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UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA

ESS
LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA
Ano Lectivo 2021/2022
3° Ano

ESTUDO DE CASO
PRÓTESE DO JOELHO
CIF

Maëva Bosquier
Estudante de Fisioterapia
Escola Superior de Saude Fernando Pessoa
39558@ufp.edu.pt

André Malgalhaes
Professor orientador
Escola Superior de Saude Fernando Pessoa

Porto, abril de 2022

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INDICE

I-INTRODUCAO AO CASO 3
II- FICHA CLINICA 6
1. Avaliação subjectiva 6
2. Avaliação física 8
III-TRATAMENTO 15
1. Tratamento executado (Hidroterapia) 16
2. Tratamento proposto 16
CONCLUSÃO 23
BIBLIOGRAFIA 24

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I-INTRODUCAO AO CASO
A paciente uma mulher que vem na clínica para tratamento músculo-esquelético em geriatria. Tem um
prótese de joelho esquerdo.

Osteoartrose do Joelho:

Definição : A osteoartrite do joelho é também conhecida como doença degenerativa do joelho. É causado
pelo uso e deterioração progressiva da cartilagem articular. A osteoartrite caracteriza-se pela patologia que
afecta toda a articulação, incluindo a degradação da cartilagem, remodelação óssea, formação de osteófitos e
inflamação sinovial (Hsu e Siwiec, 2021). Os joelhos, ancas e mãos são as articulações mais frequentemente
afectadas. (Kolansinski et al., 2019). O nosso paciente foi diagnosticado há muito tempo com osteoartrose
do joelho esquerdo e hoje tem um protese do joelho.

Etiologia: Existem dois tipos de osteoartrose do joelho: primária e secundária. A osteoartrite primária é o
resultado da degeneração das articulações sem uma causa subjacente. A osteoartrite secundária é o resultado
de uma concentração anormal de força na articulação, tal como uma causa pós-traumática, ou o resultado de
cartilagem articular anormal, como no caso da artrite reumatóide. A osteoartrite é geralmente uma doença
progressiva que eventualmente leva à incapacidade (Hsu e Siwiec, 2021). A nossa paciente sofre de
deterioração progressiva devido à sua idade e actividades.

Sintomas e sinais: A intensidade dos sintomas clínicos varia de pessoa para pessoa. No entanto, com o
tempo, tornam-se normalmente mais severas, mais frequentes. A velocidade de progressão varia de acordo
com o caso clínico (Hsu e Siwiec, 2021). A American Academy of Orthopaedic Surgeons Board of Directors
disponibiliza informação, acessível ao público em geral, relativa ao Management of osteoarthritis of the
Knee (American Physical Therapy Association, 2021) informando que as pessoas com osteoartrite do joelho
queixam-se de dores nas articulações, rigidez e dificuldade em realizar movimentos voluntários. Antes da
operação queixou-se de dor e dificuldade em realizar actividades diárias (subir e descer escaladas).

Epidemiologias: A American Academy of Orthopaedic Surgeons Board of Directors disponibiliza


informação, acessível ao público em geral, relativa ao Management of osteoarthritis of the Knee (American
Physical Therapy Association, 2021) informando que a incidência da osteoartrite do joelho nos Estados
Unidos está estimada em 240 pessoas por 100.000 por ano. A prevalência mundial de osteoartrite do joelho
sintomática confirmada radiograficamente é estimada em 3,8% em geral, aumentando com a idade para mais
de 10% na população com mais de 60 anos de idade. A osteoartrite (de qualquer articulação) foi o
diagnóstico primário em 23,7 milhões de consultas externas em 2013. Estima-se que 32,5 milhões de adultos
norte-americanos, ou 14% desta população, tiveram um joelho com osteoartrite sintomático entre 2008 e
2014.

Factores de riscos: Os factores que aumentam o risco de desenvolvimento de osteoartrite do joelho que
requer tratamento cirúrgico incluem a degeneração da articulação ao longo do tempo devido à
vulnerabilidade hereditária, grande massa corporal, idade, sexo feminino e certas ocupações, trauma anterior
à articulação ou osso subcondral adjacente à articulação, ou danos intra-articulares. A nossa paciente é do
sexo feminino, idosa e com excesso de peso (obesidade grau I), que são factores de riscos.

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Tratamento: American Academy of Orthopaedic Surgeons Board of Directors disponibiliza informação,
acessível ao público em geral, relativa ao Management of osteoarthritis of the Knee e fez fortes
recomendações de que o tratamento mais eficaz para a osteoartrite do joelho seriam os tratamentos
farmacológicos, tais como medicamentos tópicos (AINEs), narcóticos e acetaminofeno. No caso de
tratamentos não farmacológicos, o exercício supervisionado, a autogestão e a educação do paciente parecem
ser os mais eficazes. De acordo com as recomendações de nível B, canadianas, talas, treino neuro-muscular,
perda de peso são estratégias que podem ser utilizadas no caso de osteoartrite do joelho (American Physical
Therapy Association, 2021). Além disso, acupunctura, terapia de calor ou frio, terapia cognitiva, yoga ou
kinesiotaping são recomendações de nível B ou moderado que podem ser implementadas para reduzir a dor e
melhorar a função do joelho (Kolasinski et al., 2019). .

Artroplastia do Joelho

Etiologia: A artroplastia do joelho é uma operação cirúrgica que consiste em cortar superfícies articulares
doentes ou degenerativas e substituí-las por componentes protéticos de metal ou polietileno. A degeneração
da articulação é devida à osteoartrite, uma doença como a artrite reumatóide, trauma ou outra patologia, que
representa 95% das cirurgias do joelho (Helmick e Watkins-Castillo, 2020). O nosso paciente tem um prótese
esquerda feita há 1 mês.

Epidemiologias: A artroplastia do joelho é o tratamento standard para a osteoartrite terminal do joelho e a


incidência global anual da artroplastia total tem vindo a aumentar constantemente durante a última década.
Dados de 21 países europeus revelaram que a incidência anual da artroplastia total é de 109 procedimentos
da artroplastia total por 100.000 pessoas, mais do dobro do registado em 1998 (Pozzi, Snyder-Mackler eZeni,
2013). Nos Estados Unidos, em 2013, foram realizados 662.545 procedimentos, representando um aumento
constante do número de operações desde 1992 (Hochberg MC and al., 2020). A artroplastia total reduz de
forma fiável a dor associada à osteoartrite do joelho em fase terminal e 90% dos pacientes declaram reduzir a
dor, melhorar a capacidade funcional e melhorar a qualidade de vida relacionada com a saúde após a cirurgia.
Além disso, 85% dos pacientes submetidos à artroplastia total relatam satisfação com os resultados. (Pozzi,
Snyder-Mackler eZeni, 2013). A duração da hospitalização diminuiu de 8,9 dias para 3,4 dias (67%), no
entanto, os custos hospitalares têm aumentado constantemente. Em 2013, nos Estados Unidos, os custos
hospitalares totais da artroplastia total foram de 36,64 mil milhões de dólares (Hochberg MC and al.,
2020)Além disso, o número de TKAs realizados anualmente nos Estados Unidos deverá aumentar 855%
entre 2012 e 2050, o que corresponde a 2.854 procedimentos por 100.000 cidadãos americanos com mais de
40 anos de idade (Inacio et al., 2017). Globalmente, a osteoartrite da anca e do joelho tem sido classificada
como o 11º factor de incapacidade mais importante entre quase 300 problemas de saúde (Cross et al., 2010). .

Sinais & Sintomas : Após uma substituição do joelho, a maioria dos sintomas são dor (que varia em funcao
ao caso clínico), rigidez, ruídos, inchaço/edema, e uma diminuição das actividades diárias (Parvizi et al.,
2013). Os sintomas do nosso paciente são um edema ligeiro, dor ligeira mas também uma diminuição da
amplituda de movimento. O nosso paciente queixa-se actualmente de dor ligeira, edema e diminuição da
amplitude de movimento.

Factores de riscos

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No pré-operatório, de acordo com as recomendações (moderado), a gestão pelo fisioterapeuta deve ter em
conta factores tais como IMC, estado mental, amplitude de movimento pré-operatório, função pós-operatória
e força. Permitem a determinação do prognóstico, tratamento, tomada de decisão informada e a definição das
expectativas dos pacientes submetidos à artroplastia total do joelho (Diane et al., 2020). Os factores de risco
após uma prótese são a diminuição da força muscular dos quadríceps que pode diminuir em 50-60% após a
intervenção e muitas vezes não consegue regressar aos níveis pré-operatórios. Além disso, podem ocorrer
riscos trombóticos e infecções após o implante de uma prótese (Laaggoun, 2021). No entanto, a dor continua
a ser uma causa de fracasso, sendo as principais causas a infecção, afrouxamento ou mobilização dos
implantes, instabilidade e rigidez dos joelhos, pelo que existem muitas razões para isso. A alergia ao material
da prótese é uma complicação pós-operatória que afecta menos de 1% dos doentes e deve ser tida em conta
(Muguet Guenot e Bernier, 2016). American Academy of Orthopaedic Surgeons Board of Directors
disponibiliza informação, acessível ao público em geral, relativa ao Management of osteoarthritis of the
Knee e fez fortes recomendações sobre os Red Flag após prótese de joelho que são sinal de trombose
venosa, bloqueio mecânico, falta de extensão total após 4-6 semanas. Os Yellow Flag são dores durante a
terapia e as actividades diárias (American Physical Therapy Association, 2021). Antes da operação o nosso
paciente estava em bom estado físico, um bom estado mental, um peso superior ao normal, o fisioterapeuta
deve ter em conta estes factores. No entanto, até à data não há sinais de infecção ou problemas devidos à
prótese (Nao ha Redflag ou Yellow flag).

Diagnostico: A prótese total do joelho é uma excelente opção para pacientes com artrite em fase terminal. Se
os tratamentos farmacológicos não funcionarem, e se a osteoartrite for confirmada por raio-X, o cirurgião
pode sugerir que o paciente seja submetido a uma prótese do joelho. Na grande maioria dos casos, o
cirurgião faz uma IRM do joelho, o que apenas confirma a presença de lesões de desgaste e permite conhecer
as dimensões da futura prótese (Vaillant et al., 2018). Em quase 90% dos casos, será proposta uma prótese
total de joelho, substituindo os três compartimentos do joelho. Mais raramente, a osteoartrite afecta apenas
um compartimento e uma prótese unicompartimental pode ser proposta. O paciente fez várias ressonâncias
magnéticas e radiografias do joelho antes e depois da operação.

Tratamento: Reabilitação após a prótese do joelho concentra-se na recuperação da amplitude de movimento


do joelho, restaurando os músculos do joelho e da anca, e melhorando a qualidade de vida, força (Ardali ,
2014) e sobre o desenvolvimento da independência funcional e a capacidade de participar em actividades
recreativas (Taniguchi et al., 2015). Segundo as fortes recomendações (A) no caso de uma prótese total de
joelho, o tratamento mais eficaz seria o treino de funções motoras/equilíbrio, marcha, movimento, simetria.
De acordo com as recomendações de provas moderadas (B), as directrizes insistem no uso de programas pré-
operatórios, no uso de crioterapia, na estimulação eléctrica neuromusculo-esquelética. O fisioterapeuta deve
ter em conta os factores de prognóstico (Diane et al., 2020). A Ohio State University disponibiliza
informação, acessível ao público em geral, relativa ao tratamento pós-operatório de uma prótese de joelho e
indica que o tratamento de fisioterapia deve ter em conta as capacidades do paciente (força muscular,
amplitudes, dor) mas também o tempo após a operação (Ohio State University, 2019). A paciente vem 3
vezes por semana à clínica e realiza um tratamento de hidroterapia (1 hora).

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II- FICHA CLINICA
1. Avaliação subjectiva
Dados pessoais

Nome: N.B

Sexo: Feminino

Idade: 65 anos

Profissão: Reformada. Antes assistente operacional em escolas.

Estado civil: Viúva

Peso: 85 kg

Altura: 168 cm

IMC: 30.1 kg/m2 (Obeso grau 1)

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, é um método usado internacionalmente para determinar se
o peso da pessoa, consoante a sua altura, é ou não o ideal.

Classificação IMC (kg.m2)


Abaixo <18.5
Normal 18.5 – 24.9
Acima do peso 25-29.9
Obeso >30

Queixas : A paciente tem como queda principal uma dor medial do joelho esquerdo e limitação funcional.

Diagnostico : O diagnóstico principal da paciente é artroplastia do joelho esquerdo.

Medicação : Ingere fármacos como Pantopraxol, Lorxatan, Velonfaxina, Diaxpan, Alporinol e aspirina.

Exames complementares : A paciente efectuou uma radiografia ao joelho esquerdo.

Características e classificação da dor:

A-Body chart : Principais locais da dor


Figura 1 - Body chart
Legenda :
Vermelho: Area sintomas actuals
Azul: Ausência de sensibilidade

-Area sintomas actuais : Dor local anterior e posterior no joelho esquerdo


-Area relevante : Dor lombar e joelho esquerdo
-Qualidade : Profunda, irritante, maçadora
-Intensidade : Escala visual EVA

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Figura 2- Escala Visual analogica
O paciente queixa-se de uma dor de 0/10 (fraca) em repouso e de uma dor de 7/10 (Forte) durante a
actividade.
-Profundidade : Dor profunda, macadora (Ossos)
-Alteração sensibilidade : O paciente não tem alteração de sensibilidade.
-Sintomas : Intermitente. Os seus sintomas aparecem e desaparecem de acordo com a sua actividade, e
durante noite. Dor mecânica que aparece no movimento.
-Relação sintomas : Dor joelho direito et lombar devido à compensação da dor do joelho esquerdo.

B-Comportamento dos sintomas :


-Factores que agravam dor : O movimento do joelho e marcha são claramente os fatores que desencadeiam
mais sintomatologia dolorosa. No entanto, durante um período específico da noite acorda com
sintomatologia álgica e descreve esta dor como acutilante. A posição estendida do joelho provoca dor.
-Factores que diminuem dor : A sintomatologia é diminuída através de fármacos para controlo da dor e
massagem.
-Comportamento no 24H : No período da noite, quando acorda com sintomatologia, ingere fármacos para
controlo da dor e realiza massagem diminuir a dor. Com o decorrer do dia a dor poderá aumentar se fizer
alguma atividade muito vigorosa que lhe exija muita carga sobre o joelho esquerdo. Porém, geralmente
apresenta qualquer dor durante o período diurno. Durante a noite, acorda por volta das 3/4h da manhã com
dor.
-Dor severa :Paciente tem dor intensa quando faz actividade e devem parar actividade
-Nocturna : Tem dor.

C-Questões especiais : O paciente tem um boa estado mental, colaborante, bem-disposta, pouco ansiosa.

D-Historia clinica actual : Paciente foi diagnosticado com gonartrose ha muito tempo. A paciente ingressou
na clínica pedagógica da UFP em março de 2022 para realizar tratamento após artroplastia total do joelho
esquerdo. Já tinha realizado tratamentos nesta clínica anteriormente para tratamento de gonartrose. Realizou
artroplastia total do joelho esquerdo no dia 18 de fevereiro de 2022. No pré-operatório não realizou nenhuma
preparação específica. No período pós-operatório (24h) começou o treino de marcha com supervisão de um
fisioterapeuta. Após 72h com auxílio de um fisioterapeuta, iniciou treino de subir e descer escadas.

E- História médica anterior : Como história clínica anterior a paciente refere que tem hipertensão arterial e,
ainda apresenta hérnias discais na lombar e ciática no lado esquerdo. Há cinco meses foi submetida a uma
cirurgia, em Cabo Verde, no joelho esquerdo, por infeção após ser mordida por um insecto. Ainda foi
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submetida a outras cirurgias no passado, como por exemplo, aos dois joanetes, à tibiotársica direita por
queda, à cervical por hérnia discal, à torácica, à cabeça por mioma benigno, ainda à bexiga por incontinência
urinária, ao túnel cárpico da mão esquerda, e ainda às duas mãos por osteomiletite. Ela tem COVID desde
que está cansada.

F-História Social e Familiares : Ela teve uma vida complicada por causa do seu marido alcoólico. Ela tem
sido diagnosticada como depressiva durante muito tempo. A sua família não está no Porto, por isso tem de
ser independente.

2. Avaliação física
A- Observação
✓ Informal: Ao nível posturais e da marcha o paciente tem uma marcha sem auxiliar move-se de forma
lenta para cuidar do seu joelho. Tem uma boa dissociação de cinturas. Emocionalmente, o paciente sente-
se à vontade para andar, mas permanece alerta. Na sua expressão facial podemos sentir dificuldade em
alguns movimentos devido à apreensão da dor: quando se leva da marquesa.
✓ Formal
- Observação ao nível postural :
Avaliacao Alterações

Anterior - Ombro direito elevado, possivelmente pelo encurtamento do elevador da omoplata e do


trapézio superior esquerdo
- Angulo ilio-costal do lado direito mais aberto.
- Joelhos em valgo de forma bilateral por condições médicas, alterações posturais
- Rotação interna das tíbias de forma bilateral.
Posterior - Escápulas direita e esquerda em abdução: possivelmente pelo
encurtamento do serrátil anterior e peitoral menor e/ou, pelo enfraquecimento dos
rombóides, do trapézio ou do elevador do omoplata.
Perfil -Paciente apresenta anteriorização dos ombros, possivelmente pelo encurtamento do
peitoral e enfraquecimento do infra-espinhoso e redondo menor
-Hipercifose dorsal
-Hiperlordose cervical
-Anteversão pélvica
-Hiperlordose da lombar.

- Observação da forma muscular: O volume dos músculos da coxa esquerda (quadricipites) é ligeiramente
inferior ao da perna esquerda. Em termos de forma, os músculos são normais. O tónus muscular em
repouso é mais elevado à direita.
- Observação de tecidos moles: Cicatriz à esquerda (20 cm) . A cor da cicatriz é vermelha em alguns lugares
(inflamação) mas também branca em outros. O joelho está inchado, tem edema e está relativamente
vermelho.
- Observação marcha: Caminhando sem assistência, com apoio de ambos os membros. O movimento é
fluido.
- Observação atitudes e sentimentos : A paciente não está ansiosa, não está apreensiva porque já teve muitas
operações.

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Dismetria Direita Esquerda Diferença

Real 82 cm 82.5 cm 0 cm
Aparente 88 cm 87.5 cm 0 cm

Observação: O paciente não tem nenhuma dissimetria nas pernas. No caso da colocação de uma prótese,
pode haver diferenças de comprimento, que podem causar alterações na marcha e na postura geral do
paciente e, portanto, causar resultados funcionais sub-óptimos (Tripathy et al., 2021). A discrepância no
comprimento dos membros é mais comum após uma artroplastia unilateral do que após uma artroplastia
bilateral total do joelho :83,33% vs 46,66% (Sabir et al., 2020)

B-Test integridade articular :

Observação : Os testes de integridade articular para o joelho são testes stress em varo, teste stress em valgo,
testes ligamentos cruzados anterior e porterior, testes meniscais, teste de apreensao de Fairbank. No caso da
paciente os testes não são realizados dévido a prótese esquerdo.

C-Movimentos fisiológicos activos e Movimentos fisiológicos passivos


Avaliaram-se todos os movimentos fisiológicos da anca, joelho e pé.
Goniometria da anca activo :

ANCA Amplitude Diferença Valor de referência (Palm e Epler, 1998)

Flexão (E) 113° -2° 115º - 125°

Flexão (D) 115° 0° 115º - 125°

Extensão (E) 15° +5° 10º - 15°

Extensão (D) 15° +5° 10º - 15°

Rotação interna (E) 31º +1° 30º - 45°

Rotação interna (D) 30° 0° 30º - 45°

Rotação externa (E) 33° +3º 30º - 45°

Rotação externa (D) 33° +3º 30º - 45°

Abdução (E) 45º 0º 45º

Abdução (D) 45º 0º 45º

Adução (E) 30 +10º 20º - 30º

Adução (D) 30 +10º 20º - 30º

-Nos movimentos fisiológicos passivos da anca, consegue efetuar-se toda a mobilização sem dor e apenas
com ligeira diminuição de amplitude na flexão da coxa. Foi registado também o end feel através da
mobilização passiva, sendo este elástico e portanto fisiológico. Sem registo de crepitações.
-Nos movimentos ativos a paciente consegue realizar todos os movimentos fisiológicos de forma ativa, sem
dor e completando toda a amplitude de movimento para anca.
-Nos movimentos ativos-resistidos, a paciente apresenta bons níveis de força e consegue realizar todos os
movimentos apesar da carga exercida pelo terapeuta, logo, não há comprometimento da força muscular.
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Na região do joelho, consegue realizar-se a mobilização de forma passiva, no entanto, verifica-se uma perda
de amplitude da flexão do joelho e em passivo realiza extensão normal. De forma ativa, a paciente realiza
toda a mobilização do joelho e sem referir sintomatologia álgica mas verificar-se uma perda de amplitude de
movimento na flexão e extensão. Nos movimentos ativo-resistidos apresenta boa níveis de força, no entanto,
sente alguma apreensão de movimento devido ao processo cicatricial ainda se encontrar em tratamento. Estas
alterações estão relacionadas com a introdução do material de osteossíntese e também com o edema que a
paciente apresenta na região do joelho, que acaba por ser um fator limitativo da mobilidade.

Goniometria do joelho activo :

Joelho Amplitude Diferença Valor de referência (Palm e Epler, 1998)

Flexão (D) 121° 0° 120º-130°


Flexão (E) 95° -25º 120º-130°
Extensão (D) 0º 0º 0°
Extensão (E) 5º 5° 0º

Observação: No entanto, a flexão/extensão do joelho é reduzida em relação aos valores normais. A Ohio
State University disponibiliza informação, acessível ao publico em geral, relativa de uma prótese de joelho
pós-operatória (Ohio State University, 2019) indica que, em caso de progressão normal, a amplitude da
articulação deve ser de 100° a 6 semanas em flexao. O nosso paciente encontra-se, portanto, dentro do
intervalo normal de progressão para a flexão. Ela tem cerca de 100° a 1 mês de pós-operatório. O paciente
tem um anglo “morte” em activo de extensão.

Após avaliar a região do pé, verificou-se que a paciente apresenta bons índices de mobilidade e força. Não
apresenta qualquer sintomatologia álgica ou restrição de movimento, tanto na forma passiva, ativa a ativa-
resistida

TORNOZELO Amplitude Diferença Valor de referência (Marques, 2003)

Dorsi exão (D) 21° +1° 20°


Dorsi exão (E) 23° +3° 20°

Flexão plantar (D) 46° +1° 45°

Flexão plantar (E) 47° +2° 45°

D-Test musculares
• Testes de força manual

Músculo(s) Esquerda Direita

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fl
fl
Iliopsoas e ilíaco 5 5
Quadricípites -4 5
Isquiotibiais 4 5
Sartório 5 5
Tensor da fáscia lata 5 5
Glúteo máximo e isquiotibiais 5 5
Glúteo médio e mínimo 5 5
Gastrocnémios e solear 5 5
Tibial anterior 5 5

Interpretação: O paciente tem um défice do lado esquerdo nos músculos quadricipite, isquiotibais. À direita a
forca é normal.

E-Test neurológico : Testes de integridade do SN

✓ Avaliacao Miotomos:

L2 Flexao da anca Sem alteração

L3 Extensao joelho Sem alteração

L4 Flexao dorsal + inversas da TT Sem alteração

L5 Extensao do hallux Sem alteração

S1 Eversao do pé + contracte dos glutens + exao Sem alteração


do joelho
S2 Flexao do joelho + pontas de pés Sem alteração

Interpretação: Os miotomos são normal.

✓ Avaliacao dermatomos :

L1 Anterior coxa Sem alteração

L2 Medio da coxa Sem alteração

L3 Medial fémoral condilo Sem alteração

L4 Malleolo médial Sem alteração

L5 Dorso pé Sem alteração

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fl
S1 Lateral calcanhar Sem alteração

✓ Avaliacao dos reflexos


- Reflexos rotuliano: À esquerda, não foi feito por causa da cicatriz. À direita, tudo é normal.
- Reflexos aquiliano: Esquerda e direita normais.

E-Test especiais :
✓ Avaliacao do equilibro:

Teste de Romberg Negativo – Sem alteração do equilíbrio estático

One leg stand test Negativo – Sem alteração do equilíbrio dinâmico

Interpretação: O paciente não tem dificuldade com o equilíbrio estático e dinâmico.

✓ Avaliacao da funcionalidade
Interpretação: Não foi efectuada qualquer avaliação da funcionalidade mas A Ohio State University
disponibiliza informação, acessível ao publico em geral, relativa de uma prótese de joelho pós-operatória.
(Ohio State University, 2019), recomenda a utilização de escalas de funcionalidade tais como: Knee Injury
and Osteoarthritis Outcome Score (KOOS), International Knee Documentation Committee (IKDC), Lower
Extremity Functional Scale (LEFS) para avaliar o progresso funcional do paciente. Recomenda-se que o
progresso do paciente seja monitorizado com estas escalas de 6 em 6 semanas.

F-Palpação

O paciente apresenta um aumento leve da temperatura no joelho esquerdo, especialmente após o exercício.
Verifica-se ainda algum edema na interlinha articular do joelho esquerdo. Também se verifica tensão na
região dos músculos que compõe a pata de ganso e tricípite sural do membro inferior esquerdo. O paciente
não tem dores durante a palpação. A sua cicatriz tem aderências, e medida 20 cm.

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✓ Perimetria

PERIMETRIA Distância intermédia entre Distância intermédia entre o ápice


MEMBRO INFERIOR EIAS e base da rótula Interlinha articular da rótula e os maléolos

Direito 52,5 cm 43 cm 35 cm

Esquerdo 51,5 cm 45.5 cm 36 cm

Observação : No perímetro, o doente teve um ligeiro edema na interlinha articular (43 vs 45,5). Há também
uma ligeira atrofia na coxa (perda de massa muscular no quadríceps).

✓ Rotula flutuante : A paciente é positivo

Interpretação: Ela tem um edema na região da patela esquerda.

Reavaliação:

Avaliacao Subjectiva

1-Intensidade da dor: O paciente apresenta uma dor de 3/10 durante as actividades e 0/10 em repouso. Ela
indica uma sensação de desconforto.

Interpretação: Durante a reavaliação, a dor do paciente diminuiu durante as actividades e é igual no repouso.

Avaliacao objectiva

1- Testes articular
O paciente sente desconforto no final do movimento durante a flexão passiva do joelho.

Goniometria do joelho

Joelho Amplitude Diferença Valor de referência


(Palm e Epler, 1998)
Flexão (D) 120° -7° 120º-130°
Flexão (E) 111° 0° 120º-130°
Extensão (D) 0º 0º 0°
Extensão (E) 0º 0º 0º

Interpretação: A extensão foi restaurada devido à diminuição do edema. O paciente atingiu uma flexão de
mais de 110° durante a flexão, mas os valores ainda não são normais.

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Evolução do grau de flexão esquerdo Evolução do grau de extensão
esquerdo
120 120 15
111
13
Graus de flexão do joelho

100

Graus de extensão do joelho


95 10
80 8
5
60
3
5
40 0
-3
20 0 0
-5
0 -8
4 8 Objetivo -10
Semanas pós-cirúrgicas 4 8 Objectivo
Semanas pós-cirúrgicas
Joelho esquerdo
Joelho Esquerdo

Gráfico 1 : Evolução do grau de flexão e extensão em função da semana pós-cirúrgica :

2- Test muscular
Força muscular

Músculo(s) Esquerda Direita


Iliopsoas e ilíaco 5 5
Quadricípites 4+ 5
Isquiotibiais 5 5
Sartório 5 5
Tensor da fáscia lata 5 5
Glúteo máximo e isquiotibiais 5 5
Glúteo médio e mínimo 5 5
Gastrocnémios e solear 5 5
Tibial anterior 5 5

Em comparação com a primeira avaliação à esquerda, o paciente tem uma melhoria de força dos
isquiotibiais. No membro direito, é igual.
Interpretação: É necessário continuar a fortalecer os músculos o quadricipites esquerdo.

3- Testes neurológico

Dermátomos: Ainda não há alteração da sensibilidade do paciente.

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4- Palpação
Palpação: Verifica-se edema interlinha articular do joelho esquerdo apesar de verificar uma redução em
comparação com a primeira avaliação. Também se verifica tensão na região dos músculos que compõe a pata
de ganso e tricípite sural do membro inferior esquerdo.

Perimetria

Distância intermédia Distância intermédia entre o


MEMBRO INFERIOR entre EIAS e base da Interlinha ar cular ápice da rótula e os
rótula maléolos
Direito 53cm 43 cm 35 cm
Esquerdo 52,5 cm 44.5 cm 35,5 cm

Interpretação: Devido à medição podemos ver que há um aumento do volume da coxa. Isto pode indicar um
tratamento eficaz do músculo hipertrofiado do quadríceps. Além disso, há também uma diminuição do
edema. O paciente não mostra qualquer Redflag.

III-TRATAMENTO
EXPECTATIVA DO PACIENTE : Regresso às actividades independentes

IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS:

-Fraquezas muscular: quadriceps, isquiotibiais

-Deficit da amplitude do joelho

-Dor no joelho esquerdo.

-Dor por compensação do joelho direito e lombar

-Incapacidade funcional que diminui a qualidade de vida da paciente.

OBJETIVOS DE TRATAMENTO

A Ohio State University disponibiliza informação, acessível ao publico em geral, relativa ao tratamento para
o tratamento de uma prótese de joelho pós-operatória (Ohio State University, 2019).

Curto prazo:

-Proteger o tecido

-Controlar a dor e o edema

-Prevenir problemas de circulação

-Melhorar a mobilização sem dor

-Activar os músculos

15 de 26
ti
Longo prazo:

-Movendo-se de forma independente

-Tornar-se independente nas actividades diárias

1. Tratamento executado (Hidroterapia)

Tempo/
Tecnica Objectivo Descricao Material Repetico
es
Aumentar ritmo
cardiovascular - Cardiovascular (Marcha, pé nadega, joelho 10
Aquecimento
Aquecer as barriga..) minutos
articulação

Enforcamento Fortalecer os - Movimentos exão das ancas ; extensão das


Pesos no 15
dos musculos musculos das ancas; abdução das ancas, adução das ancas.
pé minutos
da coxa ancas circunducao.

Enforcamento -Fortalecer - Movimentos exão dos joelhos ; extensão dos


joelhos Pesos no 15
dos musculos musculos do
pé minutos
do joelhos joelhos - Elevação das pontas de pé

Retorno ao - Marcha
calmo -Baixar o ritmo 10
cardiaco - Alongamentos biceps, triceps, quadriceps, minutos
Alongamentos isquiotibiais,

2. Tratamento proposto
O paciente vem à clínica 3 vezes por semana, pelo que é apropriado fazer 2 sessões de fisioterapia e uma de
hidroterapia para um tratamento ótimo.
Mas primeiro para a prescrição do exercício, temos de certificar o risco:

• Estratificação do risco ao exercício


- O doente não tem doença pulmonar, cardíaca ou metabólica.
- O paciente não tem sintomas de actividade física (PAR-Q).
- A paciente tem mais de 2 factores de risco: é uma mulher com mais de 55 anos de idade, tem obesidade
de grau I, está sob medicação para hipertensão, e é sedentária. Está, portanto, em risco moderado para a
actividade física.

16 de 26
fl
fl
- A actividade deve permanecer moderada entre 55-70% HRR, sem consultacao medica
• Prescrição do risco ao exercício

O paciente tem um ritmo cardíaco em repouso de 86 bpm. O seu ritmo cardíaco máximo deve ser ser 155
bpm (Fmax = 220-65). O seu ritmo cardíaco de reserva é : 155-86 = 69.

HRR55% = (69x0.55) + 86 = 123 bpm

HRR70% = (69x0.70) + 86 = 134.3 bpm

Interpretação : Durante o exercício o seu ritmo cardíaco não deve exceder 123bpm -134bpm de modo a não
pôr em perigo o paciente (Antes, Durante e após). A escala Borg modificada também pode ser utilizada, que
deve permanecer entre 3-4 sobre 10, no máximo.

• Fisioterapia: 2 vezes / semana

1-Massagem: Cicatriz e massagem dos membros inferiores A tensão na cicatriz deve ser
mínima. O tratamento baseia-se na aproximação da cicatriz e depois evolui para uma
massagem longitudinal da cicatriz. O fisioterapeuta utiliza um creme de massagem.
Objectivo: Reduzir as aderências da cicatriz a longo prazo. Para reduzir a dor nos membros
inferiores.
Tempo: 10 minutos

2-Mobilização: Mobilização da patela em todas as direcções, flexão/extensão do joelho,


extensão da anca e dorsiflexão do tornozelo.
Objectivo: Melhoria da ROM do joelho / Diminuição das complicações pós-cirúrgicas /
Melhoria do resultado funcional.
Tempo: 10 minutos.

3-Neuromuscular Electrical Stimulation: Colocar os eléctrodos no quadríceps próximas e


distal. A estimulação deve ser de 50% da contracção máxima do quadríceps (contracção
voluntária) ou amperagem máxima tolerável sem dores nas articulações do joelho.
Objectivo: Melhorar a força dos quadríceps, melhorar o desempenho da marcha, melhorar o
desempenho.
Tempo: 10-20 secundas ON / 50 secundas OFF durante 15 minutos.

4-Exercícios de resistência em cadeia cinética fechada:


Tempo: 25 minutos
-Stepper: Fortalecimento dos quadríceps, isquiotibais , gluteos, lombar.
-Leg Presse: Trabalho nos quadríceps, músculos glúteos, isquiotibais e músculos adutores
numa cadeia fechada. 3 conjuntos x 10 repetições. Resistência à leve, dependendo da dor.
-Leg flexion: Trabalhar os músculos isquiotibiais numa cadeia fechada. 3 series x 10 repeticaos.
Resistência leve, dependendo da dor.

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-Cadeira: Trabalhar sobre uma parede o quadriceps.
Objectivo: Melhorar a força muscular, melhorar as actividades de mobilidade, melhorar o equilíbrio
5- Exercícios Funcional :
- Step ups
- Mini squats/sit-to-stand
- Prone Straight leg curls
- Heel raises . 10 repetições x 2 séries
Objectivo: Melhorar o equilíbrio, a
função de marcha, a actividade e a participação.

• Hidroterapia: 1 vez / semana


✓ Objectivo: Trabalho activo da mobilidade da articulação da anca e dos músculos da anca. O paciente
esta em apoio unipodal e executa 10 repetições de 2 séries em cada lado. O paciente usa uma barra
paralela.
Exercio 1: Mobilização dos músculos flexores da Anca (Recto femoral, iliopsoas, tensor fascia lata, sartório,
pectineo). O paciente executa a flexão e extensão da anca.
-Exercio 2: Mobilização dos músculos da hiperextensão da anca (Adutor Curto + Adutor longo + Adutor
magno + Gracilis + Pectíneo). O paciente executa movimentos de hiperextensão com um retorno à posição
neutra.
-Exercio 3: Mobilização dos músculos abdutores da anca (Tensor da Fáscia Lata + Sartório + Glúteo Médio
+ Rotadores Profundos). O paciente executa movimentos de abdução com um regresso à posição neutra.
-Exercício 4: Mobilização dos músculos da adução da anca (Adutor Curto + Adutor longo + Adutor magno +
Gracilis + Pectíneo). O paciente efectua movimentos de adução da anca
Exercício 5: Mobilização dos músculos de rotação da anca. O paciente executa um lado e o outro com uma
perna.

✓ Objectivo: Trabalho activo sobre a mobilidade do joelho e dos seus músculos: O paciente fica de pé e
executa 10 repetições de 2 séries de cada lado. (Apoio unipodal)
Exercício 1: Mobilização dos músculos flexores do joelho (Fortalecimento dos músculos flexores do joelho).
O paciente efectua a elevação do joelho (joelho + flexão da anca) com uma perna
-Exercício 2; Mobilização dos músculos da extensão do joelho (Reto Femoral + Vasto Medial + Vasto Lateral
+ Vasto Intermedio). O paciente executa flexão do joelho e extensão do joelho (Anca em hiperextensão).

✓ Objectivo: Reforço global dos músculos dos membros inferiores:


-Exercício 1: O paciente fica de pé apenas com um pé com uma espaguete para baixo do pé. Ela executa
movimentos de ira e volta de frente para trás da perna (flexão da anca, hiperextensão da anca com o joelho
esticado)
-Exercício 2: O paciente está sobre so um pé com uma espaguete para baixo do pé. O paciente executa
movimentos de pedalar numa perna (flexão da anca/flexão do joelho e depois extensão da anca/extensão do
joelho e depois volta à posição inicial)

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-Exercício 3: O paciente está sobre so um pé com uma espaguete para baixo do pé. O paciente puxa
espaguete em direção do chão. (flexão da anca/flexão do joelho e depois volta à posição inicial)
-Exercício 4: O paciente está sobre um pé com uma espaguete na parte anterior do tornozelo. O paciente
puxa espaguete em direção do chão. Faz uma extensões de joelhos contra-resistentes. O seu calcanhar deve
tocar as nádegas. (Anca em posição neutra)

✓ Objectivo : Exercícios funcionais / Melhoria do sistema cardio-respiratório. O paciente realiza 2


viagens de ira e volta para cada exercício.
Exercício 1: Caminhar para a frente.
Exercício 2: Caminhar para trás.
Exercício 3: Joelho para cima
Exercício 4: Calcanhar nádega
Exercício 5: Caminhe para um lado e depois para o outro
Exercício 6: Caminhada com passo + agachamento

✓ Objectivo : Propriocepçao / trabalho de equilíbrio


Os exercícios devem ser realizados durante 15 segundos, 3 vezes, apenas na perna oposta.
Exercício 1: A paciente caminha um pé em frente do outro, mantendo o seu equilíbrio.
Exercício 2: O fisioterapeuta coloca uma espaguete na parte da anterior do tornozelo do paciente. O doente
fica de pé. Uma perna é utilizada como suporte, a outra está em flexão do joelho e ligeira extensão da anca.
Exercício 3: O paciente está sobre uma perna. Uma perna é apoiada no chão. A outra está em flexão da anca,
extensão do joelho com uma espaguete para baixo do pé. O paciente move-se para um lado e depois para o
outro.
Exercício 4: O paciente está num pé com uma espaguete na parte de posterior do tornozelo. A anca está em
flexão e o joelho em extensão. O paciente deve manter o equilíbrio com a perna à frente.
Para trabalhar mais na propriocepção do joelho, é pedido ao paciente que dobre ligeiramente o joelho. A
dificuldade pode ser aumentada à medida que as sessões progridem, reduzindo a imersão da pessoa.

Discussão
O paciente é admitido na clínica para tratamento de uma prótese de joelho pós-operatória (4 semanas).
No nosso caso, o paciente queixa-se de falta de força, dor e limitação funcional. A curto prazo, o principal
objectivo é recuperar as amplitudes e a longo prazo, melhorar a vida diária da paciente, tornando a sua vida
mais fácil porque nossa paciente vi sozinha. A dor também deve ser tida em conta. De acordo com uma
recomendação de nível de evidencia B, ou seja moderada, o fisioterapeuta deve ter em conta factores
prognósticos tais como massa corporal, depressão, amplitude de movimento pré-operatório, função física e
força, idade, diabetes, factores de co-morbilidade e sexo. Estes factores irão influenciar o tratamento. No
caso da nossa paciente, ela tem um IMC superior ao normal, a nossa paciente tinha uma boa função física
antes da operação, ela é de idade avançada, e é do sexo feminino. Estes factores de risco devem ser tidos em
conta e podem influenciar a recuperação do paciente.
O tratamento proposto será baseado nas recomendações de uma prótese do joelho, o que significa uma vez
por semana um tratamento de hidroterapia e depois dois tratamento físico na clínica.
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Hidroterapia: De acordo com Mistry et al (2016), os fisioterapeutas devem recomendar a terapia aquática
para encorajar o paciente a participar enquanto recupera forças e alivia a dor. A flutuabilidade da água reduz
a força da gravidade, as forças compressivas nas articulações, e diminui as forças de cisalhamento (Valtonen,
Pöyhönen, Sipilä S e Heinonen, 2010). Além disso, a força da água confere resistência e, portanto, aumenta a
força muscular (Pozzi, Snyder-Mackler e Zeni, 2013). Os exercícios de água podem incluir alongamentos da
ROM para a anca, joelho e tornozelo, e equilíbrio de uma única perna, mini-squats, cycle kick et les swings
(Rahmann, Brauer e Nitz, 2009). A Ohio State University disponibiliza informação, acessível ao público
em geral, relativa ao tratamento pós-operatório de uma prótese de joelho (Ohio State University, 2019)
recomenda a terapia aquática deve ser iniciada quando a cicatriz tiver sarado completamente, ou seja,
cerca de um mês após a operação, mas isto varia de paciente para paciente. A Directriz aconselha a centrar-se
em normalizar a marcha, ganhar amplitude de movimento do joelho, estabilidade da anca e fortalecer os
músculos. O fisioterapeuta deve ser cuidadoso quanto aos movimentos do paciente na piscina (superfícies
escorregadias). Além disso, os pacientes podem realizar movimentos de “lap swimming” , excepto para o
nado de peito ou natação elementar. É necessário não fazer curvas bruscas. A terapia aquática ajuda a reduzir
a dor, aumentar a funcionalidade e a qualidade de vida do paciente com prótese de joelho (Goehring et al.,
2015).

Massagem de cicatrizes + massagem dos membros inferiores: Relativamente à cicatriz, de acordo com
uma recomendação de evidência A ou forte massagem pode melhorar a cicatriz e prevenir cicatrizes
hipertróficas (Khansa, Harrison B, e Janis, 2016). De acordo com a recomendação A (forte), a tensão deve
ser mínima (Khansa, Harrison B, e Janis, 2016). A operação é uma provação traumática para o paciente,
causando ansiedade, tomando medicamentos que podem causar efeitos secundários, ou compensações pelo
corpo. A gestão da dor de uma perspectiva multimodal é, portanto, muito importante. No caso da nossa
paciente, ela sofre de dores nas costas e dores em todo o membro inferior, tais como músculos, ou
articulações (joelho esquerdo). A fim de melhorar a sua funcionalidade global, a paciente tem de ser tratada
de uma forma global. No caso da sua dor nos membros inferiores, a dor tem de ser gerida de uma forma
multimodal que inclua estratégias não farmacológicas como a massagem (Kukimoto, Ooe e Ideguchi, 2017).
A massagem reduz a dor e aumenta a condição física músculo-esquelética (Bervoets et al., 2015).

Mobilização: De acordo com uma recomendação de nível leve, seja D o grupo de trabalho concorda
que os fisioterapeutas devem aprender a realizar exercícios de movimento passivos, activos e assistidos
no caso de reabilitação de um paciente com prótese total de joelho. Mesmo que a qualidade da
recomendação seja insuficiente, a magnitude desta recomendação é clara. A prática é recomendada e baseada
nas normas da prática clínica actual, de acordo com as directrizes, faz parte das situações excepcionais em
que os estudos de validação não foram ou não podem ser realizados, apesar de haver um benefício claro
(Diane et al., 2020). A mobilização durante a reabilitação de uma prótese do joelho baseia-se numa
mobilização da rótula em todas as direcções (Elevação, depressão, tilt anterior, tilt posterior e deslizamento),
flexão/extensão do joelho, extensão da anca e dorsiflexão do tornozelo (Mistry et al,. 2016).

Electroestimulacao : De acordo com uma recomendação de nível de evidencia B, os fisioterapeutas


devem utilizar o NMES para pacientes com prótese do joelho para melhorar a força do quadríceps, o
desempenho da marcha (Diane et al., 2020). A estimulação eléctrica neuromuscular aumenta as

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contracções isométricas voluntárias máximas dos quadríceps e dos tendões do tendão de 2 a 52 semanas após
a operação, bem como a melhoria do desempenho na marcha e na subida de escadas. No entanto, o
fisioterapeuta deve estar atento à dor e ao desconforto durante a utilização(Diane et al., 2020). NMES é uma
modalidade não-invasiva que utiliza correntes eléctricas dosadas, fornecidas através de eléctrodos cutâneos
para estimular a contracção muscular (Mistry and al., 2016)/ A estimulação eléctrica neuromuscular foi
proposta como um complemento aos programas de reabilitação tradicionais para pacientes após a protese,
para pacientes que têm um défice na activação muscular voluntária ou fraqueza muscular pós-operatória. A
contracção muscular por estimulação eléctrica permite um treino muscular eficaz com maior e mais selectivo
recrutamento de fibras musculares e aumento da força. (Lioce et al., 2018) A Ohio State University
disponibiliza informação, acessível ao público em geral, relativa ao tratamento pós-operatório de uma
prótese de joelho (Ohio State University, 2019) recomenda a colocação dos eléctrodos proximal e distal aos
quadríceps. O paciente deve estar sentado com os joelhos estendidos. O paciente é convidado a relaxar
enquanto a estimulação é gerada pelo menos 50% da contracção voluntária do quadríceps OU amperagem
máxima tolerável sem dores nas articulações do joelho. O tempo deve ser de 10 a 20 segundos de actividade
e 50 segundos de descanso durante 15 minutos.

Exercícios: De acordo com uma recomendação de nível de evidencia B, ou seja moderada, os


fisioterapeutas devem elaborar, aplicar, ensinar e progredir os pacientes com protese através de treino
de força e programas de exercício de alta intensidade para melhorar a função, força e amplitude de
movimento.(Diane et al., 2020). No caso do nosso paciente é importante reforçar os isquiotibais, quadríceps
que são os principais músculos em défice. O fisioterapeuta pode, portanto, utilizar máquinas para fazer
exercícios de reforço como a perna de pressão, pernas de flexao, steppper. De acordo com uma
recomendação de nível de evidencia A, ou seja forte, os fisioterapeutas pode usar Fisioterapeutas deve
incluir treino em funções motoras (por exemplo, equilíbrio, marcha, simetria de movimento) (Diane et
al., 2020). Permitem também a melhoria das actividades de mobilidade e a extensão do joelho. O principal
objectivo da terapia de exercício é maximizar a ROM precoce, melhorar a força e a dor, e normalizar a
mecânica da marcha. (Mistry and al., 2016). A Ohio State University disponibiliza informação, acessível ao
público em geral, relativa ao tratamento pós-operatório de uma prótese de joelho (Ohio State University,
2019) recomendar os exercícios de subida e descida com um degrau (frente ou lado). Os mini squats/sit-to-
stand: Os mini-squats são muito prescritos para aumentar a força e o controlo dos músculos do joelho
(Bakhtiary e Fatemi, 2007) Os mini-squats só têm como alvo a articulação do joelho, mas a anca ou as
mucosas do tornozelo. (Daskapan et al., 2013). O exercício de “prone hamstring curl" ou "Heel raise". De
facto, a força e o poder dos músculos flexores plantares do tornozelo são importantes moduladores do
desempenho durante a elevação de cadeiras, a subida de escadas e a marcha (Sean et al., 2005).

Crioterapia : De acordo com uma recomendação de nível de evidencia B, ou seja moderada, os


fisioterapeutas devem ensinar e promover o uso da crioterapia após a cirurgia de prótese total do
joelho. (Diane et al., 2020). A crioterapia reduz a dor, o edema e a inflamação na articulação do joelho.
(Mistry and al., 2016). Tem um efeito vasoconstritor sobre os tecidos, reduzindo a sua função enzimática.
(Leny et Marmar, 1993). Além disso, o seu efeito reduz a migração de leucócitos e diminui a transmissão do
sinal nervoso eléctrico, e fornece um efeito anestésico e analgésico (Abramson and al., 1966). Os benefícios

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são, portanto, uma melhoria na gestão da dor, baixo custo e fácil aplicação, mas existe o risco de queimadura.
(Diane et al., 2020). O fisioterapeuta deve permanecer vigilante e vigiar o paciente durante a aplicação da
crioterapia. A Ohio State University disponibiliza informação, acessível ao público em geral, relativa ao
tratamento pós-operatório de uma prótese de joelho (Ohio State University, 2019) que recomenda a
crioterapia 3 vezes por dia. A exposição é um método eficaz para reduzir a inflamação pós-exercício e a dor
muscular retardada pós-exercício: DOMS (Dupuy, Douzi, Theurot, Bosquet e Dugué, 2018). Para a redução
dos sintomas, sugere-se aplicar frio durante 10 minutos a 24 minutos a uma temperatura entre 5°C a 13°C.
(Hohenauer et al., 2015). O fisioterapeuta deve portanto aconselhar e promover a aplicação do frio ao
paciente em casa, 3 vezes por dia e após as sessões de fisioterapia.

Progressão : Relativamente ao gráfico 1 sobre progressão da flexão do joelho e da extensao, o grau de


extensão foi totalmente recuperado após 4 semanas e flexão evoluiu muito. De facto, na semana 7 a paciente
atingiu mais de 110° de flexão e recuperou a sua extensão normal. De acordo com estudos anteriores
indicaram que a restauração de pelo menos 110 graus de flexão do joelho é necessária para uma função
satisfatória e para realizar a maioria das actividades diárias nos pacientes (Hyodo et al.,2017). A Ohio State
University disponibiliza informação, acessível ao público em geral, relativa ao tratamento pós-
operatório de uma prótese de joelho (Ohio State University, 2019), que afirma que se o paciente
exceder 6 semanas de pós-operatório e cumprir os critérios de progressão pode então atingir a fase 2.
No caso da nossa paciente, ela tem uma flexão superior a 110°, uma extensão normalizada (critério 1), pouca
dor ou edema durante os exercícios (critério 2), activação muscular normal (critério 3). Além disso, ela foi
capaz de realizar o teste de elevação “Straight leg raise" sem atraso do músculo quadríceps. (Critério 4). Ela
pode, portanto, progredir para outros objectivos a curto prazo, tais como a restauração total da gama de
movimentos passivos e activos, aumento progressivo da força, sem dor ou limitação das actividades diárias,
normalização do controlo pélvico, e aumento da velocidade de marcha. O fisioterapeuta deve monitorizar o
edema e a dor do paciente. O tratamento pode progredir para exercícios cardiovasculares, resistência em
cadeia aberta e treino funcional. O uso de electroestimulação é importante. Ao nível cardio vascular, por
exemplo 30 minutos de ciclismo sem resistência ou 15 minutos com resistência (sem dor). Em termos de
exercícios, pode progredir para: Wall Squats, Mini lunges, Step up progress to single, Step Downs, 4 Way
hip, exercícios de extensão de joelhos em cadeia aberta (extensão de pernas).

WALL SQUAT MINI LUNGE STEP DOWNS 4 WAY HIP

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CONCLUSÃO
A nossa paciente queixa-se da diminuição do amplitude de movimento e independência na sua vida diária. O
principal objectivo a curto prazo é aumentar o amplitude de movimento da articulação do joelho e, a longo
prazo, aumentar a funcionalidade porque a paciente vive sozinho.

O tratamento proposto deve ser baseado em provas actuais que sejam fortes, moderadas ou recomendações
de melhores práticas. Começámos o tratamento do paciente 1 mês após a cirurgia, pelo que é necessário
seguir as directrizes, que aconselham o uso de electroestitmulação, exercícios funcionais, exercícios de
resistência, crioterapia e mobilização. Hoje a paciente progrediu para 110° de flexão do joelho o que lhe
permite realizar actividades diárias tais como descer escadas e andar de bicicleta. O tratamento deve portanto
progredir para novos objectivos que permitam a optimização do resultado final e o aumento da sua função a
longo prazo (FASE 2).

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