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Conceito
Trauma x Lesão
Por outro lado, quanto à lesão, podemos dizer que é uma alteração estrutural
oriunda de uma agressão ao organismo.
Homicídio simples
Lesão corporal
Agentes Simples:
Instrumentos perfurantes: agem por meio de uma ponta, afastando as fibras
do tecido por pressão.
Agentes Mistos:
Vimos que a ação contundente é aquela em que o contato ocorre por meio de
uma superfície, pois o instrumento não possui ponta, nem gume. Abaixo temos
as lesões mais comuns, as quais são objeto de questionamento em diversas
questões de prova:
VERMELHA 1º dia
VIOLÁCEA 2º ao 3º dia
AZUL 4º ao 6º dia
Obs: Em alguns locais não se observa tal evolução temporal, por exemplo, nas
equimoses conjuntivais (olho).
Relaciona-se com a medicina legal na medida em que essa trata das lesões
provocadas no organismo decorrentes dos disparos
Trajeto x Trajetória
Trajeto é o caminho que o projétil faz no interior do corpo humano, enquanto que
trajetória é o percurso entre a arma e a vítima.
Os três sinais acima decorrem da passagem do projétil pela pele, ou seja, são
efeitos primários do tiro. Aparecem somente nas lesões de entrada, porém, sua
ausência não indica que o orifício é de saída, como ocorre nos casos em que o
tiro é dado com um anteparo (ex: travesseiro), não haverá orla de enxugo, uma
vez que o projétil vai ser limpo antes de atingir a vítima.
Regra geral, as lesões de saída possuem forma irregular, borda reviradas para
fora, maior sangramento, além de não apresentarem os sinais apresentados
acima.
Há doutrinadores que afirmam que a lesão de saída pode apresentar uma orla
de equimose se o tiro foi dado com a vítima encostada contra algum anteparo,
por exemplo, no chão ou parede, pois, dessa forma, o projétil teria dificuldade
para sair e acabaria gerando a escoriação.
Asfixiologia Forense
1 – INTRODUÇÃO:
O termo “Asfixia” (do grego “asphyxía”) significa “sem pulso”. Tal interpretação
tem origem histórica na literatura médica através da concepção dos intelectuais
da antiguidade clássica – período que se estendeu aproximadamente pelo Séc.
VIII a.C até o Séc. V d.C – que acreditavam que, por meio das artérias, circulava
o “pneuma”.
Hoje é notório que tal pensamento acumulava erros que no decorrer dos anos
seriam rechaçados pelo empirismo crítico científico. Atualmente a medicina
forense deu passos largos em busca do entendimento de casos que colaborem
com o Poder Judiciário na busca da solução de lides bastante específicas; ou
seja, que apenas sua expertise poderia ser considerada capaz de tratar, entre
eles o tema da Asfixiologia Forense.
2 – NOÇÃO GERAL:
Asfixiologia nada mais é que o estudo das causas físicas e químicas que
impedem, por quaisquer motivos, a passagem de ar pelas chamadas “vias
respiratórias”. As circunstâncias que podem impedir tais movimentos levam à
hipóxia (hipoxemia), anóxia (anoxemia) e finalmente, à morte.
2.4 – Do Esgotamento:
O chamado “Esgotamento” dura de 2 minutos até 3 minutos, ocorrendo a
possivelmente fatídica parada respiratória, com morte aparente, após os
últimos movimentos respiratórios e, por fim, a parada respiratória definitiva.
3.1 – Externos:
Cianose da pele extremidades (cor arroxeada-azulada decorrente do acúmulo
de gás carbônico no sangue. Além disso apresentando: Esquimoses
conjuntivais, cogumelo de espuma da boca, resfriamento lento do corpo e
parada respiratória.
3.2 – Internos:
Petéquias de Tardieu: Esquimose Subpleural, machas puntiformes
avermelhadas. Manchas de Paltauf: hemorragia subpleural, semelhantes as de
Tardieu, mas maiores. Fluidez sanguínea.
4.1.2 – Enforcamento:
É a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço
por um laço cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio
peso do indivíduo como força viva.
4.1.3 – Estrangulamento:
É a asfixia mecânica por constrição do pescoço por laço tracionado por
qualquer outra força que não seja o próprio peso da vítima.
4.1.4 – Esganadura:
É a figura contundente constritiva efetivada pelas mãos do oponente ou por
qualquer parte do corpo que lhe permita, como membros superiores e inferiores
do próprio corpo.
4.1.5 – Confinamento:
É a asfixia do indivíduo enclausurado em: Espaço restrito ou fechado; Sem
renovação de ar atmosférico; Por esgotamento de oxigênio; e Aumento
gradativo de gás carbônico.
4.1.6 – Soterramento:
Ocorre quando o meio gasoso (ar) foi substituído por meio sólido (terra, areia,
farinha ou outros). A natureza jurídica desta asfixia é, na maioria dos casos,
acidental, podendo, no entanto, ser criminosa.
4.1.7 – Afogamento:
É a modalidade de asfixia, na qual ocorre a troca do meio gasoso por meio
líquido, impedindo a troca gasosa necessária à respiração.
5 – CONCLUSÃO:
Notamos que a busca da catalogação e do didatismo da matéria se faz pelo
encontro de subdivisões e domínios específicos de variedades de eventos e
seus tipos de asfixias. A medicina legal trata em reduzir as esferas de
possibilidades, e assim buscar os sinais mais específicos, para que deste modo
possa restringir o seu foco encontrando a causa morte da vítima.
As medidas a serem postas em prática em caso de asfixia variam, devido à
multiplicidade dos possíveis fatores causais, mas todas têm de ser aplicadas
com urgência. O princípio básico do tratamento da asfixia é a reativação da
função respiratória ou, no caso de recém-nascidos, o início da ventilação
pulmonar. O método mais simples é a respiração boca a boca, o qual, não
obstante, apresenta inconvenientes como a falta de assepsia. Existem
equipamentos de emergência, entre eles as máscaras faciais, os tubos orais
ou orofaríngeos e as bolsas infláveis com máscaras e válvulas, que evitam a
respiração repetida de um mesmo volume de ar. Outro recurso empregado em
situações de máxima urgência, devido à obstrução das vias respiratórias, é a
incisão praticada diretamente na traqueia, técnica conhecida como
traqueotomia.