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E-BOOK EXCLUSIVO

IMOBILIZAÇÃO
NO TRAUMA
Reneclei de Sousa – Tutor
Diretor Geral na EMG1
Instrutor de Cursos
O E-Book Imobilização no Trauma tem como objetivo:

Aprimorar e atualizar Construir uma base de conhecimento


seu conhecimento a que certamente fará total diferença na
cerca do tema e, assistência do paciente de trauma.
O destino do
traumatizado está
nas mãos de quem
aplica o primeiro
atendimento.
PRINCIPAIS TEMAS ABORDADOS
× INTRODUÇÃO
× ANATOMIA E FISIOLOGIA
× CINEMÁTICA E BIOMECÂNICA
× AVALIAÇÃO: PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
× LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS
× CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
× IMOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE
Trauma é um problema mundial. Embora o evento que produz lesões e
mortes possa diferir de país a país, as consequências não.

A prevenção é o mais importante parâmetro no controle do trauma:


a) é a única forma de evitar as mortes que ocorrem no local do acidente;
b) é o meio mais eficiente e barato de reduzir os custos (mortes,
sofrimento, despesas, perdas de produtividade, etc.), da doença trauma;
c) e, na maioria dos casos, é possível.

A OMS prevê que, sem melhorias nas prevenção, os acidentes de trânsito se


tornarão a sétimo principal causa global de morte até 2030.
FASES DO TRAUMA

Para entendermos melhor a importância do APH adequado, vamos


conhecer as fases do trauma.

O EVENTO TRAUMÁTICO é considerado o momento inicial.

50%
30%
20%

O PÓS-EVENTO é dividido em três fases, de acordo com a causa da morte:


PÓS-EVENTO

50%
30%
20%
Baseado nessa distribuição trimodal de mortes, surgiu o conhecido conceito de “hora de
ouro”, em que as medidas de atendimento à vítima têm que ser eficazes e adequadas.
Nesse contexto, surgiu a modificação do conceito para
“período de ouro”, que inicia no APH e continua na unidade
de saúde de destino.

50%

30%
20%
CINEMATICa
&
DO TRAUMA
Introdução
O manejo bem sucedido dos doentes vítimas de trauma depende da identificação de
lesões e potenciais lesões e do uso de boas habilidades de avaliação.

No trauma, informações prévias do acontecido (história do impacto e da troca de


energia resultante dele), ajuda-nos a compreender o processo de troca de energia e
leva à suspeição de até 95% das potenciais lesões associadas (Biomecânica).

Quando o atendente, em qualquer fase do atendimento, não entende os princípios da


cinemática ou os mecanismos envolvidos (biomecânica), lesões podem ser
negligenciadas.
Definição
O processo de avaliar a cena para determinar quais forças e movimentos foram
envolvidos e quais lesões podem ter resultado dessas forças é denominado cinemática.
Como a cinemática é baseada nos princípios fundamentais da física, entender as leis da
física pertinentes ao assunto se faz necessário.
Princípios Gerais
Um evento traumático é dividido em três fases:

• A fase pré evento – é aquela em que a prevenção pode mudar o


prognóstico.

• A fase do evento – é aquela que envolve a transferência de energia ou


cinemática (mecânica de energia).

• A fase pós evento – é aquela na qual a vítima é atendida.


Principais tipos de trauma e subdivisões
IMPACTO:
FRONTAL
COLISÕES COM VEÍCULOS LATERAL
ROTACIONAL
CAPOTAMENTO

IMPACTO:
TRAUMA FECHADO FRONTAL
COLISÕES COM MOTOCICLETAS ANGULAR
EJEÇÃO

ATROPELAMENTO
QUEDAS
• FERIMENTO POR ARMA BRANCA
TRAUMA ABERTO • FERIMENTO POR ARMA DE FOGO
• OUTROS TRAUMAS ABERTOS

EXPLOSÕES HÁ 5 TIPOS DE LESÕES POR EXLOSÃO


Importante

 O entendimento da anatomia e da fisiologia


geral do corpo humano é um aspecto
importante do conhecimento que o socorrista
deve ter.
 A anatomia e a fisiologia são as bases da
avaliação e do tratamento do doente.
IMOBILIZAÇÃO NO TRAUMA
LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS
Lesão musculoesquelética, embora
comum em doentes vítimas de trauma,
raramente representa uma condição de
risco imediato á vida. No entanto, pode
ser fatal quando leva à grave perda de
sangue. (PHTLS)

O reconhecimento e o tratamento
atrasado dessas lesões pode resultar em
hemorragia com risco de vida ou perda
de membros. (ATLS 10)
Ao tratar um doente traumatizado grave, os
socorristas tem três condições primárias
relacionadas com as lesões de extremidades:

1. Manter prioridade na avaliação e não distrair


com lesões que não acarretam risco iminente
à vida do doente.

2. Reconhecer lesões potencialmente fatais.

3. Reconhecer a cinemática que produziu as


lesões e a possibilidade de existência de
outras lesões com risco para a vida causadas
por essa transferência de energia.
Lesões musculoesqueléticas ou de
extremidades é relativamente
comum e, geralmente, considerado
de menor importância.
O principal mecanismo pelos
quais essas lesões podem
representar uma ameaça à
vida é a perda sanguínea, que
pode causar choque, dano a
vasos sanguíneos e nervos.
Manuseio dos traumas de
extremidades é simples e NÃO É
PRIORIDADE NO ATENDIMENTO
INICIAL, a menos que haja grave
sangramento externo.
ATENÇÃO
ATENÇÃO!

SE FOR DESCOBERTA UMA


CONDIÇÃO DE RISCO À VIDA
DURANTE A AVALIAÇÃO
PRIMÁRIA, A AVALIAÇÃO
SECUNDÁRIA NÃO DEVE SER
INICIADA.
Os tipos de lesões
musculoesqueléticas são:
FRATURA ABERTAS OU EXPOSTA

Abertas ou Expostas: Onde há


lesões de pele associada, permitindo
que o osso, ou o hematoma da
fratura, tenha contato com o meio
externo, mesmo que não se veja o
osso.
FRATURA COBERTA / FECHADA
Fechadas: Onde não há lesões de pele,
ou lesões não é suficientemente
profunda para que o osso ou o
hematoma tenha contato com o meio
externo. Devem ser imobilizadas para
não se tornarem expostas ou lesar
estruturas vizinhas.
LUXAÇÕES
São lesões em que à extremidade de
um dos ossos que compõem uma
articulação é deslocada de seu lugar.
O dano a tecido mole pode ser muito
grave, afetando vasos sanguíneos,
nervos, e a cápsula articular.
ENTORSES
São lesões aos ligamentos. Podem
ser de grau mínimo ou grave,
causando ruptura completa do
ligamento. As formas graves
produzem perda da estabilidade
da articulação, à vezes,
acompanhada por luxação.
DISTENSÕES
São lesões aos músculos ou seus
tendões, geralmente são causados
por hiperextensão ou por contrações
violentas. Em casos graves pode
haver ruptura do tendão.
Os pacientes são avaliados e suas prioridades de
tratamento são estabelecidos, com base em seus
ferimentos, sinais vitais, e os mecanismos de lesão.
Os mecanismos da lesão podem
auxiliar e determinar a necessidade de
imobilização.

A seleção de um método específico e dos equipamentos


deve basear-se na situação, nas condições do doente e nos
recursos disponíveis.
“dispositivos e métodos de
imobilização específicos podem ser
usados com segurança somente
quando se tem conhecimento dos
princípios anatômicos, que são
genéricos para todos os métodos e
equipamentos”
ATENÇÃO!
Em caso de dúvida, IMOBILIZE!

QUANDO IMOBILIZAR?
OS SINAIS E SINTOMAS PODEM NÃO SER TÃO EVIDENTES

• Lembre – se:
Uma fratura somente
pode ser excluída
por uma radiografia
do membro acometido
Na duvida? Imobilize o membro.
ALGUNS DISPOSITIVOS USADOS NA IMOBILIZAÇÃO
IMOBILIZAÇÃO DA CABEÇA
ATLS 10

Remover um capacete adequadamente é um procedimento para duas pessoas.


Enquanto uma pessoa restringe o movimento da coluna vertebral, (A), a
segunda pessoa expande o capacete lateralmente (B).
SOBRE A IMOBILIZAÇÃO
•Lesões osteoarticulares

 Avaliar pulsos distais e sensibilidade.

 Imobilizar uma articulação acima e uma abaixo.

•Fraturas expostas
 Conter hemorragia com curativo oclusivo, retirar corpos
estranhos da ferida, ocluir a ferida e imobilizar na posição
encontrada.
IMOBILIZAÇÃO

•FRATURAS DESALINHADAS:

- Pulso distal presente - imobilizar na posição encontrada.

- Pulso distal ausente - tentar alinhar o membro, com leve


tração controlando o pulso. Assim que sentir o retorno do
pulso imobilizar na posição.
IMOBILIZAÇÃO

AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS
 Conter hemorragia com curativo oclusivo e acondicionar o membro
amputado.

 Membro amputado - breve limpeza; envolver em gaze ou compressa


limpa e seca; acondicionar em saco plástico bem fechado e este,
dentro de outro com gelo e água gelada, identificar e levar junto à
vítima.
ABORDAGEM EM SUPORTE BÁSICO

A Via aérea pode estar obstruída ou não; relatar a oximetria.

B Relatar achados à inspeção e palpação

C Relatar a condição hemodinâmica e controle de hemorragias

D Relatar sobre o nível de consciência e a condição pupilar

E Exposição com controle da hipotermia


ABORDAGEM EM SUPORTE BÁSICO

• Conter hemorragia antes da imobilização.

C • Imobilize membro traumatizado.


x
PRECAUÇÃO

POR MAIS ASSUSTADORA QUE PAREÇA UM TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO!

NÃO ESQUEÇA, DEVEMOS SEGUIR O:

XABCDE
A PRIORIDADE É A VÍTIMA E NÃO A EXTREMIDADE AFETADA !
AVALIAÇÃO DA CENA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Algoritmo da Avaliação Primária

HÁ ALGUMA AMEAÇA À VIDA?

SIM NÃO

MANEJO/ CONDUZIR
INTERVENÇÃO AVALIAÇÃO
IMEDIATA SECUNDÁRIA

AMEAÇAS À VIDA CONSIDERAÇÕES


CONTROLADAS? DO TRATAMENTO

NÃO SIM DECISÕES DE


REMOÇÃO E
DESTINO
AVALIAR INCAPACIDADE E EXPOSIÇÃO
COMPLETA CONFORME NECESSÁRIO

REAVALIAÇÃO
CONCLUIR AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA CONTINUA
CONFORME O TEMPO PERMITIR
CONSIDERAÇÕES FINAIS

× UM SOCORRISTA PODE DEIXAR DE OBSERVAR


MUITAS LESÕES SE NÃO SUSPEITAR DELAS.

× UMA LESÃO PODE NAO SER IDENTIFICADA SE


NÃO SOUBERMOS ONDE PROCURA-LA.

PS: ESSA APRESENTAÇÃO FAZ PARTE DA AULA OFICIAL DESSE TEMA NOS NOSSOS
CURSOS PRESENCIAIS E ESTÁ BASEADA PRINCIPALMENTE NO PHTLS, ITLS E ATLS.
Nada supera o
conhecimento, ele
pode salvar vidas.
Reneclei de Sousa
Diretor Geral na EMG1
Instrutor de Cursos

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