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ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE


CIRURGIAS ORTOPÉDICAS
BRUNO GILBERTO DE MELO E SILVA
VICENTE JÚLIO BARBOSA DE LIMA
DAYVISON MARQUES DE LIMA
CAMILA FEDATO LUNA

■ INTRODUÇÃO
A humanidade tem assistido, nos últimos dois séculos, a um avanço tecnológico sem precedentes na história. O mundo tornou-se globalizado, e a população cada vez mais urbanizada. Há necessidade crescente de
grandes deslocamentos, em tempos cada vez menores, provocando grande avanço da indústria, do consumo e da utilização de meios de locomoção motorizados. Observa-se, ainda, aumento exponencial da
violência urbana, com maior uso de armas de fogo.
De outra maneira, os esportes estão cada vez mais radicais, com maior demanda motora e de habilidades dos atletas profissionais e amadores. A humanidade está mais longeva, trazendo consigo novos eventos
patológicos associados ou não ao trauma e que criam nova demanda às ciências médicas e fisioterapêuticas.
As lesões traumáticas constituem um dos problemas médicos mais importantes da sociedade porque são a principal causa de perda de anos potenciais de vida da população mundial.1 A implementação de avaliação
de sistemas de trauma pela American College of Surgeons (ACS), com a padronização do Advanced Trauma Life Support (ATLS), em 1980, vem influenciando positivamente a sobrevida dos pacientes
politraumatizados, assim como a qualidade dos cuidados prestados e sua recuperação.2
O avanço tecnológico e das ciências da saúde tem proporcionado, na maioria dos países, maior sobrevida de seus cidadãos. Novos desafios com a longevidade da população estão estabelecidos, pois a incidência
de patologias inerentes a essa condição aumentou.
Idosos podem apresentar osteoporose, artrose, demência senil e doenças vasculares periféricas crônicas, com comorbidades importantes, como diabetes melito e hipertensão arterial sistêmica, que podem evoluir
para necessidade de eventos cirúrgicos e cuidados especiais.
O paciente politraumatizado desenvolve, comumente, lesões múltiplas, podendo apresentar comprometimento de mais de um sistema do corpo. Dessa forma, deverá ser atendido por uma equipe multidisciplinar, da
qual farão parte:

cirurgião geral;
cardiologista;
neurologista;
ortopedista;
anestesista;
enfermeiros – para cuidados com curativos, orientação e supervisão da administração de medicamentos;
nutricionista – para cuidados com dieta parenteral, enteral ou oral, de acordo com o estado clínico do paciente;
fisioterapeuta – para prevenção de contraturas musculares e deformidades articulares, para suporte no desmame da ventilação mecânica (VM) e para restabelecimento da função cardiopulmonar.
Deve haver conhecimento preciso do momento e do tempo de atuação de cada profissional na assistência ao paciente.
As lesões traumatológicas que necessitam de cuidados intensivos estão relacionadas, principalmente, aos traumas de alta energia em pacientes jovens e a quedas nos extremos de idade (crianças e idosos). Entre
as patologias da terceira idade com repercussões ortopédicas importantes, está a osteoporose, que é uma doença metabólica sistêmica com consequente desmineralização óssea, que deixa o paciente suscetível à
fratura e à osteoartrose, também conhecida como osteoartrite ou doença articular degenerativa.
Neste artigo, serão abordados os conceitos de politrauma, associando-o às fraturas complexas, assim como as repercussões na coluna vertebral, na cintura pélvica e no fêmur, e de osteoartrose, considerando os
aspectos clínicos e fisioterapêuticos mais relevantes.

■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:

identificar a gravidade da lesão do paciente;


elaborar condutas adequadas para o paciente;
identificar os efeitos adversos da imobilização;
compreender a fisiopatologia do trauma e da osteoartrose;
identificar os meios diagnósticos para avaliação e tratamento das lesões musculoesqueléticas;
estabelecer critérios de segurança para mobilização;
reconhecer algumas etapas de cicatrização tecidual.

■ ESQUEMA CONCEITUAL

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■ POLITRAUMA
O politrauma, ou trauma múltiplo, é um termo médico que descreve a condição de uma pessoa que tenha sido submetida a múltiplas lesões traumáticas, como traumatismo craniano grave, fraturas
complexas, traumas abdominais associados ou não, em que, pelo menos, uma ou a combinação de várias dessas lesões, é potencialmente letal.3
Os pacientes com fraturas isoladas devem ser diferenciados dos pacientes com múltiplos ferimentos. O efeito de várias fraturas sobre a fisiologia sistêmica não é o mesmo que o das fraturas individuais, uma vez que
o sangramento causado por múltiplas fraturas pode desencadear choque hipovolêmico.
As fraturas descritas a seguir podem levar a lesões de vasos e causar choque hipovolêmico com risco de morte:4

fraturas da pelve e do acetábulo com luxações;


fraturas sacroilíacas deslocadas;
dissociação escapulotorácica;
fraturas diafisárias de fêmur;
várias fraturas expostas;
múltiplas lesões ósseas em combinação com lesões viscerais.
As fraturas com lesão do tecido mole devem ser consideradas emergências cirúrgicas e precisam de protocolo de gerenciamento sofisticado e de excelente sistema de graduação, a fim de alcançar a meta de cura
sem complicações, com total restituição de função.
As fraturas expostas e as fraturas fechadas com danos concomitantes no tecido mole são, muitas vezes, associadas às lesões adicionais, em que o cuidado e as prioridades de ação sobre os ferimentos e sobre as
lesões devem ser considerados.5

A melhor abordagem para avaliação, considerando os fatores essenciais, orientando sobre o diagnóstico preciso e sobre a tomada de decisão acerca do tratamento, é a realização da classificação da fratura.
Dessa forma, proporcionará melhor recuperação e diminuição de complicações e prevenção de erros, influenciando no prognóstico e no processo de reabilitação.

EPIDEMIOLOGIA
O politrauma cumpre os critérios de classificação da doença para uma pandemia global, por ser uma causa recorrente e significativa de morbidade e de mortalidade, ao longo do tempo e em todos os continentes,
apesar de esforços para controlar seu impacto.

Em todo o mundo, cerca de 16 mil pessoas morrem todos os dias como resultado de uma lesão (5,8 milhões de mortes por ano), e as projeções para 2020 mostram que 8,4 milhões de mortes por ano são
esperadas.6 Sendo assim, o politrauma continua a ser a causa mais comum de morte e de incapacidade em crianças e adultos jovens no mundo desenvolvido.6
Segundo o Ministério da Saúde, em 2009, ocorreram 38.469 óbitos por acidentes automobilísticos no Brasil e, nos últimos quatro anos, o número de internações em função dessa causa aumentou 66,2%, enquanto
os gastos com serviços hospitalares aumentaram 90,5%, sobrecarregando o sistema de saúde. Análises das taxas dessas ocorrências em 100 países colocam o Brasil entre os dez primeiros na relação das maiores
taxas de mortalidade no trânsito.7

ETIOLOGIA
As fraturas por politrauma são mais frequentes em pacientes jovens, em virtude dos acidentes que envolvem veículos motorizados, agressão por projétil de arma de fogo (PAF) e atividade física de alto impacto de
contato ou manobras radicais.
Fraturas complexas ou que necessitem de suporte intensivo ocorrem de forma bimodal. Nos idosos, as fraturas com complicações sistêmicas ocorrem normalmente por queda da própria altura. Nesse grupo de
pacientes, geralmente estão presentes comorbidades que irão agravar o quadro da fratura (osteoporose, diabetes melito, encefalopatias adquiridas, etc). Nas crianças, quedas e espancamentos estão entre as
principais causas de fraturas.

FISIOPATOLOGIA
As fraturas por trauma de alta energia provocam lesões importantes nos tecidos moles, causadas pela própria energia do trauma ou por fragmento de osso fraturado. O estado da ferida após a lesão é determinado
pelos fatores8 descritos no Quadro 1, a seguir.
Quadro 1

FATORES QUE DETERMINAM O ESTADO DA FERIDA APÓS A LESÃO


Tipo de insulto e área de contato:
sem corte
penetrante
pontiagudo
afiado
esmagamento
Força aplicada
Direção da força:
vertical
tangencial
Área do corpo afetada
Contaminação da ferida:
estéril
grau de sujeira
outros órgãos
Condição física geral do paciente:
idade
doenças associadas
resposta imune

A combinação dos fatores que determinam o estado da ferida após a lesão irá produzir tipos de feridas que diferem não só na sua forma, mas também no tipo de tratamento necessário e no prognóstico para
a cura.
Qualquer lesão provoca a destruição do tecido e hemorragia, ativando os mecanismos humoral e celular para cessar o sangramento e para resistir à infecção. Os processos de cura sequenciais, começando
imediatamente após o trauma, podem ser divididos em três fases:8

fase exsudativa ou inflamatória;


fase proliferativa;
fase de reparação.
Na fase inflamatória inicial, há maciça interação entre leucócitos e endotélio microvascular ferido. A exposição, induzida traumaticamente, das estruturas de colágeno subendotelial leva à agregação de
trombócitos, os quais, além de vasoconstrição (induzida pela serotonina), secretam adrenalina e tromboxano-A e, acima de tudo, citocinas. A vasoconstrição, a agregação trombocitária, a cascata de ativação do
complemento e o sistema de coagulação agem em conjunto com a fibrina para cessar o sangramento.
Como efeito colateral, o tecido danificado torna-se hipoperfundido, como primeira resposta ao trauma, que é a cessação do sangramento com o objetivo de reparo do dano causado ao tecido, buscando a
homeostase e o combate à infecção. Além da ativação precoce induzida por citocina de células imunocompetentes, macrófagos são responsáveis pela inibição e destruição de bactérias contaminantes e pela
remoção dos detritos celulares a partir do tecido danificado.
A capacidade dos macrófagos para fagocitose, no entanto, é limitada. Se a sua capacidade é sobrecarregada por uma quantidade excessiva de tecido necrótico, haverá redução da atividade antimicrobiana dos
fagócitos mononucleares. Essas atividades fagocíticas estão associadas ao alto consumo de oxigênio, e áreas de hipóxia e áreas avasculares apresentam especial risco de infecção. A lógica fisiopatológica para a
realização de debridamento cirúrgico radical nas áreas de tecido morto encontra-se, portanto, em ajudar ou apoiar o processo fagocítico dos macrófagos.9
Af lif ti d d i li i i ó l ã b did d id t i ã f d ã O fib bl t ti l d l f t d
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A fase proliferativa do (home)
processo de cura sequencial inicia após a oclusão bem-sucedida dos vasos, seguida por uma suave transição para a fase de reparação. Os fibroblastos estimulados pelos fatores de
crescimento miogênicos, seguidos por células endoteliais, migram para a área da ferida e lá proliferam. Essas células têm uma série de receptores de fatores de crescimento em sua superfície e, por processo
parácrino e autócrino, liberam várias citocinas e sintetizam proteínas estruturais da matriz extracelular (colágeno). Paralelamente a essa atividade, há proliferação endotelial e neoangiogênese, sendo uma
característica típica de granulação tecidual. Segue-se a fase de fibrose e cicatriz.10

1. Por que os pacientes com fraturas isoladas devem ser diferenciados de pacientes com múltiplos ferimentos?

2. Quais fraturas podem levar a lesões de vasos e causar choque hipovolêmico com risco de morte?

3. Quais são as orientações a serem seguidas em caso de fraturas com lesão do tecido mole?

4. Na avaliação, qual é a importância da classificação da fratura?

5. Como agem os trombócitos na fase inflamatória inicial da lesão?

6. O que ocorre se a capacidade dos macrófagos for sobrecarregada por quantidade excessiva de tecido necrótico?

7. Na fase inflamatória inicial, por que as áreas de hipóxia e as áreas avasculares apresentam especial risco de infecção?

■ ABORDAGEM CLÍNICA
Entre as fraturas complexas e/ou graves com maior repercussão hemodinâmica, estão as fraturas da coluna vertebral e da cintura pélvica. Além dessas, há a fratura diafisária de fêmur e a osteoartrose, que
também serão abordadas a seguir.

FRATURAS DA COLUNA VERTEBRAL


Até mesmo pequenas quedas ou traumas podem produzir fratura da coluna vertebral. No entanto, são as grandes fraturas, ou seja, fraturas cominutivas, com deslocamentos de fragmentos para o canal vertebral que
podem resultar em problemas graves se não forem tratadas prontamente e corretamente.
As fraturas da coluna variam de compressão dolorosa, muitas vezes, vistas após pequenos traumas em pacientes com osteoporose, a lesões mais graves, como fraturas em explosão do segmento vertebral e
fraturas-luxações, que ocorrem na sequência de acidentes de automóvel ou de quedas de altura.

As lesões graves geralmente resultam em instabilidade da coluna, com elevado risco de lesão da medula espinhal e dor.

Nos traumas da coluna, o prejuízo para sua estabilidade e função pode ser devastador. Algum grau de déficit neurológico ocorre em:

10 a 25% dos pacientes em todos os níveis de lesão;


40% dos pacientes nos níveis da coluna cervical;
15 a 20% dos pacientes nos níveis toracolombares.
Mesmo com o desenvolvimento de centros especializados em tratamentos de lesão medular, o custo para a sociedade, por paciente, permanece impressionante.
A abordagem clínica da coluna no paciente politraumatizado deve ser realizada considerando que ele tem a coluna instável até que a avaliação completa tenha sido concluída. Certos grupos de pacientes são
particularmente de risco.
A coluna cervical deve ser estabilizada com colar cervical em pacientes nas seguintes condições:

dor localizada;
politraumatismo, com qualquer lesão traumática na cabeça;
lesões faciais;
inconscientes ou obnubilados;
acidentes de trânsito.
A coluna vertebral toracolombar deve ser protegida pelo uso de colete de estabilização.
A avaliação ortopédica do paciente deve incluir a avaliação esquelética e de lesões neurológicas, e verificar lesão medular associada, identificar instabilidade e potencial instabilidade, classificar criteriosamente a
lesão e estabelecer um plano de gestão completo.
A coluna vertebral deve ser inspecionada e palpada do occipital ao cóccix, e a presença dos seguintes sinais indica lesão significativa:

dor com o movimento;


hipersensibilidade;
gap ou degrau;
edema ou hematomas;
espasmo dos músculos associados.
A avaliação neurológica do paciente deve ser abrangente, e a mais utilizada é a recomendada pela American Spinal Injury Association (Asia) (Figura 1).

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Figura 1 – Escala Asia – avaliação padronizada de traumatismos raquimedulares.


Fonte: Barros Filho (1994).11

Todos os grupos musculares devem ser avaliados e classificados em uma escala neurológica. Fraquezas musculares devem ser classificadas de acordo com o escore de força muscular proposto pelo Medical
Research Council (MRC), conforme pode ser verificado no Quadro 2, a seguir.
Quadro 2

ESCORE DE FORÇA MUSCULAR DO MEDICAL RESEARCH COUNCIL


0 Paralisia total

1 Contratura dificilmente detectável

2 Não apresenta força muscular suficiente para poder agir contra a gravidade

3 Forte o suficiente para agir contra a gravidade

4 Ainda mais forte, mas inferior ao normal

5 Potência total

A sensibilidade desses pacientes deve ser avaliada, incluindo:

leve toque;
picada de agulha;
propriocepção;
vibração.
Todos os dermátomos devem ser examinados bilateralmente, e os seguintes reflexos devem ser documentados:

bicipital;
tricipital;
braquioestilorradial;
patelar;
aquileu.

A avaliação do reflexo bulbo cavernoso é obrigatória, se houver qualquer suspeita de lesão neurológica. Os níveis sensorial e motor devem ser registrados.

Em pacientes com lesão da medula espinhal, os sinais vitais devem ser monitorados continuamente, incluindo:5

frequência cardíaca (FC);


pressão arterial (PA);
frequência respiratória (FR).
O diagnóstico deve ser confirmado por radiografias nas incidências anteroposterior (AP), transoral e lateral (perfil) da coluna cervical e AP e lateral da coluna torácica e lombar. Pode ser utilizada, ainda, a tomografia
computadorizada (TC) e, em lesões de partes moles e/ou da medula vertebral, a ressonância magnética (RM).12
As fraturas da coluna cervical correspondem a quase um terço de todas as fraturas da coluna vertebral.

As luxações e as fraturas-luxações da coluna cervical subaxial necessitam de tratamento cirúrgico.

Ainda não existe consenso sobre a melhor forma de tratamento cirúrgico para fraturas da coluna cervical. Muitos centros usam a tração cervical prévia para redução fechada da luxação cervical e, em um segundo
momento, a fixação da lesão cervical. Outros centros preferem a redução aberta da luxação por via anterior, por meio da discectomia e por manobras com o distrator de Caspar e/ou um afastador interlaminar.
O tratamento precoce da lesão medular incompleta da coluna cervical é de fundamental importância para melhor recuperação. Sendo assim, técnicas de descompressão medular, associadas à redução e
artrodese ao mesmo tempo, são mais efetivas e seguras para os pacientes com esse tipo de lesão medular.12,13
Os principais objetivos do tratamento das fraturas da coluna vertebral são:

restauração da anatomia e das condições fisiológicas do segmento vertebral lesado;


restabelecimento da função máxima do paciente e da estabilidade do segmento vertebral;
presença de dor residual mínima;
recuperação do déficit neurológico;
prevenção de incapacidade futura e de dor residual;
início precoce da reabilitação;
retorno às atividades profissionais.

A realização de artrodeses curtas e a não utilização de imobilização externa no período pós-operatório possibilitam que os objetivos do tratamento das fraturas da coluna vertebral sejam alcançados.11-14.

As fraturas da coluna toracolombar, em sua maioria, são lesões estáveis e que podem ser tratadas por métodos não cirúrgicos, como:

repouso no leito;
órteses;
mobilização precoce.
Os parâmetros utilizados para a indicação do tratamento cirúrgico dessas fraturas estão fundamentados na presença de:

instabilidade;
déficit neurológico;
compressão do canal vertebral;
presença de lesões associadas que impeçam a realização do tratamento cirúrgico por meio de abordagem conservadora.
As indicações absolutas para a realização do tratamento cirúrgico são:13
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lesões abertas com exposição da medula espinhal;
déficit neurológico após um intervalo de tempo sem sintomas;
déficit neurológico progressivo;
fraturas irredutíveis por meios conservadores;
risco de lesão neurológica em função da instabilidade.

FRATURAS PÉLVICAS
Lesões pélvicas são raras quando comparadas às fraturas em outras regiões do corpo, porém sua casuística vem aumentando e constituem umas das principais lesões que necessitam de atendimento intensivo
multidisciplinar.
A incidência global das lesões pélvicas é estimada em cerca de 3% de todas as fraturas ou 19 a 37 ferimentos por 100 mil habitantes por ano. Entre os pacientes “politraumatizados”, a incidência aumenta para cerca
de 25%. No grupo de mortes relacionadas ao tráfego, foram detectadas fraturas pélvicas em até 42% destes óbitos.7
A lesão pélvica deve, portanto, ser encarada como indicador de um grande trauma até lesões associadas serem definitivamente excluídas. A estreita proximidade de estruturas osteoligamentares, órgãos pélvicos,
neurovasculares, vísceras ocas e estruturas urogenitais podem conduzir à ampla gama de complicações graves e sequelas tardias, se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente.13,14

A avaliação da lesão pélvica deve ser baseada nas seguintes situações:

repetidas checagens de parâmetros vitais do paciente (hemodinâmica);


exame clínico detalhado (estabilidade pélvica, lesões peripélvicas concomitantes, neurológicas);
avaliação radiográfica estruturada.
Decisões de emergência podem ser baseadas em radiografias APs, enquanto a classificação é detalhada após projeções oblíquas adicionais na direção cefalopodálica (inlet), dando uma visão mais anterior da
pelve, e incidência podecefálica (outlet), além de TC.
Caso haja suspeita de lesão específica,15 técnicas de diagnósticos suplementares devem ser incluídas na fase precoce ou tardia, como:

ultrassonografia;
uretrocistografia;
eletromiografia;
RM.

As maiores complicações das lesões do anel pélvico estão relacionadas a lesões de pequenos vasos (artéria glútea superior, pudenda e obturatriz), que levam a choque hipovolêmico, e a lesões associadas
do trato genitourinário e outras vísceras.
A abordagem ortopédica de emergência, na presença de fraturas complexas e instáveis, consiste na colocação de fixador externo para restabelecimento do continente pélvico.14
As fraturas podem ser estáveis ou instáveis. Nas fraturas instáveis, podem ocorrer:

instabilidade horizontal: fratura em livro aberto;


instabilidade vertical: fratura em alça de balde;
instabilidade horizontal e vertical: fratura de Malgaigne.

O tratamento ortopédico definitivo deve ocorrer após a estabilização hemodinâmica do paciente e a diminuição do risco de infecção, sendo realizado por meio de síntese com placa e parafusos.4,13,14

FRATURA DIAFISÁRIA DE FÊMUR


A diáfise femoral tem compartimentos extensos; assim, um paciente vítima de fratura diafisária do fêmur pode apresentar grande perda sanguínea, com repercussão hemodinâmica.
As fraturas diafisárias do fêmur são lesões graves, que ocorrem por traumas de grande impacto. Em função da energia, o trauma do fêmur pode estar associado a lesões de outros órgãos, retardando seu
tratamento definitivo e, assim, evoluir para deformidades ou sequelas. Essas fraturas acometem principalmente adultos jovens do sexo masculino, apresentando alta morbidade e baixa mortalidade, sendo associada
a lesões de partes moles concomitantes ou a complicações, como hemorragia ou embolia gordurosa.13,14
A avaliação clínica deve seguir os padrões descritos e comumente são observados:

edema;
eritema;
deformidade;
crepitação;
aumento do volume segmentar;
limitação funcional.
O estado neurovascular do paciente deve ser verificado criteriosamente na avaliação inicial. As articulações do quadril e do joelho (risco aumentado de lesões meniscais e ligamentares associadas) devem ser
avaliadas clinicamente, buscando-se lesões associadas de partes moles após a estabilização da fratura, com o paciente ainda anestesiado.13,14
O diagnóstico é confirmado com radiografias, incluindo as articulações adjacentes e a pelve (alto risco de lesão associada).

O tratamento da fratura diafisária do fêmur deve seguir protocolo definido após verificação de lesões associadas ou não. Caso o paciente tenha sofrido outras lesões cirúrgicas, após sua estabilização
hemodinâmica, realiza-se a tração transesquelética, até a diminuição do risco de eventos adversos, seguida de tratamento definitivo com síntese, que pode ser por meio de placas e parafusos (diversos
mecanismos) ou de haste intramedular. Se o paciente sofreu fratura exposta com lesão importante de partes moles, um fixador externo deve ser inicialmente indicado.4,14

OSTEOARTROSE
A osteoartrose é uma patologia degenerativa articular progressiva, com comprometimento da cartilagem que atinge as articulações sinoviais, dando origem a zonas de fibrilação e fissuração causadas por
eventos mecânicos ou por predisposição genética.16-18
Na osteoartrose, podem ser observadas microfraturas, cistos e esclerose no osso subcondral e formação de osteófitos nas bordas articulares. Está associada à dor e rigidez articular, deformidade e progressiva
perda da função, afetando o indivíduo em múltiplas dimensões, do nível orgânico até o social.16,18.
O tratamento inicialmente é clínico, por meio do uso de:

analgésicos;
anti-inflamatórios;
condroprotetores;
tutores (braces);
palmilhas.
Em seu estado avançado, caracterizado por tratamento conservador não eficiente para cessação da dor e melhora da mobilidade, realiza-se tratamento cirúrgico com:13

osteotomia pélvica ou femoral;


artrodese;
artroscopia;
artroplastia (quadril e joelho).
A artroplastia é uma técnica cirúrgica que tem como objetivo a substituição dos componentes anatômicos do quadril ou joelho que estão comprometidos por uma prótese. A substituição feita na artroplastia deve levar
em consideração a tríade dor, rigidez articular e deformidade presente em grande variedade de doenças articulares, além de considerar a idade e as expectativas do paciente. A artroplastia tem aplicabilidade
durante longo prazo em idosos para alívio do quadro álgico, melhorando a funcionalidade, aumentando a mobilidade e a interação entre indivíduos e contribuindo para a autoestima dos pacientes.13,19,20
Configurada como ato cirúrgico de grande complexidade e agressividade à articulação, a artroplastia é classificada como cirurgia de grande porte, em que o paciente recebe monitoração durante o procedimento, de
maneira a evitar possíveis complicações.
Contudo, com a melhor compreensão da biomecânica e da anatomia da articulação, foi possível o desenvolvimento de próteses melhores e com baixos índices de infecções e rejeições, aumentando a qualidade das
técnicas cirúrgicas.21
A classificação da artroplastia é reali ada de acordo com 22
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A classificação da artroplastia é realizada de acordo com:22
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o desempenho do componente: restritiva, semirrestritiva ou não restritiva;
o tipo de fixação: com cimento, sem cimento ou híbrida;
os materiais utilizados: liga de cobalto-cromo, liga de titânio e polietileno de alta densidade.

A abordagem fisioterapêutica pré e pós-operatória é um procedimento cada vez mais utilizado em serviços de ortopedia. Representa uma necessidade e é considerada fundamental para o sucesso
terapêutico.

A reabilitação funcional da articulação no período pós-operatório imediato, principalmente com exercícios passivos, passivos-assistidos, ativos e ativos-resistidos são indispensáveis para melhor adaptação à
prótese.23,24

8. Em sua maioria, o que são as fraturas da coluna toracolombar?

A) Lesões com indicação de tratamento cirúrgico fundamentado na presença de instabilidade, déficit neurológico e compressão do canal vertebral.
B) Lesões estáveis e que podem ser tratadas por métodos não cirúrgicos, como repouso no leito, órteses ou mobilização precoce.
C) Lesões estáveis, com indicação de tratamento cirúrgico fundamentado na presença de instabilidade, déficit neurológico e compressão do canal vertebral.
D) Lesões instáveis que podem ser tratadas por métodos não cirúrgicos, como repouso no leito, órteses ou mobilização precoce.
Confira aqui a resposta

9. Na avaliação ortopédica, quais sinais indicam lesão significativa?

10. De que forma a fraqueza muscular deve ser classificada?

11. Qual deve ser a conduta caso haja qualquer suspeita de lesão neurológica?

12. As maiores complicações das lesões do anel pélvico em traumas de alta energia estão relacionadas

A) às lesões de pequenos vasos (artéria glútea superior, pudenda e obturatriz).


B) ao tipo de mecanismo de trauma.
C) ao tipo de fratura que ocorre.
D) às lesões associadas de órgãos adjacentes.
Confira aqui a resposta

13. Em relação às fraturas instáveis, correlacione as colunas.

(1) Instabilidade horizontal ( ) Fratura de Malgaigne


(2) Instabilidade vertical ( ) Fratura em livro aberto
(3) Instabilidade horizontal e vertical ( ) Fratura em alça de balde

Qual a sequência correta dos parênteses?

A) 3 – 2 – 1
B) 1 – 3 – 2
C) 2 – 3 – 1
D) 3 – 1 – 2
Confira aqui a resposta

14. Quais complicações estão associadas à fratura diafisária de fêmur?

15. Em que situação a tração transesquelética deve ser realizada?

16. Na fratura diafisária de fêmur, qual deve ser a conduta inicial caso o paciente tenha sofrido fratura exposta com lesão importante de partes moles?

17. Quais são os tratamentos cirúrgicos utilizados em caso de osteoartrose?

■ ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
A abordagem fisioterapêutica no pós-operatório deve ter início logo após a conduta ortopédica e pode ser conservadora, ou seja, quando não há intervenção cirúrgica (imobilização com gesso, órtese ou trações) ou
após a cirurgia propriamente dita, também chamada de procedimento cruento (artroplastia, osteossíntese, fixador externo, enxerto ósseo, entre outros).25

A boa interação entre a equipe responsável pela cirurgia e a equipe responsável pela reabilitação do indivíduo é de grande importância, pois aumentará a probabilidade de obtenção de melhores
prognósticos.
O tratamento fisioterapêutico deve ser precoce, porém é importante conhecer:

as reais causas do procedimento cirúrgico realizado;


a presença ou não de intercorrências no momento da cirurgia;
se há alg ma restrição imposta pelo procedimento tanto por ma seq ela recorrente como pela necessidade de f t ras cir rgias
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se há alguma restrição imposta pelo procedimento, tanto por uma sequela recorrente como pela necessidade de futuras cirurgias.
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O paciente deverá ser submetido à avaliação minuciosa, tanto do ponto de vista motor quanto hemodinâmico, e tudo deve ser transcrito para que possa ser comparado futuramente após as condutas
adotadas.
Os principais objetivos do tratamento fisioterapêutico devem ser:

prevenir possíveis deformidades;


promover analgesia;
diminuir edemas, caso estejam presentes, pois, dependendo da dimensão, irão influenciar diretamente na amplitude de movimento (ADM);
proporcionar o equilíbrio muscular no que diz respeito à força e ao tônus;
melhorar a coordenação motora e, assim que possível, reeducar a marcha e o desempenho de atividades diárias.
Durante a avaliação fisioterapêutica é de suma importância observar se há algum tipo de restrição que possa comprometer a reabilitação do paciente, para que, dessa forma, as metas adequadas para ele possam
ser traçadas.

AVALIAÇÃO INICIAL
A fisioterapia tem desenvolvido uma vasta abordagem tanto na avaliação quanto no tratamento dos pacientes, a fim de guiar o profissional por meio de séries sistemáticas e tomadas de decisões precisas, para
intervir, no mais alto nível, na reabilitação dos seus pacientes.
De forma pontual, pode-se dizer que o processo de tratamento fisioterapêutico tem cinco componentes básicos, que são:25,26.

avaliação abrangente e extensa;


avaliação de dados coletados por questionários ou por prontuários médicos;
determinação de uma hipótese diagnóstica com base no comprometimento, na limitação funcional e na incapacidade do indivíduo;
elaboração de um plano de tratamento (metas) para o paciente;
implantação de intervenções apropriadas para o caso em questão.
A avaliação deve iniciar-se pela observação, ou seja, inspeção. O objetivo é perceber os seguintes aspectos:

disfunções visíveis;
déficits funcionais;
anormalidades de alinhamento;
discrepância de segmentos.
O examinador deve estar posicionado de forma que seu olho dominante seja utilizado.
Durante a avaliação, devem-se observar se há mau alinhamento ou alteração no formato do osso, se os contornos referentes aos tecidos moles (músculos, pele, gordura) são normais e simétricos e a presença de
perda de massa muscular evidente.
Distúrbios cutâneos também devem ser observados, incluindo coloração (cianose, palidez ou hiperemia), textura e temperatura do local, quando comparado às demais áreas do corpo, podendo caracterizar um
quadro de lesão tissular. Além desses aspectos, a ADM ativa e passiva deve ser mensurada, assim como a capacidade funcional apresentada pelo paciente.5

Durante a avaliação fisioterapêutica, o local a ser examinado deve estar despido o máximo possível, e todo o processo de observação é realizado de forma que o paciente não realize movimentos. O exame
deve ser estático.

Na fase inicial do atendimento fisioterapêutico, é necessário certificar-se de que o paciente encontra-se posicionado adequadamente no leito. Caso contrário, esse deve ser o primeiro procedimento tomado,
de forma a evitarem-se posturas viciosas, levando ao desenvolvimento de contraturas articulares ou, até mesmo, à formação de úlceras de decúbito.
O protocolo fisioterapêutico a ser seguido depende da avaliação realizada e das metas traçadas. Várias modalidades terapêuticas podem ser realizadas a fim de promover uma resposta rápida na recuperação do
indivíduo, porém cada procedimento deve ser eleito de acordo com a necessidade e a efetividade para o caso em questão.
Inicialmente, as condutas adotadas serão baseadas em:

eletroterapia;
termoterapia (quente ou frio);
cinesioterapia;
técnicas manuais.
Cada uma dessas técnicas irá apresentar uma particularidade em benefício do paciente.

AGENTES FÍSICOS
Alguns agentes físicos, como os descritos a seguir, distribuídos entre as técnicas eletroterapêuticas, termoterapêuticas e fototerapêuticas, são bastante utilizados:27-31

corrente elétrica;
calor;
luz;
água;
movimento.
Os agentes físicos podem ser divididos em três categorias,28,29,32 descritas no Quadro 3, a seguir.
Quadro 3

CATEGORIAS DOS AGENTES FÍSICOS RELACIONADAS ÀS TÉCNICAS ELETROTERAPÊUTICAS, TERMOTERAPÊUTICAS E FOTOTERAPÊUTICAS


Categoria Exemplos

Corrente elétrica Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)


(eletrodos) Estimulação elétrica funcional (FES)
Corrente russa
Corrente galvânica

Calor Ultrassom
Micro-ondas
Ondas curtas

Radiações eletromagnéticas Laser


(visíveis ou não) Infravermelho
Ultravioleta

Tão importante quanto compreender a física desses agentes é saber correlacioná-los com a prática fisioterapêutica, uma vez que promovem estímulos, modificando o processo fisiológico do tecido, obtendo-se
respostas diversas, dependendo dos parâmetros utilizados para estimulação do tecido biológico. Essa relação estímulo-resposta pode ser explicada pelo princípio de Schultz-Arnold, o qual determina que a
adaptação funcional é alcançada como resultado da assimilação de crescentes estímulos.32
A eletroterapia é uma importante ferramenta na reabilitação precoce do paciente em função de sua capacidade de estimulação nervosa, tanto com o intuito de excitar a musculatura quanto de inibir a dor do
paciente. Em um primeiro momento, recomenda-se a utilização de duas correntes em específico:

TENS – para analgesia;


FES – para casos de hipotrofias.

Estimulação elétrica nervosa transcutânea


A técnica TENS é uma corrente específica para diminuir o quadro álgico, considerada de baixa frequência quando comparada às demais correntes. A aplicação dos eletrodos irá depender do local a ser tratado, e
pode ser:

em série;
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em série;
paralela; (home)
cruzada.
Inicialmente, recomenda-se a aplicação da corrente convencional, que tem como característica agir na dor e promover alívio de forma mais rápida. Indica-se, na dor aguda, a utilização dos seguintes parâmetros:

frequência: 50 a 100Hz;
largura de pulso: 40 a 75 microssegundos;
intensidade: varia de acordo com a sensibilidade do local, devendo ser suficiente para provocar o estímulo.
Alguns cuidados devem ser tomados no momento da aplicação da TENS, como evitar a utilização em pacientes cardiopatas, pacientes em uso de marca-passo cardíaco e/ou quando houver alterações de
sensibilidade.28,29,32
A Figura 2, a seguir, apresenta a aplicação de TENS.

Figura 2 – Aplicação de TENS no pós-operatório ortopédico imediato.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Estimulação elétrica funcional


Sempre que, por algum motivo, o paciente estiver com a função muscular comprometida, as principais consequências serão:

encurtamento;
perda de força e de tônus;
contratura.
Em decorrência desses problemas, foi criada a FES.

A eletroestimulação é um mecanismo que simula a passagem do impulso nervoso, levando o músculo a contrair-se sem a necessidade de um impulso originado do próprio sistema nervoso, de forma que não
só garanta a estimulação muscular como também a mobilidade articular.25,28,29
No caso de pacientes graves ou não, ainda em ambiente hospitalar, devem ser iniciados os estímulos para excitar, manter e/ou aumentar o tônus muscular. Dessa forma, podem ser utilizados os parâmetros para
eletroestimulação muscular, descritos a seguir:

tempo de subida de 1 a 5 segundos; tempo de sustentação (Ton ) de 6 a 8 segundos; tempo de descida de 1 a 5 segundos. Juntos, representam o trabalho muscular, ou seja, o tempo em que o músculo está
sendo submetido à ação da corrente;
pausa ou tempo de repouso (Toff), que deve ser igual ou maior do que o tempo de sustentação; representa o tempo em que o equipamento ficará emitindo estímulos, permitindo a recuperação do músculo.
A FES, por ser uma corrente excitatória, provoca contrações musculares, que favorecem:27-30,33.

controle da espasticidade;
manutenção da ADM;
estímulo da musculatura em reinervação;
retardo no surgimento de atrofias;
manutenção de tonicidade muscular.
A Figura 3, a seguir, apresenta a aplicação da FES.

Figura 3 – Emprego da FES para estimulação elétrica do quadríceps, visando ao controle do tônus e do trofismo muscular.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Para a aplicação da TENS é necessário o feedback do paciente em relação à sensação provocada pela corrente, pois esse será o parâmetro para regulagem da intensidade. Na aplicação da FES, a
intensidade é controlada visando à obtenção de contração visível do local estimulado, independentemente da capacidade sensitiva do paciente.

TERMOTERAPIA
A termoterapia pode ser definida como a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulta no aumento ou na diminuição da temperatura dos tecidos corporais, estimulando a
termorregulação corporal. Pode ser feita por meio de calor ou frio (crioterapia).

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Nas intervenções agudas, é indicado o uso da crioterapia com o propósito terapêutico de remover calor do corpo induzindo estado de hipotermia, favorecendo a redução da taxa metabólica local e promovendo a
(home)
diminuição das necessidades celulares de oxigênio. Isso favorece principalmente a redução do edema no local, impedindo o avanço em casos de inflamações27-29 (Figura 4).

Figura 4 – Crioterapia no pós-operatório imediato.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

CINESIOTERAPIA
Intervenções precoces são necessárias para prevenir problemas físicos e psicológicos. A atividade terapêutica deve ser iniciada prontamente, evitando os riscos da hospitalização prolongada e da imobilidade
associada, podendo ser uma das chaves para a recuperação do paciente.25,29.
O paciente imobilizado pode sofrer acometimento dos sistemas:

musculoesquelético;
gastrintestinal;
urinário;
cardiovascular;
respiratório;
cutâneo.
Em estado de repouso, inatividade ou imobilização de membros, há declínio da sua massa muscular, força e resistência. Nos casos de imobilidade total, a massa muscular pode reduzir pela metade em menos de
duas semanas, e quando associada à sepse, declina até 1,5kg ao dia.14,34.
Como ferramentas importantes na reabilitação e na profilaxia de patologias associadas ao desuso, há os exercícios passivos para manutenção de ADM e os exercícios isométricos.
Nos exercícios passivos, as principais metas são:25,29

minimizar a formação de aderências;


favorecer a renovação do líquido sinovial para nutrição da cartilagem;
manter a elasticidade mecânica do músculo;
possibilitar ao paciente a manutenção da percepção de movimento.
Na Figura 5, a seguir, um exemplo de exercício autoassistido.

Figura 5 – Exercício autoassistido para ganho de mobilidade articular.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

De acordo com Achour, o alongamento da musculatura próxima ao local da lesão traz os seguintes benefícios:26

evita ou elimina o encurtamento do musculotendíneo;


diminui o risco de ocorrência de alguns tipos de lesão musculoarticular;
aumenta ou mantém a flexibilidade;
elimina ou reduz o incômodo dos nódulos musculares;
aumenta o relaxamento muscular e melhora a circulação sanguínea;
melhora a coordenação e evita a utilização de esforços adicionais no trabalho e no desporto;
reduz a resistência tensiva muscular;
libera a rigidez e melhora a simetria muscular;
evita ou elimina problemas posturais que alteram o centro de gravidade.
O relaxamento de estruturas tensas ou contraturadas e o fortalecimento muscular podem ser proporcionados pelo alongamento e por exercícios isométricos, ativos livres e resistidos que proporcionam redução do
edema e da inflamação, melhoram as condições circulatórias, aceleram o processo cicatricial e o relaxamento muscular e reduzem a dor e a incapacidade funcional.25,26,29,35,36.
A mobilização articular melhora a mobilidade e/ou reduz a dor, permitindo a ADM completa, irrestrita e indolor. As técnicas de mobilização articular levam aos seguintes efeitos:

redução da dor;
diminuição da contratura antiálgica;
alongamento dos tecidos em torno da articulação, especialmente do tecido capsular ou tendíneo;
fornecimento de informações proprioceptivas, que melhoram a consciência postural.
Diante disso, a mobilização é indicada quando há:25,29,35

hipomobilidade (limitação de movimentos artrocinemáticos);


rigidez;
contraturas articulares;
dor articular;
limitação da ADM (limitação de movimentos osteocinemáticos).

Após a fase inicial de dor intensa, os músculos devem ser fortalecidos para que possam exercer as atividades habituais. Exercícios passivos, ativos livres e ativos-assistidos preservam ou aumentam a ADM.

Os exercícios isométricos devem ser seguidos dos resistidos manualmente e progredir para utilização de bandas elásticas de resistência progressiva. Provocam contrações que independem da movimentação
corporal. Em geral, são realizados de forma estática e isolada, e são um ótimo recurso para ganho de força muscular e para prevenção de lesões25,29,35.(Figura 6).

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(home)

Figura 6 – Exercício ativo com resistência elástica.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O processo de recuperação do paciente é variado. Cada indivíduo emite uma resposta diferente da outra. O fisioterapeuta deve prestar atenção nos fatores individuais que influenciam no tratamento, os quais
incluem:

idade;
sexo;
capacidade física;
estado de recuperação (por exemplo, cicatrização);
nível de suporte de peso alcançado;
perfil psicológico do paciente.
O planejamento das condutas fisioterapêuticas precisa estar voltado para a recuperação funcional completa do paciente. Em muitos casos, isso quer dizer que ele atingiu:

completa ADM;
força muscular;
controle neural;
resistência cardiovascular;
habilidades funcionais.

O processo de decisão para liberação do indivíduo e seu retorno em condições plenas às atividades são o estágio final do processo de reabilitação e recuperação.13,25

18. De forma pontual, pode-se afirmar que o processo de tratamento tem cinco componentes básicos, a fim de guiar o profissional por meios de séries sistemáticas e tomadas de decisões precisas. Assinale a
alternativa INCORRETA em relação a essa afirmação.

A) Deve ser realizada uma avaliação abrangente e extensa.


B) Determinar uma hipótese diagnóstica com base no comprometimento, na limitação funcional e na incapacidade do indivíduo.
C) Devem ser avaliados os procedimentos e as condutas médicas.
D) Elaborar um plano de tratamento (meta) para o paciente e implantar intervenções apropriadas para o caso.
Confira aqui a resposta

19. Para traçar os principais objetivos da conduta fisioterapêutica, é de extrema importância a avaliação minuciosa, que começa pela observação do paciente. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em relação
a essa afirmação.
( ) Perceber disfunções visíveis e déficits funcionais.
( ) Observar a perda de massa muscular.
( ) Identificar a real gravidade do problema apresentado pelo paciente, a partir da avaliação da ADM ativa.
( ) Perceber anormalidades no alinhamento e/ou nas discrepâncias nos segmentos.
Assinale a afirmativa que completa os parênteses.

A) V – F – V – V
B) F – V – V – F
C) V – V – F – F
D) V – V – F – V
Confira aqui a resposta

20. Em relação às metas do exercício passivo, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Minimizar a formação de aderências.


B) Favorecer a renovação do líquido sinovial para nutrição da cartilagem.
C) Manter a plasticidade mecânica do músculo.
D) Garantir a percepção de movimento ao paciente.
Confira aqui a resposta

21. Qual é a importância de saber correlacionar os agentes físicos à prática fisioterapêutica?

22. Em relação às correntes utilizadas na eletroterapia, correlacione as colunas.

(1) TENS ( ) Tempo de subida de 1 a 5 segundos; tempo de sustentação (Ton ) de 6 a 8 segundos; tempo de descida de 1 a 5
(2) FES segundos.
( ) Pode ter sua aplicação em série, paralela ou cruzada.
( ) Na dor aguda, apresenta frequência de 50 a 100Hz; largura de pulso de 40 a 75 microssegundos, e a intensidade
varia de acordo com a sensibilidade do local.
( ) Excitar, manter e/ou aumentar o tônus muscular.
( ) Hipotrofia.
( ) Analgesia.

A i l lt ti l t ê i d ê t
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Assinale a alternativa
(home)que completa a sequência dos parênteses

A) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2
B) 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1
C) 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2
D) 2 – 1 – 1 – 1 – 2 – 1
Confira aqui a resposta

23. O que faz da eletroterapia uma importante ferramenta na reabilitação precoce?

24. Cite alguns benefícios do alongamento da musculatura próxima ao local da lesão de acordo com Achour.

■ CASO CLÍNICO
Paciente do sexo feminino, 33 anos, casada, empregada doméstica, com Ensino Fundamental completo, relata que sofreu acidente automobilístico (motocicleta) e foi trazida inconsciente ao hospital pelos
bombeiros.
Foram diagnosticadas fratura bilateral de fêmur e fratura do anel pélvico. No mesmo dia, realizaram-se tração transesquelética e colocação do fixador externo na pelve. No dia posterior, realizou-se nova
cirurgia, em que foram colocados fixadores internos em ambos os fêmures.
A paciente continua internada, aguardando nova intervenção na pelve. Na radiografia realizada um dia após a intervenção cirúrgica, observaram-se:

fratura transtrocantérica e diáfise média do fêmur direito e fratura de diáfise proximal do fêmur esquerdo, ambos com fixação interna em placa desde o terço distal do fêmur até a cabeça femoral;
fratura dos ramos isquiopúbicos anterior e posterior;
fratura da asa ilíaca à direita.
A partir do que foi visto neste artigo e das informações descritas no caso clínico, responda à questão a seguir.

25. Qual seria a intervenção fisioterapêutica adequada para essa paciente?

Confira aqui a resposta

■ CONCLUSÃO
Tanto os pacientes politraumatizados quanto os indivíduos que realizam cirurgias ortopédicas necessitam de avaliação detalhada para o levantamento dos fatores de risco dos procedimentos cirúrgicos, que podem
levar ao desenvolvimento de complicações, como infecções, trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
A intervenção fisioterapêutica é de fundamental importância, uma vez que, por meio do uso de técnicas respaldadas na literatura, ocorrem menos efeitos deletérios relacionados à imobilização no leito. Além da
manutenção e do ganho de ADM e de força muscular, da ausência de queixa álgica e de edema inicial, os pacientes tendem a apresentar menos complicações pulmonares e circulatórias, mostrando a importância
do atendimento fisioterapêutico também na prevenção.

■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS


Atividade 8
Resposta: B
Comentário: A avaliação ortopédica deve incluir a avaliação esquelética e de lesões neurológicas, verificando lesão medular associada, identificação de instabilidade e potencial instabilidade, classificando
criteriosamente a lesão e estabelecendo um plano de gestão completo.
Atividade 12
Resposta: A
Comentário: As maiores complicações das lesões do anel pélvico estão relacionadas às lesões de pequenos vasos (artéria glútea superior, pudenda e obturatriz), que levam a choque hipovolêmico e a lesões
associadas do trato geniturinário e outras vísceras. A abordagem ortopédica de emergência, na presença de fraturas complexas e instáveis, consiste na colocação de fixador externo para restabelecimento do
continente pélvico.
Atividade 13
Resposta: D
Atividade 18
Resposta: C
Comentário: A avaliação deve iniciar-se pela observação, ou seja, no olhar. O objetivo é perceber disfunções visíveis, déficits funcionais ou anormalidades de alinhamento e/ou discrepância de segmentos. O
examinador deve estar posicionado de forma que seu olho dominante seja utilizado.
Atividade 19
Resposta: D
Comentário: Durante a avaliação, devem-se investigar algumas alterações, como disfunções visíveis e déficits funcionais, anormalidades no alinhamento e/ou nas discrepâncias nos segmentos, a perda de massa
muscular e ADM do paciente. A avaliação da ADM deve ser realizada de forma ativa e passiva, devendo, assim, ser mensurada para melhor avaliar a capacidade funcional.
Atividade 20
Resposta: C
Comentário: O paciente imobilizado pode sofrer acometimento nos sistemas musculoesquelético, gastrintestinal, urinário, cardiovascular, respiratório e cutâneo. Em estado de repouso, inatividade ou imobilização de
membros, há declínio na massa muscular, força e endurance.
Atividade 22
Resposta: B
Atividade 25
Comentário: Entre as condutas fisioterapêuticas indicadas à paciente, devem ser realizadas eletrotermoterapia e cinesioterapia. Os exercícios devem ser escolhidos com base na necessidade que a paciente
apresentou na avaliação e no decorrer do tratamento. Como recursos, devem ser utilizados exercícios metabólicos de membros inferiores, alongamento de isquiotibiais, tríceps sural, glúteo médio, adutores do
quadril (adutor longo, adutor curto, adutor magno), trapézio, escalenos, esternocleidomastóideo, deltoide, tríceps braquial, peitoral, exercícios ativos-assistidos de flexão e extensão de joelho, flexão plantar, dorsal,
inversão e eversão do tornozelo, flexão, extensão, abdução e adução do quadril, exercícios isométricos de glúteos, quadríceps, abdutores e adutores do quadril, exercícios resistidos manualmente de flexão e de
extensão de cotovelo, orientações verbais quanto ao posicionamento no leito e sedestação (apoio total dos fêmures na cadeira ou na cama).

■ REFERÊNCIAS
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Como citar a versão impressa deste documento

Silva BGM, Lima VJB, Lima DM, Luna CF. Abordagem fisioterapêutica no pós-operatório imediato de cirurgias ortopédicas. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia
Intensiva; Martins JA, Andrade FMD, Dias CM, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto: Ciclo 6. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2015. p. 100-52.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1).

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