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DEFINIÇÕES:

TRAUMA:
● É um evento nocivo que advém da liberação de forças específicas ou de barreiras físicas ao
fluxo normal de energia
● Temos uma desorganização do tecido mole ou de sustentação (muda morfostase e
homeostase) – Vai mudar forma, fisiologia e bioquímica do organismo ou do órgão em si.
● Ocorre de forma abrupta (tempo) – É uma definição mais geral, que ocorre em um curto espaço de
tempo, ou seja, não é algo programado.
● Está atrelado a sequelas e complicações que possuem temporalidade: atemporárias e
permanentes
o Atemporárias – Só acontece durante aquele momento
o Permanentes – Não voltam ao que era antes

Essa definição pode ser usada para qualquer tipo de trauma, não é apenas em referência em termo de
energia, mas pode ser para um trauma físico, psicológico e emocional.

Pontos importantes do trauma:


1. Tempo
2. Alterações da morfologia, forma ou fisiologia
3. Sequelas e complicações.

O QUE TODOS OS TRAUMAS TÊM EM COMUM?


● Transferência de energia – É um olhar mais voltado para a física.

Como é que o tecido pode ser lesado e que tipo de lesão posso ter?
● 1ª Lei De Newton (Lei da inércia): Um corpo em repouso ou em movimento tende a permanecer
neste estado até que uma força atue sobre ele – Essa lei fala da inércia, onde o corpo tem que manter
o movimento que está, seja em repouso ou no próprio movimento em si até que uma força contrária
ou algum tipo de força que atue sobre ele.
● Tipos de energia física: Mecânica, química, térmica, elétrica e radiante.

TRAUMA É UMA DOENÇA?


● Para que uma doença ocorra é necessário interagir 3 fatores:
o Agente
o Hospedeiro
o Ambiente ou contexto

TEMOS TRAUMAS ORIUNDOS DE:


● Acidentes automobilísticos
● Ferimentos por arma de fogo
● Agressões

TRAUMA ACIDENTE
● ACIDENTE: É um evento que ocorre por acaso ou sem uma causa conhecida ou um acontecimento
desastroso que acontece por falta de atenção, cuidado ou ignorância (negligência, imprudência ou
imperícia) – A lei vai classificar e julgar se nesse caso vai ser doloso ou culposo. É o evento pelo qual
o trauma acontece.
● TRAUMA: Alteração da forma e da morfologia.

BIOMECÂNICA DO TRAUMA/ MECANISMO


Temos como pontos importantes:
● Qual cenário?
● Tipo de impacto?
● Observar os danos – esse é mais ligado a veículos (externo ou interno)
● Observar a distância da frenagem
● Posição das vítimas
● Procurar por pessoas projetadas no ralo de ação que circunda o cenário do acidente
● Usava cinto de seguranças ou capacete?
● Lesões aparentes ou não
● Se o air bag inflou
● Altura da queda
● Qual a velocidade dos corpos?
● Qual o tempo de parada?
● Qual o tipo e calibre das armas?
Temos que entender o contexto que aquilo aconteceu e identificar como doença do ponto de vista
comentado anteriormente, que é o agente, o hospedeiro e o ambiente.

TIPOS DE TRAUMA
● TRAUMA CONTUSO/FECHADO: Os tecidos são comprimidos, desacelerados e acelerados.
● TRAUMA PENETRANTE: Esmagados e lacerados ou compressão ao longo do trajeto do objeto
penetrante.
Qual seria um ponto crucial na hora de separar esses traumas? Do ponto da sua etiologia e da sua causa,
seria a ruptura da continuidade do epitélio pois ambos os tecidos vão ser comprimidos, ambos vão ter a
possibilidade de apresentar hematomas e equimoses.
Mas o que difere um do outro é que no trauma penetrante há a perda da continuidade/integridade do tecido
de recobrimento que é a pele ou a mucosa, neste tipo de trauma seja em superfície mais extensa ou de
maneira puntiforme, essa integridade será perdida e a partir daí teremos acesso a camadas mais profundas
no que diz respeito na distribuição de músculo, osso e tendão (vindo do mais superficial para o mais
profundo). Veremos que quando esse tipo de trauma acontece em cavidades, eles recebem outros nomes.
Enquanto no trauma contuso, pode acontecer a mesma coisa, ter hematoma e equimose, mas o fato é que
não há a perda de integridade do tecido.

Qual a importância de separar esses tipos? No trauma penetrante já temos repercutido o risco de uma
infecção pós-operatória, de uma inoculação de microrganismos na profundidade dos tecidos e então ganhar
a corrente sanguínea podendo causar bacteremia e levar a infecção para o restante do corpo, podendo até
levar a uma inflamação generalizada.

TRAUMA CONTUSO OU FECHADO


Ocorre quando há transferência de energia em uma superfície corporal extensa, não penetrando a pele
ou mucosa.
Existem dois tipos de forças envolvidas no trauma contuso:
● Cisalhamento: Acontece quando há mudança brusca de velocidade, deslocando uma estrutura ou
parte dela, provocando sua laceração – seria uma torção
É mais encontrado na desaceleração brusca do que na aceleração brusca – Então geralmente
veremos um trauma contuso quando, por exemplo, quando o paciente cai de bicicleta em que ele
estava em uma certa velocidade e ele bate o rosto no poste ou chão em que há uma desaceleração
brusca da velocidade do corpo daquele paciente.
● Compressão: É quando o impacto comprime uma estrutura ou parte dela sobre
outra região provocando a lesão contusa.
CASO: Observamos na região do abdômen desse paciente um trauma provocado por
uma abrasão (parte do epitélio foi removido) e observamos também o conjuntivo
exposto em baixo. Nesse caso fica bem definida a equimose desenhando justamente o
cinto de segurança. Essa região fica endurecida, dolorida e observamos uma região
arroxeada. Então seria um trauma de compressão provocado por um cinto de segurança de dois pontos.

TRAUMA PENETRANTE:
Tem como característica a transferência de energia em uma área concentrada, com isso há pouca
dispersão de energia provocando laceração da pele – Ou seja, é concentrada em um ponto em uma
superfície, mas essa superfície envolve uma profundidade menor do que a que observamos em um trauma
puntiforme.
Este trauma cria tanto uma cavidade permanente quanto uma temporária.

Na imagem observamos os dois exemplos:


No trauma contuso (a) observamos que há uma deformação na região sem perder
a integridade. Mas vemos o impacto do trauma no corpo humano (b) em que pode
haver rupturas ou laceração de órgãos internos como o fígado ou baço, esses
órgãos podem até explodir a depender de como foi essa desaceleração.

TRAUMA PUNTIFORME:
Já em um trauma puntiforme, dando exemplo de um projétil, temos a
presença/formação dessas cavidades temporárias ou permanentes. Temos o trajeto
do agente causador dessa lesão. No caso específico de um projétil, existem vários
tipos de projétil, inclusive alguns onde consegue fazer uma fragmentação desse
projétil e daí você gera uma amplificação dessa lesão. Agora quando ele não tem
essa fragmentação, ele apenas entra e sai.
Geralmente o que você tem é que o ferimento de entrada é um ferimento pequeno,
muitas vezes você nem consegue identificá-lo. Geralmente ele tem um halo em volta,
e esse halo é da pólvora, ou mais especificamente, da queimadura causada pelo objeto ao penetrar no tecido.
Já a cavidade de saída, abre como se fosse um cone e arranca o tecido. Então, sempre se espera que o
ferimento de saída seja maior que o ferimento de entrada, e o ferimento pequeno vai ter um halo pequeno de
pólvora, ou do efeito da temperatura ou da desaceleração desse fragmento/projétil no tecido.

EQUIMOSE X HEMATOMA
Qual a diferença de uma equimose para um hematoma?
A chave da interpretação da diferença entre equimose e hematoma é a profundidade. A equimose tem um
rompimento de vasos mais superficiais. O que aproxima os dois é que ambos têm a questão do
sangramento só que em quantidades diferentes, mas o que distingue um do outro é a profundidade de onde
veio aquele sangramento.
● Equimose – aquele sangramento que ocorre bem superficial. É o que chamamos de olho roxo. O que
acontece é que pequenos vasos sanguíneos da região da derme ou da epiderme se rompem e o
sangue fica acumulado embaixo da pele, dando o que chamamos de “Espectro Equimótico”.
● Espectro equimótico de Legrand du Saulle – Esse espectro começa no início com um vermelho
bronzeado e a partir dos dias que vão se passando vai ficando mais amarelo. E de acordo com a cor
da equimose, conseguimos saber com quantos dias aquele trauma ocorreu. Esse conceito de
“espectro” é usado quase que exclusivamente para a equimose.
o 1º dia – Lívida ou vermelho bronzeada
o 2º ao 3º dia – Arroxeada
o 4º ao 6º dia – Azul
o 7º ao 10º dia – Esverdeada
o 10º ao 12º dia – Amarelo esverdeado
o 12º ao 17º dia – Amarelado
O espectro equimótico não precisa necessariamente surgir na hora, existem pacientes que realizam
uma cirurgia e desenvolvem o espectro equimótico que se relaciona a própria drenagem linfática ou
fluxo venoso da região, então no pós-operatório de alguns dias ele desenvolve uma equimose no
pescoço que vai descendo. Isso acontece muito com pacientes idosos e você vai ter isso com
pacientes que tem uma fragilidade capilar mais aumentada.
● Hematoma – Tem por obrigação o sangramento a nível muscular, no mínimo, ou a nível ósseo. Então
no caso dos olhos, nós podemos ter um hematoma pelo sangramento do orbicular.

Além da profundidade, no hematoma sempre haverá aumento de volume? Se espera. Mas é


importante saber para o diagnóstico diferencial, se você tem uma equimose ou um hematoma pura e
simples ou se você tem associações.
No caso de uma equimose junto com um edema, no edema vai ter um extravasamento do líquido
intersticial com uma tumefação na região, ou eu posso ter, por exemplo, o rompimento de alguns
vasos sanguíneos, e observar o aspecto equimótico. Então vamos observar um edema proveniente do
hematoma com aspecto equimótico da equimose.
O hematoma normalmente se auto descreve, é incomum ter ele associado a outras coisas, no
hematoma, o aumento do volume, é devido ao sangramento mesmo, não há outra justificativa para
aquele aumento de volume

WHIPLASH
É uma lesão por contragolpe. Por exemplo, existem situações que a pessoa tem associação de fraturas, por
exemplo, uma fratura de côndilo do lado esquerdo e de corpo de mandíbula do lado direito, onde a batida foi
completamente do lado direito onde teve a fratura de corpo. Então essa fratura de côndilo é chamada de
fratura por contragolpe. A tradução literal desse termo é “chicote”.
É uma fratura que não ocorre diretamente onde ocorreu o trauma. Ela ocorre pela propagação do trauma
nos tecidos, normalmente essas situações ocorrem a distância.

Nesse caso, nesse caso tem o paciente se movimenta


de forma direta em direção ao vidro do carro, então o
que ocorrer nessa região anterior é de maneira direta.
E quando ele passa a ter uma hiperextensão e a
hiperflexão, tem que ter os dois, em que a cabeça vai
e volta, você tem uma lesão que não ocorre na região
anterior que ocorre pela propagação do trauma por
dentro do corpo do indivíduo e essa hiper
movimentação leva a uma pressão na região das
vértebras que aumenta o risco de você ter lacerações na coluna, fratura de vértebras e ter outras
repercussões.
Esse tipo de lesão diminuiu muito com o encosto de cabeça que os carros antigos não tinham. Esse
movimento de hiperextensão e hiperflexão pode causar danos a ATM, não é apenas na região de pescoço.

SINAL DE PANDA E DE BATTLE1h9


São equimoses/hematomas que ocorrem em direferentes regiões e podem indicar o local de fratura.
● Sinal de Battle:
o Acontecem na região pós-auricular, bem associado a essa região mastoidea.
o Indica uma fratura de base de crânio, dado a localização do acúmulo de sangue ser pós-
auricular.
● Sinal de Panda/ Guaxinim/ Hakum:
o Ocorrem na região orbicular
o Pode acontecer por um trauma direto (o caso da imagem foi no osso frontal devido a
laceração que apresenta, então devemos procurar sinais ou por contragolpe), mas que não se
aplica a todos os casos. Observando as considerações anatômicas da região da órbita, em
que o nervo óptico é um prolongamento que não tem periósteo nessa região, temos o que
chegaria mais perto de um pericrânio ou um recobrimento desses olhos. E isso é importante
porque qualquer alteração da pressão ou da dinâmica de fluidos dentro da cabeça ela vai
repercutir nos olhos, porque é onde está a “maior superficialidade da coisa”. – Por exemplo,
um trauma por contra-golpe onde o paciente bateu a região occipital e causou um
cisalhamento do encéfalo você pode desenvolver um sinal de guaxinim, mesmo sem ter
nenhum trauma na região frontal. Então, pelo fato de que na região intracraniana aumentou o
acúmulo de fluidos ou o movimento de cisalhamento foi tão forte que causou micro-
sangramento e esses micro-sangramentos podem acumular na cabeça fazendo um
traumatismo crânio-encefálico, esse tipo de traumatismo pode ser visualizado ou identificado
através dos olhos.
o É obrigatoriamente bilateral – acontece nos dois olhos
o Paciente apresenta confusão mental ou perda da consciência – já que o mecanismo foi o
cisalhamento, chacoalhou o encéfalo, a cabeça inchou, há compressões, rompimento de vasos
e etc. E por isso, precisamos de um parecer de um neurocirurgião ou neuro-clínico para se
certificar que a pressão intra-craniana não está aumentada, além de manifestações que podem
ocorrer depois.

Nesta foto da direita, há uma ruptura de base de crânio e na foto da


esquerda, há o cisalhamento do encéfalo (ou movimentação do encéfalo
dentro da caixa craniana) causando essa equimose bilateral. Como dito, é
importante saber se isso foi causado devido a um trauma direto e ir procurar
lacerações, ferimentos ou isso é um trauma por contra-golpe. É importante
investigar na semiotécnica, outros possíveis nervos lesionados na ausência
de ferimentos e lacerações graves.

CASO CLÍNICO – contuso x penetrante:


Ambos os pacientes estão em norma frontal, vemos assimetria
unilateral facial em ambos os casos e essas assimetrias faciais têm
motivos diferentes em ambos os pacientes.
● Paciente 1 (contuso): O primeiro paciente tem o aumento de
volume no lado esquerdo da face; já no segundo paciente
temos uma alteração pontual na região do ângulo da mandíbula
e presença de escoriações e ferimentos pontuais. O primeiro paciente apresenta a região supraciliar já
suturada, mas a gente pode ver que quem suturou não resolveu o problema do paciente, porque
podemos ver que sangrou, então provavelmente ele não suturou em camadas, deixando o espaço
morto por baixo, espaços vazios, e o sangramento não parou, não foi feita uma sutura por planos, só
se preocuparam mesmo com a pele do paciente. Aqui eu não tenho aumento de volume por causa do
edema. Isso aqui é o hematoma na região do orbicular. Tem-se uma oclusão da pálpebra do lado
esquerdo em relação ao lado direito. Não adianta nesse caso mandar o paciente abrir os olhos que ele
não vai abrir. O máximo que vai conseguir é dar uma limpada molhando um cotonete no soro, limpar a
parte lateral e fazer uma pressão para ver se consegue ver o olho dele até porque tem que saber se
ele está enxergando ou não. A gente tem um hematoma na região do lábio, então provavelmente tem
algum tipo de fratura da parede anterior do seio maxilar. Os vasos da região infraorbital foram
comprometidos, os da região supraorbital também.
Será que esse cara tem fratura de maxila? Será que tem fratura de zigomático? Essa assimetria é só
pelo aumento de volume e não tem nenhuma repercussão óssea? Ou essa assimetria tem alguma
repercussão também na parte óssea? Porque no decorrer dos dias, quando esse edema baixar, quando
essa equimose for embora, teoricamente, a face dele deixa de ser assimétrica ou volta a ser o que era
normal, agora quando ele tem um deslocamento do osso, um afundamento, uma perca de continuidade ou
coisa assim, aí não pois seria um tipo de trauma permanente. Para detectar, eu não consigo só com a
palpação, eu preciso do recurso do exame de imagem. Sugere uma tomografia nesse caso.

● Paciente 2 (penetrante): No caso desse paciente conseguimos observar assimetria devido


descontinuidade mandibular pois não tem tanto edema, e vemos uma possível fratura de
descontinuidade óssea. Até por que ele tem ferimentos puntiformes e já posso supor que fraturas que
possam existir aqui é por bala (e ai vamos procurar se tem saída na posterior, apalpando a região
occipital), vejo que ele tem sangramento nasal (ou seja, ele tem o comprometimento do seio maxilar),
ele tem alguns tipos de abrasão (pode ser uma faca ou um tiro causando isso).
Vou pedir exame complementar a esse paciente? Sim. Mas o motivo que vou pedir exame de imagem é
diferente do motivo anterior, no primeiro caso precisa do exame para fechar diagnóstico, no segundo já tenho
uma visão de exame para fazer o planejamento de tratamento daquele paciente, para planejar a cirurgia ou
para ver se tiver fragmento de bala se não tiver, por exemplo.

CASO CLÍNICO 7min


Já esse daqui apresenta uma fratura de ângulo, uma fratura alvéolo
dentária (avulsão dental) e uma perda do perímetro do arco mandibular, o
que gera uma deformidade e um desvio do mento para o lado esquerdo.
Algo que chama atenção também é o sinal de guaxinim. Essa equimose
bilateral é algo que deve ser observado, pois como não há uma causa
provável, como uma lesão próxima à região, eu só posso esperar que essa
equimose seja oriundo de algo de dentro da cabeça, logo, é um indicativo
para pedir uma tomografia e um parecer da neurocirurgia (inclusive esses
olhos fechados fazem parte do trauma e da perda de consciência dele, ele
não fechando pq quer).
Já nesse caso temos 2 traumas diferentes. O que chama à atenção é que
um está entubado e o outro está traqueostomizado, o que decorre de
causas distintas. O 1° está entubado pois o nível de consciência baixou
tanto que ele não consegue mais respirar por si só, apresentando uma
alteração da pressão intracraniana, uma dificuldade respiratória e aí foi necessário entubar e mandá-lo para a
sala de cirurgia.
Já no 2° caso o indivíduo está consciente, mas pode estar desorientado, porém essa obstrução de vias
aéreas superiores e esse sangramento indica que ele tem uma dificuldade,
não respirando pelo nariz e nem pela boca, o que gerou a indicação para a
traqueostomização.
Já esse é um outro tipo de trauma que é o arrancamento. Um trauma com
uma grande extensão, em que vai gerar grandes dificuldades: não tem mais
parótida, lesão do nervo facial e etc.

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