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Hélio Esteu Ariande

Princípios básicos da fisiologia renal

Universidade Licungo

Março de 2021
Hélio Esteu Ariande

Princípios básicos da fisiologia renal


Licenciatura em Agro-pecuária 1º Ano segundo semestre
Cadeira de Fisiologia Animal

Trabalho de carácter avaliativo a ser


submetido no curso de agro-pecuária na
cadeira de Fisiologia Animal leccionada pela
dr Hermenegilda Petersburgo e Prof.
Doutora Brigida Martins D’Oliveira Sigo.

Universidade Licungo

Março de 2021
Índice
Introdução..................................................................................................................................5

Objectivo geral...........................................................................................................................6

Objectivos específicos................................................................................................................6

Metodologia...............................................................................................................................6

1.1 Princípios básicos da fisiologia renal...................................................................................7

1.2 Rins e sua estrutura..............................................................................................................7

1.3 Néfron..................................................................................................................................8

2.4 Formação da urina................................................................................................................8

A formação da urina ocorre em três etapas básicas...................................................................8

2.5 Filtração glomerular.............................................................................................................9

Factores que alteram a formação da urina..................................................................................9

1.6 Túbulos renais....................................................................................................................10

1.7 Reabsorção e secreção nos túbulos renais..........................................................................10

1.8 Regulação da osmolaridade do plasma, Na, Cl e K...........................................................11

1.9 Estrutura do rim e o sistema urinário e processos renais básicos e micção.......................11

Estrutura dos rins......................................................................................................................11

2.1 Sistema urinário e processos renais básicos e micção.......................................................12

2.2 Regulação do balanço hídrico e electrólitos.......................................................................12

São os principais componentes................................................................................................12

2.3 Regulação renal da osmolaridade extracelular e sede por sal............................................13

Osmolaridade extracelular e sede por sal.................................................................................13

REGULAÇÃO DA OSMOLARIDADE.................................................................................13

2.4 Regulação do volume plasmático e complexojustaglumerular, Clearence renal Creatina..14

Clarence de creatinina..............................................................................................................14

2.5 Excreção de bicarbonato, funções dos rins no equilíbrio Acido-Base...............................15

Controle do equilíbrio ácido-base............................................................................................15


Função dos rins........................................................................................................................15

5.6 Excreção de iões H+ e Equilíbrio Acido-Base...................................................................16

Equilíbrio Acido-Base..............................................................................................................16

2.7 Fisiologia dos rins das aves, bexiga e da micção...............................................................17

Fisiologia dos rins das aves......................................................................................................17

2.8 Regulação hidrogenionica e doenças renais.......................................................................17

Doenças renais.........................................................................................................................18

3.1 Conclusão...........................................................................................................................19

3.2 Referência bibliográfica.....................................................................................................20


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Introdução
O presente trabalho tem como tema principal, Princípios básicos da fisiologia renal. Falar de
fisiologia renal é falar todos processo ou mecanismo que acontece no aparelho ou sistema
renal desde os rins, sua estrutura, formação da urina, filtração entre outros processos que
acontecem dentro do sistema, É importante frisar que algumas substâncias estão em
concentrações muito elevadas no nosso organismo. Sendo assim, elas não são completamente
reabsorvidas e parte é perdida na urina. Pessoas portadoras de diabetes melito, por exemplo,
apresentam grande quantidade de glicose no sangue e consequentemente na urina.
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Objectivo geral
 Focar em torno dos princípios básicos da fisiologia renal

Objectivos específicos
 Falar sobre Rins e sua estrutura;
 Abordar Formação da urina e suas etapas;
 Descrever Regulação da osmolaridade do plasma, Na, Cl e K;
 Analisar Estrutura do rim e o sistema urinário e processos renais básicos e micção.

Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho recorreu-se a pesquisa descritiva e foram consultados
alguns manuais físicos e virtuais.
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1.1 Princípios básicos da fisiologia renal

1.2 Rins e sua estrutura


Os rins são órgãos encontrados aos pares na região posterior abdominal, estando cada um
localizado lateralmente à coluna vertebral. Apresentam-se na forma de grãos de feijão e
possuem dois polos (inferior e superior – sobre esse último localiza-se a glândula
suprarrenal). Os rins fazem parte do sistema urinário e são constituídos por unidades
excretoras denominadas néfrons, AIRES, M.M. Fisiologia.

Cada um pesando aproximadamente 125g a 140g, localizados uns de cada lado da coluna
vertebral em nível da terceira vértebra lombar. Em posição vertical, cada rim mostra uma
reentrância na borda medial, chamada de hilo renal, por onde entram e saem os vasos, os
nervos e a pelve renal. O sangue é fornecido a cada rim através da artéria renal e drenado
através da veia renal.

Fonte: Internete

AIRES, M.M. Fisiologia diz que, Os rins recebem 20 a 25% do débito cardíaco total,
significando que todo o sangue do organismo circula através dos rins aproximadamente 12
vezes por hora. A artéria renal origina-se da aorta abdominal, que se divide em vasos cada vez
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menores, formando as arteríolas aferentes ramificando-se em glomérulo. O glomérulo é o


responsável pela filtração glomerular.

1.3 Néfron
O néfron é a unidade anatómica e funcional do rim. Os dois rins juntos contêm cerca de
2.400.00 néfrons e cada um deles tem a capacidade de formar urina. A urina formada no
interior desses néfrons passa para os ductos colectores, os túbulos, que se unem para formar a
pelve de cada rim. Cada pelve renal origina um uréter. O uréter é um tubo longo com uma
parede composta por músculo liso, que conecta cada rim à bexiga e funciona como um
conduto para a urina, AIRES, M.M. Fisiologia.

O néfron é basicamente constituído de:

 Glomérulos e Túbulos renais Os quais são compostos de um filtro e um sistema de túbulos


responsáveis pela concentração da urina.

2.4 Formação da urina


Como todos sabemos, a urina é formada nos rins, órgãos em formato de feijão e de cor
marrom-avermelhada localizados na região posterior da cavidade abdominal. Durante o
processo de formação da urina, esses órgãos filtram o sangue, reabsorvem parte do material
que foi filtrado e secreta algumas substâncias.

A formação da urina ocorre em três etapas básicas


Filtração: Essa primeira etapa ocorre na cápsula glomerular e é um processo passivo.
Caracteriza-se pela saída do filtrado do plasma do interior do glomérulo para a cápsula. Isso
ocorre em virtude da alta pressão do sangue nesse local. O chamado filtrado glomerular, ou
urina inicial, é livre de proteínas e assemelha-se ao plasma sanguíneo.

Reabsorção: O filtrado resultante da etapa da filtração apresenta substâncias que são bastante
importantes para o organismo e devem ser reabsorvidas. A reabsorção ocorre no túbulo
néfrico, principalmente nos túbulos proximais, e é importante para evitar a perda excessiva de
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substâncias, tais como água, sódio, glicose e aminoácidos. Esse processo é responsável por
determinar como será a composição final da urina.

A concentração da urina formada é regulada através da secreção de ADH (harmónio


antidiurético) pela neuro-hipófise. Esse harmónio atua aumentando a permeabilidade dos
túbulos distais e ductos colectores, fazendo com que ocorra uma maior reabsorção de água. A
liberação de ADH é maior quando bebemos pouca água, pois é uma forma de o corpo
diminuir a eliminação dessa substância que está escassa no momento.

É importante frisar que algumas substâncias estão em concentrações muito elevadas no nosso
organismo. Sendo assim, elas não são completamente reabsorvidas e parte é perdida na urina.
Pessoas portadoras de diabetes melito, por exemplo, apresentam grande quantidade de glicose
no sangue e consequentemente na urina.

Secreção: Algumas substâncias presentes no sangue e que são indesejáveis ao organismo são


absorvidas pelas células do túbulo contorcido distal. O ácido úrico e amônia fazem parte
dessas substâncias que são retiradas dos capilares e lançadas ao líquido que formará a urina.

Após passar por toda a extensão do túbulo néfrico, a urina está formada. Ela então é
conduzida até os ureteres, que a levarão até a bexiga, onde permanecerá até sua eliminação.

2.5 Filtração glomerular


Os glomérulos filtram o sangue arterial, originando a urina primária existente na cápsula de
Bowman. Esta se assemelha ao plasma sanguíneo, mas sem proteínas e outras substâncias de
grande peso molecular. A filtração ocorre pela diferença de pressão entre os capilares e a
cápsula de Bowman.
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Fonte: Internete

Factores que alteram a formação da urina


Dois factores alteram a formação da urina:

 Alteração do volume sanguíneo, porque a urina é derivada do sangue;


 Alteração da pressão arterial, irá interferir na propulsão do sangue pelos capilares e na
diferença de pressão entre o capilar arterial e a capsula de Bowman.

1.6 Túbulos renais


São tubos longos, contorcidos, que se originam na cápsula de Bowman e seguem após a alça
de Henle até o túbulo colector. A função dos túbulos renais é reabsorverem, e transformar o
líquido filtrado em urina em seu caminho para a pelve renal.

1.7 Reabsorção e secreção nos túbulos renais


Os glomérulos filtram o sangue arterial, originando a urina primária existente na cápsula de
Bowman, essa (urina primária) passa da cápsula de Bowman para os túbulos renais, onde
haverá uma reabsorção seletiva de água, sais e outros elementos. Este produto final passa para
os cálices renais, e acumula-se na pelve renal, de onde é conduzido para os uréteres, de forma
ininterrupta.
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Fonte: internet

Há dois hormônios que aumentam ou diminuem a reabsorção tubular:

 Hormônio antidiurético (HDA) formado na hipófise, aumenta a reabsorção da água


dos túbulos renais para a circulação sangüínea;
 Aldosterona - secretada pela supra-renal, estimula a reabsorção de água e sódio, e a
eliminação de potássio.

Embora possa haver perda de líquidos e electrólitos por outras vias e órgãos, são os rins
que regulam com precisão o ambiente químico interno do organismo, que estabelecem o
equilíbrio iónico do sangue, o que chega aos rins é filtrado nos glomérulos e aí o líquido
filtrado passa aos túbulos. Nos túbulos proximais, boa parte do líquido é reabsorvida, e o
que não é, constitui a urina.

• A função excretora renal é necessária para a manutenção da vida. Entretanto, ao


contrário dos sistemas cardiovascular e respiratório, a disfunção renal total pode não
causar morte imediata. Pois existem outras modalidades de tratamentos que podem ser
utilizados, como substitutos para determinadas funções renais.

1.8 Regulação da osmolaridade do plasma, Na, Cl e K


Segundo SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana, diz que, a regulação da osmolaridade é
mantida constante pela eliminação de urina com alta proporção de água (urina hipotonica ou
deluida) ou com baixa proporção de água (urina hipertónica ou concentrada). Quando os rins
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controlam a osmolaridade extracelular, automaticamente regulam a osmolaridade intracelular,


já que as duas estão em equilíbrio.

O controlo do volume dessas substâncias é feita pela excreção regular de Cloreto de Sódio, o
composto osmótico mais abundante dos líquidos extracelulares. A água acompanha o cloreto
de sódio para que a osmolaridade corporal não seja alterada, e assim o volume liquido pode
ser aumentado.

A pressão osmótica movimenta a água rapidamente para o compartimento líquido com maior
concentração de soluto até que as concentrações se tornem novamente iguais. A pressão
osmótica responsável pela movimentação da água através das membranas celulares depende
do número total de partículas de soluto (osmols) dissolvidas em solução – uma propriedade
conhecida como osmolalidade.

1.9 Estrutura do rim e o sistema urinário e processos renais básicos e micção

Estrutura dos rins


Com formato semelhante a duas sementes de feijão, esse órgão está localizado na região atrás
do peritônio parietal, contra os músculos da parede abdominal posterior e acima da cintura.
Devido à localização do fígado, geralmente o rim direito apresenta-se um pouco mais baixo
que o esquerdo.

2.1 Sistema urinário e processos renais básicos e micção


O sistema urinário é o conjunto de órgãos responsáveis pela excreção de substâncias tóxicas
ou encontradas em excesso no nosso corpo. Entre as substâncias eliminadas por meio desse
processo, temos a ureia, que é resultado do metabolismo de compostos nitrogenados.
A eliminação de substâncias acontece graças à acção dos rins, que retira do sangue o que o
corpo não necessita e elimina através da urina.

A micção normal ocorre quando a contração da bexiga se coordena com o relaxamento do


esfíncter uretral. O sistema nervoso central inibe a micção até o momento apropriado e
coordena e facilita as mensagens enviadas pelo trato urinário inferior para iniciar e completar
a micção, SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana.
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2.2 Regulação do balanço hídrico e electrólitos


Regulação do balanço de água e electrólitos, esse processo serve para a regulação da
homeostasia, e reabsorvendo ou excretando íons como sódio, potássio, cloreto, cálcio,
Hidrogénio, magnésio, fosfato, e claro a água. Quando aumenta a ingestão de um electrólito,
aumenta a excreção do mesmo para realizar a homeostase.
A água e electrólitos são componentes essências do meio interno do organismo.

São os principais componentes


Alguns minerais principalmente os macro minerais (minerais de que o corpo precisa em
quantidades relativamente grandes) – são importantes, tais como os electrólitos. Electrólitos
são minerais que carregam uma carga eléctrica quando estão dissolvidos em um líquido
como o sangue. Os electrólitos do sangue sódio, potássio, cloreto e bicarbonato ajudam a
regular as funções dos nervos e músculos e manter um equilíbrio ácido-base e um equilíbrio
hídrico.
Os electrólitos, sobretudo o sódio, ajudam o corpo a manter os níveis de líquido normais
nesses compartimentos de líquidos, uma vez que a quantidade de líquido contida em um
compartimento depende da quantidade (concentração) de electrólitos contida nele. Se a
concentração de electrólitos for alta, o líquido se move para este compartimento (um
processo chamado osmose).
Alguns distúrbios podem surgir se esse equilíbrio de electrólitos for perturbado. Por
exemplo, um desequilíbrio electrolítico pode ser causado por:

 Ficar desidratado ou hiperidratado;
 Tomar certos medicamentos;
 Distúrbios específicos do coração, rim ou fígado;
 Recebimento de hidratação ou alimentação por via intravenosa em quantidades
inadequadas.

2.3 Regulação renal da osmolaridade extracelular e sede por sal


Regulação da osmolaridade é mantida constante pela eliminação de urina com alta proporção
de água (urina hipotonica ou deluida) ou com baixa proporção de água (urina hipertónica ou
concentrada). Quando os rins controlam a osmolaridade extracelular, automaticamente
regulam a osmolaridade intracelular, já que as duas estão em equilíbrio.
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O consumo de líquido é regulado pelo mecanismo da sede e pelo mecanismo osmorreceptor-


ADH. Tais mecanismos mantêm, por conseguinte, a osmolaridade e a concentração de sódio
no líquido extracelular. Se um dos mecanismos falha, o outro poderá manter os níveis. A
síntese de ADH estimula a sede.

Osmolaridade extracelular e sede por sal


Habilidade do soluto em diminuir concentração da água.
A concentração total de solutos no líquido extracelular (osmolaridade) é determinada pela
quantidade de soluto dividida pelo volume de líquido extracelular.
A concentração de sódio e a o smolaridade do líquido extracelular são em grande parte
reguladas pela quantidade de água extracelular, SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana.

REGULAÇÃO DA OSMOLARIDADE
Entrada=Saída
Controle do balanço de água:
Controlado pela ingestão de líquido (sede)
Controlado pela excreção renal de água

2.4 Regulação do volume plasmático e complexojustaglumerular, Clearence renal


Creatina
A regulação do volume plasmatico é mantida constante pela eliminação de urina com alta
proporção de água, urina deludia ou com baixa proporção de água urina concentrada. Quando
os rins controlam a osmolaridade extracelular, automaticamente regulam a osmolaridade
intracelular, já que as duas estão em equilíbrio.

Complexojustaglumerular é uma estrutura microscópica do nefrónio, localizado no pólo


vascular do corpúsculo renal, formado por um componente vascular (arteríola
aferente e eferente), um componente tubular (mácula densa) e pelo mesângio extraglomerular.

A mácula densa é porção final do ramo ascendente espesso e após ela, inicia-se o túbulo
contorcido distal. O AJG é parte de um complexo mecanismo de feedback que regula o fluxo
sanguíneo renal (feedback tubuloglomerular) e a taxa de filtração glomerular e,
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indirectamente, modula o balanço de sódio e a pressão sanguínea sistémica, através


do sistema renina-angiotensina-aldosterona.[2]

A mácula densa reage à baixa presença de cloreto de sódio na corrente sanguínea


secretando hormônios parácrinos que estimulam as céulas justaglomerulares à
produzir renina a partir da pró-renina. A renina transforma o angiotensinogénio do fígado
em angiotensina I, que é transformada em angiotensina II pela enzima conversora da
angiotensina existente nos pulmões e no próprio rim.

Clarence de creatinina

Depuração plasmática  (clearance em inglês), depuração plasmática renal ou depuração


renal  (quando se referindo à função dos rins), de uma substância é o inverso da constante de
tempo que descreve sua taxa de remoção do sangue dividida por seu volume de distribuição
(ou água corporal total). No caso da depuração renal, é uma relação que permite quantificar a
quantidade de uma substância X excretada na urina, em relação à quantidade devolvida à
circulação sistémica.

Em outras palavras, o clearence é a medida de quanto volume de água corpórea se torna


completamente livre da substância em uma dada unidade de tempo. Por exemplo, um
clearence de 12ml/min indica que a cada minuto 12 mililitros de água corpórea não mais
contém nenhuma quantidade da substância em questão.

Para outras substâncias que não são tão bem depuradas como a creatinina (substância
endógena mais utilizada na clínica médica) ou inulina  (substância exógena, utilizada em
ensaios laboratoriais), pode-se usar o clearance fracional, que corresponde à razão entre o
clearance da substância X e o Clarence da creatinina ou inulina, considerados ideais (C x/Ccr),
dando um indicativo da percentagem da substância que é filtrada

2.5 Excreção de bicarbonato, funções dos rins no equilíbrio Acido-Base


A excreção de Bicarbonato é essencial para manter o equilíbrio metabólico, tipicamente o
Bicarbonato com a diminuição compensatória da pressão parcial de Dióxido de Carbono
(PCO2); o PH pode estar acentuadamente baixo ou ligeiramente subnormal. A excreção de
bicarbonato caracteriza-se com intervalo de anions elevado ou normal, com base na presença
ou ausência de aniões.
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Controle do equilíbrio ácido-base


O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácido-base.

O equilíbrio ácido-base do sangue é controlado com precisão, visto que até mesmo um
pequeno desvio da faixa normal pode afetar gravemente muitos órgãos. O corpo utiliza
mecanismos diferentes para controlar o equilíbrio ácido-base do sangue. Esses mecanismos
envolvem

 Pulmões
 Rins
 Sistemas de tampão

Função dos rins


Os rins são capazes de afectar o pH sanguíneo pela excreção de excesso de ácidos ou de
bases. Os rins apresentam certa capacidade para alterar a quantidade de ácido ou base que é
excretada, mas como os rins fazem estes ajustes de forma mais lenta do que os pulmões,
esta compensação costuma levar vários dias.

5.6 Excreção de iões H+ e Equilíbrio Acido-Base


A secreção de H+ a partir do túbulo coletor cortical está indiretamente ligada à reabsorção de
Na+. O potássio intracelular é trocado por sódio nas células principais, enquanto o H+ é
ativamente transportado por uma ATPase a partir das células alfaintercalares. A aldosterona
estimula a secreção de H+ ao entrar na célula principal, onde abre os canais de Na+ existentes
na membrana luminal e aumenta a atividade da APTase de Na+/K+. Então, a movimentação
de Na+ catiônico para dentro das células principais cria uma carga negativa junto ao lúmen
tubular. O K+ move-se a partir das células principais, enquanto o H+ se desloca a partir das
células alfa intercalares seguindo o gradiente eletroquímico e para dentro o lúmen. (Quando o
K+ é depletado, a secreção de K+ pelas células principais é diminuída e a reabsorção do K+
através de uma ATPase existente nas células alfa intercalares é estimulada.) A aldosterona
parece também estimular diretamente a ATPase de H+ nas células intercalares, intensificando
a secreção de H+. O HCO 3 é devolvido para o sangue através da membrana peritubular, em
troca de Cl–, mantendo assim a eletroneutralidade.
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Equilíbrio Acido-Base
O equilíbrio ácido-base é mantido por meio de tamponamento químico e por actividade
pulmonar e renal.

Equilíbrio ácido-base é um processo complexo, essencial para manter um pH extracelular


estável que permita o normal funcionamento celular. A manutenção de um pH normal
depende assim do balanço entre a produção e o consumo de ácido ou base e do seu
metabolismo ou excreção.

Os tampões químicos são soluções que resistem a alterações de pH. Tampões intra e
extracelulares fornecem uma resposta imediata a distúrbios ácido-base. Os ossos também
desempenham um papel importante, especialmente nas cargas ácidas.

Um tampão é feito de um ácido fraco e sua base conjugada. A base conjugada pode aceitar
H+ e o ácido fraco pode ceder o íon, minimizando assim as alterações das concentrações de
H+ livres. Um sistema tampão funciona melhor para minimizar alterações no pH perto de
sua constante de equilíbrio (pKa); assim, embora haja potencialmente muitos pares tampão
no organismo, somente alguns são fisiologicamente relevantes, CURI, R. & ARAÚJO
FILHO, J. P. Fisiologia Básica.

2.7 Fisiologia dos rins das aves, bexiga e da micção

Fisiologia dos rins das aves


Nas aves, o sistema urinário é composta por rins metanéfricos, ureteres e cloaca. Geralmente
as aves apresentam rins trilobados, ou seja, dividido em três lobos. As aves não apresentam
bexiga urinária, com exceção das avestruzes, e a urina é formada nos rins, que são pares e
grandes. Ao sair dos rins, a urina passa pelos ureteres e vai para a cloaca, onde será eliminada.
(KARDONG, 2006).

A micção normal ocorre quando a contração da bexiga se coordena com o relaxamento do


esfíncter uretral. O sistema nervoso central inibe a micção até o momento apropriado e
coordena e facilita as mensagens enviadas pelo trato urinário inferior para iniciar e completar
a micção.
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Assim como os répteis, as aves excretam seus dejectos nitrogenados na forma de ácido úrico
(uricotelismo), ao contrário dos mamíferos e anfíbios, que eliminam seus resíduos na forma
de ureia. O ácido úrico é concentrado principalmente na cloaca, onde é misturado com o
material fecal. Também há de excreção de produtos no desenvolvimento embrionário e fetal
das aves, nos ovos. Nesse caso, os resíduos permanecem no interior do ovo.

2.8 Regulação hidrogenionica e doenças renais


A regulação do balanço do íon hidrogênio (H+) é de certa forma semelhante à regulação de
outros íons no corpo. Para haver homeostase, é preciso que haja um equilíbrio entre ingesta ou
produção de H+ e a remoção líquida de H+ do corpo. E, assim como é verdadeiro para outros
íons, os rins têm um papel importante na regulação da remoção líquida de H+.

Entretanto, o controle preciso da concentração de H+ pelos rins. Existem também diversos


mecanismos de tamponamento ácido-base envolvendo o sangue, as células e os pulmões que
são essenciais para manter concentrações normais de H+ tanto no líquido extracelular quanto
no intracelular (GUYTON & HALL, 2006).

Moléculas que contêm átomos de hidrogênio e são capazes de liberá-los em soluções são
chamadas ácidos. Uma base é um íon ou uma molécula capaz de aceitar um íon hidrogênio.

Doenças renais
Diversos problemas podem afetar os nossos rins, causando sintomas, como: inchaço nas
pernas, dificuldade de urinar, dor ao urinar, aumento de micções durante a noite, sangue com
urina, e dores lombares. Entre as principais doenças renais conhecidas estão:

Cálculo renal: popularmente conhecido como “pedra nos rins”, é resultado do acúmulo de
algumas substâncias, como cálcio e cistina, dentro dos rins ou de canais urinários. Diversos
factores estão relacionados com a formação de cálculos, dentre os quais podemos citar:
alimentação inadequada, hereditariedade e baixa ingestão de água.

Insuficiência renal aguda: caracteriza-se pela perda da função renal de forma súbita.
Normalmente ocorre como consequência de algum outro problema de saúde. Esse tipo de
insuficiência pode ser reversível, porém, em alguns casos, pode ser fatal.

Insuficiência renal crónica: caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função


dos rins. Temos a insuficiência renal crónica terminal, quando os rins perderam entre 85% e
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90% de suas funções. Nesse caso, o paciente deverá iniciar procedimentos, como a
hemodiálise

3.1 Conclusão
Após a leitura concluiu-se que a falar da fisiologia renal é falar de todo o processo ou
mecanismo que acontece nesse aparelho renal desde os rins, sua estrutura, formação da urina,
filtração entre outros processos que acontecem dentro desse sistema, É importante frisar que
algumas substâncias estão em concentrações muito elevadas no nosso organismo. Sendo
assim, elas não são completamente reabsorvidas e parte é perdida na urina. Pessoas portadoras
de diabetes melito, por exemplo, apresentam grande quantidade de glicose no sangue e
consequentemente na urina.
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3.2 Referência bibliográfica


AIRES, M.M. Fisiologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

CURI, R. & ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.

GUYTON, A.C. & HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, Ed.9, 1997.

SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. Uma abordagem integrada. Porto Alegre:


Artmed, 2010.

(KARDONG, 2006).

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