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Colisão:

Evento entre o objeto em


movimento
É quando o paciente possui duas ou
mais lesões graves em duas ou 3 tipos de impactos:
mais áreas do corpo. 1. Entre 2 objetos (ex..: carro e
Trauma único: árvore)
2. Dos ocupantes de um veículo
Lesão em apenas um sistema (ex. motorista e volante)
corporal. 3. Dos órgãos dentro dos
Trauma multissistemico: ocupantes (ex. órgãos internos e
parede abdominal)
Lesão envolvendo mais de um
sistema corporal. Pós-colisão

MORTE POR TRAUMA: CINEMATICA DO TRAUMA

- Morte Imediata: Para avaliar a cena em que


aconteceu o acidente e determinar
Ocorre nos primeiros minutos até 1 lesões, deve-se atentar para:
hora do trauma
- Danos no veiculo
- Morte Precoce:
- Distância de frenagem
Ocorre após as primeiras 4 horas
do trauma - Posição das vitimas

- Morte Tardia - Uso do cinto de segurança

Ocorre após 2 a 5 semanas do - Lesões aparentes


trauma PRIMEIRA LEI DE NEWTON
Obs: Os principais órgãos alvos Todo corpo que está em
são: coração, pulmão, cérebro e movimento e todo corpo que está
olhos em repouso tente a permanecer
MATRIZ DE HADDON nesse estado a não ser que uma
força externa haja sobre ele.
Pré- colisão:
SEGUNDA LEI DE NEWTON
São eventos que precede o acidente
(Ex: ingestão de álcool, drogas, Nenhuma energia é perdida, toda
doenças pré existentes) energia é transformada
TIPOS DE TRAUMAS Em vasos maiores: mais
suscetíveis por estarem aderidos à
- Trauma contuso
coluna ou ao coração
Quando não há perfuração da pele,
No esôfago: pode dar sinais e
como é o caso de pancadas,
sintomas de lesão em horas ou, até
quedas, agressões sem armas e
mesmo, dias
incidentes de trânsito.
No abdome: estruturas com ar,
- Trauma Penetrante
sólidas e ósseas
Trauma em que um objeto
Nas extremidades: lesões ósseas,
concentra toda a sua energia na
musculares, nervosas, vasculares
ponta, rompendo a pele (Ex: arma
branca e projétil de arma de fogo) - Trauma com arma branca
Mulher tende a fazer um A perfuração por arma branca ou
movimento de baixo para cima ferimento por arma branca é um
trauma físico que pode ser causado
Homem tende a fazer um
por meio de violência na utilização
movimento de cima para baixo
de objetos como facas, estiletes,
- Trauma com arma de fogo machados, canivetes, facões e
A bala é projetada para manter seu outros objetos que possuam
formato no ar e se deformar apenas lâminas.
durante o impacto - Efeito de cavitação
O rolamento de um projétil É quando um objeto em
maximiza seu dano a 90 graus movimento colide contra o corpo
Orifício de entrada: redondo ou ou quando este é lançado contra
oval um objeto parado, há transferência
de energia
Orifício de saída: estrelado
Pode ser: permanente e temporária
Locais de ferimento e
repercussões: - Trauma raquimedular

Na cabeça: sistema fechado -> Lesão traumática que acomete a


medula espinhal, localizada no
pode explodir a calota craniana
interior do canal vertebral da
No tórax: pulmão menos denso que coluna cervical e torácica;
sangue, órgãos sólidos e ossos, provocando injúria do tecido
com menor dissipação de energia e neural, resultando em algum
menos danos teciduais déficit de função motora e/ou
sensitiva.
A lesão inicial ao tecido neural no - Capotamento
momento do trauma, é chamada de
lesão primária. Após a lesão Difícil prevê o que aconteceu e
primária, a resposta quais lesões o paciente pode ter
neuroimunológica pode inibir a Tratar como gravíssimo até que se
recuperação, e piorar ainda mais o prove o contrário
dano neural, esse processo é
chamado de lesão secundária. Deve posicionar o cinto de
segurança corretamente
- Trauma de extremidades
Em casos de motocicleta deve-se
Todas as lesões que afetam os realizar manobra de proteção (deitar
membros superiores e inferiores, a motocicleta, separando-se da mesma;
com maior prevalência em normalmente apenas fraturas pequenas e
queimadura por abrasão)
indivíduos politraumatizados.
TIPOS DE IMPACTO - Atropelamentos

- Impacto frontal Geralmente, vítima é jogada para


cima do capô do carro, bate no
Deformidade do volante e painel vidro (lesões: TCE) e depois cai
Podem levar a lesões em cabeça, As crianças, pela altura,
pescoço, tórax, abdome, pelve e geralmente caem direto no chão e
MII correm o risco de passar por cima
- Impacto traseiro - Quedas
A cabeça vai para trás Quedas de mais de 3x a altura da
Podem provocar lesões na cervical vítima são potencialmente graves

- Impacto lateral A capacidade de absorção de


energia da superfície ao final da
Saber qual lado a pessoa estava e a queda afeta a gravidade da lesão
altura da colisão (ex. concreto x grama)
Pode provocar lesões como fratura - Explosões
de úmero e quadril
1ª: Pelo contato da onda de choque
- Impacto Rotacional com o corpo (orgãos preenchidos
Incialmente para frente e depois por gás como pulmões e orelhas
para o lado são mais suscetíveis)

Pode provocar lesões de fratura de 2ª: Lesões balísticas produzidas


úmero e quadril por fragmentos
3ª: Propulsão do corpo em outro “30”: avaliar a capacidade
objeto (lesões contundentes) respiratória em um minuto
4ª: Calor e fogo, queimaduras, “2”: avaliar a qualidade da
inalação de gases perfusão periférica em 2 segundos
5ª: Radiação, substâncias “Pode fazer”: avaliar o nível de
químicas, bactérias consciência para seguir os
comandos dos socorristas
AVALIAÇÃO DA CENA (Pós-
Evento) PERIODO DE OURO
- Segurança: uso de EPIs e - Período entre ocorrência do
uniformes refletores, trauma e tratamento definitivo
posicionamento dos veículos e
- Controlar hemorragia e restaurar
dispositivos de sinalização
oxigenação dentro de 1 hora para
- Se cena de crime, tentar preservar melhorar as chances de
sobrevivência
- Se acidente com materiais
perigosos, dividir em zonas: - Priorizar vítimas mais graves,
exceto em desastres em que a
Zona fria: área de apoio; local ideal
prioridade muda
para atendimento
Zona morna: área de transição de
contaminação
Zona quente: área de exclusão;
bombeiros
Corredor de redução de
contaminação entre as zonas
MÉTODO START
- Triagem rápida para grandes
desastres
- Classifica as vítimas com base
nas necessidades de cuidados e
chance de sobrevivência
- Tem por objetivo salvar o maior
número de pessoas
- Avaliação: “30-2-pode fazer” (ver
fluxograma)
X- Sangramento Externo
Achar fonte e controlar sangramento externo
Torniquetes são muito eficazes no controle da hemorragia grave e devem ser
utilizados se a pressão direta ou o curativo compressivo não controlarem, por
até 2 horas sem comprometer o membro
A- Via Aérea e Controle da Cervical
Garantir permeabilidade da VA
Remover de sangue, substâncias orgânicas, corpos estranhos
Imobilizar a cervical
B- Ventilação
Evitar hipóxia
Avaliar se o indivíduo está ventilando
Apnéia: ventilação assistida bolsa-valva máscara, proteção mecânica da via
aérea
Ventilando: estimar adequação da frequência, profundidade ventilatória e
oxigenação
C- Circulação
Identificar e controlar hemorragia interna (fratura de fêmur - deformidade,
dor, encurtamento, rotação; lesão de baço, fígado, intestino) e externa
Avaliar perfusão (se sinais de choque): pulso, cor, temperatura e umidade da
pele, tempo de enchimento capilar
- Ausência de perfusão tecidual em nível celular
-> metabolismo anaeróbio
-> piora de forma sistêmica
Trauma abdominal: a extensão das lesões internas não é passível de
identificação no pré-hospitalar
No trauma, o choque mais comum é o hipovolêmico (por hemorragia)
D- Disfunção Neurológica
Se agressivo, combativo ou não coopera: hipóxia até que se prove ao
contrário
Verificar período de inconsciência, amnésia lacunar/do trauma, uso de
substância tóxica e doença preexistente
Escala de Glasgow modificada:
Avaliar o Glasgow normal + avaliar as pupilas -> se uma pupila não reagir,
descontar 1 ponto; se as duas pupilas não reagirem, descontar 2 pontos; não
é muito utilizada; 1-15
Pupilas:
- Isocóricas: normal
- Midriáticas: dilatadas; uso de anfetaminas
- Mióticas: contraídas; intoxicação por opióide
- Anisocóricas: tamanho diferente

E- Exposição e Ambiente
Cena: somente o estritamente necessário; evitar destruir evidências forenses
Ambulância: com ambiente aquecido, despir totalmente a vítima
História e exame físico detalhados - ver, ouvir e sentir da cabeça aos pés
Após identificação e tratamento de todas as lesões ameaçadores à vida
SINTOMAS
• De que o doente se queixa?
- Dor?
- Dificuldade respiratória?
- Torpor?
- Dormência?
ALERGIAS
• O doente tem alergias conhecidas, particularmente a medicamentos?
MEDICAMENTOS
• Quais medicamentos prescritos e não prescritos?
- O doente toma regularmente?
PASSADO MÉDICO E CIRÚRGICO ANTERIOR
• O doente tem quaisquer problemas médicos significativos que
exigem tratamento médico continuo
• O doente já passou por alguma cirurgia
LIQUIDOS E ALIMENTOS (última refeição)
• Quanto tempo se passou desde a última refeição
Muitos doentes traumatizados necessitarão de cirurgia e a ingestão
alimentar recente aumenta o risco de aspiração durante a indução
anestésica
EVENTOS
• Quais eventos precedem a lesão
- Imersão em água (afogamento ou hipotermia)
- Exposição a materiais perigosos ]
AVALIAÇÃO ALTERNATIVA
M Hemorragia maciça
A Vias aéreas
R Respiração
C Circulação
H Hipotermia
AVALIAÇÃO PARA PACIENTES QUE NÃO ESTÃO EM PCR
M onitorização
O xigênio
V eia
E Glicemia capilar

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