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P-ISSN: 2830-6317

Intervenções fisioterapêuticas em entorse de tornozelo

Kadek S Prima Dewi S1,*, Ni Kadek Yuni Fridayani2

1Bacharelado e Programa Profissional de Fisioterapia, Faculdade de Medicina, Universitas Udayana, Bali, Indonésia
2Instituto de Pós-Graduação em Prevenção e Controle de Lesões, Faculdade de Saúde Pública, Universidade Médica de Taipei

ABSTRATO
Antecedentes: Uma entorse de tornozelo é uma lesão na articulação, com ruptura do ligamento devido ao alongamento articular excessivo e repetitivo.
Em geral, as entorses são causadas por quedas, escorregões ou pressões no corpo que fazem com que a cartilagem cause problemas nos pés. As entorses de
tornozelo ocorrem devido à fraqueza muscular e frouxidão ligamentar, exercitando os músculos e aumentando o LGS usando terapia de exercícios, e podem ajudar
a melhorar a fraqueza muscular causada por danos ao complexo ligamentar lateral.

Objetivo: Este estudo tem como objetivo resumir dados secundários relacionados à entorse de tornozelo.

Métodos: O método de pesquisa utilizado é um estudo bibliográfico utilizando dados secundários na forma de periódicos relacionados ao tema entorse de tornozelo
obtidos através do Google Scholar, Science Direct e PubMed.

Resultados: Vários estudos demonstraram que alguém com entorse de tornozelo pode receber fisioterapia de acordo com sua condição.

Conclusão: Com base nos resultados da revisão da literatura, pode-se afirmar que alguém que sofre uma entorse de tornozelo pode sentir dor e diminuição do
SLG.

Palavras-chave: Entorse de tornozelo, fisioterapia

Recebido: 5 de maio de 2022. Aceito: 5 de junho de 2022. *Autor correspondente: Kadek S Prima Dewi S, Bacharel e Programa
Tipo: Revisão de Literatura Profissional de Fisioterapia, Faculdade de Medicina, Universitas Udayana;
E-mail: primadewii16@gmail.com

Fundo ligamentos. Em aproximadamente 65% dos casos, a lesão do ligamento

As entorses de tornozelo são uma lesão musculoesquelética comum
na população altamente ativa e inativa.1 A lesão de tornozelo mais comum é a
entorse lateral de tornozelo (LAS), que é responsável por 10% a 30% de todas
as lesões atléticas. O LAS pode ter consequências significativas para atletas
lesionados em relação aos custos de tratamento e ao tempo perdido nos
esportes. A taxa de incidência para tal lesão é de 0,93/1000 atletas expostos.
Esta condição, embora apenas aproximadamente 50% dos pacientes sejam
tratados.2 Todos os dias, ocorre quase uma entorse de tornozelo por 10.000
pessoas nos países ocidentais, e mais de dois milhões de entorses de tornozelo
são tratadas anualmente em serviços de emergência nos Estados Unidos e no
Reino Unido. No desporto, a incidência é ainda maior, representando 16%-40%
de todos os casos de traumatismos desportivos. Aproximadamente 40% de
todas as lesões traumáticas de tornozelo e quase metade de todas as entorses
de tornozelo ocorrem durante atividades atléticas, com basquete (41,1%),
futebol americano (9,3%) e futebol (7,9%) apresentando a maior porcentagem.3
As entorses de tornozelo são mais comuns em mulheres, crianças e atletas que
praticam esportes indoor e de campo.4
Além da estrutura óssea e muscular, vários ligamentos contribuem
significativamente para a estabilidade da articulação do tornozelo, os quais
estão distribuídos nas regiões lateral, medial e sindesmótica. Quase 85% das
entorses de tornozelo envolvem a região lateral
talofibular anterior (LFTA) é isolada e em cerca de 20% envolve danos ao ATFL
e ao ligamento calcaneofibular.
Lesões do ligamento talofibular posterior são raras. Os 15% restantes envolvem
entorses sindesmóticas e mediais do tornozelo. Uma entorse sindesmótica de
tornozelo é uma lesão em um ou mais ligamentos que compõem a junção
tibiofibular distal. É frequentemente conhecida como “entorse de tornozelo
alto”.5 As rupturas ligamentares podem ocorrer na inserção proximal, na
substância média ou na inserção distal. A gravidade das entorses de tornozelo
é classificada em três níveis. Grau 1 é a lesão mais leve, definida como
estiramento do ligamento lateral sem ruptura. Grau 2 indica ruptura parcial de
um ou mais ligamentos. O grau 3 é o mais grave dos giros e classifica a lesão
com ruptura total de todos os ligamentos do complexo ligamentar lateral.4
Vários parâmetros foram definidos como potenciais fatores de risco
para entorse de tornozelo. Estes são classificados como intrínsecos ou
extrínsecos. Alguns fatores de risco intrínsecos podem ser modificados e a
identificação desses fatores de risco pode ajudar na prevenção de lesões
potenciais. Vários estudos investigaram os fatores de risco propostos em
populações atléticas e militares. Estes incluem dados demográficos (incluindo
idade, sexo, peso, altura, índice de massa corporal, dominância dos membros),
anatomia (tipo de pé, alinhamento do pé e tornozelo, incluindo hiperpronação
do pé), fraqueza

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(fraqueza articular generalizada, fraqueza articular do tornozelo), amplitude
de movimento (ADM), incluindo ADM do tornozelo e da primeira
metatarsofalângica, força muscular, tempo de reação muscular, equilíbrio
(equilíbrio unipodal e teste de equilíbrio de excursão em estrela) e
propriocepção, história de entorse de tornozelo anterior e parâmetros
relacionados ao exercício (incluindo tipo de esporte, nível de competição,
jogar em grama artificial, posição de jogo, tipo de calçado esportivo, falta de
alongamento de aquecimento e técnica de aterrissagem após o salto). Não
há evidências convincentes de quão significativo ou eficaz é este parâmetro.
No entanto, história de entorses de tornozelo anteriores, excesso de peso,
fraqueza articular do tornozelo e distúrbios de equilíbrio são algumas
exceções com as quais a maioria dos estudos concorda quanto à sua
importância. Por exemplo, foi demonstrado que jogadores com excesso de
peso com uma entorse de tornozelo anterior têm 19 vezes mais probabilidade
de desenvolver uma entorse de tornozelo sem contacto em comparação com
jogadores com peso normal sem uma entorse de tornozelo anterior.5,6
Lesões como essas levam à perda de tempo no campo e à
diminuição da capacidade de funcionamento na escola e no trabalho. Os
custos médicos associados a entorses de tornozelo são estimados em US$
3,65 bilhões. Portanto, é importante acelerar o tempo de recuperação
associado a essas lesões para reduzir custos médicos e melhorar o retorno
da função.7 Com base na descrição,
alguma literatura discute intervenções para entorse de tornozelo.
Métodos
O método de pesquisa utilizado é um estudo bibliográfico utilizando
dados secundários relacionados a entorses de tornozelo obtidos através do
Google Scholar, Science Direct e PubMed.
Resultados
Existem cinco estudos relacionados à intervenção fisioterapêutica
para entorses de tornozelo. Cleland et al. examinaram os efeitos da
fisioterapia manual e exercícios versus exercícios domiciliares supervisionados
no tratamento de pacientes com entorse de tornozelo por inversão.8 O grupo
de terapia manual e exercícios recebeu técnicas de manipulação na
articulação tibiofibular proximal, articulação tibiofibular distal, articulação
talocrural e subtalar. A intervenção foi realizada duas vezes por semana
durante 4 semanas. O grupo do programa de exercícios domiciliares realizou
os seguintes exercícios: 1) Mobilidade para pés e tornozelos por 3 séries
com 15 repetições, 2) Fortalecimento que incluiu exercícios isométricos como
empurrar o pé contra a parede para inversão, eversão e flexão plantar,
utilizando o outro pé à resistência da dorsiflexão (manter 5 segundos por 5
repetições em todas as direções) e apertar uma toalha sob a planta do pé
para os músculos intrínsecos, 3) Resistência do peso corporal: elevação do
calcanhar e mini-agachamento em posição bilateral, 4 )
Alongamento de panturrilha e calcanhar, iniciado sentado por um longo
tempo, usando uma toalha para fazer alongamentos manuais (3 repetições
com duração de 30 segundos por repetição), 5) Em pé com uma perna no
tornozelo lesionado, com os braços abduzidos e olhos abertos (3 séries de
30 segundos por série), 6) Equilíbrio dinâmico: ficar em pé sobre uma
prancha de equilíbrio (ou travesseiro) com os olhos abertos (3 séries de 60
segundos de duração), 7) Atividades funcionais com levantamento de peso:
caminhada, corrida, saltos, e saltos, de acordo com a atividade do paciente
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e participação. O programa de exercícios em casa é realizado até 4 sessões
por semana durante 4 semanas.
Prabhakaradoss et al. exploraram o efeito da terapia manual e da
fisioterapia convencional na dor, movimento e função após entorse lateral de
tornozelo aguda e subaguda.2 Havia dois grupos neste estudo. Grupo de
terapia manual-mobilização com movimento (MWM). MWM foi administrado
a este grupo por 5 minutos sem PRICE e terapia com exercícios. O segundo
grupo recebeu diretrizes convencionais do PRICE e foi incentivado a realizar
apenas movimentos livres e sem dor. O exercício foi realizado por 30
segundos em 3 séries com 5 repetições. Ambos os grupos tiveram oito
sessões de tratamento durante quatro semanas. Todos os pacientes
receberam cuidados ortopédicos padrão, que incluíram bandagens de
compressão ao redor do tornozelo lesionado e do pé estendido acima do
tornozelo e imobilização na tornozeleira posterior por no máximo duas
semanas. Os pacientes também foram instruídos a elevar a perna afetada
sobre um travesseiro enquanto dormiam para aplicar gelo no tornozelo
afetado por 20 minutos, pelo menos três vezes ao dia, após a remoção da
cinta e do curativo. O paciente é ensinado a continuar andando o mais rápido
possível, usando um auxílio para caminhar, se
necessário.
Wainwright et al. testado se a estimulação elétrica neuromuscular
melhora a recuperação após uma entorse aguda de tornozelo.10 Neste
estudo, havia dois grupos, o primeiro grupo recebeu terapia padrão e o
segundo grupo recebeu terapia padrão e EENM. A terapia padrão incluiu
educação do paciente, terapia manual, se indicada, e prescrições
personalizadas de exercícios. Enquanto isso, o grupo que receberá EENM
será treinado para aplicar EENM no tornozelo lesionado.
Iammarino et al. investigaram a eficácia da técnica de tração de
tornozelo com faixa elástica no tratamento de pacientes pediátricos com
entorse aguda de tornozelo.7 Este estudo consistiu em dois grupos: PRICE
e mobilização precoce com faixa elástica. O grupo PRICE foi instruído a
fazer compressão no tornozelo se uma tornozeleira com cadarço não tivesse
sido instalada. Se tiver sido aplicada compressão com colete, o paciente foi
aconselhado a fazer compressão durante as atividades por pelo menos 8
horas por dia. Durante as primeiras 72 horas, o paciente foi orientado a
descansar com gelo e compressão intermitente e a elevar o tornozelo
dolorido em pelo menos 30 centímetros, sendo orientado a fazer isso por 20
minutos, duas vezes ao dia. O grupo de mobilização precoce da faixa elástica
realizou exercícios com terabandas, como tração com faixa elástica horizontal,
tração com faixa elástica vertical e tração com faixa elástica horizontal com
configuração de sobrepressão. O movimento foi realizado 10 voltas no
sentido horário, após descanso mais 30 segundos.
Witjes et al. conduziram o ANKLE TRIAL (ANKLE Treatment after
Injuries of the Ankle Ligaments) para descobrir os benefícios dos dispositivos
de suporte externo no tratamento funcional da entorse aguda do tornozelo.11
Foram três grupos, o primeiro grupo recebeu uma bandagem de pressão e
RICE (Rest , Gelo, Compressão, Elevação) por 5-7 dias, seguido de
tratamento com fita por 6 semanas. O segundo grupo recebeu bandagem de
pressão e terapia RICE por 5 a 7 dias e continuou com aparelho ortodôntico
por 6 semanas. O terceiro grupo foi dado
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ARROZ e tratamento funcional puro. Todos os três grupos receberão o
mesmo cronograma de exercícios de tornozelo apenas dois dias após o
paciente sofrer um trauma ou entorse no tornozelo. Todos os grupos
foram autorizados a tomar paracetamol para alívio da dor.
Discussões
Uma entorse aguda de tornozelo é a lesão mais comum nos
membros inferiores em atletas e é responsável por 16% a 40% de todas
as lesões relacionadas ao esporte. É muito comum no basquete, futebol
americano e futebol. A maioria das entorses afeta os ligamentos laterais,
especialmente o ligamento talofibular anterior.
Apesar da alta prevalência, a maioria dos pacientes apresenta sequelas
persistentes e recidiva da lesão. Uma história detalhada e um exame
físico adequado são os pilares do
diagnóstico. Os exames de imagem não são indicados para a maioria dos
casos de entorse de tornozelo. Várias intervenções têm sido recomendadas
no tratamento agudo de entorses de tornozelo, incluindo repouso, gelo,
compressão e elevação, analgésicos e antiinflamatórios, órtese e
imobilização, auxílio para caminhada precoce e suporte de peso, órtese
para os pés, terapia manual, terapia por exercícios. , modalidades
eletrofísicas e cirurgia (apenas em alguns casos refratários). Exercícios e
aparelhos ortodônticos têm sido recomendados com maior nível de
evidência e devem ser incluídos no processo de reabilitação. O programa
de exercícios deve ser abrangente e progressivo, incluindo amplitude de
movimento, alongamento, fortalecimento, exercícios neuromusculares,
proprioceptivos e exercícios específicos do esporte. Algumas literaturas
afirmam que as intervenções que podem ser realizadas nos casos de
entorse de tornozelo incluem terapia por exercícios (mobilidade,
fortalecimento, resistência do peso corporal, alongamento, equilíbrio,
equilíbrio dinâmico e atividades funcionais de sustentação de peso),
terapia de manipulação manual, PRICE, exercício terapêutico EENM ,
mobilização de elástico, RICE e bandagem pressórica.5
Pesquisa conduzida por Joshua et al. relatou que pacientes
com entorse de tornozelo invertido frequentemente apresentam distúrbios
das articulações que contribuem para a mobilidade do tornozelo, incluindo
as articulações tibiofibular proximal, talocrural distal, tibiofibular e subtalar.
A terapia manual ajuda a restaurar o movimento nessas articulações,
melhorando a mecânica do pé e tornozelo, reduzindo a dor e melhorando
a função. Também é possível que os efeitos da terapia manual sejam
neurofisiológicos. Por exemplo, foi demonstrado que os músculos sóleo e
fibular apresentam inibição simultânea dos músculos artrógenos em
pacientes com instabilidade do tornozelo. A literatura sugere que isso
pode resultar de mecanorreceptores alterados após entorses de tornozelo,
levando a um sistema de feedback neural prejudicado para os
estabilizadores dinâmicos do tornozelo.
As intervenções de terapia manual estimulam os mecanorreceptores e, assim,
auxiliam no aumento do feedback neural, o que pode auxiliar na estabilidade
dinâmica e maximizar os benefícios do exercício terapêutico. Além disso, essa
intervenção terapêutica manual pode resultar em redução de citocinas
inflamatórias, aumento de beta-endorfinas e hipoalgesia.8
Outro estudo realizado por Prabhakaradoss et al. no qual este
estudo teve como objetivo comparar os efeitos da Terapia Manual-
mobilização com movimento (MWM) juntamente com
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fisioterapia convencional e fisioterapia convencional sozinha na dor, ADM
do tornozelo e função em indivíduos com entorse lateral do tornozelo. O
grupo experimental recebeu MWM e fisioterapia convencional durante 4
semanas de tratamento.
Após o tratamento, este grupo apresentou redução significativa da dor e
melhora da função e dorsiflexão do tornozelo em indivíduos com entorse
lateral do tornozelo. Outro
estudos sugerem que a aplicação de MWM e terapia com exercícios
melhora a melhora clínica e rápida em comparação ao exercício isolado.
A maioria (84%) dos pacientes com déficit de ADM de dorsiflexão após
entorse subaguda de tornozelo lateral respondeu bem ao protocolo
Mulligan MWM. A posição incorreta da fíbula pode causar dor e
movimentos anormais após uma torção no tornozelo. O MWM é aplicado
na fíbula e seus efeitos biomecânicos podem ser responsáveis pelo
aumento da ADM e efeito hipoalgésico, causando alívio da dor. Mecânico
a hipoalgesia da MWM propõe um papel potencial de mecanismos
centrais associados à ativação mediada por não opioides de sistemas
inibitórios de dor descendente, variações na ativação muscular e
mecanismos comportamentais. Além disso, a terapia por exercício
concentra-se em exercícios neuromusculares e proprioceptivos e na
mobilização articular para reduzir a dor e aumentar a ADM no tratamento
de entorses de tornozelo.9
A fisioterapia convencional administrada por 4 semanas
mostrou redução significativa da dor e melhora da função e dorsiflexão do
tornozelo em indivíduos com entorse lateral do tornozelo.
O programa padrão de fisioterapia por uma semana reduz a dor e aumenta
a relação eversão/inversão do tornozelo em entorses de tornozelo grau I.
O programa padrão de fisioterapia consiste em exercícios de Proteção,
Repouso, Gelo, Compressão, Elevação (PRICE), medicação
antiinflamatória e suporte de peso. Além disso, o treinamento
neuromuscular e o treinamento de equilíbrio gerenciam efetivamente os
déficits de força muscular.
Os exercícios de fortalecimento dos músculos fracos são essenciais para
uma recuperação rápida e evitam a recorrência de entorses de tornozelo.
Os exercícios de alongamento estático mostraram um forte efeito no
aumento da dorsiflexão do tornozelo após entorses agudas de tornozelo.
Geralmente, exercícios de alongamento são aplicados para recuperar a
ADM total, promovendo a flexibilidade dos músculos da panturrilha. Isto
pode aumentar a flexibilidade antes da percepção da dor e permitir que
as propriedades viscoelásticas dos músculos e articulações dos tendões
superem o reflexo de estiramento ou aumentem a tolerância ao estiramento.9
Em uma comparação dos dois grupos, houve uma diferença
significativa entre os efeitos da MWM juntamente com a fisioterapia
convencional e a fisioterapia convencional isoladamente na dor, na ADM
do tornozelo e na função em indivíduos com entorse lateral do tornozelo.
Após quatro semanas de tratamento, a MWM com fisioterapia convencional
mostrou-se mais eficaz do que a fisioterapia convencional sozinha na
redução da dor e na melhoria da função do tornozelo e da dorsiflexão.
Essa diferença pode ser devida aos efeitos biomecânicos e hipoalgésicos
da MWM em combinação com exercícios que reduzem a dor e melhoram
a função do tornozelo e a dorsiflexão nas entorses laterais do tornozelo.
Este estudo afirmou que o MWM de Mulligan é mais eficaz que a
mobilização de Maitland na redução da dor e no aumento da ADM em
pacientes com entorse lateral do tornozelo devido à interação de fibras
aferentes
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e arcos reflexos eferentes e forças de tração de mobilização ativa e passiva.9
Outra literatura também afirma que o uso da Estimulação Elétrica
Neuromuscular (EENM), além do tratamento padrão, reduz o edema após
entorse de tornozelo grau I ou II e é estatisticamente significativo em
comparação ao tratamento padrão sozinho, conforme medido pelo
deslocamento volumétrico. No entanto, este achado não teve um efeito
estatisticamente significativo na recuperação funcional, que também foi o
principal desfecho deste estudo. Embora a relevância clínica da redução do
edema seja questionável, uma vez que não foram encontradas alterações
clinicamente significativas entre os dois grupos, são necessários ensaios
em grande escala com acompanhamento a longo prazo para permitir uma
interpretação precisa das implicações clínicas do uso adjuvante da EENM.10
Reduz o edema pós-entorse de tornozelo, melhorando o nível de
dor e disfunção experimentada pelos pacientes durante a recuperação. Este
estudo não encontrou alterações significativas nos escores de dor e FAAM,
no entanto, é possível que isso tenha ocorrido devido ao curto espaço de
tempo em que a EENM foi avaliada. A dor diminuiu e a função do tornozelo
melhorou em ambos os grupos de tratamento, indicando o valor de cada
plano de tratamento.
No entanto, as diferenças entre as mudanças não foram significativas. Neste
estudo, os efeitos fisiológicos foram avaliados após 7 dias, e um aumento
neste período poderia criar uma relação clinicamente significativa a longo
prazo entre a redução do edema, da dor e da funcionalidade. Uma relação
“dose-resposta” entre o tratamento com EENM induziu aumento de força e
intensidade do treinamento com EENM foi confirmada em várias populações
clínicas. Pode ser necessária maior intensidade ou duração da estimulação
elétrica para reduzir a presença de edema e seu efeito na dor e na função.
(Wainwright, 2018). A EENM foi bem tolerada pelos pacientes após entorse
de tornozelo grau II e mostrou uma melhora estatisticamente significativa na
redução do edema medida pelo deslocamento de fluidos. Não foram
observadas diferenças entre os grupos nas medidas da figura oito, função
ou escores de dor.
Mais trabalhos são viáveis e necessários para confirmar o significado clínico
e o efeito na recuperação a longo prazo das entorses de tornozelo.10
Pesquisa conduzida por Suzanne et al. sobre intervenções
fisioterapêuticas supervisionadas e não supervisionadas mostraram que a
adição de distração talocrural a programas de TP supervisionados não foi
mais eficaz do que PRICE seguido de TP supervisionado. Estes resultados
contrastam com os resultados de estudos semelhantes na população adulta.
Existem várias razões possíveis para as evidências conflitantes. A primeira
razão possível é que as crianças se recuperam bem após uma entorse
aguda de tornozelo e a adição de terapia manual pode não ser necessária.
Estudos em adultos mostraram resultados positivos a curto prazo, mas não
se sabe se as crianças podem experimentar benefícios semelhantes a curto
prazo. Finalmente, este estudo avaliou a tração do tornozelo com faixa com
movimento na articulação talocrural, que é uma técnica diferente para
mobilização articular que já se mostrou eficaz em uma população mais idosa.
A manipulação da distração na articulação talocrural demonstrou ter
resultados positivos em estudos com adultos. Ainda assim, o
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a técnica de mobilização foi uma alternativa mais segura para a população
pediátrica. Os pacientes podem realizar a técnica de tração do tornozelo
enfaixado de forma independente (como automobilização) com pequenas
modificações e instruções. A mobilização precoce parece ser uma
intervenção segura em pacientes pediátricos com entorse aguda de
tornozelo. A mobilização precoce resultou em dor, amplitude de movimento
e resultados funcionais auto-relatados semelhantes em comparação com o
tratamento tradicional PRICE.7
Atualmente, novas diretrizes relativas ao tratamento agudo de
entorses de tornozelo foram introduzidas na Holanda com base em
conhecimentos recentes da literatura. Os desenvolvedores deste guia
concluíram que a reabilitação de atletas após uma lesão aguda por inversão
do tornozelo deve consistir em vários exercícios para melhorar a
propriocepção, força e coordenação e manter a função dos membros. Além
disso, recomenda-se uma cinta ou fita na fase subaguda após o diagnóstico
de lesão ligamentar aguda do tornozelo.11
Conclusão
Com base nos resultados da revisão da literatura, pode-se
concluir que alguém que sofre entorse de tornozelo pode sentir dor e
diminuição do SLG.
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