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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

FACULDADE DE BIOMEDICINA

ALESSANDRE OLIVEIRA MESQUITA


PAULA RAQUEL DE QUEIROZ SOARES
QUEILA BORILLE CARRIJO
SARAH BIANCA FERNANDES

PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: FISIOPATOLOGIA E


ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL.

JATAÍ

2022

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ALESSANDRE OLIVEIRA MESQUITA
PAULA RAQUEL
QUEILA BORILLE CARRIJO
SARAH BIANCA FERNANDES

PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: FISIOPATOLOGIA E


ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL.

Profs.: Tharlley Rodrigo Eugênio Duarte e


Bruno Pontes Caixeta
Unidade curricular: Análises metabólicas e
perfusionais.

JATAÍ
2022
1
SUMÁRIO
Resumo .............................................................................................................. 03
1.0 Função Hepática ......................................................................................... 04
2.0 Regulação do metabolismo de nutrientes ............................................... 05
2.1 Metabolismo da bilirrubina ....................................................................... 05
2.2 Metabolismo de xenobióticos .................................................................. 05
2.3 Formação e secreção da bile ................................................................... 06
2.4 Regulação da glicose ............................................................................... 06
3.0 Doenças hepáticas ................................................................................. 07
3.1 Hepatite Viral ............................................................................................. 08
3.2 Doenças hepática gordurosa .................................................................. 08
3.3 Doenças hepática genéticas ................................................................... 09
3.4 Câncer de fígado ...................................................................................... 09
4.0 Cirrose e Insuficiência hepática .............................................................. 10
5.0 Biomarcadores de função hepática ........................................................ 11
6.0 Tratamento e prevenção ........................................................................... 14
7.0 Considerações finais ................................................................................. 16
Referências bibliográficas .............................................................................. 17

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RESUMO
O fígado é um grande órgão maciço, e seu suprimento sanguíneo é feito por duas
vias, pela artéria hepática e pela veia porta. Sendo assim o fígado é extremamente
vascularizado, o que lhe permite realizar diversas funções vitais. Destaca-se a
regulação de nutrientes, síntese proteica e de outras moléculas, conjugação e
excreção de diversos compostos, armazenamento de substâncias, função endócrina,
função imunológica, formação e excreção da bile.
Como consequência, é um dos órgãos quem tem seu funcionamento prejudicado,
devido a infecções por alguns tipos de vírus, bactérias, em resposta ao sistema
imunológico, além do consumo abusivo de álcool, drogas ou medicamentos. Caso
este órgão perca sua função, e os cuidado necessários não sejam tomados, com o
tempo pode apresentar distúrbios hepáticos graves.
Os testes de função hepática são exames de sangue usados para ajudar a
diagnosticar e monitorar doenças ou danos hepáticos. Os testes medem os níveis de
certas enzimas e proteínas no sangue. Alguns desses testes medem o quão bem o
fígado está desempenhando suas funções normais de produzir proteína e limpar a
bilirrubina, um produto residual do sangue. Outros testes de função hepática medem
enzimas que as células hepáticas liberam em resposta a danos ou doenças. Os
biomarcadores utilizados como triagem básica de disfunção hepática são: AST
(aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase), ou TGO
(transaminase glutâmica oxalacética) e TGP (transaminase glutâmica pirúvica),
Fosfatase alcalina. GGT (Gama glutamil transpeptidase) e Bilirrubinas (direta, indireta
e total).

Palavras-chave: Função hepática. Metabolismo hepático. Fígado. Hepatite. Cirrose.


Exames de fígado. Testes sorológicos. Biomarcadores.

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1.0 FUNÇÃO HEPÁTICA
O fígado é um órgão vital no corpo humano, desempenhando um papel
importante na sobrevivência humana. Este órgão é responsável por uma série de
funções que ajudam a apoiar o metabolismo, imunidade, digestão, desintoxicação, e
armazenamento de vitaminas entre outras funções. Compreende cerca de 2% do peso
corporal de um adulto. O fígado é um órgão único devido ao seu duplo suprimento de
sangue da veia porta (aproximadamente 75%) e da artéria hepática
(aproximadamente 25%). (Freitas, A. C. T. 2001).
A unidade funcional do fígado é o lóbulo. Cada lóbulo é hexagonal e uma tríade
portal (veia porta, artéria hepática, ducto biliar) fica em cada canto do hexágono. A
fundação do lóbulo é composta de hepatócitos, que possuem membranas apicais e
basolaterais fisiologicamente distintas. Com base na função e perfusão, os
hepatócitos são divididos em 3 zonas. (Freitas, A. C. T. 2001).
A zona I é considerada a região periportal dos hepatócitos e é a melhor
perfundida e a primeira a regenerar devido à sua proximidade com o sangue e
nutrientes oxigenados. Devido à sua alta perfusão, a zona I desempenha um grande
papel nos metabolismos oxidativos, como beta-oxidação, gliconeogênese, formação
de bile, formação de colesterol e catabolismo de aminoácidos. A zona II é definida
como a região pericentral dos hepatócitos ficando entre as zonas I e III. (Freitas, A. C.
T. 2001).
A zona III tem a menor perfusão devido à sua distância da tríade portal.
Desempenha o maior papel na desintoxicação, biotransformação de drogas,
cetogênese, glicólise, lipogênese, síntese de glicogênio e formação de glutamina.
(Freitas, A. C. T. 2001).
O fluxo biliar é ainda facilitado pelo canal biliar, que é formado por membranas
apicais de hepatócitos vizinhos. Devido aos arranjos tridimensionais dos hepatócitos,
os canalículos formam uma rede, que ajuda a aumentar a área superficial do fluxo. É
importante reconhecer que a bile e o sangue fluem em direções opostas entre si.
(Schinoni, M.I 2008).
O fígado desempenha um papel em quase todos os órgãos do corpo. Ele
interage com os sistemas endócrino e gastrointestinal, ajudando na digestão e
metabolismo. O fígado é o local de armazenamento de vitaminas lipossolúveis e lida
com a homeostase do colesterol. Armazena ferro e cobre. Desempenha um papel na
hematologia com fator de coagulação e síntese de proteínas. (Schinoni, M.I 2008).
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O fígado também desempenha um papel na quebra da heme em bilirrubina não
conjugada e a conjugada. Ele desempenha um papel no metabolismo do hormônio
sexual e produz proteínas portadoras que são importantes na reprodução e
desenvolvimento. Este órgão também é importante no sistema imunológico do corpo,
devido as suas células de Kupffer, que são responsáveis por filtrar material
desnecessário ou patológico da circulação. E as suas células Ito, que servem como
armazenamento de gordura, como a vitamina A, no ambiente certo, elas também
podem servir como miofibroblastos e ajudam na regeneração do fígado. (Schinoni, M.I
2008).

2.0 REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE NUTRIENTES


O fígado desempenha um papel essencial no metabolismo e tem um papel
importante em preservar e regular os níveis de lipídios, glicose no corpo. Entre as
funções importantes desempenhadas pelo fígado está na manutenção dos níveis de
glicose no sangue através das seguintes vias: glicólise, glicogênese, gliconeogênese.
(Casimiro 2013.)
Este órgão metaboliza compostos benéficos e prejudiciais e compostos
endógenos e exógenos. As suas funções metabólicas são: Metabolismo de
carboidratos, lipídios e ácidos graxos, proteínas, aminoácidos e drogas. Os processos
fundamentais envolvidos nestes metabolismos são revistos para o fígado normal e
doente. (Casimiro 2013.)

2.1. METABOLISMO DA BILIRRUBINA


O fígado desempenha um papel significativo na quebra da heme. A hemólise
ocorre em vários locais do corpo, incluindo, baço e medula óssea. A bilirrubina é
gerada a partir de produtos heme, principalmente glóbulos vermelhos senescentes.
Uma pequena porção é derivada da mioglobina e células eritróides em
maturação. Dentro do sistema reticulo endotelial, a heme é oxidada em biliverdina,
que é então convertida em bilirrubina. A bilirrubina não conjugada forma uma ligação
estreita, mas reversível, com a albumina em circulação. É levado passivamente para
os hepatócitos, onde sofre glicuronidação e, neste ponto, torna-se bilirrubina
conjugada. Essa fração conjugada é secretada no sistema biliar e despejada no
intestino. (Brites D, Tiribelli C. 2001.)

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As bactérias presentes metabolizam a maior parte da bilirrubina em
urobilinogênio e estercobilina. A estercobilina é excretada nas fezes (fazendo com que
as fezes fiquem marrons) e o urobilinogênio é reabsorvido e excretado na urina. A
bilirrubina conjugada restante é desconjugada e entra novamente na circulação portal
para ser novamente captada pelos hepatócitos (circulação entero-hepática). No
laboratório, a bilirrubina conjugada e a bilirrubina não conjugada são relatadas como
frações diretas e indiretas, respectivamente. (Brites D, Tiribelli C. 2001.)

2.2. METABOLISMO DE XENOBIÓTICOS


Outra função crítica do fígado é o metabolismo ou a desintoxicação de
xenobióticos. O fígado usa lisossomas para algumas dessas substâncias, ou das
principais vias de metabolismo e desintoxicação através da biotransformação. O
fígado funciona para transformar xenobióticos principalmente convertendo-os de uma
forma lipofílica para uma forma hidrofílica através de reações. (Rodríguez González,
J. C., 2014)
Estas reações ocorrem principalmente no retículo endoplasmático liso dos
hepatócitos. As reações de fase I criam um soluto mais hidrofílico via oxidação,
redução e hidrólise usando principalmente a família de enzimas citocromo P450
(CYP450). O produto da fase I tem uma espécie de oxigênio que reage melhor com
enzimas envolvidas com reações de fase II. As reações de fase II conjugam os
metabólitos criados na fase I para torná-los mais hidrofílicos para secreção no sangue
ou na bile. Existem três caminhos principais para a conjugação realizada em reações
de fase II: conjugação com glucuronato, glutationa ou sulfato. (Rodríguez González,
J. C., 2014)
A conjugação ao glucuronato, como com a bilirrubina, ocorre no retículo
endoplasmático liso. Substâncias submetidas à conjugação de sulfatos, como álcoois,
geralmente são feitas no citosol devido à localização das enzimas necessárias. A
maior parte da conjugação da glutationa ocorre no citosol, com uma minoria ocorrendo
nas mitocôndrias. Outros órgãos, como o rim e o intestino, podem ajudar no
metabolismo das drogas. Vários fatores, como idade, sexo, interações
medicamentosas, diabetes, gravidez, doença hepática ou renal, inflamação ou
genética, afetam o metabolismo das drogas. (Rodríguez González, J. C., 2014)

2.3 FORMAÇÃO E SECREÇÃO DA BILE


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A bile é uma secreção fundamental e única do fígado. É um líquido amarelo-
esverdeado que é secretado pelos hepatócitos e alterado ao passar pela árvore biliar
pelas células epiteliais que revestem o ducto biliar (colangiócitos). Após sua secreção,
a bile é armazenada e concentrada na vesícula biliar. A presença de lipídios no
duodeno estimula a liberação de colecistocinina que, por sua vez, estimula a
contração da parede da vesícula biliar, resultando na liberação da bile no ducto cístico
e no ducto biliar comum. Ela é composta principalmente de água, eletrólitos, sais
biliares, ácidos biliares, colesterol, pigmento biliar, bilirrubina fosfolípidos, além de
outras substâncias. (Silva, A. R. S., & Tvares, M. L. B. 2004).
A bile tem cinco funções principais: Auxilia na digestão de gordura através da
emulsificação de gordura, absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis, excreção
de bilirrubina e excesso de colesterol, fornece um fluido alcalino no duodeno para
neutralizar o pH ácido do quimo que vem do estômago e fornece atividade bactericida
contra microrganismos presentes no alimento ingerido. (Silva, A. R. S., & Tvares, M.
L. B. 2004).
Patologias do trato biliar pode alterar a sua função, e resultar em uma
diminuição na absorção de gordura e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Podendo
causar também a colestase. A colestase ocorre sempre que há secreção biliar
prejudicada dos hepatócitos ou obstrução do fluxo biliar. A obstrução pode ser devido
a cálculos biliares (mais comum) ou qualquer outra causa patológica. Uma vez que a
colestase ocorre, a bilirrubina começa a se acumular no corpo, resultando em
descoloração amarelada da esclera e da pele. É importante compreender a
fisiopatologia da icterícia e como a bile é sintetizada e secretada é essencial para fazer
um diagnóstico adequado e, portanto, fornecer o tratamento adequado. (Silva, A. R.
S., & Tvares, M. L. B. 2004).
A bile é uma secreção fundamental e única do fígado. É um líquido amarelo-
esverdeado que é secretado pelos hepatócitos e alterado ao passar pela árvore biliar
pelas células epiteliais que revestem o ducto biliar (colangiócitos). Após sua secreção,
a bile é armazenada e concentrada na vesícula biliar. A presença de lipídios no
duodeno estimula a liberação de colecistocinina que, por sua vez, estimula a
contração da parede da vesícula biliar, resultando na liberação da bile no ducto cístico
e no ducto biliar comum. (Coelho, J. C. U., 2009).

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Ela é composta principalmente de água, eletrólitos, sais biliares, ácidos biliares,
colesterol, pigmento biliar, bilirrubina fosfolípidos, além de outras substâncias.
(Coelho, J. C. U., 2009).
A bile tem cinco funções principais: Auxilia na digestão de gordura através da
emulsificação de gordura, absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis, excreção
de bilirrubina e excesso de colesterol, fornece um fluido alcalino no duodeno para
neutralizar o pH ácido do quimo que vem do estômago e fornece atividade bactericida
contra microrganismos presentes no alimento ingerido. (Silva, A. R. S., & Tvares, M.
L. B. 2004).
Patologias do trato biliar pode alterar a sua função, e resultar em uma
diminuição na absorção de gordura e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Podendo
causar também a colestase. A colestase ocorre sempre que há secreção biliar
prejudicada dos hepatócitos ou obstrução do fluxo biliar. A obstrução pode ser devido
a cálculos biliares (mais comum) ou qualquer outra causa patológica. Uma vez que a
colestase ocorre, a bilirrubina começa a se acumular no corpo, resultando em
descoloração amarelada da esclera e da pele. É importante compreender a
fisiopatologia da icterícia e como a bile é sintetizada e secretada é essencial para fazer
um diagnóstico adequado e, portanto, fornecer o tratamento adequado. (Coelho, J. C.
U., 2009).

2.4 REGULAÇÃO DA GLICOSE


A glicose é uma fonte de energia vital para as células e os níveis na corrente
sanguínea devem permanecer constantes. O fígado ajuda a manter os níveis de
glicose no sangue em resposta aos hormônios pancreáticos insulina e glucagon. Após
uma refeição, a glicose entra no fígado e os níveis de glicose no sangue aumentam.
Este excesso de glicose é tratado pela glicogênese na qual o fígado converte a glicose
em glicogênio para armazenamento. A glicose que não é armazenada é usada para
produzir energia por um processo chamado glicólise. Isso ocorre em todas as células
do corpo. (Malheiros, S. V. P. 2006).
Sua função metabólica é controlada por insulina e outros hormônios
metabólicos. A glicose é convertida em piruvato através da glicólise no citoplasma, e
o piruvato é posteriormente oxidado nas mitocôndrias para gerar ATP através do ciclo
de Krebs e fosforilação oxidativa. No estado alimentado, produtos glicolíticos são
usados para sintetizar ácidos graxos através da lipogênese. Ácidos graxos de cadeia
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longa são incorporados fosfolipídios ou ésteres de colesterol em hepatócitos. Esses
lipídios complexos são armazenados em gotículas lipídicas e estruturas de
membrana, ou secretados na circulação como partículas de lipoproteínas de baixa
densidade. (Carvalho, Darcy Lisbão Moreira 2003).
No estado de jejum, o fígado segrega glicose através da glicogenólise e da
gliconeogênese. Durante o jejum prolongado, a gliconeogênese hepática é a principal
fonte de produção endógena de glicose. O jejum também promove a lipólise no tecido
adiposo, resultando na liberação de ácidos graxos não esterificados que são
convertidos em corpos cetônicos nas mitocôndrias hepáticas através da beta-
oxidação e cetogênese. Os corpos cetônicos fornecem um combustível metabólico
para os tecidos extra-hepáticos. (Malheiros, S. V. P. 2006).
O fígado tem funções metabólicas tão importantes que, se prejudicadas,
resultarão em muitas doenças hepáticas e podem progredir para condições mais
perigosas, como fibrose hepática ou cirrose. (Malheiros, S. V. P. 2006).
3.0 DOENÇAS HEPÁTICAS
Doenças hepáticas podem prejudicar a função do fígado, encontrar a causa e
a extensão do dano hepático é importante para orientar o tratamento. Existem muitos
tipos de doença hepática que pode ser causada por um vírus, danos de medicamentos
ou produtos químicos, obesidade, diabetes ou ataque ao próprio sistema imunológico.
Muitas doenças comuns do fígado podem fazer com que o órgão se torne
inflamado. Essa inflamação pode evoluir para cicatrizes ou cirrose. As doenças que
são mais comuns no fígado são: hepatites por vírus (A, B e C.), doença hepática
alcoólica, esteatose hepática, hepatite autoimune e hepatite medicamentosa, cirrose
e insuficiência hepática. (Almeida, André Guerra 2005.)

3.1 HEPATITE VIRAL


A hepatite viral é uma inflamação do fígado causado por um de três formas de
vírus, A, B ou C. Hepatite A: Esta infecção é geralmente causada consumindo
alimentos ou água contaminados. Esta forma de hepatite A geralmente desaparece
sem problemas duradouros dentro de seis meses e não leva a uma infecção crônica.
Normalmente, não é contraído por mais de uma vez, pois se cria uma imunidade após
a primeira infecção. E também existe uma vacina para prevenir a contaminação. Essa
hepatite pode desencadear uma icterícia, apresentando sintomas de cansaço,

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vômitos, febre, dor abdominal, e em estágios avançados pode levar a uma
insuficiência hepática. (Ferreira, C. T., & Silveira, T. R. D. 2004).
Hepatite B: Este vírus é transmitido através do sangue e nas secreções. Esse
vírus desencadeia uma reação imune, causando Inflamação de baixo nível e dano ao
fígado. É normalmente tratada com sucesso com as medicamentações orais que têm
poucos efeitos colaterais ou injeções. Em muitos casos, a hepatite B pode evoluir para
uma infecção crônica, que pode levar a doenças hepáticas mais graves. Este vírus
altera funções do fígado e pode provocar sintomas agudos, como febre, enjoos,
vômitos e olhos e pele amarelados. A hepatite B é mais grave do que a hepatite A,
pois ela pode rapidamente desenvolver para uma hepatite crônica ou fulminante.
(Ferreira, C. T., & Silveira, T. R. D. 2004).
Hepatite C: A Propagação é feita através do contato com sangue infectado. A
infecção por Hepatite C pode ser muito grave. Mas, geralmente as pessoas infectadas
não apresentam sintomas e o vírus pode permanecer no fígado por anos e não é
descoberto, até que muito dano ao órgão é feito. A hepatite se torna crônica em pelo
menos 75% dos casos confirmados, sendo ela mais grave que a hepatite B. No
entanto, muitos pacientes podem desenvolver uma infecção crônica. Uma biopsia
hepática pode determinar a extensão da lesão e danos ao fígado. Tratamento inclui
medicamentos antivirais e ribavirina, para limitar o dano hepático. (Ferreira, C. T., &
Silveira, T. R. D. 2004).

3.2 DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA


A doença hepática gordurosa é um acúmulo excessivo de gordura no
fígado. Esta condição é mais comum em pessoas com sobrepeso, diabético ou tem
síndrome metabólica. Caso a hepatite não estiver relacionada ao consumo de álcool,
é conhecido como esteatose hepática não alcoólica. Caso contrário, é conhecida
como doença hepática alcoólica.
O excesso de gordura hepática pode levar à lesão inflamatória nos hepatócitos.
progredindo para fibrose ou cirrose em 20% dos pacientes. Consequentemente
apresentará função hepática alterada. O tratamento para essa hepatite inclui perda de
peso, exercício, controle de diabetes, regulação pressão arterial e colesterol, limitando
ou eliminando o consumo de álcool e não fumar. (Almeida, André Guerra 2005.)

3.3 DOENÇAS HEPÁTICAS GENÉTICAS


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Hemocromatose Hereditária - A doença hepática genética mais comum em
adultos. A hemocromatose é uma doença hereditária caracterizada pelo acúmulo
excessivo de ferro em vários órgãos. Também é caracterizada por vários sintomas
que estão relacionados à mudança na cor do sangue da pessoa. Esses sintomas
incluem perda excessiva de cabelo, destruição periodontal, alterações na
pigmentação da pele e dor nas articulações. A condição é causada por um excesso
de ferro no fígado.( Naoum, Paulo Cesar.)
Pessoas com hemocromatose têm maior chance de desenvolver outras
condições médicas. Por exemplo, pessoas com hemocromatose têm maior chance de
desenvolver diabetes, insuficiência cardíaca, cirrose e câncer de fígado. Tratamentos
específicos e eficazes estão disponíveis. O Transplante de fígado pode ser necessário
em alguns desses pacientes. A hemocromatose é uma condição com risco de vida
que pode afetar qualquer pessoa devido à sua disposição genética. (Naoum, Paulo
Cesar.)
Doença de Wilson: Uma doença genética rara que causa acúmulo excessivo
de cobre no fígado e no cérebro. O tratamento é gerenciado por um hepatologista e
neurologista e inclui medicação oral, que se liga ao cobre para removê-lo do corpo. A
terapia é continuada para impedir sua acumulação. ( Naoum, Paulo Cesar.)

3.4 CÂNCER DE FÍGADO


O câncer de fígado é diagnosticado e tratado por uma equipe multidisciplinar.
Como com todo o câncer, o diagnóstico adiantado é essencial. Pacientes com certas
doenças hepáticas são suscetíveis ao câncer de fígado e deve ser examinado
regularmente. O câncer mais comum é hepatocarcinoma, que se origina nos
hepatócitos, que são as células funcionais do fígado, causando danos celulares
irreversíveis. (Fontinha, Sónia Isabel Ramos 2016.)
O outro é o Colangiocarcinoma, caracterizado por um tumor maligno, surgindo
nos ductos biliares, principal via de secreção do fígado. É importante estabelecer um
diagnóstico e um prognostico, para encontrar a causa e a extensão do dano hepático,
é para orientar o tratamento. Pessoas com cirrose têm um risco aumentado de
desenvolver câncer de fígado, especialmente se sua cirrose foi causada por hepatite
B, hepatite C, esteato-hepatite não alcoólica ou hemocromatose. Dado esse risco

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elevado, as pessoas com esses diagnósticos devem fazer um ultrassom a cada seis
meses para verificar se há sinais de câncer. (Guimarães, R. M 2015)
Quando o câncer de fígado se desenvolve, geralmente não causa sintomas
próprios, conforme vai progredindo, pode exacerbar as complicações da cirrose ou
causar sintomas como dor, sensação de saciedade rapidamente e icterícia. Algumas
pessoas com câncer de fígado por cirrose são tratadas com um transplante de fígado,
que remove o câncer. As pessoas que podem ser candidatas a um transplante de
fígado, se com pequenos cânceres que não se espalharam para fora do fígado.
(Guimarães, R. M 2015)

4.0 CIRROSE E INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA


A insuficiência hepática aguda é a perda da função hepática que ocorre
rapidamente. É mais comumente causada por um vírus da hepatite ou medicamentos,
como paracetamol. A insuficiência hepática aguda é menos comum do que a
insuficiência hepática crônica, que se desenvolve mais lentamente, a insuficiência
hepática pode ser uma emergência com risco de vida que requer atenção médica
imediata. Em muitos casos, a insuficiência hepática crônica resulta da cirrose.
(Guimarães, R. M 2015)
A cirrose é quando o tecido cicatricial substitui o tecido saudável do
fígado. Isso impede que o fígado funcione normalmente. A cirrose é uma doença
hepática de longo prazo, ou seja, crônica. Com essa doença os danos ao fígado
aumentam com o tempo. Quando o paciente obtém um diagnóstico de cirrose, o tecido
cicatricial retarda o fluxo de sangue através do fígado. Com o tempo, o fígado não
pode trabalhar da maneira que deveria, e em casos graves, o fígado fica tão danificado
que para de funcionar, perdendo sua função hepatocelular. Isso é chamado de
insuficiência hepática. (Guimarães, R. M 2015)
A cirrose refere-se a uma condição nodular progressiva, difusa, fibrosa, que
perturba toda a arquitetura normal do fígado. A cirrose é a cicatrização do fígado por
lesões repetidas ou duradouras, como o consumo excessivo de álcool por um longo
período de tempo ou infecção crônica por hepatite. À medida que o tecido cicatricial
substitui o tecido saudável do fígado, o fígado perde sua capacidade de funcionar
levando a insuficiência hepática. A insuficiência hepática é mais frequentemente
causada por: Infecções virais, como hepatite B. (Alberto, S., Pires 2009).

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O uso excessivo de certas drogas ou toxinas, e o uso de outros medicamentos,
incluindo certos antibióticos, antidepressivos, medicamentos anticonvulsivos,
hormônios artificiais e medicamentos antifúngicos e ervas. Também pode ser causada
por distúrbios metabólicos ou vasculares, como doença de Wilson e hepatite
autoimune. (Alberto, Leticia Drumond. 2015).
Qualquer inflamação ou infecção crônica ao fígado pode causar progressão
para insuficiência renal. Neste caso 80 a 90 por cento do parênquima hepática deve
ser destruída antes que se manifeste clinicamente, e elas geralmente estão
relacionadas à função hepática prejudicada ou à ruptura de suas células funcionais.
As causas mais comuns de cirrose que pode levar a insuficiência hepática são:
Hepatites, abuso de álcool, doença hepática gordurosa não alcoólica. Outras causas
menos comuns são: Doenças autoimunes, onde o sistema de combate a infecções do
corpo (sistema imunológico) ataca o tecido saudável, tubos bloqueados ou
danificados, que são responsáveis pelo transporte da bile do fígado para o intestino,
e também o uso de certos medicamentos. (Alberto, Leticia Drumond. 2015).
A cirrose e a insuficiência hepática crônica são as principais causas de
mortalidade, com a maioria dos casos evitáveis atribuídos ao consumo excessivo de
álcool, hepatite viral ou doença hepática gordurosa não alcoólica. E muitas vezes é
uma doença indolente a maioria dos pacientes permanece assintomáticos até o seu
diagnóstico. O diagnóstico da cirrose e insuficiência hepática pode ser feito através
da biopsia hepática ou avaliação serológica. (Alberto, S., Pires 2009).
A insuficiência hepática pode afetar muitos dos órgãos corpo. Podendo causar
complicações como infecção, deficiências eletrolíticas e sangramento. Sem
tratamento, tanto a insuficiência hepática aguda quanto a crônica podem
eventualmente resultar em morte. (Alberto, S., Pires 2009).

5.0 BIOMARCADORES DE FUNÇÃO HEPÁTICA


Na prática clínica, um dos principais métodos de diagnóstico de doenças
hepáticas é o uso de testes de função hepática. Os testes de função hepática são
exames de sangue usados para investigar suspeitas de doenças hepáticas, para
monitorar a atividade do fígado ou como exames de rotina. Os testes de função
hepática compreendem um conjunto de marcadores bioquímicos que estão envolvidos
nas diversas funções e atividades metabólicas do fígado. Em caso de disfunção
hepática devido a uma doença ou lesão externa, os níveis dos marcadores
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bioquímicos se alteram. Podem ajudar a diagnosticar doenças hepáticas. (MELLO,
Palloma 2022)
Os principais biomarcadores de testes de função hepática são os seguintes:
Bilirrubina sérica, bilirrubina é um composto amarelado encontrado na corrente
sanguínea. É formado após a quebra dos glóbulos vermelhos (heme). O fígado
desempenha um papel crucial no metabolismo da bilirrubina, portanto, anormalidades
nos níveis séricos de bilirrubina podem indicar disfunção hepática. Por exemplo: Altos
níveis de bilirrubina sérica podem ser observados em hepatite viral, lesão hepática
tóxica e em caso de danos às células do fígado. (MELLO, Palloma 2022)
Alanina Amino Transferase (ALT): A ALT é uma enzima encontrada em altas
concentrações no fígado. Também é encontrado nos músculos, rins e coração, mas
em concentrações mais baixas do que no fígado. Os níveis de ALT são elevados em
caso de qualquer lesão ou doença hepática. Por exemplo: Níveis de ALT
marcadamente elevados são observados em hepatite viral, lesão hepática isquêmica
(suprimento sanguíneo insuficiente) e lesão hepática induzida por toxinas. (Giboney,
2005).
Aspartato aminotransferase (AST): AST é uma enzima que se encontra nas
concentrações mais elevadas no coração. Em concentrações muito mais baixas, é
encontrado no fígado, nos rins e nos músculos esqueléticos. Embora a AST seja
encontrada em baixas concentrações no fígado, ela tem importância diagnóstica na
identificação de certas doenças hepáticas, como hepatite alcoólica, condição do tipo
necrótica de células hepáticas e cirrose hepática. Em todas essas doenças, os níveis
de AST estão acima do normal. (Giboney, 2005).
Relação AST/ALT: Esta relação é aumentada no comprometimento progressivo
da função hepática. A relação AST/ALT também tem sensibilidade na detecção de
cirrose hepática.

“A ALT é considerada mais específica que a AST, pois é expressa principalmente no


tecido hepático e em baixas concentrações em outros lugares, enquanto a AST
pode ser apresentada no fígado, coração, músculo esquelético, rim, cérebro,
pâncreas e tecidos pulmonares, e até mesmo em glóbulos brancos e vermelhos
(Giboney, 2005).”

Fosfatase Alcalina (ALP): ALP é uma enzima envolvida no transporte de lipídios


nos intestinos. Também é importante para a calcificação dos ossos. A elevação nos
níveis de ALP pode ser observada em cânceres metastáticos do fígado e dos

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ossos. Outras doenças hepáticas, como doença hepática granulomatosa, também
podem causar elevação da ALP. (De Jesus, G. C., de Sousa 2014).
Gamma Glutamil Transferase (GGT): GGT é uma enzima encontrada nas
células do fígado e do trato biliar. Os níveis de GGT estão elevados na infecção
crônica por hepatite C, pancreatite aguda, hipertireoidismo, infarto do miocárdio e
diabetes mellitus não complicada. (De Jesus, G. C., de Sousa 2014).
α-fetoproteína (AFP): AFP é uma importante proteína sérica que é altamente
elevada em pacientes com carcinoma hepatocelular (câncer de fígado) e cirrose. Um
alto nível de AFP é diretamente proporcional ao tamanho do tumor hepático.
Ácido hialurônico: Os níveis séricos de Ácido hialurônico estão relacionados ao
estágio da fibrose e ao grau de necroinflamação. Níveis elevados têm sido detectados
na fibrose hepática. Tem sensibilidade e especificidade, na fibrose hepática, e
especialmente nas doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas. (De Jesus, G. C.,
de Sousa 2014).
5' Nucleotidase (NTP): Esta é uma glicoproteína que é considerada um
marcador preciso de tumores hepáticos primários ou secundários precoces. Níveis
elevados de NTP também são encontrados na icterícia obstrutiva e doença óssea.
α-fetoproteína (AFP): AFP é uma importante proteína sérica que é altamente
elevada em pacientes com carcinoma hepatocelular (câncer de fígado) e cirrose. Um
alto nível de AFP é diretamente proporcional ao tamanho do tumor hepático. (De
Jesus, G. C., de Sousa 2014).
A albumina geralmente está presente em grandes quantidades no sangue. É
usado para ligar hormônios, certos produtos químicos e drogas. A albumina também
regula a troca entre o sangue e os tecidos. Se a concentração de água nos fluidos
corporais não for a mesma das células, existe o risco de que o fluido saia das células.
O fígado monitora constantemente o nível de pressão do corpo para garantir
que ele esteja equilibrado. Se o fígado não conseguir sintetizar albumina suficiente,
pode ocorrer um acúmulo de líquido nos tecidos. Este é geralmente um sintoma
associado à cirrose descompensada, onde o líquido pode se acumular nos tornozelos,
pés ou pernas (edema) ou no abdômen (ascite). (Couto, 2008.)
Ferro: O fígado armazena e libera ferro ao redor do corpo conforme e quando
necessário. Por si só, o ferro é tóxico para as células do corpo, de modo que o corpo
o liga a uma proteína. No fígado, o ferro está ligado à proteína ferritina. (Couto, 2008.)

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Quando a doença hepática está relacionada a um aumento nas quantidades de
ferritina no fígado, pode causar danos aos tecidos e órgãos. Isso é chamado de
hemocromatose. O ferro também é essencial para a produção de hemoglobina. Isso
ajuda a transportar o oxigênio na corrente sanguínea. Se não houver ferro suficiente
para produzir hemoglobina, isso pode levar a letargia e anemia. (Couto, 2008.)
Amônia: A amônia é uma substância tóxica derivada do metabolismo de
proteínas. O fígado converte amônia em uréia, que é solúvel em água, não tóxica e
excretada pelos rins. A disfunção hepática na cirrose descompensada pode levar à
incapacidade de converter essa amônia, que então se acumula no sangue. (Santos,
J. H.)
As proteínas têm muitas funções vitais. Usada para o crescimento e
manutenção dos tecidos do corpo, como músculos, coração, rins e paredes dos vasos
sanguíneos. O fígado produz centenas de proteínas diferentes com funções
diferentes. Alguns transportam vitaminas e minerais pelo corpo. Alguns agem como
catalisadores para acelerar as reações metabólicas, regulam o padrão de todas as
diferentes atividades dentro de uma célula. Certas proteínas no sangue podem ser
elevadas à medida que o corpo combate uma infecção ou alguma outra inflamação
neste órgão, que posteriormente poderão ser utilizadas como biomarcadores. (Santos,
J. H.).

6.0 TRATAMENTO E PREVENÇÃO


Muitas doenças hepáticas têm uma longa duração, e existem poucos
tratamentos que podem alterar diretamente seu curso. Para diminuir a necessidade
de transplante de fígado e retardar a morte, torna-se importante evitar lesões no
fígado. Os dados existentes mostram que as estratégias preventivas de evitar álcool,
vacinação contra hepatite, evitar contaminação, suplementação de ferro somente
quando a deficiência de ferro é demonstrada e dieta com baixo teor de gordura são
prudentes em pacientes com doença hepática. (Brunetto, M. A., Teshima, E.,2007).
Alguns cuidados básicos necessários: Evitar álcool, procurar vacinas contra
hepatite A e B. Também receber vacinas anuais contra a gripe. Evitar medicamentos
tóxicos para o fígado, como analgésicos de venda livre. Uma dieta com baixo teor de
gordura. Caso a cirrose venha se desenvolver, é recomendável que faça exames
anuais para acompanhar o risco de sangramento, e triagem para detectar câncer de
fígado. (Brunetto, M. A., Teshima, E.,2007).
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Outra forma de prevenção é estar atento aos sintomas, como: Icterícia que é
acúmulo da bilirrubina, ocorrendo quando o fígado não consegue filtrar substâncias
tóxicas de forma eficaz. Varizes hemorrágicas, doenças hepáticas podem causar
coágulos ou bloqueios ao redor do fígado, reduzindo o fluxo normal de sangue para o
órgão, vômitos de sangue e fezes com sangue são sinais comuns de sangramento de
varizes. Ascite, danos graves no fígado podem causar acúmulo de líquido no
abdômen, causando inchaço. Encefalopatia, uma consequência da doença hepática
é o seu impacto na função cerebral, causando esquecimento, confusão, mãos
trêmulas, fala arrastada e desorientação. (Gomes, B. T. L., de Souza, F. A. P., 2019.)
O fígado é extremamente vital e a prevenção e tratamento reduz a
probabilidade de um distúrbio hepático, e um desenvolvimento para uma doença
hepatocelular grave. O aspecto mais importante do tratamento em pacientes com
insuficiência hepática aguda é fornecer um bom suporte de terapia intensiva. A maioria
dos pacientes com insuficiência hepática aguda tende a desenvolver algum grau de
disfunção circulatória, e a atenção cuidadosa deve ser dada. (Gomes, B. T. L., de
Souza, F. A. P., 2019.)
Em casos graves onde o fígado se encontra com sua função comprometida, o
transplante de fígado é indicado para os pacientes, geralmente com diagnóstico de
cirrose hepática, insuficiência hepática, câncer de fígado. O transplante de fígado
envolve a substituição de um fígado doente por um fígado saudável. (Gomes, B. T. L.,
de Souza, F. A. P., 2019.)
O transplante de fígado é uma cirurgia complicada e de grande porte, portanto,
as pessoas submetidas à cirurgia precisam estar saudáveis o suficiente para
sobreviver à cirurgia e à recuperação. Além disso, mesmo as pessoas que são boas
candidatas devem esperar que um fígado compatível esteja disponível. (Gomes, B. T.
L., de Souza, F. A. P., 2019.)
A lista de espera para um transplante de fígado é longa, por isso é importante
que as pessoas descubram o mais cedo possível (enquanto ainda estão relativamente
saudáveis) se um transplante de fígado é uma opção razoável. É extremamente
importante cuidar da saúde do fígado, pois não fazer isso pode levar ao
desenvolvimento de doenças crônicas debilitantes. (Gomes, B. T. L., de Souza, F. A.
P., 2019.)

7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS


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Conclui-se que os biomarcadores de função hepática podem verificar danos no
fígado e ajudar a diagnosticar doenças hepáticas. Vários testes de função hepática
estão disponíveis para testar a função adequada do fígado. (Vasconcelos, R. B. D.
2022)
Estes testam a presença de enzimas no sangue que são normalmente mais
abundantes no tecido hepático, metabolitos ou produtos. proteínas séricas, albumina
sérica, globulina sérica, alanina transaminase, aspartato transaminase, tempo de
protrombina. utilizados como triagem básica de disfunção hepática. (Vasconcelos, R.
B. D. 2022)
O fígado é um órgão essencial do corpo que desempenha diversas funções
vitais. Estes incluem a remoção de resíduos e substâncias estranhas da corrente
sanguínea, regulando os níveis de açúcar no sangue e criando nutrientes essenciais.
Existem muitos tipos de doença hepática, que podem ser causadas por infecções,
doenças hereditárias, obesidade e uso indevido de álcool. (Borsa, A., et al 2006)
Com o tempo, a doença hepática pode causar cirrose (cicatrizes). À medida
que mais tecido cicatricial substitui o tecido saudável do fígado, o fígado não pode
mais funcionar adequadamente. Se não for tratada, a doença hepática pode levar à
insuficiência hepática e câncer de fígado. O tratamento precoce pode ajudar a curar
os danos e prevenir a insuficiência hepática. (De Jesus, G. C., de Sousa 2014).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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