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OSTEOMIELITE: CLASSIFICAÇÕES E CAUSAS

1JOSE CARLOS RIBEIRO NETO, 2LUIZA MAYUMI CAZELOTO SILVA, 3CAROLINE ZAURA, 4RAFAELA DIAS DE
ARAUJO , 5CAROLINE ZAURA, 6JORGE ANTONIO RIGONI JUNIOR

1Acadêmico do curso de Medicina da UNIPAR


2Acadêmica do Curso de Morfofisiologia Humana I da UNIPAR
3Acadêmica do Curso de Medicina da UNIPAR
4Acadêmica do Curso de Morfofisiologia Humana I da UNIPAR
5Acadêmico do curso de Medicina da UNIPAR
6Docente da UNIPAR

Introdução: A osteomielite é uma inflamação geralmente de origem infecciosa que invade os ossos e seus espaços medulares,
podendo estender até a cortical e o periósteo, restringindo-se a um único sítio ou disseminando-se para outras áreas (BARROS,
2020). Seu diagnóstico precoce e classificação são de extrema importância para realização do tratamento que, apesar de ainda
controverso, pode gerar bons resultados, evitando assim, a necessidade de cirurgias invasivas. Essa revisão bibliográfica trará a
classificação de Waldvogel e Cierny-Mader para melhor interpretação sobre as etiologias da osteomielite.
Objetivo: Revisar a bibliografia da osteomielite, suas classificações e causas.
Desenvolvimento: A osteomielite é uma inflamação geralmente de origem infecciosa que invade os ossos e seus espaços
medulares, podendo estender até a cortical e o periósteo, restringindo-se a um único sítio ou disseminando-se para outras áreas
(BARROS, 2020). Seu diagnóstico deve ser uma junção de fatores como: anamnese, exame físico, exames de imagem e exames
laboratoriais. Segundo Pereira (2017), existe uma classificação muito utilizada para determinar a sua origem e cronologia,
denominada classificação Segundo Waldvogel onde temos os principais mecanismos de infecção: hematogênico (via
hematogênica e infecções em crianças); por contiguidade (pós-traumática, infecção peri protésica ou através de um foco
adjacente); ou associada a insuficiência vascular (pé diabético, hanseníase e insuficiência vascular periférica). De acordo com sua
cronicidade onde se tem: aguda (edema, formação de pus, congestão vascular e trombose de pequenos vasos); e crônica (áreas de
isquemia, necrose e sequestro ósseo). Outra classificação de extrema valia foi revisado por Brito (2019), onde temos a
nomenclatura de Cierny-Mader que divide-se em dois focos principais: segundo o padrão de acometimento ósseo e segundo as
condições do hospedeiro. O primeiro é divididos em 4 tipos: Tipo 1- intramedular, geralmente decorrente de pinagem
intramedular; Tipo 2- superficial, geralmente decorrente de contiguidade por úlcera de pressão; Tipo 3- permeativa estável, em que
a infecção penetra a camada cortical e adentra a medular, porém o osso permanece biomecanicamente estável (suporta a carga).
Geralmente observada no pós-operatório infectado de osteossíntese com placa; e Tipo 4- permeativa instável, em que a infecção é
extensa, acomete a camada cortical e medular e o osso é biomecanicamente instável. Pode ocorrer após infecção agressiva ou após
desbridamento extenso (BRITO, 2019). Já a condição que avalia o hospedeiro da mesma classificação de Cierny-Mader temos
suas subdivisões em letras: Tipo A- paciente e membros sadios; Tipo B sistêmico- antecedente de diabetes mellitus, senilidade,
uso de álcool ou drogas, imunodeficiências; Tipo B local- queimadura prévia no local, cicatriz, celulite, cirurgia prévia, doença
vascular local; Tipo B ambos- combina acometimentos sistêmicos e locais; Tipo C- – múltiplas comorbidades que tornam o
paciente incapaz de suportar o tratamento. A classificação de Cierny-Mader é especialmente relevante pois tem como objetivo
orientar decisões no tratamento da osteomielite (BRITO, 2019). De acordo com Tavares (2015), as classificações atribuídas às
osteomielites são baseadas em diversos aspectos referentes à patologia. A classificação mais aceita é instituída a partir da duração
dos sintomas, sendo assim, aguda quando tem duração menor que duas semanas, subaguda quando dura o período entre duas
semanas a três meses e crônica quando os sintomas duram por mais de três meses. As formas clínicas mais comuns são:
Osteomielite Aguda Hematogênica, que raramente pode causar osteomielite crônica em adultos e a Osteomielite Crônica. Quando
a osteomielite se propaga de maneira exógena, normalmente está associada a fratura exposta, cirurgia prévia (com ou sem
implante de material prostético) ou a fonte infecciosa contígua. A resposta do hospedeiro divide a doença em piogênicas e não
patogênicas. A osteomielite piogênica crônica tem como característica a destruição óssea, formação de abcessos e cloacas para

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drenar o pus provocado por bactérias piogênicas e por afetar as extremidades dos ossos longos (FURTADO & FERREIRA, 2011).
Conclusão: A elaboração de uma boa anamnese, juntamente com exame físico de qualidade, exames de imagme, suas duas
principais clissificações: Segundo Waldvogel e Cierny-Mader e, partindo do princípio de que as osteomilelites tem a sua maior
causa decorrentes das inflamações de origem infecciosa por microorganismos oportunistas, pode-se desenvolver uma melhor
conduta, com direcionamento mais acertivo na detecção precoce do tema abordado. A osteomielite mostrou-se uma doença de
ocorrência frequente no dia a dia de muitos centros especializados em ortopedia e/ou reumatologia, decorrente dos mais diferentes
mecanismos. Desse modo, o tratamento dos futuros pacientes é melhor elaborado sabendo suas classificações e suas principais
causas.

Referências:
ANDREIS, J. D. et al. Osteomielite em paciente com fratura de mandíbula: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH
INVESTIGATION, v. 7, 2018
BARROS, Matheus Francisco Barros Rodrigues Francisco et al. OSTEOMIELITE EM PACIENTES INFANTO-JUVENIL:
REVISÃO DE LITERATURA. Revista Cathedral, v. 2, n. 2, p. 1-1, 2020.
DA SILVA BRITO, Gabriel Pereira et al. Tratamento da osteomielite em função das classificações de Lew-Waldvogel e
Cierny-Mader. Revista Educação em Saúde, 2019.
FURTADO, M.; FERREIRA, M. T. Un caso de osteomielite num indivíduo paleo-cristião de Vale do Mouro (Meda, Guarda,
Portugal). Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra. 2011.
HEITZMANN, Lourenço Galizia et al. Osteomielite crônica pós-operatória nos ossos longos–O que sabemos e como conduzir
esse problema. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 54, n. 06, p. 627-635, 2019.
OLIVEIRA CARDOSO, C. Osteomielite em crianças: aspectos clínicos e etiológicos, 2019.
PEREIRA, Sandra Maria Pinto da Silva. Fratura diafisária da tíbia com osteomielite crônica. 2017. Tese de Doutorado.
TAVARES, Ana Paula Gomes. Osteomielites. 2015. Tese de Doutorado.

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