasileira de Sinais –
de vida. LIBRAS – é comemorado, anualmente, no dia 24
Art. 119. A pessoa com deficiência infratora, de abril, com a finalidade de valorizar a conquis-
considerada em situação de vulnerabilidade ta da liberdade de expressão gesto-visual das
econômica, conforme dispõe a Lei nº 11.877, pessoas com deficiência auditiva.
de 26 de dezembro de 2002, é beneficiada pela Art. 126. Esta Lei entra em vigor na data de sua
gradação de penalidade ambiental de multa, publicação.
respeitadas as condições impostas.
Art. 127. São formalmente revogadas, por con-
Art. 120. Fica instituída no âmbito do Estado do solidação e sem interrupção de sua força nor-
Rio Grande do Sul a Semana Estadual da Pessoa mativa, as seguintes Leis:
com Deficiência no período de 21 a 28 de agos-
to de cada ano. I – 949, de 28 de dezembro de 1949;
Art. 121. A Semana Estadual da Pessoa com De- II – 2.356, de 21 de junho de 1954;
ficiência tem por finalidades:
III – 5.254, de 26 de julho de 1966;
I – esclarecer a comunidade quanto às cau-
IV – 8.064, de 29 de novembro de 1985;
sas das deficiências;
V – 8.974, de 8 de janeiro de 1990;
II – promover a integração da pessoa com
deficiência em todos os níveis sociais; VI – 9.429, de 21 de novembro de 1991;
III – promover campanha educativa em es- VII – 10.003, de 8 de dezembro de 1993;
colas, igrejas, centros sociais, visando à pre-
venção e à conscientização quanto à proble- VIII – 10.228, de 6 de julho de 1994;
mática da pessoa com deficiência; IX – 10.364, de 19 de janeiro de 1995;
IV – promover o intercâmbio de informa- X – 10.367, de 19 de janeiro de 1995;
ções com a comunidade, visando a soluções
efetivas para as dificuldades das pessoas XI – 10.414, de 26 de junho de 1995;
com deficiência;
XII – 10.538, de 12 de setembro de 1995;
V – proceder a um levantamento anual das
XIII – 10.556, de 17 de outubro de 1995;
ações levadas a efeito em prol da pessoa
com deficiência em todas as esferas da ad- XIV – 10.940, de 18 de março de 1997;
ministração pública.
XV – 11.056, de 18 de dezembro de 1997;
Art. 122. Compete à FADERS coordenar, junta-
mente com as Federações Estaduais representa- XVI – 11.405, de 31 de dezembro de 1999;
tivas da pessoa com deficiência, todas as ativi- XVII – 11.576, de 4 de janeiro de 2001;
dades da semana.
104
curso – matéria – Prof.
105