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Maria Uena Soares Araujo, Maria Eduarda Vale Cavalcante,

Maria Clara de Almeida Soares, Jeanne Mota Gondim,


Jaqueline da Silva Viana, Ana Júlia Novais, Cailany Ferreira de
Sena, Sofia Loren Cavalcante Coelho, Paulo Henrique de Paula
de Oliveira

SISTEMA
EXCRETOR

Valparaíso - GO
2023
Maria Uena Soares Araujo, Maria Eduarda Vale Cavalcante,
Maria Clara de Almeida Soares, Jeanne Mota Gondim,
Jaqueline da Silva Viana, Ana Júlia Novais, Cailany Ferreira de
Sena, Sofia Loren Cavalcante Coelho, Paulo Henrique de
Paula de Oliveira

SISTEMA EXCRETOR

Trabalho de Sistema excretor apresentado no


curso de Nutrição pela Faculdade Anhanguera,
Câmpus Valparaíso de Goiás.

Orientador: Prof. Dr.


Dr. Xxxxxxxxxx
Xxxxxxxxxx
Karina Delgado

Valparaíso - GO
2023
RESUMO

O sistema excretor é uma complexa rede de órgãos e estruturas essenciais para a


manutenção da homeostase no organismo humano. Sua função primordial é a
eliminação de substâncias tóxicas, metabólitos indesejados e resíduos do
metabolismo celular, garantindo, assim, o equilíbrio interno necessário para a
sobrevivência das células e do corpo como um todo.
Compreendendo órgãos como os rins, ureteres, bexiga e uretra, o sistema excretor
desempenha um papel crucial na filtragem e na regulação dos componentes do
sangue, garantindo a eliminação eficiente de substâncias como a ureia, ácido úrico e
creatinina, resultantes do metabolismo de proteínas. Além disso, também é
responsável pelo controle da concentração de sais e pela manutenção adequada dos
níveis de água no organismo.
Dessa forma, compreender a anatomia e o funcionamento deste sistema torna-se
essencial para a compreensão das bases fisiológicas que sustentam a saúde e o bem-
estar do corpo humano. No decorrer deste trabalho, exploraremos em detalhes os
principais órgãos que compõem o sistema excretor, com especial ênfase no sistema
renal, revelando a sua intricada funcionalidade e o papel crítico que desempenha em
nossas vidas diárias.

Palavras-chave: Sistema excretor. Rins. Ureteres. Bexiga. Uretra.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA EXCRETOR
2.1 Componentes do Sistema Excretor
2.2 Função dos Rins
2.3 Filtração Renal
2.4 Néfrons
2.4.1 Corpúsculo Renal
2.4.2 Túbulo Contorcido Proximal
2.4.3 Alça de Henle
2.4.4 Túbulo Contorcido Distal
2.4.5 Túbulos e Ductos Coletores
3. URETER
4. BEXIGA
5. URETRA
6. CONTROLE HORMONAL E PRESSÃO ARTERIAL
6.1 Renina
6.2 Eritropoetina
7. DISTÚRBIOS RENAIS
7.1. Doença Renal Aguda (DRA)
7.2. Doença Renal Crônica (DRC)
7.3. Glomerulonefrite
7.4. Nefropatia Diabética
7.5. Nefropatia Hipertensiva
7.6. Nefrite Tubulointersticial
8. ESTENOSE URETRAL
9. HEMODIÁLISE
10. CONCLUSÃO
11. REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO

O sistema excretor é um sistema vital e muitas vezes subestimado do corpo


humano, desempenhando um papel fundamental na manutenção da saúde e da
homeostase do organismo. É responsável pela eliminação de resíduos metabólicos,
substâncias tóxicas e excesso de sais, contribuindo para a regulação do equilíbrio
interno do corpo. Entre os diversos órgãos e estruturas que compõem o sistema
excretor, os rins se destacam como protagonistas nesse processo complexo e
essencial.
Os rins, que são dois órgãos em forma de feijão localizados na região
lombar, desempenham um papel central na filtragem do sangue e na remoção de
substâncias indesejadas, transformando-as em urina. Eles não apenas eliminam
produtos de resíduos, como ureia e creatinina, mas também desempenham um papel
vital na regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico do corpo, mantendo os níveis de
água e eletrólitos em uma faixa ideal.
Este trabalho se concentra em explorar em detalhes a anatomia, fisiologia
e função dos rins no sistema excretor humano. Buscaremos compreender como esses
órgãos desempenham um papel crucial na eliminação de resíduos metabólicos, na
manutenção do equilíbrio do corpo e na preservação da saúde geral. Ao longo deste
estudo, também abordaremos distúrbios renais comuns e os métodos de diagnóstico
e tratamento associados, destacando a importância de cuidar da saúde renal para
uma vida saudável e equilibrada.
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA EXCRETOR

2.1 Componentes do Sistema Excretor

O sistema excretor é composto por uma série de órgãos e estruturas que


trabalham em conjunto para eliminar os produtos de resíduos e substâncias tóxicas
do corpo humano. Dentre esses componentes, os rins desempenham um papel
central e crucial nesse processo.
Os rins são órgãos em forma de feijão, localizados na região lombar, um
de cada lado da coluna vertebral. São protegidos pelas costelas e situados
posteriormente ao peritônio, o que os torna retroperitoneais.
Cada rim é composto por cerca de um milhão de unidades microscópicas
chamadas néfrons, que são os verdadeiros responsáveis pela filtração e purificação
do sangue. Os néfrons são formados por um glomérulo (pequeno aglomerado de
capilares sanguíneos) e um conjunto de túbulos que conduzem os produtos filtrados.
Além da filtração de substâncias indesejadas, os rins também têm a
capacidade de reabsorver nutrientes essenciais e regular a concentração de água e
eletrólitos no corpo.
São fundamentais para a regulação da pressão arterial e produção de
hormônios essenciais para a produção de glóbulos vermelhos e o controle do
metabolismo do cálcio.
Os ureteres são dois tubos musculares que conectam os rins à bexiga
urinária. Eles transportam a urina produzida nos rins até a bexiga.
A bexiga urinária é um órgão muscular localizado na pelve. Ela atua como
um reservatório temporário para armazenar a urina antes da micção.
A uretra é um tubo que conecta a bexiga à abertura externa do corpo. É
através da uretra que a urina é excretada para fora do organismo durante a micção.
Além dos principais órgãos mencionados, o sistema excretor também inclui
estruturas como os ductos coletores, que coletam a urina dos néfrons e a transportam
para os ureteres, e os órgãos do trato urinário inferior, que desempenham papéis
complementares na eliminação de urina.
Os rins se destacam como os principais protagonistas do sistema excretor,
desempenhando uma série de funções vitais para a manutenção da saúde e equilíbrio
interno do organismo humano. Suas atividades essenciais incluem a filtragem do
sangue, a regulação de eletrólitos, a reabsorção de nutrientes e a produção de
hormônios essenciais.

2.2 Função dos Rins

Os rins desempenham um papel central e essencial no sistema excretor,


sendo responsáveis por filtrar o sangue e eliminar os resíduos e toxinas do corpo.
Esse processo ocorre nos milhões de unidades microscópicas chamadas néfrons, que
constituem os rins. Vamos explicar detalhadamente como os rins realizam a filtragem
e excreção de resíduos e toxinas:
A filtração começa nos glomérulos, pequenos aglomerados de capilares
localizados na parte inicial de cada néfron. Os glomérulos são altamente permeáveis
e permitem a passagem de água e pequenas moléculas do sangue para o interior dos
túbulos renais. Substâncias como água, íons, glicose, aminoácidos e produtos de
resíduos como ureia, creatinina e ácido úrico são filtrados.
Após a filtração glomerular, a urina recém-formada, conhecida como
filtrado, passa pelos túbulos renais, onde ocorre o processo de reabsorção e secreção.
Durante a reabsorção, as substâncias essenciais que foram filtradas são
reabsorvidas de volta para a corrente sanguínea. Isso inclui glicose, íons, aminoácidos
e a maior parte da água. A reabsorção é altamente seletiva e garante que nutrientes
vitais não sejam perdidos na urina.
A secreção é o processo pelo qual algumas substâncias, como íons de
hidrogênio, potássio e medicamentos, são transportadas ativamente dos capilares
sanguíneos para o filtrado tubular. Isso ajuda a eliminar excessos de substâncias que
não são necessárias ou podem ser prejudiciais se acumuladas no corpo.
Após passar pelos túbulos renais, o filtrado transforma-se em urina. Essa
urina é composta principalmente por água, produtos de resíduos nitrogenados (como
ureia e creatinina) e outros produtos metabólicos indesejados.
Os rins têm a capacidade de concentrar ou diluir a urina dependendo das
necessidades do corpo em relação à retenção ou eliminação de água. Isso é crucial
para a regulação do equilíbrio hídrico do organismo.
A urina formada nos rins é conduzida pelos ureteres até a bexiga urinária,
onde é armazenada temporariamente. Quando a bexiga está cheia, o músculo da
uretra se contrai, permitindo a eliminação da urina do corpo através da micção.
Dessa forma, os rins desempenham um papel crucial na manutenção do
equilíbrio interno do organismo, garantindo a eliminação eficiente de resíduos
metabólicos e substâncias tóxicas, além de contribuir para a regulação da composição
química do sangue e da quantidade de água no corpo.

2.3 Filtração Renal

A filtração glomerular é o processo pelo qual o sangue é filtrado nos


glomérulos, pequenos aglomerados de capilares localizados na cápsula de Bowman
de cada néfron nos rins. Este processo é o primeiro passo na formação da urina e é
crucial para a remoção de produtos de resíduos e substâncias indesejadas do corpo.
A filtração glomerular ocorre devido à pressão sanguínea elevada nos
capilares dos glomérulos. Esta pressão é essencial para forçar o plasma sanguíneo
através das paredes capilares, criando o filtrado.
A membrana de filtração é composta por três camadas: o endotélio dos
capilares, a lâmina basal e os podócitos (células especiais da cápsula de Bowman).
Essa estrutura complexa atua como uma barreira seletiva que permite a passagem de
pequenas moléculas, como água, eletrólitos, glicose e produtos de resíduos, mas
impede a passagem de células sanguíneas e proteínas plasmáticas.
Quando o sangue flui através dos capilares dos glomérulos, a pressão
sanguínea força a passagem de parte do plasma sanguíneo e das substâncias
dissolvidas através da membrana de filtração. Essas substâncias são coletadas na
cápsula de Bowman em forma de filtrado glomerular.
O filtrado glomerular contém água, íons, glicose, aminoácidos, ureia,
creatinina e outros solutos presentes no plasma sanguíneo.
Cada néfron é composto pelo glomérulo, localizado na cápsula de Bowman,
e por um conjunto de túbulos renais. Os néfrons desempenham um papel crítico na
filtração glomerular, pois são eles que recebem o filtrado e o processam ao longo dos
túbulos renais.
A partir do filtrado glomerular, os néfrons reabsorvem seletivamente
substâncias vitais, como glicose, aminoácidos e a maioria da água, de volta para a
circulação sanguínea. Além disso, também realizam a secreção ativa de substâncias
como íons de hidrogênio e potássio, contribuindo para a eliminação de resíduos
indesejados e a manutenção do equilíbrio químico do corpo.
O filtrado transforma-se gradualmente em urina conforme percorre os
túbulos renais, sendo posteriormente excretada do corpo através do sistema excretor.
Assim, a filtração glomerular é um processo fundamental para a formação
da urina e para a remoção eficiente de produtos de resíduos e substâncias
indesejadas do corpo humano, destacando a importância dos néfrons nesse processo
complexo e vital.

2.4 Néfrons

Os néfrons, os elementos fundamentais do sistema renal, desempenham


um papel crucial na regulação dos fluidos corporais e na eliminação de resíduos
metabólicos.
São compostos por uma intrincada rede de túbulos e capilares, cada um
com funções específicas na filtração, reabsorção e secreção de substâncias.
A filtração glomerular é o ponto de partida na formação da urina. Neste
processo, componentes sanguíneos são filtrados no glomérulo e passam para o
espaço de Bowman. A análise das pressões envolvidas e das barreiras de filtração é
essencial para compreender a formação da urina.
Após a filtração, os túbulos renais executam a reabsorção de substâncias
vitais, como glicose e sais, de volta para a corrente sanguínea. Simultaneamente,
ocorre a secreção ativa de substâncias indesejadas, como íons e resíduos
metabólicos.
Os néfrons são protagonistas na manutenção do equilíbrio hídrico,
eletrolítico e ácido-base do organismo. Eles contribuem significativamente para a
regulação dos níveis de água, sais, pH e outros componentes essenciais à saúde.

2.4.1 Corpúsculo Renal

Formado por glomérulo (conjunto de capilares) + cápsula glomerular. Os


capilares que formam glomérulo são fenestrados, têm aberturas na sua parede que
realizam a filtração, além disso, possuem células na sua parede chamadas de
podócitos (possuem corpo e prolongamentos que abraçam os capilares e formam
espaços onde ocorre também a filtração). Esse espaço onde acontece a filtração é
chamado de fendas de filtração. Glomérulo: cápsula com tecido epitelial de
revestimento plano simples, com duas porções: Um folheto agregado aos capilares
(folheto visceral) e um parietal, não sendo visualizados em microscopia óptica. O
espaço entre os folhetos é chamado espaço capsular. Então, o sangue chega nessa
região através de uma artéria que se ramifica em capilares que filtram o sangue. A
substância filtrada se encontra no espaço capsular e, na sequência, passa para o
túbulo contorcido proximal. O glomérulo é praticamente todo constituído por um
conjunto de lâminas basais (lâmina interna, lâmina externa e lâmina densa), chamada
membrana basal glomerular. Quando essa membrana basal não é visualizada
aparece outra estrutura chamada célula mesangial que auxilia dando suporte para a
região, produzindo matriz extracelular e também realiza fagocitose de resíduos da
filtração e tem receptores para o hormônio natriurético (produzido pelas células
musculares do coração), que atua nessa célula e auxilia na regulação da quantidade
de sódio liberada na urina então, auxilia regulação da pressão arterial). As células
mesangiais são contráteis e têm receptores para angiotensina II.
O corpúsculo renal possui pólo urinário e pólo vascular. No pólo vascular
chega uma arteríola aferente e sai uma eferente. A arteríola aferente sofre
modificações e perde limitante elástica interna e células musculares lisas e aparecem
células justaglomerulares, que produzem a renina. Ao mesmo tempo, se modifica o
túbulo contorcido distal, as células que eram cúbicas passam a ser cilíndricas e
aparece mais escuras, região chamada de mácula densa (regula a quantidade de
água e íons no fluído tubular, ordenando as justaglomerulares a produzirem renina).
Nesta região existem também as células extraglomerulares. As células da mácula
densa + extraglomerulares + justaglomerulares formam aparelho justaglomerular. As
células justaglomerulares produzem a renina que é liberada na corrente sanguínea.
Na circulação a renina encontra o angiotensinogênio e ela converte angiotensinogênio
em angiotensina I (inativa), que é novamente convertida em angiotensina II. Quem faz
essa conversão é a enzima endotelial conversora (ECA). Os remédios para
hipertensão têm inibidores da ECA, pois a angiotensina II vai até a supra-renal e
promove a liberação do hormônio aldosterona que diminui a liberação de sódio do
organismo, resultando no aumento da pressão arterial. Sódio não é liberado pela
urina. Quando há baixa concentração de sódio no organismo, a renina é liberada para
reter mais sódio.

2.4.2 Túbulo Contorcido Proximal

Formado por células cúbicas (epitélio cúbico simples) e possuem


microvilosidades que fazem a absorção do filtrado que vem do corpúsculo renal. O
conjunto de microvilosidades é chamado borda em escova. Absorve grande parte
do filtrado. O túbulo contorcido proximal tem uma luz menor do que o túbulo
contorcido distal, por causa das microvilosidades, além de serem mais acidófilo, as
células no túbulo contorcido proximal são mais altas do que do túbulo contorcido
distal.
2.4.3 Alça de Henle

Semelhante ao túbulo contorcido distal, mas aparece somente na região


medular. Porção espessa: epitélio cúbico simples. Porção delgada: tecido epitelial
de revestimento plano simples. A porção delgada e os capilares não podem ser
diferenciados em microscopia óptica. A alça concentra a urina, reabsorve água do
filtrado, se já não foi tudo reabsorvido no túbulo contorcido proximal. Isso acontece
na porção delgada descendente, pois a ascendente é impermeável à água.

2.4.4 Túbulo Contorcido Distal

Após um curto trajeto na cortical, a parte espessa da alça de Henle torna-se


tortuosa e passa a ser chamada de túbulo contorcido distal, que é revestido por
epitélio cúbico simples. O túbulo contorcido distal se diferencia do túbulo contorcido
proximal por algumas determinadas características. No distal suas células são
menores e não apresentam borda em escova.

2.4.5 Túbulos e Ductos Coletores

A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que
desembocam em tubos mais calibrosos, os ductos coletores. Ambos vão seguir um
trajeto retilíneo. Tem como função básica o transporte do filtrado, que agora já é
urina.

3 URETER

São dois tubos que transportam a urina do rim até a bexiga. São tubos ricos
em tecido muscular liso, que realizam o peristaltismo para o transporte. Possuem
epitélio de transição ou polimorfo, abaixo lâmina própria de tecido conjuntivo e depois
túnica muscular com duas ou três camadas de músculo liso (quanto mais próximo à
bexiga, maior a quantidade de músculo). Revestindo uma túnica adventícia. Sem
muscular da mucosa e sem submucosa.

4 BEXIGA

A bexiga e as vias urinárias armazenam por algum tempo e conduzem para


o exterior a urina formada pelos rins. A parede no sentido da bexiga vai se tornando
mais espessa, a mucosa é formada por um epitélio de transição e por uma lâmina
própria de tecido conjuntivo que varia de frouxo ao denso, e túnica muscular.
Basicamente a mesma constituição do ureter, a diferença é que como é maior pode
haver pregas da mucosa e é constituída por três camadas de músculo liso,
revestindo a porção externa podemos observar serosa ou adventícia.

5 URETRA

É um tubo que leva a urina da bexiga para o exterior, no ato da micção. No


sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação. No sexo
feminino, é um órgão exclusivamente urinário. É composto de três tipos de epitélio
1-polimorfo, 2- cilindrico, 3- pavimentoso estratificado (que fica em contato com o
ambiente). Possui esfíncteres que auxiliam a expelir a urina. A uretra masculina é
formada pelas porções: 1. Prostática; 2. Membranosa; 3. Cavernosa ou peniana. A
uretra prostática é revestida por epitélio de transição. A uretra membranosa é
revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. E o epitélio da uretra cavernosa
é pseudo-estratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. *
Nos machos é bem maior, vai da próstata até o final do pênis. Maior comprimento
resulta em dificuldade para expelir cálculos (se houver).
Nos machos serve para a eliminação do sêmen, além da urina. Nas fêmeas
a uretra é menor, tendo de 4 a 5 cm de comprimento (conferindo maior
predisposição a infecções urinárias), revestida por epitélio plano estratificado, com
áreas de epitélio pseudo-estratificado colunar. Próximo à sua abertura no exterior,
a uretra feminina possui um esfíncter de músculo estriado, denominado de o
esfíncter externo da uretra.

6 CONTROLE HORMONAL E PRESSÃO ARTERIAL

A regulação da pressão arterial e do equilíbrio de fluidos pelos rins é


fundamental para a homeostase do corpo. Os rins desempenham um papel crucial
nesse processo, e dois hormônios importantes envolvidos nessa regulação são a
renina e a eritropoetina.

6.1 Renina

A renina é uma enzima produzida pelas células justaglomerulares do


aparelho justaglomerular nos rins. Ela desempenha um papel central na regulação
da pressão arterial. Quando a pressão arterial cai ou há uma diminuição no fluxo
sanguíneo para os rins, as células justaglomerulares liberam renina na corrente
sanguínea.
A renina age sobre uma proteína chamada angiotensinogênio, convertendo-
a em angiotensina I. A angiotensina I é subsequentemente convertida em
angiotensina II, que é um potente vasoconstritor. Isso leva a um aumento na
pressão arterial e estimula a liberação de aldosterona, que ajuda a reabsorver sódio
e água nos rins, elevando ainda mais a pressão arterial.

6.2 Eritropoetina
A eritropoetina (EPO) é um hormônio produzido pelos rins, especialmente
pelas células intersticiais, em resposta à diminuição do teor de oxigênio no sangue.
A EPO desempenha um papel vital na regulação da produção de glóbulos
vermelhos (hemácias) na medula óssea. Quando os níveis de oxigênio no sangue
estão baixos, como em casos de hipóxia, os rins produzem mais EPO.
A EPO estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos,
aumentando assim a capacidade de transporte de oxigênio do sangue. Isso é
importante para compensar a baixa oxigenação nos tecidos.

7 DISTÚRBIOS RENAIS

Os distúrbios renais e urinários podem envolver um ou ambos os rins, um ou


ambos os ureteres, a bexiga ou a uretra e, nos homens, a próstata, um ou ambos
os testículos ou o epidídimo. Problemas com o sistema reprodutor masculino,
muitas vezes, se manifestam como dor escrotal, inchaço escrotal, sangue no sêmen
ou ereção persistente.
Os distúrbios renais podem ser resumidos em vários estágios:

7.1. Doença Renal Aguda (DRA)

É uma condição súbita que afeta a função renal de forma temporária. Pode
ser causada por lesões, infecções, obstruções ou diminuição do fluxo sanguíneo
para os rins. Geralmente é reversível se a causa subjacente for tratada.

7.2. Doença Renal Crônica (DRC)


É uma condição de longo prazo que resulta na perda gradual e irreversível
da função. A DRC é classificada em estágios, geralmente de 1 a 5, com base na
taxa de filtração glomerular (TFG) estimada.
Pode ser causada por hipertensão, diabetes, doenças autoimunes e outras
condições.

7.3. Glomerulonefrite

Envolve inflamação dos glomérulos, as unidades de filtração dos rins. Pode


ser aguda ou crônica e é frequentemente causada por infecções ou doenças
autoimunes.

7.4. Nefropatia Diabética

É uma complicação comum do diabetes que afeta os rins. Causa lesões nos
pequenos vasos sanguíneos dos glomérulos, prejudicando a filtração.

7.5. Nefropatia Hipertensiva

Resulta da pressão arterial cronicamente elevada, danificando os vasos


sanguíneos dos rins. Pode levar à redução da função renal.

7.6. Nefrite Tubulointersticial

Envolve inflamação dos túbulos renais e do tecido intersticial dos rins. Pode
ser causada por infecções, medicamentos ou doenças autoimunes
8 ESTENOSE URETRAL

A estenose uretral é um estiramento anormal do ureter, que é o canal que


conecta os rins à veia, permitindo que a urina flua dos rins para a veia para posterior
eliminação do corpo. Esta condição pode ser congênita (presente desde o
nascimento) ou adquirida devido a diversas razões, como infecções urinárias
recorrentes, cálculos renais, lesões, cirurgia prévia na área ou condições
inflamatórias.

Os sintomas da estenose uretral podem variar dependendo da gravidade do


alongamento e podem incluir dor abdominal ou costas, infecções urinárias
frequentes, dificuldade para urinar, fluxo de urina débil, urgência urinária e
pressão na bexiga. Se a estenose uretral não for tratada, você pode causar
problemas renais, como infecções renais crônicas ou danos renais.

O diagnóstico da estenose uretral geralmente envolve exames de imagem,


como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância
magnética (RM), para visualizar o ureter e determinar a localização e a gravidade
do estremecimento. Também é possível realizar testes urodinâmicos para avaliar o
funcionamento do trato urinário.

O tratamento da estenose uretral depende da causa e da gravidade do


estresse. As opções de tratamento podem incluir:

Cateter Ureteral: Em casos leves, um cateter ureteral temporal ou


permanente pode ser colocado para manter o ureter aberto e permitir que a urina
flua corretamente.

Dilatação: Um procedimento chamado dilatação ureteral pode ser realizado


para curar o ureter esticado. Durante este procedimento, utilize um dispositivo
especial para expandir suavemente o ureter e melhorar o fluxo de urina.

Cirurgia: Em casos mais graves, pode ser necessária a realização de uma


cirurgia para corrigir a estenose uretral. Isso pode implicar a eliminação da parte
estreitada do ureter e a conexão das extremidades saudáveis (ureteroplastia) ou
até mesmo a criação de uma nova conexão urinária (ureterossigmoidostomia) em
casos extremos.

É importante que as pessoas que experimentam sintomas relacionados à


estenose uretral consultem um médico para uma avaliação e um tratamento
adequado. Um urologista é o médico especialista que lida com as condições do trato
urinário e pode fornecer o tratamento mais adequado de acordo com a situação
individual de cada paciente.

9 HEMODIÁLISE

A hemodiálise é um procedimento médico utilizado para tratar pessoas com


insuficiência renal avançada ou crônica. A insuficiência renal significa que os rins
não podem realizar a função principal de filtrar os desejos e o excesso de líquidos
do corpo. A hemodiálise ajuda a eliminar essas substâncias nocivas do corpo,
ajudando também a manter o equilíbrio adequado de eletrólitos e líquidos no
organismo.
Antes da hemodiálise, deve-se criar um acesso vascular. Isso pode ser um
cateter venoso central ou uma fístula arteriovenosa. A fístula arteriovenosa é o
método preferido, pois proporciona um fluxo sanguíneo adequado para a
hemodiálise.

Uma vez preparado o paciente, ele é conectado a uma máquina de


hemodiálise. O acesso vascular (seja o cateter ou a fístula) é conectado à máquina.

A máquina de hemodiálise possui um filtro especial denominado dialisador


oumembrana semipermeável. O sangue do paciente flui através deste filtro. No lado
oposto da membrana, existe uma solução chamada dialisante, que contém
substâncias nas mesmas concentrações desejadas no organismo.

À medida que o sangue flui através do dialisador, toxinas, resíduos e excesso


de líquido passam através da membrana e se misturam com o dialisante. Isso
permite que essas substâncias sejam eliminadas do corpo. Além de remover
resíduos, a hemodiálise ajuda a manter o equilíbrio adequado de eletrólitos (como
sódio, potássio e cálcio) e fluidos no corpo. Uma sessão típica de hemodiálise dura
cerca de 3 a 5 horas e é realizada várias vezes por semana, dependendo das
necessidades individuais do paciente.

Após o término da sessão, o paciente é desconectado da máquina e pode


retornar para casa.
10 CONCLUSÃO

Neste trabalho, exploramos em detalhes o sistema excretor humano, com


um enfoque especial no sistema renal, composto pelos rins, ureteres, bexiga e
uretra. Nossa investigação teve como objetivo oferecer uma compreensão profunda
dos elementos anatômicos e fisiológicos envolvidos no processo de excreção e da
importância deste sistema para a manutenção da homeostase do organismo.
Primeiramente, abordamos a anatomia e a fisiologia do sistema excretor,
discutindo os componentes fundamentais e as funções específicas dos rins.
Detalhamos o processo de filtração renal, destacando a importância da regulação
da pressão arterial e da filtragem de resíduos metabólicos no sangue. Esse
conhecimento é fundamental para entender como o sistema renal desempenha um
papel crucial na regulação do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base, além de
contribuir para a eliminação de produtos metabólicos e substâncias tóxicas do
corpo.
Em seguida, exploramos distúrbios renais, tais como a insuficiência renal e
as doenças renais crônicas, analisando suas causas, sintomas e consequências.
Reconhecemos a importância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz dessas
condições para prevenir complicações graves e preservar a função renal.
Por fim, reforçamos a relevância da saúde renal para a saúde humana. Os
rins desempenham um papel vital na manutenção do equilíbrio interno do corpo, na
regulação da pressão arterial e na eliminação de resíduos metabólicos. Assim, a
preservação da função renal é crucial para o bem-estar e a qualidade de vida do
indivíduo.
Este trabalho visa não apenas fornecer conhecimento sobre o sistema renal,
mas também ressaltar a importância de cuidar desse sistema vital para garantir uma
vida saudável e plena. A compreensão dos processos renais, a prevenção de
distúrbios e o diagnóstico precoce são pilares para a manutenção da homeostase
do organismo e a promoção da saúde humana.
REFERÊNCIAS

1. MOORE, Keith L.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Básica. 5ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2015.

2. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Disponível em: http://www.sbn.org.br/.


Acesso em: 10 de Outubro de 2023.

3. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo


(HC-FMUSP). Centro de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Renais.
Disponível em:
http://www.hc.fm.usp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=307
&Itemid=303. Acesso em: 12 de Outubro de 2023.

4. Ministério da Saúde. Doenças Renais Crônicas. Disponível em:


https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doenca-renais-cronicas. Acesso em:
15 de Outubro de 2023.

5. Fundação Pró-Renal. Como os Rins Funcionam. Disponível em:


http://www.prorrenal.org.br/como-os-rins-funcionam/. Acesso em: 18 de
Outubro de 2023.

6. Educação UOL. Sistema Renal - Funções e Estrutura. Disponível em:


https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/sistema-renal-funcoes-e-
estrutura.htm. Acesso em: 05 Out. 2023.

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