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Traumatologia Forense

Prof: Gabriel Venâncio

Conceito

Segundo Wilson Palermo (Sinopse de Medicina Legal, Juspodivm, 2020),


“traumatologia forense é o ramo da Medicina Legal que estuda as lesões
corporais sob o ponto de vista jurídico e as energias causadoras do dano, bem
como os aspectos do diagnóstico, do prognóstico e das suas implicações legais.

Trauma x Lesão

O trauma é a atuação de uma energia externa sobre o indivíduo, com intensidade


o bastante para causar desvio da normalidade ou alterar o funcionamento do
organismo.

Por outro lado, quanto à lesão, podemos dizer que é uma alteração estrutural
oriunda de uma agressão ao organismo.

Dessa forma, a lesão é violenta se causada por traumatismo.

Exemplificando: Acidente automobilístico e lesão por projétil de arma de fogo.

Tópicos Essenciais de Traumatologia Forense – Crimes contra a pessoa

O estudo da traumatologia forense em muito se relaciona ao Direito Penal.


Enquanto os peritos buscam encontrar qual foi a causa médica da morte/lesão,
os operadores do direito têm a atribuição de estabelecer a causa jurídica da
morte/lesão e responsabilizar o autor da conduta.

O Código Penal, em seu artigo 121, tipifica o crime de Homicídio:

Homicídio simples

Art. 121. Matar alguém:

Pena – reclusão, de seis a vinte anos.

Já o artigo 129 prevê o delito de lesões corporais:

Lesão corporal

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena – detenção, de três meses a um ano.

Tópicos Essenciais de Traumatologia Forense – Energias Vulnerantes


Podemos dividir as energias vulnerantes em três:

• Ordem Física: energias mecânica, barométrica, térmica, elétrica e


radiante.
• Ordem Química: cáusticos e venenos
• Ordem Físico-química: asfixias

Modo de Ação dos Instrumentos Mecânicos:

• Ativa: o agente vulnerante está em movimento (Ex: atropelamento em que


a vítima está parada)
• Passiva: o agente vulnerante está parado (Ex: queda de plano elevado)
• Mista: ambos os agentes estão em movimento (Ex: colisão de trânsito
frontal)

Tópicos Essenciais de Traumatologia Forense – Lesões por energia


mecânica

Os instrumentos causadores de lesão por energia mecânica podem ser divididos


quanto a sua forma de ação em cortantes, perfurantes e contundentes. Ocorre
que, um mesmo instrumento pode ocasionar uma lesão mista, resultando da
combinação das simples corto-contundentes, perfuro-cortantes e perfuro-
contundentes. Cada uma das ações gera um tipo de lesão.

Vamos esquematizar em uma tabela?

Tópicos Essenciais de Medicina Legal: agentes vulnerantes

Agentes Simples:
Instrumentos perfurantes: agem por meio de uma ponta, afastando as fibras
do tecido por pressão.

Podem ser de pequeno calibre (ex: alfinetes, agulhas), gerando feridas


punctórias (em ponto), ou de médio calibre (ex: furador de gelo), o qual gera
feridas em fenda ou botoeira. Não há a classificação de grosso calibre, uma vez
que estes se enquadram em feridas contusas ou perfuro-contusas.

Instrumentos contundentes: O contato ocorre por meio de uma superfície,


sendo que não há ponta nem gume. Ex: cassetete, taco de baseball, chão,
parede…

Instrumentos cortantes: é aquele que somente corta. A lesão é denominada


incisa, também conhecida como “lesão em arco de violino”. Ex: Navalha, lâmina
de barbear.

Agentes Mistos:

Instrumentos Perfuro-cortantes: Perfura porque tem ponta e corta porque tem


gume. Pode ter de 1 a 4 gumes. A lesão é conhecida como perfuro-incisa. Ex:
Faca de cozinha, punhal, lima de serralheiro

Instrumentos Perfuro-contundentes: o contato ocorre por meio de uma ponta


romba. O exemplo mais comum são os projéteis de arma de fogo.

Instrumentos Corto-contundentes: são os instrumentos que possuem uma


borda aguçada com grande massa. Ex: Machado, facão, foice e guilhotina.

Tópicos Essenciais de Traumatologia Forense – Lesões produzidas por


ação contundente

Vimos que a ação contundente é aquela em que o contato ocorre por meio de
uma superfície, pois o instrumento não possui ponta, nem gume. Abaixo temos
as lesões mais comuns, as quais são objeto de questionamento em diversas
questões de prova:

Rubefação: É a mais simples das lesões, sendo fugaz, efêmera, passageira, e,


por isso, o exame de corpo de delito deve ser feito rapidamente, sob risco de
desaparecimento. No local há uma vasodilatação periférica, causando uma
vermelhidão.

Escoriação: É o arrancamento traumático da epiderme, com exposição da


derme, sem, contudo, ultrapassá-la. É o famoso “ralado”. Não há cicatrização,
mas sim, reepitelização, pois forma uma crosta. Essa crosta indica o nexo
temporal da lesão.

Equimose: Ocorre com a infiltração do sangue nas malhas dos tecidos


adjacentes à lesão. Em regra, ocorre pela ruptura de capilares, vênulas e
arteríolas. Há o extravasamento do sangue (na rubefação o sangue permanece
nos vasos).
Tipos de equimoses:

a. Petéquias: são pequenas equimoses, com o tamanho de cabeça de


alfinete.
b. Sugilação: é a equimose formada pelo aglomerado de pequenos grãos.
Um exemplo é o “chupão”.
c. Sufusão: também conhecida como equimoma. Há uma hemorragia mais
extensa, de tamanho variado.
d. Víbices: são lesões com assinatura, apresentam a fora de estrias, duas
linhas paralelas. Ex: cassetete.
e. Enquimoses: são as equimoses com fundo emocional.

A mudança na tonalidade das equimoses pode denunciar o nexo-temporal em


que foram produzidas. Destaque aqui para o Espectro Equimótico de LeGrand
Du Saulle, frequentemente cobrado em provas:

VERMELHA 1º dia

VIOLÁCEA 2º ao 3º dia

AZUL 4º ao 6º dia

ESVERDEADA 7º ao 10º dia

AMARELA 12º dia

ESVANECE 15º ao 20º dia


Espectro Equimótico de Legrand Du Saulle

Obs: Em alguns locais não se observa tal evolução temporal, por exemplo, nas
equimoses conjuntivais (olho).

Há ainda as equimoses a distância: a lesão ocorre em um local, mas a equimose


aparece em outro. Um exemplo é uma lesão no crânio, com um extravasamento
de sangue, o qual é depositado na região das pálpebras. Forma o sinal do zorro
ou do guaxinim.

As equimoses possuem relevante valor médico-legal, uma vez que possibilitam


atestar que houve uma ação contundente, demonstram que havia vida no
momento de sua produção, permitem identificar o instrumento vulnerante,
podem sugerir o tipo de agressão, bem como possibilitam saber o nexo-temporal
da agressão.

Hematoma: é a coleção hemática produzida pelo sangue extravasado, o qual


afasta a trama dos tecidos, formando uma cavidade (chamada de cavidade
neoformada). Se houver plano ósseo por baixo (ex: osso frontal, “testa”) forma
uma bossa (“galo”). Caso não haja plano ósseo, forma um hematoma.

Entorse: é extensão anormal dos movimentos articulares.


Luxação: há a completa perda de contato entre duas extremidades ósseas.
Mais grave que a entorse.

Fratura: é a quebra da continuidade óssea, podendo se dar por compressão,


flexão ou por torsão.

Leis de Filhos e Langer

1ª Lei de Filhos: Paralelismo – dispõe que, na mesma região, as lesões


produzidas por instrumentos perfurantes de médio calibre são paralelas entre si.

2ª Lei de Filhos: Semelhança – os instrumentos perfurantes de médio calibre


(furador de gelo) produzem lesões semelhantes às produzidas por instrumentos
perfuro-cortantes de dois gumes (punhal). Também chamada de lesão em casa
de botão (botoeira).

Lei de Langer: Polimorfismo – caso a lesão seja em local do corpo humano


em que as fibras musculares atuem em mais de uma direção, as lesões terão
aspecto estrelado, polimórfico (bizarras).

Tópicos Essenciais de Traumatologia Forense – Balística e Lesões Perfuro-


contundentes

A balística forense é o campo da criminalística que cuida do estudo relacionado


ao estudo das armas de fogo, munições e efeitos dos tiros.

Relaciona-se com a medicina legal na medida em que essa trata das lesões
provocadas no organismo decorrentes dos disparos

Trajeto x Trajetória

Trajeto é o caminho que o projétil faz no interior do corpo humano, enquanto que
trajetória é o percurso entre a arma e a vítima.

Efeitos Primários e Secundários do Tiro

Os efeitos primários decorrem da ação do projétil e independem da distância do


tiro.

Já os efeitos secundários resultam dos tiros encostados ou à curta distância, da


ação dos gases, de seus efeitos explosivos, de resíduos da combustão da
pólvora e de microprojéteis.

Características do orifício de entrada

Os orifícios de entrada possuem diâmetro menor que o do projétil, forma


arredondada ou elíptica, suas bordas são viradas para dentro, bem como contam
com algumas características:
• Orla de enxugo ou de alimpadura: É a orla de detritos e impurezas que
ficam retidas na pele quando da passagem do projétil;
• Orla de escoriação ou de contusão: rompimento da pele pela passagem
do projétil;
• Anel de Fisch: é a combinação das orlas de enxugo e de escoriação.
Pode indicar a direção do projétil (pedra do anel de fisch).

Os três sinais acima decorrem da passagem do projétil pela pele, ou seja, são
efeitos primários do tiro. Aparecem somente nas lesões de entrada, porém, sua
ausência não indica que o orifício é de saída, como ocorre nos casos em que o
tiro é dado com um anteparo (ex: travesseiro), não haverá orla de enxugo, uma
vez que o projétil vai ser limpo antes de atingir a vítima.

Em contrapartida, há sinais que só aparecem em tiros encostados e a curta


distância (queima-roupa). Vejamos:

• Zona de tatuagem: ocasionada pela impregnação na pele dos grânulos


de pólvora incombusta;
• Zona de esfumaçamento ou de tisnado: causada pela fuligem da
queima da pólvora e é expelida pelo cano da arma junto com o projétil;
• Orla ou Zona de Queimadura: O disparo a curta distância pode
ocasionar queimaduras de 1º e 2º grau na pele;
• Sinal de Puppe-Werkgartener: é um sinal característico dos disparos
encostados sem plano ósseo por baixo (ex: abdome, bochecha), em que
fica marcado na pele o cano da arma;
• Sinal de Boca ou Câmara de Mina de Hoffmann: ocorre em tiros
encostados com plano ósseo por baixo. É causada pela expansão dos
gases que, ao entrarem na pele, não tem por onde sair e acabam
rompendo-a. Apresenta um aspecto estrelado;
• Snal de Benassi: Nas lesões de entrada no crânio ou escápulas, com
disparos encostados, pode ser encontrado uma fuligem no osso;
• Rosa de Tiro de Cevidalli: Nos disparos com projéteis múltiplos (balins),
quanto menor a distância, mais concentrados estão as lesões de entrada.

Características do orifício de saída

Regra geral, as lesões de saída possuem forma irregular, borda reviradas para
fora, maior sangramento, além de não apresentarem os sinais apresentados
acima.

Há doutrinadores que afirmam que a lesão de saída pode apresentar uma orla
de equimose se o tiro foi dado com a vítima encostada contra algum anteparo,
por exemplo, no chão ou parede, pois, dessa forma, o projétil teria dificuldade
para sair e acabaria gerando a escoriação.

Asfixiologia Forense
1 – INTRODUÇÃO:

O termo “Asfixia” (do grego “asphyxía”) significa “sem pulso”. Tal interpretação
tem origem histórica na literatura médica através da concepção dos intelectuais
da antiguidade clássica – período que se estendeu aproximadamente pelo Séc.
VIII a.C até o Séc. V d.C – que acreditavam que, por meio das artérias, circulava
o “pneuma”.
Hoje é notório que tal pensamento acumulava erros que no decorrer dos anos
seriam rechaçados pelo empirismo crítico científico. Atualmente a medicina
forense deu passos largos em busca do entendimento de casos que colaborem
com o Poder Judiciário na busca da solução de lides bastante específicas; ou
seja, que apenas sua expertise poderia ser considerada capaz de tratar, entre
eles o tema da Asfixiologia Forense.

Neste texto traremos a noção em forma de artigo do conceito de Asfixiologia


Forense, seus sinais – internos e externos –, seus tipos, e nossa conclusão
sobre o tema obtida através deste estudo proporcionado pela matéria Medicina
Legal e Bioética, na Universidade Católica do Salvador, no segundo semestre
de 2016.

2 – NOÇÃO GERAL:

Asfixiologia nada mais é que o estudo das causas físicas e químicas que
impedem, por quaisquer motivos, a passagem de ar pelas chamadas “vias
respiratórias”. As circunstâncias que podem impedir tais movimentos levam à
hipóxia (hipoxemia), anóxia (anoxemia) e finalmente, à morte.

Os movimentos respiratórios são assim intitulados por tratarem-se da


articulação orgânica do corpo em busca da inspiração de oxigênio e emissão
de gás carbônico. Em caso de ausência dos movimentos respiratórios temos a
chamada Apnéia, já em movimentos respiratórios plenos (normais) tratamos de
Eupnéia. Por fim, a dificuldade respiratória – que não necessariamente levaria
à Apnéia – chama-se Dispnéia.

2.2 – Da Dispnéia Inspiratória:


A chamada “Dispnéia Inspiratória” dura cerca de 60 segundos, permanecendo
o indivíduo consciente. Neste instante inicia-se a já catalogada “Hipoxemia”, ou
seja, um grande esforço do indivíduo para receber oxigênio, pois este vai se
escasseando até a proximidade dos níveis residuais em seus pulmões.

2.3 – Da Dispnéia Expiratória:


A chamada “Dispnéia Expiratória” dura de 2 minutos até 3 minutos, por conta
da hipercapnia (ou seja, a grande concentração de gás carbônico), o indivíduo
está inconsciente e apresenta convulsões.

2.4 – Do Esgotamento:
O chamado “Esgotamento” dura de 2 minutos até 3 minutos, ocorrendo a
possivelmente fatídica parada respiratória, com morte aparente, após os
últimos movimentos respiratórios e, por fim, a parada respiratória definitiva.

3 – DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS (TANATOSINIOLOGIA):


As características – sinais tanatológicos – da Asfixia são divididos em duas
espécies: Externas e Internas. As lesões provocadas pela asfixia quase sempre
resultam em sequelas e no surgimento de disfunções nervosas, já que o
cérebro não dispõe da mesma capacidade de regeneração que os demais
órgãos do corpo humano. Estas lesões são configuradas como de ordem
mecânica, físico-química, e biofísica. Trataremos das principais expressões da
Tanatosiniologia (Sinais Tanatológicos) a seguir:

3.1 – Externos:
Cianose da pele extremidades (cor arroxeada-azulada decorrente do acúmulo
de gás carbônico no sangue. Além disso apresentando: Esquimoses
conjuntivais, cogumelo de espuma da boca, resfriamento lento do corpo e
parada respiratória.

3.2 – Internos:
Petéquias de Tardieu: Esquimose Subpleural, machas puntiformes
avermelhadas. Manchas de Paltauf: hemorragia subpleural, semelhantes as de
Tardieu, mas maiores. Fluidez sanguínea.

4 – DAS CLASSIFICAÇÕES DOS TIPOS:

Classificasse os tipos de asfixias em “Por obstrução das vias respiratórias”,


“Por restrição aos movimentos do tórax”, “Por modificação do meio ambiente”
e, por fim, “Por parada respiratória central”. Por sua vez, tais divisões possuem
suas subdivisões. Gerando maior especificidade.
Entendamos melhor:

A) Por obstrução das vias respiratórias:


Divide-se em: Por sufocação direta e por constrição cervical (esta última ainda
se divide em “estrangulamento” e “esganadura”).

B) Por restrição aos movimentos do tórax:


Divide-se em: Compressão torácica (sufocação indireta), Fraturas costais
mútiplas, Por Fadiga, Paralisia dos músculos respiratórios ou por espasmos.

C) Por modificação do meio ambiente:


Divide-se em: Por confinamento, soterramento e afogamento.

D) Por para respiratória centra:


Divide-se em: Traumatismo cranioencefálico, eletroplessão, e drogas
depressoras do sistema nervoso central.

4.1 – Detalhamento dos principais tipos:


Citaremos agora os principais casos de asfixia na prática forense:
4.1.1 – Sufocação:
É asfixia provocada por mecanismos que obstaculizam a entrada de ar nos
pulmões, não sendo produzida pela submersão, nem pela constrição cervical.

Os seus tipos são: Direta e Indireta. Na direta: temos obstáculos mecânicos


nas aberturas aéreas (narinas, boca e glote). Na indireta: o indivíduo sofre o
processo de asfixia por impossibilidade de realizar movimentos de inspiração e
expiração devido a força ou peso excessivo que lhe impede.

4.1.2 – Enforcamento:
É a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço
por um laço cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio
peso do indivíduo como força viva.

4.1.3 – Estrangulamento:
É a asfixia mecânica por constrição do pescoço por laço tracionado por
qualquer outra força que não seja o próprio peso da vítima.

4.1.4 – Esganadura:
É a figura contundente constritiva efetivada pelas mãos do oponente ou por
qualquer parte do corpo que lhe permita, como membros superiores e inferiores
do próprio corpo.
4.1.5 – Confinamento:
É a asfixia do indivíduo enclausurado em: Espaço restrito ou fechado; Sem
renovação de ar atmosférico; Por esgotamento de oxigênio; e Aumento
gradativo de gás carbônico.

4.1.6 – Soterramento:
Ocorre quando o meio gasoso (ar) foi substituído por meio sólido (terra, areia,
farinha ou outros). A natureza jurídica desta asfixia é, na maioria dos casos,
acidental, podendo, no entanto, ser criminosa.

4.1.7 – Afogamento:
É a modalidade de asfixia, na qual ocorre a troca do meio gasoso por meio
líquido, impedindo a troca gasosa necessária à respiração.

4.1.8 – Gases Inertes:


Gerada pela permanência em ambientes saturados de gases inertes e pouco
tóxicos como: butano; metano e propano.

5 – CONCLUSÃO:
Notamos que a busca da catalogação e do didatismo da matéria se faz pelo
encontro de subdivisões e domínios específicos de variedades de eventos e
seus tipos de asfixias. A medicina legal trata em reduzir as esferas de
possibilidades, e assim buscar os sinais mais específicos, para que deste modo
possa restringir o seu foco encontrando a causa morte da vítima.
As medidas a serem postas em prática em caso de asfixia variam, devido à
multiplicidade dos possíveis fatores causais, mas todas têm de ser aplicadas
com urgência. O princípio básico do tratamento da asfixia é a reativação da
função respiratória ou, no caso de recém-nascidos, o início da ventilação
pulmonar. O método mais simples é a respiração boca a boca, o qual, não
obstante, apresenta inconvenientes como a falta de assepsia. Existem
equipamentos de emergência, entre eles as máscaras faciais, os tubos orais
ou orofaríngeos e as bolsas infláveis com máscaras e válvulas, que evitam a
respiração repetida de um mesmo volume de ar. Outro recurso empregado em
situações de máxima urgência, devido à obstrução das vias respiratórias, é a
incisão praticada diretamente na traqueia, técnica conhecida como
traqueotomia.

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