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Unidade III
7 EXAME DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular, também conhecido como sistema circulatório, é responsável por bombear
o sangue arterial (rico em oxigênio) proveniente dos pulmões para todo o corpo e direcionar o sangue
venoso (desoxigenado) até o coração. Esse ciclo se refaz para garantir o bom funcionamento da circulação
arterial e venosa.
O sistema circulatório é composto por coração e vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e as suas
funções são: transportar os gases resultantes da respiração e necessários para a respiração celular; transportar
nutrientes e substâncias resultantes do metabolismo; transportar elementos do sistema imunitário.
Observação
• Coração: órgão muscular oco, localizado na parte central da caixa torácica, que mede
aproximadamente 12 centímetros de comprimento e 9 centímetros de largura, com peso médio
250 a 300 gramas no adulto. É formado por um músculo extremamente resistente, o miocárdio,
e sua parte interna dividida em quatro câmaras cardíacas, sendo dois átrios e dois ventrículos.
Entre cada átrio e ventrículo existem as válvulas (válvulas atrioventricular direita e esquerda), que
impedem o refluxo do sangue de uma câmara para a outra.
• Artérias: os vasos sanguíneos carregam o sangue a partir dos ventrículos do coração para todas
as partes corpo, e durante esse trajeto as artérias vão ramificando e seus calibres se tornam cada
vez mais finos à medida que vão adentrando nos órgãos.
• Veias: vasos sanguíneos lisos, com paredes menos resistentes, cuja finalidade é levar o sangue de
volta ao coração. Essas estruturas possuem válvulas que impedem o retorno do sangue, evitando
que a circulação seja interrompida ou obstruída.
No exame físico da circulação periférica, é possível avaliar, inspecionar e palpar os tecidos periféricos
e, com exames complementares (laboratoriais/imagem), analisar a integridade dos vasos sanguíneos. A
seguir é descrito o procedimento:
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Unidade III
Inspeção
A inspeção se dá pela comparação dos membros que estão sendo avaliados. Deve-se observar a
presença de anormalidades na pele, assimetrias, alterações no tecido subcutâneo, camada muscular e
coloração dos membros superiores e membros inferiores bilateralmente.
Palpação
• Edema: pressionar a região dos membros inferiores por cerca de 10 segundos e perceber se há:
a presença de edema com cacifo, bem característico de sobrecarga de volume na circulação, por
conta da retenção de líquidos; ou presença de edema sem cacifo, que se dá em casos de obstrução
venosa local.
• Avaliação da elasticidade da pele: pinçar com o polegar e o indicador uma prega da pele,
incluindo o tecido subcutâneo. Em situações de normalidade a prega se desfaz rapidamente, mas
se desfazer lentamente indica sinal de desidratação.
• Artéria carótida comum: palpar a artéria carótida comum na região anterior do músculo
esternocleidomastóideo e pressionar na direção caudal. Realizar o procedimento bilateralmente
para comparar frequência, ritmo, amplitude e regularidade dos pulsos.
• Artéria subclávia: é palpável acima do terço médio da clavícula, com o examinador posicionado
anteriormente ou posteriormente ao paciente/voluntário.
• Artéria axilar: palpar o vértice da região axilar, com o ombro em abdução 90°. O pulso pode ser
avaliado com os dedos no cavado axilar.
• Artéria braquial: é palpada na direção da superfície medial do terço médio do braço entre o
compartimento muscular anterior e posterior.
• Artéria radial: é palpada no terço distal do antebraço anteriormente entre os tendões do músculo
abdutor (lateralmente) longo do polegar e do músculo flexor ulnar do carpo (medialmente).
• Artéria femoral: palpar ao nível do trígono femoral no ponto médio entre a sínfise púbica e a
espinha ilíaca ântero‑superior.
A mensuração dos níveis de pressão arterial (PA) é realizada por um método indireto com técnica
auscultatória, muito confiável e utilizada na prática clínica no dia a dia para aferição da PA. Ela é
resultante do funcionamento da bomba cardíaca ventricular esquerda bem como da resistência vascular
periférica. É descrita como pressão arterial sistólica (PAS), que reflete a pressão arterial máxima de
sangue durante a sístole ventricular e de pressão arterial diastólica (PAD), que reflete a pressão arterial
mínima durante a diástole ventricular (enchimento dos ventrículos).
Alguns dispositivos são necessários para que o procedimento técnico e manual seja realizado de
maneira correta, entre eles o esfigmomanômetro e o estetoscópio, equipamentos essenciais e utilizáveis
para o manejo adequado dos níveis de PA.
Durante a mensuração da PA, um manguito, é aplicado e insuflado na parte superior do braço. Essa
insuflação deve ser o suficiente para assegurar que a artéria braquial seja completamente ocluída e, em
sequência, o diafragma do estetoscópio é colocado sobre a artéria braquial na altura da fossa cubital. Nesse
ponto, ainda não devem ser auscultados ruídos durante a ausculta. Em seguida, a pressão do manguito
deve ser reduzida gradualmente por meio de uma válvula de controle em que a pressão na artéria esteja
apenas acima da pressão do manguito. Em seguida, uma pequena quantidade de sangue pode passar
através do antebraço durante a sístole, caracterizando os ruídos pulsantes.
Durante a desinsuflação do manguito diversos ruídos podem ser auscultados, os denominados sons
de Korotkoff, determinantes e audíveis na PAS e na PAD, que são representativos das oscilações na
parede arterial durante o impulso do sangue no ciclo cardíaco. Os respectivos sons de Korotkoff são
compostos por fases:
• Fase 2: os ruídos se tornam mais suaves e longos, sendo considerados como um som agudo
devido à turbulência do fluxo sanguíneo.
• Fase 4: os ruídos vão gradualmente silenciando, pois a pressão na artéria braquial tornou-se tão
baixa que as paredes da artéria não se tocam mais durante a diástole.
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• Fase 5: os ruídos desaparecem logo que a artéria é menos comprimida do que a pressão mínima
(diastólica) no vaso sanguíneo, caracterizado como fase de silêncio.
A frequência cardíaca (FC) é descrita pelo número de contrações que o coração realiza por
minuto, os batimentos cardíacos, que podem ser contados manualmente em qualquer lugar do
corpo em que haja pulsação arterial, sendo as artérias radial e a carotídea as mais utilizadas para
o manejo desse procedimento.
• Durante a contagem, observar a frequência de pulso que pode estar mais forte ou filiforme
(fraca/anormal).
• Após 60 segundos, anotar frequência, data, hora e ritmo da pulsação do membro onde foi avaliado.
• Com os dedos médios e indicador, palpar a artéria carotídea de um dos lados do pescoço.
• Durante a contagem, observar a frequência de pulso, que pode estar mais forte ou filiforme
(fraca/anormal).
O teste ergométrico é considerado um teste de esforço, como se denota pela própria etimologia da
palavra, do grego ergon, trabalho, e metron, medida.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
O teste consiste basicamente na realização de um protocolo de esforço que pode ocorrer na esteira
rolante ou na bicicleta ergométrica, por exemplo, onde o paciente é monitorado o tempo todo.
Durante a realização do teste, são avaliados elementos como pressão arterial, frequência cardíaca e
eletrocardiograma. Além disso, é utilizada uma escala de esforço chamada de escala de Borg, baseada
na resposta que o paciente fornece ao questionamento sobre seu estado de fadiga, sendo:
13 e 14
6, 7 e 8 9 e 10 11 e 12 Ligeiramente
Muito fácil Fácil Relativamente fácil cansativo
19 e 20 17 e 18 15 e 16
Exaustivo Muito cansativo Cansativo
A escala pode ainda ser baseada em uma modificação que facilita a resposta do paciente, como a
figura a seguir.
0 Nenhuma
0,5 Muito, muito leve
1 Muito leve
2 Leve
3 Moderada
4 Pouco intensa
5 Intensa
6
7 Muito intensa
8
9 Muito, muito intensa
10 Máxima
A primeira escala consiste em uma aproximação com os batimentos cardíacos esperados durante a
atividade física, em que 6 representa o repouso em 60 bpm e 20, o esforço máximo em 200 bpm.
Para que o teste ocorra de forma segura, é preciso seguir alguns protocolos, como:
• Procedimentos pré-teste:
— Anamnese.
— Exame físico.
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— Preparo da pele.
— Anotações da FC e PA.
• Procedimento pós-teste:
— Parada gradual.
— Sinais e sintomas.
— Registros da FC e PA.
— Liberação do indivíduo.
Amplitude
(milivolts)
Duração
(fração de um segundo)
Figura 48 – Aspectos do traçado do ECG: duração, medida em fração de segundos; amplitude, medida em milivolts (mV)
Para a interpretação do teste, os resultados devem ser comparados ao padrão para a idade e a
condição do paciente, em que a interpretação do eletrocardiograma é fundamental, sendo:
• Onda P: inicia com a primeira deflexão ascendente a partir da linha de base e termina com o
retorno à linha de base. A medida normal da onda P é menor do que 0,11 segundos em extensão
ou não passa de três quadrados.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Onda T
Figura 50 – Onda T
• Complexo QRS: o intervalo QRS é a medida da primeira deflexão do complexo QRS a partir da
linha de base, se negativa ou positiva, para o retorno final do QRS à linha de base. O intervalo QRS
deve ser menor do que 0,10 segundos ou dois quadrados e meio.
Complexo QRS
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• Intervalo PR: é a medida da primeira deflexão ascendente da onda P até a primeira deflexão
do complexo QRS a partir da linha de base, se negativa (Q) se positiva (R); é o intervalo entre o
começo da contração atrial até o início da contração ventricular. O intervalo PR normal varia de
0,12 a 0,20 segundos, ou três a cinco quadrados.
• Intervalo QT: é medido a partir do início do complexo QRS ao final da onda T até a linha de base.
O intervalo QT dura de 0,30 a 0,44 segundos.
• Segmento ST: inicia do retorno do QRS à linha de base até a primeira deflexão ascendente ou
descendente da onda T. Enquanto a duração do segmento ST não contém, geralmente, significado
clínico, é muito importante no ECG por causa do deslocamento para cima ou para baixo da linha
de base.
Complexo QRS
Onda T
Segmento
Onda P PR
Intervalo QT
8 AVALIAÇÃO POSTURAL
A postura que adotamos durante o dia sempre foi objeto de muitos estudos e também responsável
por diferentes condições patológicas no decorrer da vida. Com a evolução da tecnologia, diferentes
métodos para a avaliação da postura vêm surgindo, facilitando cada vez mais para os profissionais da
área da saúde realizarem as suas avaliações.
Saber avaliar a postura é fundamental para todos os fisioterapeutas, no entanto, não basta saber
os métodos clássicos ou tecnológicos, deve-se compreender em sua totalidade o que realmente é a
postura e quais fatores a influenciam, para que a relação clínica e as avaliações sejam realizadas de
forma correta.
Para saber quais elementos influenciam a postura, é importante a auto-observação para levantar
alguns questionamentos:
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Observação
Antes de compreender quais são os métodos de avaliação da postura e como eles são realizados, é
preciso levantar também outras questões:
• O que é postura?
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Unidade III
Saiba mais
Postura é uma palavra de etimologia oriunda do latim, potura.ae, que significa posição, lugar. Logo,
a postura pode ser entendida como o posicionamento que o corpo humano assume frente ao espaço.
A postura pode variar, sendo: em pé (posição anatômica); sentada; deitada; em posição de gato
(quatro apoios); ajoelhada; e posições esportivas, como em katas, em práticas de luta, postura da esgrima
ou postura no tênis.
A postura pode ser associada a condições que garantem segurança ao indivíduo, independentemente
de ser padrão ou não.
Evitar
sobrecargas
Sustentar
Enfrentar a
gravidade Postura longos
períodos
Proteção
articular
Assim, fica claro que, durante a avaliação do paciente, é preciso analisar qual postura será avaliada,
uma vez que esta pode influenciar em rendimentos de trabalho, prática esportiva ou vida cotidiana.
De todo modo, todos os diferentes tipos de postura, além da sentada ou em pé, acabam por ser
menos praticada durante o dia a dia. Assim, a primeira linha de estudo é a postura dos indivíduos em pé
contra a gravidade. Entendemos, assim, que a postura está além da posição em pé.
Podemos definir postura como manter-se em uma posição contra a gravidade, com proteção articular
e menor gasto energético por um longo período de forma equilibrada.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Embora seja possível permanecer em uma determinada postura de forma voluntária e consciente,
durante o dia a dia é habitual que a postura seja organizada pelo controle motor, sem que nos
atentemos aos pequenos detalhes. Assim como a marcha, a postura acaba sendo controlada de forma
quase automática.
Muitos são os sistemas que influenciam na postura, como o ósseo, articular, muscular e neural.
No sistema ósseo, por exemplo, o tecido ósseo é fundamental, já que para toda e qualquer postura
é necessário um arcabouço de sustentação íntegro. Além disso, durante o desenvolvimento da pessoa,
desde infância até a vida adulta, diferentes tensões são impostas sobre o sistema ósseo, pincipalmente
cargas compressivas e de tração, influenciando diretamente no crescimento.
Segundo a lei de Wolff, o tecido ósseo se remodela frente aos estímulos e linhas de tensões, as cargas
compressivas favorecem a osteogênese e as cargas de tração favorecem a reabsorção do tecido ósseo.
Em uma condição patológica, chamada de epifisiólise, caso o tratamento não seja realizado
rapidamente, o crescimento final do fêmur e mesmo do acetábulo pode ser comprometido, fazendo
com que um membro inferior se desenvolva menos que o outro. Em subluxações ou mesmo luxações
graves na infância, o mesmo comprometimento pode ocorrer.
Outra condição óssea que pode desenvolver comprometimentos para a postura é a má formação
congênita, que pode, por exemplo, alterar a formação de algumas vértebras, aumentando ou reduzindo
algumas curvaturas.
Sendo assim, a avaliação postural e a percepção topográfica dos acidentes ósseos, assim como a
utilização de diagnósticos por imagem, devem certamente ser um complemento.
São ainda funções do sistema ósseo a maturação de células sanguíneas, a regulação de íons de cálcio
e a proteção dos órgãos vitais (crânio e caixa torácica).
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Unidade III
A articulação é a junção de dois ou mais ossos, que permite ou não a movimentação. Funcionalmente,
as articulações dividem-se em: sinartrose, anfiartrose e diartrose.
É preciso que as articulações estejam com um alinhamento padrão e consideradas dentro da margem
de normalidade para que seja possível manter uma postura adequada. Alterações patológicas, como
uma osteoartrose de joelho unilateral, são capaz, de degenerar a articulação, causando deformações
que influenciam diretamente na postura.
Côndilo lateral
do fêmur
Ligamento
cruzado posterior
Ligamento Côndilo medial
cruzado do fêmur
anterior
Ligamento
Ligamento colateral tibial
colateral
fibular
Menisco medial
Menisco lateral Côndilo medial
Côndilo lateral da tíbia
da tíbia Ligamento transverso
do joelho
Tuberosidade
Cabeça da tíbia
da fíbula
As alterações articulares podem ser congênitas ou mesmo adquiridas. A escoliose, por exemplo, é das
patologias que afetam a articulação intervertebral e altera drasticamente a coluna vertebral.
Um grande exemplo disso é a postura escoliótica, que em uma análise visual demonstra as mesmas
alterações da escoliose, porém sem nenhum comprometimento vertebral e costal subsequente, ou seja,
não existe alteração disfuncional articular.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
A contração inadequada de um músculo ou grupo muscular a longo prazo, seja por condição
patológica central ou não, pode alterar a estrutura articular, gerando deformidades, assim como na
escoliose por condição neurológica (sendo um fator complementar, e não único).
As alterações musculares, quando não por comprometimento neurológico grave, são condições mais
fáceis de serem identificadas e tratadas.
M. peitoral
maior
M. subescapular
M. deltoide
M. coracobraquial
Cabeça longa M. bíceps
Cabeça curta braquial
M. bíceps
braquial
M. latíssimo
M. redondo maior do dorso
Saiba mais
É provável que o maior dos vilões para as condições de alteração postural seja o sistema neural.
Toda e qualquer contração que ocorra no corpo humano é oriunda de um desejo voluntário ou não
do sistema nervoso central que viaja por impulso elétrico até o sistema nervoso periférico e alcança a
junção neuromuscular.
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Unidade III
• Desejo da contração.
• Botão pré-sináptico.
• Liberação de acetilcolina.
• Início da despolarização.
• Encurtamento do sarcômero.
• Chegada do ATP.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Hiperpolarização.
• Repolarização.
Sendo o sistema neural o responsável por orientar a ação muscular e o músculo capaz de alterar o
posicionamento e as cargas articulares e ósseas, ele pode promover graves e drásticas alterações posturais.
É importante notar que a grande maioria dos tecidos do corpo humano é constantemente moldada
pelas linhas de tensão impostas sobre eles. O colágeno tem a função de fornecer flexibilidade de
resistência a cargas mecânicas de tração, enquanto o cálcio, por outro lado, fornece ao tecido ósseo
rigidez e capacidade de resistir a cargas mecânicas compressivas.
Neste contexto se baseia a lei de Wolff, quando é entendido que um determinado tecido ósseo
pode se modelar frente às tensões impostas sobre eles. Dessa forma, durante o desenvolvimento
humano, tensões impostas de forma inadequada podem gerar prejuízos futuros. Portanto, a partir
da fisioterapia, a realização de tensões corretas pode, a longo prazo, auxiliar no retorno ao estado de
normalidade e na recuperação.
Imagine que um fêmur que não exerce tensão contra o acetábulo durante a infância pode prejudicar
o desenvolvimento de uma fossa profunda, por exemplo. Conclui-se, portanto, que a postura é uma
grande interação entre os elementos e os sistemas do corpo humano. Mesmo que um desses elementos
possa ser mais grave, todos eles estão relacionados entre si de forma indireta e devem receber atenção
durante o tratamento e a avaliação.
Movimentar-se é viver e, por muito tempo, foi o motivo pelo qual a espécie humana pôde sobreviver,
pois era preciso se movimentar para comer, caçar, fugir, atravessar grandes distâncias e migrar de um lugar
para outro. Subir em árvores era quase obrigatório para obter alimentos, assim como nadar e pescar.
Para que seus objetivos fossem alcançados, o ser humano deveria poder andar, saltar, nadar e escalar.
Todas essas ações foram e ainda são possíveis graças a posturas que nos permitam enfrentar a gravidade de
forma única e organizada, ou seja, é preciso estar em pé, ereto e estável para realizar tais tarefas. A postura
permite que o ser humano desenvolva tarefas livremente com os membros superiores e/ou inferiores.
Hoje, a vida cotidiana é muito diferente daquela de séculos atrás. Passamos cada vez menos tempo
em pé e executamos mais tarefas sentados, mesmo do ponto de vista profissional. Grande parte dos
deslocamentos ocorrem por meio de veículos, então a postura sentada é a mais comum de se ver.
Assim que ocorre o nascimento, o bebê inicia uma dura batalha contra a gravidade, porém,
simultaneamente, seu corpo ganha espaço para expansão. Agora os movimentos podem ser realizados
de forma mais livre e logo a coluna é estimulada a um envolvimento de diferentes curvaturas.
A posição sentada, desenvolvimento alcançado geralmente aos seis meses de idade, permite um
enorme grau de liberdade para os movimentos com os membros superiores, pincipalmente a condição
de enfrentar a ação da gravidade imposta sobre a coluna vertebral em uma carga compressiva axial. Esse
fato desencadeia uma série de alterações na coluna vertebral, intensificado pelos padrões de engatinhar,
ficar em pé e finalmente realizar a marcha.
Ao adquirir a postura sentada, a constante carga compressiva que a gravidade exerce no corpo
estimula mudanças na coluna vertebral (um dos principais elementos para a postura), originando as
curvaturas fisiológicas. Se estaticamente a posição sentada possui tais benefícios, engatinhar, rolar e
andar permitem que a postura seja desenvolvida de forma dinâmica.
• Pegar objetos acima da linha dos olhos com o braço oposto e com o antebraço supinado.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Para que todas essas evoluções possam ocorrer, o bebê deve estar sentado ou em pé para conseguir
manter a postura ereta com o tronco fixo, permitindo movimentação livre das extremidades. Isso
demonstra como a postura é estimulada desde o início da maturação do controle motor.
Existem estudos que têm como foco entender como a postura da criança no dia a dia influencia
em sua capacidade de exercer tarefas esportivas e recreativas, ou mesmo que mostram que manter o
equilíbrio possui ligação direta com a cognição. Tais pesquisas visam compreender se alguma disfunção
de equilíbrio e postura, assim como coordenação motora, pode ter relação direta com o desenvolvimento
cognitivo. A essa área se dá o nome de psicomotricidade.
Saiba mais
www.psicomotricidade.com.br
A linguagem corporal é um elemento que deve ser levado em consideração durante a avaliação
da postura pelo profissional. Porém, não deve ser um fator decisivo único, mas sim acrescido aos
diferentes exames, uma vez que a postura é uma somatória de elementos e que deve ser entendida
em sua totalidade.
Ao julgar, diagnosticar e tratar condições intelectuais, cognitivas e sentimentais com terapia corporal,
é preciso adotar uma abordagem multidisciplinar. É importante lembrar que as pessoas têm diferentes
personalidades, podem ser introspectivas, extrovertidas, tímidas, entre outras. Em muitos momentos, os
sentimentos nos levam a adotar determinadas posturas.
Lembrete
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Unidade III
Saiba mais
YOUR BODY language may shape who you are. TED por Amy Cuddy. [s.l.],
2012. 1 vídeo (21 min.). Disponível em: https://www.ted.com/talks/amy_
cuddy_your_body_language_may_shape_who_you_are?language=pt-
BR. Acesso em: 11 maio 2020.
Cada vez mais os estudiosos questionam o termo postura adequada ou postura padrão, o que coloca
em dúvida os métodos, o tratamento e avaliação postural. Se existe uma postura correta, teoricamente
todos que a possuem não terão prejuízos, ou ao menos terão uma grande redução nas probabilidades
de desenvolverem lesões musculoesqueléticas.
Se analisarmos que durante o dia a dia de cada indivíduo a postura adotada se relaciona com muitos
fatores, inclusive com atividades laborais, buscar uma postura adequada deve levar em consideração
todas as funções que a pessoa realiza, sejam elas esportivas, recreativas ou profissionais. Assim, é
preciso realizar uma minuciosa avaliação em todos os sentidos da vida da pessoa, por meio de análises
biomecânicas, para entender como se manter corretamente contra a gravidade sem obter prejuízos.
A postura correta pode não ser um padrão para todos, mas sim uma forma que cada corpo encontra
para o momento que vive. A seguir estão alguns exemplos de diferentes posturas adquiridas nos mais
diversos contextos.
As pessoas ficam constantemente apoiadas, sentadas em diferentes locais, como sofás, cadeiras de
escritório ou cadeiras convencionais. Uma postura estática deve possuir musculatura para manter-se
por um longo período na mesma posição.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Os trabalhadores da figura anterior devem buscar uma postura correta, porém o dia a dia acaba
estimulando uma prática diária de posturas que acaba gerando sobrecargas excessivas. O contexto,
portanto, deve ser levado em consideração durante a avaliação.
A postura de uma bailarina ou de uma dançarina profissional de forma estática e padrão não
contempla tudo o que ela deve executar durante horas de práticas no seu dia a dia. Portanto, é preciso
levar em consideração esses elementos.
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Unidade III
Muitas são as alterações posturais existentes se a base de comparação for a de um indivíduo padrão,
porém nem todas elas retratam uma condição de disfunção musculoesquelética grave ou que possa
trazer prejuízo à vida do indivíduo.
• Tensão excessiva.
• Alterações ósseas.
• Lesões.
• Alteração de pele.
• Posicionamento.
• Postura antálgica.
Avaliar a postura é um procedimento fundamental para o profissional da área e deve ser realizado
tanto de forma estática quanto de forma dinâmica. Houve uma grande evolução na avaliação da
postura de forma estática, já que os recursos tecnológicos existentes antes favoreciam essa modalidade
de avaliação. Tempos atrás era difícil realizar uma filmagem de boa qualidade, não apenas por conta da
câmera, mas também dos aplicativos e softwares que devem realizar correlações entre marcadores na
filmagem e padrões pré-estipulados.
As avaliações estáticas são um pouco mais limitadas, uma vez que o indivíduo está diária e
constantemente se movendo, mas isso não implica que ela não deve ser utilizada ou mesmo que não
possua o seu valor. Ela permite que o profissional desenvolva um estudo inicial de como o corpo se
posiciona frente à gravidade de forma constante, a fim de compreender se existem compensações
que são mais comumente percebidas. Assim, ela pode ser posteriormente comparada às avaliações
dinâmicas, fazendo com que ambas forneçam um diagnóstico mais preciso.
É preciso avaliar o paciente de forma estática sempre que possível, porém essa deve ser mais uma
das avaliações, somada às demais, que permitem um diagnóstico completo e assertivo em relação à
condição cinético-funcional do indivíduo.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Ombros nivelados
Quadris nivelados
A) B)
Figura 61 – Aspectos da avaliação postural estática com um dos membros elevados em vista anterior
Saiba mais
Para que seja possível analisar e avaliar a postura de forma dinâmica, é necessário conhecer alguns
testes ou investir em dispositivos tecnológicos que possam filmar e interpretar dados obtidos com as
filmagens, como a cinemática 2‑D e 3‑D.
137
Unidade III
Tais análises necessitam de uma câmera que possa realizar uma filmagem em alta qualidade, recurso
que a maioria dos celulares hoje possui. A filmagem deve ser feita normalmente com a marcação de
alguns pontos específicos, como os acidentes ósseos, por exemplo:
• Maléolos.
• Patela.
• Trocânter femoral.
• Processos espinhosos.
• Ângulos da escápula.
• Acrômio.
• Mento.
• Ângulos de movimentos.
• Estabilidade.
• Centralização.
• Eixos.
No entanto, é importante que esses elementos sejam analisados junto à função solicitada e que
assim o profissional correlacione tais dados à análise estática, à queixa do paciente e aos demais testes
antes de realizar a conclusão.
Existem softwares gratuitos ou pagos, validados cientificamente ou não para esse tipo de avaliação.
Dessa forma, é preciso que cada profissional entenda o funcionamento de cada um deles antes de
escolher. Mesmo que o profissional não possa investir em recursos específicos, é importante que ele
utilize a análise da postura dinâmica, o que pode muitas vezes ser realizada com alguns testes funcionais
e assim auxiliar na complementação da avaliação estática.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Estado de um corpo influenciado por duas ou mais forças que se anulam entre si.
• Estado de um corpo que se mantém sem se inclinar para nenhum dos lados; aprumo,
posição estável.
• Estado daquilo que sofre ação de duas forças antagônicas iguais; igualdade entre forças opostas.
Saiba mais
Há grande relação entre equilíbrio e postura, na medida em que o equilíbrio é responsável por
manter a postura, tanto em posição estática quanto dinâmica.
• Unir os pés.
• Apoio unipodálico.
• Leves empurrões.
• Esticar os braços.
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Unidade III
• Andar.
• Saltar.
• Correr.
• Praticar esportes.
São três os sistemas que influenciam no equilíbrio corporal, o somatossensorial, vestibular e visual.
— Sensitivos ao alongamento.
• Órgãos tendinosos de Golgi, onde monitoram a força gerada pela contração muscular:
— Extrafusais.
• Corpúsculos de Pacini:
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Corpúsculos de Ruffini:
• Nociceptores:
— Captam estímulos nocivos que causam um dano real ou que representam um possível dano
ao tecido.
No sistema vestibular há relação entre a posição da cabeça no espaço. Ele também capta alterações
bruscas de movimento e possui células ciliadas para realizar a transdução sensorial, ou seja, captar os
sinais mecânicos e transformar em sinais elétricos. Esse sistema trabalha de forma inconsciente, está
ativo mesmo durante o sono e possui conexão direta com o sistema muscular e reflexo.
O sistema vestibular responde de forma extremamente ágil e, quando submetido a uma aceleração
não habitual, responde com a cinetose.
O sistema visual é responsável pelo segundo par de nervo craniano, o nervo óptico, e estabelece
relações importantes entre o ambiente externo percebido e o corpo humano. Ele analisa a distância
entre objetos, sendo que a relação entre os dois olhos permite a noção de profundidade.
A avaliação postural pelo método clássico vem sendo utilizada ao longo dos anos, e trata-se de uma
forma simples, barata e capaz de fornecer dados clínicos importantes.
Entre os dispositivos utilizados para a avaliação postural está o simetrógrafo, um dispositivo quadriculado
com o tamanho maior que o de uma pessoa, onde ela pode posicionar-se atrás ou à frente, para que o
avaliador tenha parâmetros para comparar simetrias, distância em relação ao solo, entre outros itens.
• Simetrógrafo.
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Unidade III
• Lápis demográfico.
• Ficha de avaliação.
Hoje, existem vários modelos de simetrógrafos, alguns mais simples, com a impressão de linhas
quadriculadas em um plástico, que pode ser transportado facilmente; outros na forma de retângulo,
formado por barras de metal, em que cordas elásticas esticadas permitem que o avaliador as aproxime
ou as afaste.
Além do uso do simetrógrafo, é importante que sejam feitas marcações na pele do paciente,
normalmente realizadas em teste clínicos com o lápis demográfico, mais seguro e com menor risco de
alergias, sendo facilmente removível.
• Regiões:
— Região abdominal.
— Região inguinal.
• Pontos específicos:
— Incisura jugular.
— Acrômio.
— Ângulo infraesternal.
— Arco costal.
— Crista ilíaca.
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
— Sínfise púbica.
— Maléolo lateral.
— Maléolo medial.
— Região deltoidea.
— Acrômio.
• Regiões posteriores:
— Região escapular.
— Região infraescapular.
— Região lombar.
— Região glútea.
— Períneo.
— Região plantar.
• Posicionar o simetrógrafo.
• Posicionar o simetrógrafo à frente do avaliado. Pedir ao avaliado que caminhe alguns passos e
pare com os pés alinhados.
• Realizar as anotações necessárias sem alertar o avaliado. Caso seja percebida alguma alteração, é
possível que de forma involuntária o avaliado realize pequenas correções.
• Fotografar, se possível.
• Solicitar alterações de posição para realizar avaliações nos planos frontal, lateral esquerdo, lateral
direito e posterior.
144
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Ombros nivelados
Quadris nivelados
— Mento.
— Osso externo.
— Incisura umbilical.
Ao analisar os espaços, é preciso atentar se o avaliado está bem posicionado, a fim de não cometer enganos.
— Linha mamilar:
- Caso o paciente possua cicatriz cirúrgica, idade avançada ou alterações que possam
desalinhar as mamas, a análise é feita levando em conta os aspectos diferenciais.
145
Unidade III
— Linha acromial:
— Linha epicondilar:
- Distância entre o ápice da patela e as laterais do joelho para verificar alinhamento patelar.
Deve-se complementar esse dado com exames por imagem.
— Linha maleolar:
- Analisar se os maléolos estão alinhados, comparando os pés e a altura dos dois maléolos do
mesmo pé, analisando se a diferença entre estes é igual bilateralmente.
• Análise vertical:
— Realizar algumas medidas com a fita métrica, a fim de facilitar a precisão da avaliação.
146
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
147
Unidade III
• Avaliação em perfil:
- Curvaturas fisiológicas: lordose (ângulo da curva aponta para direção anterior); e cifose
(ângulo da curva aponta para direção posterior).
- Não pode ser feita a relação direta entre a análise visual das curvaturas da coluna vertebral
e as alterações estruturais vertebrais, pois são necessários exames de imagem para traçar a
angulação adequada.
148
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Medidas especiais:
— Triângulo para verificar tensão diferencial entre os trapézios: marcar um ponto na protuberância
mentoniana e ambos os acrômios, imaginar um triângulo e avaliar os trapézios.
— Triângulo de Tales: em casos de escoliose, é possível que o espaço entre a linha média articular
do cotovelo e o corpo seja diferente entre ambos os lados, indicando uma possível rotação de
vértebra que altera o ângulo das costelas e deforma o tronco.
— Ângulo Q: pode ser traçado frente à localização de três diferentes pontos anatômicos:
- Eias.
- Patela.
EIAS
Linha de
tração do
músculo
quadríceps Ângulo Q
femoral
Ponto médio
da patela
Tuberosidade
da tíbia
— Ângulo de carregamento: avalia o valgo de cotovelo, que varia entre 10° e 15°. Para marcá-lo,
é preciso demarcar o acrômio, a linha média epicondilar e a linha média entre o punho.
149
Unidade III
O ângulo do joelho, ou ângulo Q, varo ou valgo, é um importante dado para ser levado em
consideração, pois pode alterar a postura. Esse ângulo tende a ser mais elevado em valgo para o sexo
feminino, entre os latino-americanos, uma vez que a pelve alargada favorece a entrada do fêmur para a
linha medial. Por muito tempo o ângulo Q foi um importante dado por si só, porém, hoje, alguns testes
podem complementá-lo, como o drop test ou teste do degrau.
Lembrete
O drop test, ou teste do degrau, visa analisar o ângulo do valgo de forma dinâmica, entendendo
que possíveis alterações de fraqueza no glúteo possam estar presentes. Quando o glúteo está fraco,
há grandes chances de ele permitir a rotação interna do fêmur e assim a entrada do joelho para valgo.
Alterações em quadrado lombar podem também influenciar nesse caso ou ainda fraqueza de quadríceps
e alterações de equilíbrio.
Para realizar esse teste, algumas questões devem ser levantadas, como a altura correta do degrau, o
tamanho do fêmur e do membro inferior e a altura da pessoa.
150
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Realizar a tentativa de tocar o solo com o calcanhar e retornar à posição inicial à frente do degrau
por três vezes. Analisar em vista lateral e frontal.
• Realizar mais três tentativas, porém agora descendo lateralmente. Analisar em vista frontal e lateral.
Saiba mais
151
Unidade III
Cada profissional deve criar uma ficha própria de anamnese que comtemplará os principais aspectos
posturais, como mostram os exemplos a seguir. O treinamento deve ser realizado com a ficha de avaliação
postural detalhada.
Atente-se aos detalhes desta ficha de avaliação postural, que é mais direta, e escreva cada um deles.
Vista anterior
Direito Esquerdo
Cabeça
Ombro
Cotovelo
Punho
Mão
Ângulo de Tales
Quadril
Joelho
Ângulo Q
Tornozelo
Pé
Vista lateral (escrever o lado)
Anterior Posterior Neutro
Cabeça
Ombro
Cotovelo
Punho
Mão
Quadril
Joelho
Tornozelo
Pé
Coluna cervical
Coluna torácica
Coluna lombar
Vista posterior
Cabeça
Ombro
152
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Vista posterior
Cotovelo
Punho
Mão
Ângulo de Tales
Quadril
Joelho
Ângulo Q
Tornozelo
Pé
Alinhamento entre os processos
espinhosos cervicais
Alinhamento entre os processos
espinhosos torácico
Alinhamento entre os processos
espinhosos lombares
Quadro 4
153
Unidade III
Vista anterior
( ) Alinhada
Pelve ( ) Rodada anterior
( ) Alinhadas
( ) Elevada a D
Eias ( ) Elevada a E
( ) ( ) Simétrica
( ) ( ) Elevada
Patelas ( ) ( ) Lateralizada
( ) ( ) Normal
Joelhos ( ) ( ) Valgo ( ) ( ) Varo
Hálux ( ) ( ) Valgo ( ) ( ) Varo
( ) ( ) Normal
( ) ( ) Pronado
( ) ( ) Supinado
( ) ( ) Arco normal
Pés
( ) ( ) Arco cavo
( ) ( ) Arco plano
( ) ( ) Antepé valgo
( ) ( ) Antepé varo
Vista lateral
Seguimento D E Característica Observação
Alinhada
Cabeça
Protrusa ( ) Retraída
Normal
Cervical Hiperlordose ( ) Retificada
( )( ) Normal
Ombros ( )( ) Protuso ( ) ( ) Retruso
Normal
Torácica Hipercifose ( ) Retificada
Normal
Hiperlordose ( ) Retificada
Lombar
Neutro (30°)
Anterversão
Pelve Retroversão
( )( ) Normal
( )( ) Hiperextensão
Joelhos
( )( ) Genuflexo
154
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Os avanços tecnológicos tornaram as fotografias e filmagens itens acessíveis e de baixo custo aos
profissionais. Sendo assim, foi desenvolvido o Software para avaliação postural (Sapo), que foi baseado
em uma tese de doutorado (FERREIRA, 2006):
A seguir está o texto introdutório do manual de utilização do Sapo, software disponível para
livre consulta.
O Sapo pretende facilitar a análise postural estática, além de promover uma avaliação de
qualidade com dados precisos. No início, sua utilização pode ser desafiadora, principalmente para
aqueles que não estão acostumados ao uso de recursos tecnológicos, porém, com o uso logo ele se
torna acessível.
155
Unidade III
• De baixo custo, mas deve ser utilizado em conjunto com um computador, uma câmera etc.
• De rápida utilização. A foto é tirada na avaliação e a programação pode ser feita pós-consulta.
• Câmera de 3 MP (atualmente, a maioria dos celulares possui uma câmera com maior poder de imagem).
3. Uma câmera fotográfica (é mais prático que esta câmera seja digital e
com resolução mínima de 2 megapixels).
4. Um tripé.
• Preparar o local.
• Realizar as marcações.
• Imprimir a avaliação.
Assim que instalado o software, é necessário ler e concordar com os termos de utilização. Logo depois,
inicia‑se um novo projeto em que serão inseridas informações sobre o paciente.
Em seguida, deve-se adicionar a foto do paciente, tendo demarcado corretamente os pontos. Não
é necessário marcar todos os pontos determinados pelo aplicativo, apenas aqueles relevantes para a
avaliação em questão, a não ser que o profissional queira realizar a avaliação completa.
O software permite que seja marcada na figura um ponto específico, e na lista de pontos anatômicos,
o ponto demarcado, por isso a necessidade de realizar as marcações corretas.
Vista anterior:
• 1. Glabela; 2. Trago direito; 3. Trago esquerdo; 4. Mento; 5. Acrômio direito; 6. Acrômio esquerdo;
7. Manúbrio do esterno; 8. Epicôndilo lateral direito; 9. Epicôndilo lateral esquerdo; 10. Ponto
médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita; 11. Ponto médio entre a cabeça
do rádio e a cabeça da ulna esquerda; 12. Espinha ilíaca ântero-superior direita; 13. Espinha
ilíaca ântero‑superior esquerda; 14. Trocânter maior do fêmur direito; 15. Trocânter maior
do fêmur esquerdo; 16. Linha articular do joelho direito; 17. Ponto medial da patela direita;
18. Tuberosidade da tíbia direita; 19. Linha articular do joelho esquerdo; 20. Ponto medial da
patela esquerda; 21. Tuberosidade da tíbia esquerda 22. Maléolo lateral direito; 23. Maléolo
medial direito; 24. Ponto entre a cabeça do 2º e 3º metatarso direito; 25. Maléolo lateral
esquerdo; 26. Maléolo medial esquerdo; 27. Ponto entre a cabeça do 2º e 3º metatarso esquerdo.
157
Unidade III
5 6 5 6
4
7
8 9
12 13 12 13
10 11
14 15 14 15
17 20 17 20
16 19 16 19
18 21 18 21
23 26 23 26
22 25 22 25
24 27
Vista posterior:
158
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
2 1
15
4 16 3
17 17
6 18 5
19
8 20 7 8 7
21
22
23
24
12 25 11
26
10 27 9
14 13
29 28
31 30
33 32 33 32
39 40 36 35 39 35
38 34
41 37 41 37
159
Unidade III
1
2 2
8
5 3 8 5
9
10
11 4
12
13
14
15
16
17 6
18
19
20 21 21
22 7 22
23 23
24 24
25
26
27
28
31 31
29 30 30
Por meio das marcações, o profissional pode selecionar a distância exata entre dois pontos, podendo
então fazer análises, como:
• Distância entre acrômio e o solo para identificar na vista anterior uma inclinação de ombro.
• Distância entre as espinhas ilíacas e a linha média para verificar rotação pélvica.
• Alinhamento entre processos espinhosos específicos para identificar hipótese de escoliose e/ou
rotações vertebrais.
160
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Pode-se também obter um dado específico para projeção do centro de gravidades, sendo obtida uma
imagem similar à da figura a seguir.
Os métodos de avaliação por imagens podem ser utilizados para avaliar e reavaliar de forma fidedigna
o paciente, com dados numéricos e de grande precisão, o que gera um excelente relatório final.
Resumo
161
Unidade III
Exercícios
Questão 1. (IBFC, 2019) A reabilitação cardíaca é considerada pela Organização Mundial da Saúde
como um programa de atividade física capaz de garantir aos pacientes portadores de cardiopatias a
melhora da condição física, mental e social. Dessa forma, analise as afirmativas a seguir.
I – Observa-se que a atividade física regular associada ao paciente com hipertensão arterial sistêmica
é capaz de reduzir os níveis pressóricos do mesmo.
II – Exercícios capazes de reduzir a pressão arterial são observados em indivíduos treinados por pelo
menos cinco meses com protocolo de reabilitação cardíaca em intensidades mais elevados.
III – A prática de atividade física gera efeito hipotensor após uma única sessão de exercício dinâmico,
podendo perdurar por 24 horas.
162
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a prática de atividades físicas regularmente é uma boa opção para controlar a pressão
alta, pois favorece a circulação sanguínea, aumenta a força do coração e melhora a capacidade respiratória.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: não leva cinco meses necessariamente para perceber o controle da pressão arterial, pois
essa percepção depende do indivíduo e da associação de outros fatores, como uma alimentação saudável.
I – Para cada indivíduo, a melhor postura é aquela em que os seguimentos corporais estão equilibrados
na posição de maior esforço e de mínima sustentação.
III – Os pés representam a base para uma boa postura, suporte fundamental para a posição bípede
humana e peça essencial para a marcha. Pés debilitados causam posturas defeituosas gerais e perturbam
a ação adequada dos músculos.
163
Unidade III
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: para cada indivíduo, a melhor postura é aquela em que os seguimentos corporais estão
equilibrados na posição de menor esforço e de máxima sustentação.
II – Afirmativa incorreta.
164
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Figura 2
MENDES P. D. et al. Disorders of human consciousness – Part 2 of 3: The approach to the infirm in
coma. Revista Neurociência, v. 20, n. 4, 2012. p. 582.
Figura 3
MENDES P. D. et al. Disorders of human consciousness – Part 2 of 3: The approach to the infirm in
coma. Revista Neurociência, v. 20, n. 4, 2012. p. 579.
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole,
1993. p. 123.
Figura 8
165
Figura 9
Figura 10
BRAIN_HUMAN_NORMAL_INFERIOR_VIEW_WITH_LABELS_PT.SVG?USELANG=PT-BR. Disponível
em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/de/Brain_human_normal_inferior_view_
with_labels_pt.svg?uselang=pt-br. Acesso em: 29 abr. 2020.
Figura 13
COHEN, H. Neurociência para fisioterapeutas: incluindo correlações clínicas. São Paulo: Manole, 2001. p. 47.
Figura 24
SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 3. ed. São
Paulo: Manole, 2010. p. 166.
Figura 25
O’SULLIVAN, S. B; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 1993. p. 227.
Figura 27
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 28
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 29
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 30
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 31
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
166
Figura 32
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 33
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 34
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 35
ROSE, J.; GAMBLE, J. G. Marcha humana. 2. ed. São Paulo: Editorial Premier, 1998. p. 25. (Adaptada).
Figura 36
Figura 37
Figura 39
Figura 44
Figura 48
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 17.
Figura 49
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 20.
167
Figura 50
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 27.
Figura 51
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 20.
Figura 52
THALER, M. S. ECG essencial: eletrocardiograma na prática diária. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 31.
Figura 54
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 255.
Figura 55
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 124.
Figura 56
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 292.
Figura 57
Figura 58
Figura 59
Figura 60
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 295.
168
Figura 61
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 242.
Figura 62
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 295.
Figura 63
Figura 64
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 223.
Figura 65
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 254.
Figura 66
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 131.
Figura 68
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 16.
Figura 69
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 15.
Figura 70
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 15.
Figura 71
DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo (Software para avaliação postural). [s.c.]: [s.e.], 2005. p. 19.
169
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Exercícios
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179
180