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POLÍCIA CIVIL | RS

DELEGADO DE POLÍCIA

MEDICINA LEGAL – Parte 2


Profª Luciana Gazzola
Medicina Legal

TRAUMATOLOGIA

Lesões por arma de fogo

Conceito: tipos de lesões pérfuro-contusas causadas por instrumentos pérfuro-contundentes.


Diante de um ferimento de arma de fogo, é preciso analisar três pontos principais:

1) Diferenciar ferimentos de entrada e saída

O disparo de arma de fogo pode ter efeitos primários decorrentes do próprio projétil e efeitos
secundários, quais sejam: fragmentos de pólvora que sofreu combustão, fragmentos de pólvora
que não sofreu a devida combustão, chamas, aumento da temperatura do cano da arma,
pressão causadas pelos gases. Estes últimos também podem ser chamados de “residuograma”.
Ferimentos de entrada: normalmente regulares, com bordas invertidas, invaginadas, voltadas
para dentro.
Ferimentos de saída: normalmente de forma irregular, bordas reviradas para fora, possível
avaliar o possível trajeto, diâmetro maior que o orifício de entrada, maior sangramento,
não possuem halo de enxugo nem na orla de escoriação (típicos de lesão de entrada) e não
apresentam efeitos secundários.

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Abaixo, os ferimentos de saída e entrada, respectivamente:

Exceção: “Sinal de funil de Bonnet”. Quando se tem um tiro encostado em região que recobre
tábua óssea. Ex.: crânio.
No “Sinal de Funil de Bonnet”, o ferimento de entrada terá a lâmina externa arredondada,
regular e a lâmina interna será irregular, maior do que o da lâmina externa com bisel interno
bem definido, em forma de cone com a base voltada para dentro. O movimento de saída, por
sua vez, será exatamente o inverso, com a base do cone voltada para fora.
Abaixo, a demonstração da entrada do projétil pelo OE (orifício de entrada), com a parte mais
afunilada do cone no início e a mais aberta, no final; a trajetória do projétil, em pontilhado e o
Orifício de saída (OS), que possui a parte mais afunilada para dentro e parte mais aberta para
fora, depois a saída do projétil.

a) Ferimentos de entrada em tiro encostado


a.1 Esses ferimentos possuem forma irregular e denteada ou, com entalhes. Se o a arma de
fogo, dispara o projétil, encostada no corpo do indivíduo e atinge região que recobre área
óssea (crânio, escápula, palato ou externo/tórax), os efeitos secundários não terão para
onde “escapar”. Assim, os gases de combustão da pólvora, irão entrar na pele, atingir o
osso, encontrando resistência e, assim, refluir.

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Ao refluírem, os gases causarão o sinal de “câmara de mina de Hoffmann” ou, “golpe de mina”.
Obs.: ficará parecido com o orifício de saída, mas é um orifício de entrada.
a.2 Sinal de Werkgaertner: desenho da boca do cano na pele produzido por uma ação
contundente.
a.3 Sinal de Benassi: halo fuliginoso na lâmina externa do osso.
a.4 Sinal de Schusskanol: esfumaçamento do túnel do tiro no osso).

b) Ferimentos de entrada em tiro a curta distância


Esses ferimentos possuem forma arredondada ou ovalada, bordas invertidas, produzem efeitos
secundários, formam halos e podem ser à queima-roupa
Obs.: O tipo à queima-roupa é uma modalidade de ferimento de entrada em tiro a curta
distância. Além das características supra apresentarão também queimadura e cretação dos
pelos, devido a ação do calor e da elevada temperatura dos gases.
a.1 Halo de enxugo ou orla de Chavigny: o projétil vai se enxugar na pele. Ao entrar no
corpo, o projétil “limpa” nos tecidos as suas impurezas provocando um halo de coloração
enegrecida.
a.2 Zona de tatuagem: resquícios de pólvora incombusta (pólvora que não sofreu combustão).
Situação: Ao deflagrar a arma, sairá um projétil que provocará efeitos primários e
secundários, dentre os secundários a parte da pólvora que não sofrer combustão entrará
na pele como “microprojéteis” marcando a pele como uma tatuagem definitiva.
a.3 Zona de esfumaçamento (tisnado): são grãos de pólvora que sofreram combustão (pólvora
combusta) e viraram, portanto, fuligem. Esses grãos chegarão na pele, caso a distância
entre a arma e o corpo seja curta, provocando a sensação de tatuagem (falsa tatuagem).
a.4 Aréola equimótica: é a sufusão hemorrágica ruptura de vasos sanguíneos ao redor do
orifício
a.5 Orla de escoriação ou contusão: arrancamento da epiderme pela rotação do projétil.
Obs.: Normalmente os livros trazem que acima de 70, 80 centímetros o projétil não produz
mais efeitos secundários. Logo, se não existem mais efeitos secundários, não é possível precisar
a distância do disparo.
Obs.: a distância do tiro à queima-roupa também é alvo de divergência doutrinária. Se para
uma parte da doutrina, a distância varia de 3-5 cm, para o professor França, a distância pode
ser de até 10 centímetros.

c) Ferimentos de tiro a distância


Nesses ferimentos apenas o projétil atinge a vítima. Portanto, não há formação de efeitos
secundários sendo impossível, assim, determinar a distância entre o projétil e a vítima.

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Além, são orifícios ovalados, com bordas invertidas, possuem diâmetro menor que o do projétil
e apresentam orla de enxugo e de escoriação e aréola equimótica.

2) Diferenciar trajetos e trajetória


Aquele (trajeto) é o caminho percorrido pelo projétil no interior do corpo, do momento em que
ele entrou no corpo até o momento em que saiu, ou ficou alojado em algum órgão do corpo;
este (trajetória), por sua vez, é o caminho percorrido pelo projétil da boca do cano da arma até
o encontro do anteparo que, nos casos de disparo de arma de fogo, será o corpo da vítima.

3) Aferir provável distância do disparo

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ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA

Conceito: De acordo com Genival Veloso de França é: “qualquer lesão produzida por um tipo de
energia capaz de modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado podem surgir ofensa
corporal, dano à saúde ou morte.”

Principais tipos de energia de ordem física


Pressão
Temperatura Eletricidade Radiação Luz e som
atmosférica

1) Temperatura (calor)

A ação direta do calor na pele causa a lesão denominada “queimadura”, contudo caso
a ação do calor seja difusa, ou seja, em todo o corpo humano, a lesão será a “termonose”,
podendo subdividir-se em insolação (que ocorre normalmente em locais abertos, ambientais)
e internação (normalmente em locais fechados, oportunidade em que além da alta
temperatura há dificuldade de renovação do ar e consequente aumento da saturação de
umidade no ambiente). A maioria das lesões causadas por temperatura-calor a são de causa
jurídica acidental e são avaliadas, no que tange à gravidade, por dois critérios, quais sejam: 1)
profundidade (quatro graus) e 2) Extensão da superfície corporal queimada (porcentagem).

Ação direta Queimadura


         Insolação
 
Ação difusa Termonese
         Internação
Maioria de origem acidental
Critérios para avaliação da queimadura Profundidade e Extensão

1.1) Quanto à profundidade (classificação de Hoffmann):


As lesões podem ser graduas em quatro à medida que ferem mais ou menos a pele. As de
primeiro grau primeiro grau geram eritema simples, vasodilatação; as de segundo grau
provocam vesículas, ou flictenas (as comumente chamadas de bolhas) e são muito dolorosas;
as queimaduras de terceiro grau geram coagulação necrótica dos tecidos moles seguida
da formação de escaras, por mais contraditório que pareça, são menos dolorosas que as de
segundo grau, pois provocam a queimadura das terminações nervosas, impedindo que os
nervos emitam estímulos de dor ao corpo; e por último as queimaduras de quarto grau que
resultam em carbonização, que pode ser total ou parcial.

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Classificação de Hoffmann:
Grau Lesão
Primeiro Eritema simples, vasodilatação
Segundo Vesículas ou flictemas (bolhas)
Terceiro Coagulação necrótica dos tecidos (escaras)
          Total
 
Quarto Carbonização
          Parcial

1.2) Quanto à extensão (regra dos noves ou regra de Pulaski)


Nessa avaliação da gravidade da lesão, é feita a divisão do corpo em algarismos múltiplos de 09
(nove) para uma conta aproximada da superfície queimada.

Regra de Pulaski (regra dos noves)


Adulto – 9%
*Cabeça (inteira)
Criança – 18%
Adulto – 9%
Cada membro superior (inteiro, frente e trás)
Criança – 9%
Adulto – 18%
*Cada membro inferior (inteiro, parte da frente e parte de trás)
Criança – 14%
Adulto – 18%
Todo o dorso (em cima e embaixo)
Criança – 18%
Adulto – 18%
Todo o tórax e o abdômen (região anterior)
Criança – 18%
Adulto – 1%
Região perineal
Criança – 1%

*atenção para a diferenciação do percentual do membro em relação à totalidade corporal entre


adultos e crianças.

1.3) As queimaduras podem ser in vida ou post mortem


A identificação se dá por três critérios, quais sejam: pesquisa de monóxido de carbono no
sangue, Sinal de Montalth e Sinal de Janesie Jeliac.
O primeiro critério, chamado de sinal vital, afere se há presença de monóxido de carbono no
sangue do cadáver. Em incêndios, há liberação do gás CO no ambiente, assim se o cadáver o
tiver em seus pulmões é indicativo de que estava vivo durante a queimadura corporal.

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O Sinal de Montalth, por sua vez, confere se há fuligem nas vias aéreas. Durante o incêndio são
liberados no ar fuligens que, são inaladas caso os presentes estejam vivos. Assim, se há fuligem
nas vias aéreas e, consequentemente, no pulmão do corpo, ele estava vivo durante o incêndio.
Diferente dos critérios respiratórios acima, o Sinal de Janesie Jeliac verifica o conteúdo das
bolhas (queimaduras de segundo grau) na pele adjacente. Em um corpo vivo, as queimaduras
de incêndio provocam reações, inflamações provocando, portanto, conteúdo de células
inflamatórias nas bolhas. Contudo, se a pessoa já estiver morta a pele não irá reagir não
gerando, a dita reação inflamatória na pele adjacente.
1) Pesquisa de CO no sangue → sinal vital  
2) Sinal de Montalth → fuligem nas vias aéreas sinais vitais
3) Sinal de Janesie Jeliac → conteúdo das bolhas na pele adjacente

2) Lesões por eletricidade

As lesões por eletricidade se dividem em lesões naturais e artificiais. Se naturais, e causarem


morte são chamadas de fulminação, se naturais e causarem apenas lesões corporais são
denominadas fulguração.
Por outro lado, se a lesão for por eletricidade artificial, se causar morte ou apenas lesão será
denominada eletropressão.

A ação da eletricidade pode e dar duas formas: direta e indireta. A primeira acontece no
funcionamento do coração sistema elétrico condutor provocando arritmia, distúrbio de
funcionamento do ritmo cardíaco. Já a indireta decorre do “efeito joule”, já que a eletricidade
produz calor pelo corpo provocando queimaduras elétricas. Ainda, a ação do calor dependerá
de três pontos: resistência do condutor, do tempo de passagem da corrente e da intensidade
da corrente. Quanto maiores os pontos, maior o calor e mais intensa a queimadura elétrica.

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2.1) Lesões típicas
a. Sinal de Lichtenberg. Patognomônica da eletricidade de fonte natural, ou seja, decorre
apenas da eletricidade natural, provocando assim, dilatação do vasomotor e, portanto é
um fenômeno efêmero. Tem característica arboriforme.
b. Marca elétrica de Jellinek. Normalmente indica a “porta de entrada” de uma fonte elétrica
de eletricidade que, na maioria das vezes, é artificial. Ainda, a lesão é caracteristicamente
indolor.
c. Queimaduras elétricas. Em decorrente do efeito joule, geralmente, não forma bolhas e
sim escaras endurecidas e enegrecidas.
d. Metalização. Deposição de metal na pele
e. Amputação de membros e secção corporal. Frequente nas situações de alta voltagem, alta
amperagem.

2.2) Mecanismos de morte


O mecanismo de morte varia a depender da voltagem, da alta tensão da corrente elétrica.
a. Alta tensão > 1200 volts. Nesses casos geralmente a morte se dá por mecanismos de lesão
do sistema nervoso central, é a lesão cerebral, ou lesão bulbar. (O bulbo é uma área do
tronco encefálico)
b. Média tensão 1200 a 120 volts. Aqui se tem a lesão por asfixia, por alterações nos músculos
acessórios da respiração. É provocada a tetania, qual seja, a contração desses músculos
repiratórios que entram fadiga provocando morte por asfixia.
c. Abaixo de 120 volts. Tais mecanismos provocam a morte por arritmia cardíaca, ou fibrilação
ventricular, parada cardíaca.

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3) Pressão atmosférica

3.1) Aumento da pressão atmosférica, ou “Mal dos caixões” ocorre principalmente em


mergulhadores, e em pessoas que trabalham em túneis subterrâneos, ou seja, locais
em que a condição de temperatura e pressão divergem de CNTP, condições normais de
temperatura e pressão.
Ex: Barotrauma, ou síndrome de descompressão, ocorre quando o mergulhador que está em
situação de baixa pressão resolve subir rapidamente encontrando, na superfície, condições de
alta pressão assim, se lesionando. Essas lesões são chamadas de embolia pulmonar.
3.2) Diminuição da pressão atmosférica, ou “Mal das montanhas” ocorre em locais que possuem
altitude elevada e, portanto, baixa pressão atmosférica e ar rarefeito (com menos oxigênio).
A diminuição do oxigênio provoca a lesão poliglobulia, que é o aumento das hemácias
(células do sangue que contém hemoglobina e responsáveis por carregar o oxigênio para o
sangue).

4) Explosão

As lesões corporais causadas pelas ondas de pressão são chamadas de “Blasts” que se
subdividem em quatro graus. Veja:
•• Blast primário: acontece pela própria onda de choque, provocando lesão aos órgãos que
contêm ar, como no pulmão, nos ouvidos ou no tubo digestivo.
•• Blast secundário: se dá pelo estilhaçamento do material explosivo e do objeto. Exemplo:
garrafa perto do local da explosão que se estilhaça com o impacto e causa lesões nas
pessoas que estão próximas. São geralmente, lesões traumáticas.
•• Blast terciário: deslocamento da pessoa à distância pelo vento explosivo. Quando o
indivíduo caí ao chão terá lesões contusas associadas ao blast terciário.
•• Blast quaternário: lesões não decorrentes das anteriores, como queimaduras, intoxicação
por gases.

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ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA

Conceito: De acordo com Genival Veloso de França é: “toda substância que, por ação físico-
química ou biológica, são capazes de, entrando em reação com os tecidos vivos, causar dano à
vida ou à saúde.”

Principais tipos de energia de ordem física


Cáusticos Venenos Embriaguez Toxicomanias

Nesse primeiro momento serão estudados os cáusticos e os venenos.

Cáusticos Venenos
Causa lesão corporal por ação interna. Deve haver,
portanto, uma porta de entrada no organismo
Causa lesão por ação externa, portanto, basta o
que pode ser por penetração, absorção pelo
mero contato físico para gerar uma lesão
organismo pelas vias de inalação, por injeção ou
por ingestão.

1) Cáusticos

Conceito: Cáustico, vem do grego Kaustiko, que significa “aquilo que queima”. São substancias
que, por sua natureza química, provocam reações externas com os tecidos e lesões
tegumentares potencialmente graves.
Exemplo:
  Ácido sulfúrico
 
Ácidos
 
    Ácido clorídrico
Bases cáusticas → amônia

Efeitos:
•• Coagulantes: o cáustico que causa efeito coagulante desidrata os tecidos, formando uma
escara endurecida.
Exemplos: ácidos (sulfúrico, nítrico) e sais (nitrato de prata).
•• Liquefaciantes: o cáustico de efeito liquefaciante não desidrata os tecidos e, portanto,
formam escaras úmidas, moles, de aspecto untuoso (gorduroso) e ás vezes translúcidas.

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Exemplos: bases cáusticas (potassa, soda e amônia).


As lesões causadas por cáusticos liquefaciantes são mais graves do que as causas por
coagulantes. Isso porque, como o cáustico coagulante desidrata os tecidos, ressecando a pele,
ele impede que a substância reagente chegue a níveis mais profundos do corpo humano.
Lado outro, o cáustico liquefaciante, não provoca a desidratação dos tecidos permitindo que o
cáustico atinja locais mais críticos do corpo.

Importância da perícia
Distinção de escaras produzidas em vida e post mortem. Se a escara reagiu provocando ação
inflamatória na pele, foi produzida em vida, caso contrário aconteceu post mortem.
Identificar a substância utilizada: pelo aspecto e coloração das escaras é possível identificar
qual foi o cáustico que causou a lesão especificamente.
Natureza jurídica: grande parte das vezes a natureza jurídica é acidental, mas existem casos em
que a natureza é criminosa. Nesses casos há intenção do agressor de deformidade permanente
da vítima (art. 129, § 2º).

Substância Aspecto das escaras


Ácido sulfúrico Secas e esbranquiçadas
Ácido nítrico Secas e amareladas
Ácido clorídrico Secas e marrons/cinza
Sais Secas e esbranquiçadas
Álcalis/bases Moles, úmidas e untuosas

2) Venenos

Conceito: Para Genival Velloso de França são: “qualquer substância quem, introduzida pelas
mais diversas vias no organismo, mesmo que homeopaticamente, danifica a saúde ou causa da
morte.”
Para Peterson: “um veneno é uma substância que, quando introduzida no organismo em
quantidades relevantemente pequenas e agindo quimicamente, é capaz de produzir lesões
graves à saúde, no caso do indivíduo comum e no gozo de relativa saúde.”
Mitridatização: resistência elevada orgânica aos efeitos tóxicos do veneno, normalmente
causada por uma ingestão repetida, continuada de pequenas doses, de forma progressiva.
Intolerância: alta sensibilidade de algumas pessoas a pequenas doses de veneno que podem
ser imperceptíveis para outras pessoas.
Sinergismo: ação potencializadora dos efeitos tóxicos, decorrente da ingestão simultânea de
várias substâncias químicas.

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Observações:
a) Qualificação do homicídio, pois o veneno é considerado como meio insidioso.
b) Possibilidade de identificação em exumação, ainda que o cadáver esteja completamente
esqueletizado. (para isso o perito terá que recolher terra que está envolta ao corpo,
fragmentos de tecido das roupas do cadáver, ou mesmo tecido que reveste o caixão, uma
vez que o tecido pode ter saído como líquidos da putrefação).
c) Coleta no cadáver recente de: sangue intracavitário, conteúdo gástrico, tecido do fígado e
tecido dos rins (nesses últimos acontece a metabolização do veneno).

Síndrome de body packer Síndrome de body pusher


Colocação de cápsulas em orifícios naturais
Ingestão de cápsulas de drogas
(na vagina, no ânus)
Complicações: ruptura das cápsulas seguida de morte por intoxicação aguda

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