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Tradução do RMA – Rubber Manufacturers Association

A Rubber Manufacturers Association é uma associação de comércio nacional da indústria fabricante de


borracha nos Estados Unidos.

A RMA possui comitês para indústrias em geral, destinados aos problemas das próprias indústrias em
áreas como transportes, estatísticas, qualidade da borracha natural, relações industriais, legislação,
economia, saúde, segurança e o meio ambiente.

Em áreas de produtos, ela opera através de divisões com membros trabalhando por período integral.
Estas maiores divisões, freqüentemente trabalham com suas comissões técnicas apropriadas, incluindo :
Pneus, produtos industriais, produtos para selagem, produtos para alojamentos, produtos moldados e
extrudados e todo tipo de borracha. A Divisão de Produtos Industriais inclui a subdivisão de
revestimento de cilindros cujo os representantes fizeram esta publicação.

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

A aplicação de elastômeros nas superfícies dos núcleos metálicos para fabricar os revestimentos de
cilindros é uma divisão da indústria de borrachas com métodos, práticas e padrões únicos. A proposta
deste manual é promover uma compreensão melhor da tecnologia dos revestimentos de cilindros.

Este manual pretende abranger os revestimentos de cilindros de qualquer material elastomérico,


borracha ou plástico. Neste manual o termo "borracha" é utilizados no sentido amplo e inclui todos
estes materiais.

Os revestimentos de cilindros são tão versáteis que podem ser utilizados para uma ampla variedade de
propostas. Existem, entretanto alguns usos gerais muito amplos que categorizam as propostas e as
características de tais revestimentos.

Os revestimentos são utilizados para facilitar a remoção de líquidos de um material. Tais aplicações
podem ser encontradas na indústria de papel, onde a água é espremida para secagem da folha de papel
recentemente formada; na indústria têxtil, onde a água ou as soluções químicas são espremidas dos
tecidos; na indústria de acabamento de metais, onde os ácidos ou outros líquidos são removidos da
superfície de uma chapa de metal.

Os revestimentos são utilizados no processo de impregnação. Exemplos deste processo podem ser
encontrados na operação de prensa de colagem na indústria de papel, nos cilindros de impregnação de
amido e corantes na indústria têxtil e no tingimento e tratamento de couros.

Os revestimentos são usados para aplicação de banho para superfícies, como nos papéis para
revestimento ou pintura de metais ou superfícies de tinta na impressão.

Os revestimentos fornecem proteção contra a corrosão praticamente em todas as indústrias.

Os revestimentos com altas características de fricção são utilizados para direcionar ou frear, como
cilindros tensores, cilindros de avanço, cilindros de controle e revestimento de polias.

Os revestimentos protegem os materiais de danos superficiais e auxiliam na redução de ruídos durante


o transporte.

Os revestimentos também são utilizados em aplicações de estamparia, geralmente em conjunto com um


cilindro de superfície metálica texturada.

Com a variedade de usos e produtos processados, temperaturas, condições químicas e velocidades, não
é nenhuma surpresa que os revestimentos variem amplamente na composição e dureza. Embora cada
um destes usos exija características especiais, certos padrões comuns tem sido estabelecidos. Estes
padrões tem-se tornado uma "linguagem" que pode ser utilizada tanto para os usuários como para os
fabricantes para tal referência.
As tolerâncias apresentadas neste manual representam a máxima variação recomendada para uma
especificação estabelecida na ausência de um acordo específico. O usuário pode especificar uma
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tolerância mais próxima, mas precauções deverão ser tomadas em tal especificação desde que o
revestimento de cilindro, com tolerâncias mais próximas encareçam mais para se fabricar e o usuário
pode não aceitar o custo de fabricação.

CAPÍTULO 2 - REVESTIMENTOS DE CILINDROS - UMA DISCUSSÃO GERAL

REVESTIMENTOS ELASTOMÉRICOS
Revestimentos de cilindros apresentam uma variedade de funções em muitas e diversas indústrias.
Consequentemente devem possuir uma ampla variação de propriedades físicas e características
operacionais. O revestimento de dureza macia com baixa carga num cilindro de impressão será muito
diferente do revestimento duro com alta carga em um cilindro prensa, usado na fabricação de papéis e
papelões. Para este fim, os fabricantes de revestimento de cilindros aproveitam-se dos diversos
elastômeros disponíveis para atender as propriedades específicas e únicas dos revestimentos de
cilindros. A borracha natural era o único material elastomérico disponível nos primeiros tempos da
fabricação de revestimentos de cilindros. O látex de borracha natural é processado para atender aos
fabricantes de revestimentos de cilindros com uma matéria-prima básica conhecida como elastômeros
de borracha. Um composto para revestimento de cilindros é desenvolvido pela adição de tipos
específicos de ingredientes apropriados e em quantidades que produzirão as propriedades físicas e o
efeito de vulcanização do elastômero natural.

Com o surgimento de materiais similares à borracha, os fabricantes de revestimentos de cilindros


podem agora contar com vários elastômeros sintéticos além da borracha natural para revestimentos de
cilindros apropriados para usos específicos. Assim como um elastômero de borracha, devem ser
acrescentados ingredientes específicos, também aos elastômeros sintéticos para desenvolver os
compostos para revestimentos de cilindros. Os elastômeros mais comumente utilizados estão
relacionados abaixo, com seus nomes comuns, nomes químicos e suas designações de código da
American Society for Testing and Materials (ASTM).

Neste manual, o termo "borracha" é utilizado num sentido amplo, incluindo-se todos os materiais
similares a borracha, tanto os naturais como os sintéticos.

NOME COMUM NOME QUÍMICO DESIGNAÇÃO ASTM-D1418-798


Borracha Natural Poliisopreno NR
Borracha Natural Sintética Polisopreno Sintético IR
Sbr Ou Grs Ou Buna S Estireno-Butadieno SBR
Neoprene Cloropreno CR
Nitrila Ou Buna N Butadieno-Acrilonitrila NBR
Hypalon Polietileno Clorosulfonado CSM
Thiokol Polisulfeto T
Butadieno Polibutadieno BR
Butil Isobutileno-Isopreno IIR
Etileno-Propileno Etileno-Propileno EPDM, EPM

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Acrílico Poliacrilato ACM, ANM
Silicone Polisiloxano Q
Poliuretano Poliester ou Polieter de Poliuretano AU, EU
Fluorocarbono Fluoreto de Hidrocarboneto FKM
Epicloridrina Policrometil Oxirano CO

Estes elastômeros básicos foram desenvolvidos para melhorar a durabilidade mecânica de serviço dos
produtos de borracha, inclusive os revestimentos de cilindros, pelo aumento de suas resistências a altas
temperaturas, a óleos, a produtos químicos, a abrasão e melhorando as propriedades de resistência
mecânica, da resiliência e para os casos especiais, da resistividade elétrica, da resistência a baixas
temperaturas e da capacidade de desintegração. Infelizmente nenhum elastômero pode abranger todas
as exigências dos revestimentos de cilindros. Por exemplo, um dos elastômeros sintéticos que exibe
resistência superior a altas temperaturas necessita de resistência adequada para muitos solventes ao
passo que um dos elastômeros mais resistentes aos solventes possui uma resistência a abrasão,
relativamente fraco.

PROPRIEDADES DOS REVESTIMENTOS


A dureza é freqüentemente a única especificação utilizada para identificar um revestimento de cilindro.
O grande uso de valores de dureza para este propósito conduziu muitos usuários de cilindros a
conclusão de que a dureza e possivelmente o tipo de elastômero são as únicas considerações
necessárias quando se discute os revestimentos de cilindros.

Embora a dureza continue a ser utilizada com o propósito de especificação, outras propriedades são
utilizadas pelos fabricantes de revestimentos de cilindros para caracterizar o material de revestimento.
Muitos cilindros operam em altas velocidades e sob pesadas cargas; nestes casos as propriedades
dinâmicas e térmicas das composições do revestimento devem ser conhecidas.

Isto se deve ao comportamento viscoelástico dos materiais similares a borracha, a maneira pela qual as
longas cadeias de moléculas que constituem estes materiais sofrem as deformações e as recuperações.
Apesar de comportar-se de um modo verdadeiramente elástico, estes materiais exibem algo da resposta
viscosa dos líquidos que fazem suas propriedades extremamente dependentes do tempo (a variação de
tempo na qual as cargas são aplicadas) e dependentes da temperatura.

MÓDULO DINÂMICO (E) é a propriedade mecânica mais importante dos revestimentos. As


propriedades mecânicas para revestimentos elastoméricos determinam a pressão e tempos específicos
do NIP. O módulo dinâmico é a rigidez ou resistência a deformações de um material para revestimento
sujeito as condições de operação. É afetado pelo material de revestimento, temperatura, razão de carga
aplicada e pelo nível de tensão.

O módulo dinâmico pode ser determinado no laboratório. Diversos aparelhos para testes dinâmicos
estão no mercado atualmente. Geralmente os testes operam com uma amostra adequadamente
idealizada que está sujeita a esforços sob razões elevadas de tensão que é representante da velocidade e
da carga aplicada na zona de pressão de dois cilindros conjugados. enquanto o teste se processa, a
energia é perdida com cada ciclo. Esta energia perdida é denominada histerese. Com o progresso do
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teste, a temperatura do material aumenta causando a queda do módulo dinâmico. Anéis típicos de
histerese dinâmico estão ilustrados no seguinte diagrama.

DEFORMAÇÃO
HISTERESE DINÂMICA

O módulo dinâmico E é a inclinação do eixo maior da elipse. Os anéis representam três temperaturas;
com o anel de temperatura menor à esquerda e aquele de temperatura maior à direita. O material é o
mesmo e o teste esta se processando à tensão ou carga constante.

Os testes de materiais, variando-se a tensão, a temperatura, taxa de deformação e frequência, resultarão


numa perda de potencial mensurável em cada condição. Estes dados de perda de potência volumétrica
podem ser aplicadas a um revestimento de cilindro para se determinar a temperatura de operação e
então o módulo dinâmico do revestimento. Com estes dados, podemos prever os parâmetros da área do
NIP. Com estas medições importantes da área do NIP poderá ser previsto o desempenho dinâmico de
um revestimento de cilindro quando conjugado com os fatores ambientais.

HISTERESE é a energia perdida durante cada ciclo de carregamento-descarregamento quando um NIP


se forma entre dois cilindros em operação. Esta quantidade de energia perdida transforma-se em um
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desenvolvimento de calor interno no revestimento do cilindro e influencia na temperatura de operação
do cilindro. A histerese é influenciada pelo elastômero, tipo e a quantidade dos ingredientes
incorporados ao elastômero. Todo revestimento de cilindro tem seu próprio desenvolvimento de calor
histerético específico.

ESTABILIDADE TÉRMICA de uma composição de revestimento de cilindro determina a quantidade


de mudança em propriedades, conforme as mudanças de temperatura. O módulo dinâmico e a dureza
diminuem com o aumento da temperatura. Um bom material de revestimento deverá mostrar uma
mudança mínima em propriedades sobre sua variação de temperatura de operação para manter a
pressão no NIP tão constante, quanto possível.

VARIÁVEIS AFETANDO A TEMPERATURA DO REVESTIMENTO DO CILINDRO


As muitas e variadas funções desempenhadas pelos revestimentos do cilindro podem ser agrupadas em
duas classes básicas: (1) cilindros de trabalho, nos quais um NIP é formado geralmente pelo contato
com outro cilindro e (2) cilindros transportadores, em cujo caso, o tecido, o papel ou material
processado é suportado simplesmente pelo cilindro.

A formação de um NIP pelos cilindros de trabalho provoca no revestimento a diminuição na espessura


quando este penetra no NIP ou região de pressão. Desde que as composições elastoméricas são
essencialmente incompressíveis, o revestimento será forçado a deslocar-se lateralmente sob a carga.
Este movimento do revestimento, a cada vez que o NIP é formado, provoca um movimento cíclico no
revestimento, correspondente à frequência de rotação do cilindro.

É este movimento cíclico que provoca a geração de calor no revestimento através do processo de
histerese. A histerese e a temperatura ambiental determinam a temperatura de operação de um
revestimento de cilindro. A temperatura de operação é muito importante porque esta determina tanto as
propriedades de operação e a vida do revestimento de cilindro. Um declive do equilíbrio da temperatura
é alcançado dentro do revestimento de qualquer cilindro depois de um período de operação constante.

A importância da temperatura do revestimento depende de fatores determinados tanto pelo cilindro


quanto pelas condições de serviço. Os fatores de operação importantes e revestimento de cilindro que
se combinam para determinar as temperaturas do revestimento de cilindro incluindo os seguintes:

Formulação do revestimento: é importante porque as características da histerese e a estabilidade


térmica podem diferir apreciavelmente de um revestimento para outro. As formulações dos
revestimentos de cilindros devem ser projetadas de maneira que se mantenha no mínimo este
desenvolvimento de calor.

Dureza: determina a deformação do revestimento no NIP. Quanto mais macio o revestimento maior
será a deformação e consequentemente maior o desenvolvimento de calor, quando a pressão for
mantida constante. Mantendo-se a dureza constante e aumentando-se a pressão, aumentaria o
desenvolvimento de calor.

Espessura do revestimento: determina a quantidade em que o revestimento de cilindro é deslocado no


NIP durante cada ciclo. Além disso, desde que as formulações do revestimento tenham condutibilidade
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de calor, relativamente baixa, a transmissão de calor para fora do revestimento será mais lenta em um
revestimento mais espesso. Ambos os fatores se combinam para aumentar a temperatura de operação
de um revestimento mais espesso.

Diâmetro do cilindro: determina o número de NIP´s formados para uma dada velocidade superficial.
Um cilindro de diâmetro pequeno rodará mais rápido e formará mais NIP’s por um dado tempo do que
o cilindro maior tendo a mesma velocidade superficial. Por isso os revestimentos nos cilindros de
diâmetros menores esquentarão mais.
Velocidade do cilindro: determina o número de NIP’s por tempo determinado e por isso determina a
proporção em que o trabalho é feito no revestimento. Se todas as outras condições operacionais
permanecerem constantes, um aumento na velocidade resulta num aumento no desenvolvimento de
calor.

Carregamento: determina a quantidade de deformação que o revestimento do cilindro sofrerá em cada


mudança. Quanto maior o carregamento, maior a deformação, portanto mais calor será gerado por cada
mudança.

Geometria: é uma consideração importante. Por exemplo, um cilindro correndo contra dois ou mais
cilindros formará um NIP contra cada um destes cilindros. A quantidade de trabalho feita no
revestimento de cilindro crescerá na proporção do número de NIP’s e da carga em cada um destes.

Temperatura ambiente: na forma da temperatura ambiente, temperatura da folha, quantidade de


umidade da folha, chuveiros de limpeza, banhos de vapor próximos ao cilindro, etc. afetarão as
temperaturas do revestimento de cilindro.

A temperatura superficial de um revestimento de cilindro não pode ser utilizada com um indicador
confiável da temperatura dentro do revestimento por causa da baixa condutibilidade de calor dos
materiais similares à borracha. Estudos têm demonstrado que sob certas condições operacionais, as
temperaturas podem ser mais do que 55oC (100oF) elevadas dentro da borracha do que na superfície do
revestimento do cilindro.

Sob certas condições operacionais, o calor gerado pelo revestimento do cilindro é de tão grande que é
necessário a refrigeração.

Estudos têm confirmado que a refrigeração interna é o modo mais eficiente de remoção de calor gerado
pela histerese e o uso de chuveiros externos são menos efetivos.

RESISTÊNCIA QUÍMICA / SOLVENTES


Em algumas indústrias nas quais os revestimentos de cilindros são utilizados, a descarga e/ou
reciclagem de seus sistemas de água resultam numa concentração de produtos químicos e/ou solventes
dentro de seus sistemas. Em outras indústrias o uso crescente de produtos químicos e/ou solventes é a
fonte de grande interesse dos fabricantes de revestimentos de cilindros. Os revestimentos de cilindros
expostos para um ambiente contendo produtos químicos e/ou solventes que os atacarão, serão afetados
em uma das seguintes maneiras:
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1. Penetração e inchamento daquele revestimento pelo produto químico. Isto provoca um amolecimento
e perda de propriedades físicas, que em casos extremos resultarão em orifícios ou crateras da
superfície do revestimento.

2. Penetração e extração de um ou mais ingredientes de compostos solúveis, tais como amaciantes ou


auxiliares de processo. Esta ação geralmente provoca o endurecimento da composição e caso
continue, a superfície se tornará quebradiça e com rachaduras.

3. Uma reação química ocorre entre o produto químico atacante e a base do elastômero, um ou mais
dos ingredientes do composto.

Alguns ataques de produtos químicos podem causar superfícies ligeiramente pegajosas ou mesmo um
completo amolecimento do revestimento, enquanto outros ataques de produtos químicos podem causar
o endurecimento causando rachaduras na superfície.

O grau de ataque demonstrou ser dependente da duração do contato da temperatura e da concentração


da solução.

1. As reações são dependentes do tempo, mas não continuam à uma taxa uniforme. Foi determinado
que a massa de líquido absorvido por unidade de área do revestimento é proporcional a raiz
quadrada do tempo. Como regra, leva-se 100 vezes em quantidade de tempo para se penetrar 10
vezes uma dada distância.

2. Aumentando-se a temperatura sempre acelerará o grau de ataque, de fato, o grau da reação de


deterioração dobra com cada aumento de 10oC (18oF) da temperatura.

3. Aumentando-se a concentração dos produtos químicos ou solventes, o grau de ataque no


revestimento do cilindro aumentará.

Na prática, o efeito de um determinado produto químico ou solvente sobre uma composição de


revestimento de cilindro é determinado por estudos de imersão em laboratório. É reconhecido que este
é um teste estático e que os procedimentos dos testes de imersão ASTM são utilizados como um
parâmetro. Os valores de mudanças atuais no volume e na dureza obtidos são importantes somente
como interpretação pelo fabricante de revestimentos e correlação com o campo das experiências
históricas.

Um conceito extremamente importante geralmente não entendido ou apreciado pelos usuários dos
cilindros é a característica única dos revestimentos de cilindro serem seletivos na absorção de produtos
químicos e solventes. Mesmo que a concentração de produtos químicos ou solventes possa ser de
algumas partes por milhão, o revestimento de cilindro está constantemente absorvendo as partes por
milhão até que um equilíbrio seja alcançado. Este equilíbrio se aproximará daquele obtido pela imersão
em concentrações de 100% do produto químico ou solvente em questão. Nenhum elastômero é
resistente a todos os produtos químicos e solventes.

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As informações adicionais sobre ataques químicos são fornecidas no Apêndice A “ATAQUE
QUÍMICO NO REVESTIMENTO DO CILINDRO".

CAPÍTULO 3 - DUREZA
Provavelmente nenhum outro único produto é fabricado em tão larga faixa de dureza como os
revestimentos de cilindros. O revestimento pode ser fabricado de qualquer material elastomérico. A
dureza de um revestimento de cilindro é a única medida prontamente obtida que pode ser utilizada para
indicar a resistência e a deformação daquele cilindro durante seu uso. Esta resistência à deformação
define as características operacionais do revestimento de cilindro.

INSTRUMENTOS MEDIDORES DE DUREZA


Embora haja muitos instrumentos para medição de dureza, existem dois que geralmente são utilizados.
Um é o durômetro Shore A (veja ASTM D2240-75 para método de uso e calibração). O outro é o
plastômetro Pusey & Jones (P&J) (ver ASTM D531-78 para método de uso). Cada um destes
instrumentos mede a resistência à penetração do revestimento.

O durômetro é o instrumento para medições de dureza de borracha mais utilizado. Possui as vantagens
por ter o tamanho de um bolso, facilidade de uso e leituras rápidas. Quando utilizado de acordo com o
procedimento aprovado pelo ASTM, as leituras são reprodutíveis com razoável consistência.
Infelizmente a sua grande simplicidade conduz ao uso incorreto e possíveis discordâncias.

O uso do plastômetro normalmente está restrito às indústrias de papel. É maior do que o durômetro e
embora portátil exige um procedimento mais complicado para se obter leituras apropriadas.

O durômetro Shore A mede a resistência à penetração de um cone acionado por uma mola no
revestimento. Em alguns casos, particularmente com revestimentos duros, podem ser especificados
(ASTM D2240-75) o durômetro Shore D. O durômetro Shore D é similar ao durômetro Shore A,
exceto pelo pino de penetração de um cone afiado e a mola de acionamento ser muito maior.

O plastômetro nos dá uma medição direta em centésimos de um milímetro da profundidade de


penetração na superfície do revestimento do cilindro de uma bola com diâmetro de 3.175 mm (1/8")
sob o peso de uma carga permanente de um quilograma (2.2 libras).

O durômetro é lido instantaneamente. A leitura do plastômetro leve um minuto após a aplicação da


carga. As leituras dos durômetro diminuem para materiais mais macios e as do plastômetro aumentam,
não existem conversões absolutas de uma escala para outra. A natureza dos dois testes é tão diferente
que todas as conversões devem ser consideradas como orientações grosseiras. No caso de revestimento
de cilindro, a dureza deverá ser especificada usando um durômetro ou um plastômetro, mas nunca
ambos.

DUREZA ESPECÍFICA
É necessária porque as variações de materiais e de processos possuem uma tolerância para mais e para
menos ao redor da dureza especificada.
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Além das variações que existem nos próprios materiais, há variações inerentes aos instrumentos de
medição, por isso a Associação dos Fabricantes de Borrachas (RMA) realizou experiências
estaticamente determinadas, conduzidas por especialistas para determinar a grandeza de tais variações
em que são utilizados durômetros e plastômetros em excelentes condições de calibração para medição
das durezas dos revestimentos de cilindros. Estes testes ficaram feitos sob condições cuidadosamente
controladas e a amplitude das leituras que foram encontradas sob estas circunstâncias.

NÍVEL REAL DE ERROS INSTRUMENTAIS EM LEITURAS DE DUREZA


DUREZA DA NÍVEL DE UM OPERADOR NÍVEL DE VÁRIOS OPERÁRIOS
INSTRUMENTO USANDO VÁRIOS NSTRUMENTOS
AMOSTRA USANDO UM INSTRUMENTO
5-50 2 pontos 3 pontos
PLASTÔMETRO 51-100 3 pontos 4 pontos
101-200 4 pontos 9 pontos
201 e acima 6 pontos 15 pontos
DURÔMETRO A & D 0-100 2 pontos 4 pontos

Muitos fatores influenciam as leituras obtidas com o durômetro e o plastômetro, mesmo quando o
instrumento estiver calibrado. Para o durômetro, alguns destes fatores são: a proporção de aplicação da
carga, quantidade de pressão utilizada e se há ou não outro componente de força além da vertical. As
leituras dos plastômetro dependem da perpendicularidade do instrumento e da velocidade de aplicação
da carga.

Com estes resultados de testes, as especificações foram derivadas para a dureza do cilindro e para a
variação de dureza que poderia ser tolerada para um revestimento individual. A dureza de um
revestimento de cilindro é a média de três leituras tomadas separadas de 120o, ao redor da linha central
do cilindro.

TOLERÂNCIA PARA UMA DUREZA ESPECIFICADA


INSTRUMENTO FAIXA DE LEITURAS DESVIO ADMISSÍVEL
3 a 15 3
16 a 49 4
50 a 60 5
PLASTÔMETRO 61 a 70 6
71 a 80 7
81 a 90 8
91 a 100 9
101 a 150  10
151 a 250  25
251 a 450  50
DURÔMETRO A & D 1 a 100 5
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VARIAÇÃO DA DUREZA DENTRO DO REVESTIMENTO DE CILINDRO

É muito importante que o usuário de cilindro que a dureza do revestimento seja uniforme ao redor e na
transversal do cilindro. Esta uniformidade é chamada de “variação da dureza no revestimento de
cilindro” e é definida como a diferença entre a maior e a menor de cinco leituras, as três usadas para a
dureza do revestimento do cilindro, mais duas leituras adicionais, a 150 mm (6”) de cada extremo.

VARIAÇÃO DA DUREZA TOLERÁVEL DENTRO DO REVESTIMENTO DO


CILINDRO
INSTRUMENTO FAIXA DE DUREZA DESVIO TOLERÁVEL
Até 21 P&J 3 pontos
21 a 60 P&J 4 pontos
PLASTÔMETRO 61 a 100 P&J 5 pontos
101 a 150 P&J 7 pontos
151 a 200 P&J 10 pontos
201 e acima 15 pontos
DURÔMETRO A & D 1 a 100 4 pontos

FATORES QUE INFLUENCIAM NA DUREZA


Além das variações inerentes à dureza do revestimento, variações nos instrumentos de testes e entre
estes instrumentos e variações nos métodos de teste, existem diversos outros fatores que podem influir
na leitura da dureza obtida.

A dureza dos artigos de borracha mesmo quando vulcanizadas mudam com a temperatura. Quando a
temperatura aumenta, a maioria dos elastômeros tornam-se mais moles. Isto variará de acordo com o
composto que está sendo testado e não é uma constante. Este efeito não é para ser confundido com o
envelhecimento causado pelo calor que normalmente provoca um endurecimento do revestimento. A
temperatura padrão de testes na indústria de borracha é de 21  2C (70  5F), a menos que a dureza
esteja especificada a outra temperatura. Caso a dureza a ser considerada com temperaturas além de
21C (70F), deve-se tomar muito cuidado para assegurar que toda a massa de borracha esteja à
temperatura desejada. A borracha tem um coeficiente baixo de transmissão de calor e
consequentemente a temperatura exata de um revestimento de cilindro torna-se difícil para determinar.

Os compostos elastoméricos tendem a tornar-se mais duros com o passar do tempo portanto, se um
cilindro for mantido em estoque ou tenha sido utilizado por um longo período de tempo, ocorrerá maior
dureza do que o original. Algum endurecimento é devido à oxidação e pode ser removido dando-se
uma leve esmerilhada na superfície, expondo o revestimento não oxidado.

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Desde que a dureza seja realmente uma medida de penetração, a espessura da borracha pode afetar a
leitura da dureza obtida.

Deste modo, para obter uma verdadeira leitura da dureza, é obrigatória a espessura mínima da borracha
para que a leitura não seja influenciada pelo núcleo metálico.

ESPESSURAS MÍNIMAS PARA LEITURA EXATA DA DUREZA


LEITURA DO LEITURA DO ESPESSURA DA BORRACHA A SER MEDIDA
PLASTÔMETRO DURÔMETRO mm polegadas
0-40 100-51 6 ¼
41-100 50-0 10 3/8
101-200 - 13 ½
Acima de 200 - 20 3/4

EFEITOS DE SUPERFÍCIES HETEROGÊNEAS


Desde que a dureza de um revestimento de cilindro é a medida da penetração de um pino relativamente
pequeno, o acabamento superficial ou a configuração podem ser um fator na leitura do instrumento de
dureza. Desde que a borracha é incompressível, o que está sendo medido pela penetração é realmente a
deformação; a configuração superficial alterará a penetração ou as características de deformação e
assim alterará a leitura do instrumento medidor de dureza sem que tenha alterado a dureza absoluta do
revestimento de cilindro. Outro perigo encontrado na tentativa de se medir a dureza sobre uma
superfície furada ou texturada é o fato de que é quase impossível situar o sensor de prova, tanto o cone
do durômetro ou a bola do plastômetro, à mesma distância da margem do padrão usinado a cada
medição.

A especificação de dureza é para uma leitura de dureza em uma superfície plana e lisa antes de se fazer
qualquer abertura de ranhuras, furação ou outra textura da superfície. Se apesar de todos estes fatores
um usuário exige uma leitura de dureza numa superfície ranhurada, furada ou de qualquer outra textura,
deve ser claramente posicionado no seu pedido.

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CAPÍTULO 4 - QUALIDADE SUPERFICIAL E ACABAMENTO

A variedade de usos dos revestimentos de cilindros em diferentes indústrias necessita de acabamentos


apropriados aos métodos de produção e aos materiais que estão sendo processados naquelas indústrias.
A tecnologia atual resultou numa demanda sempre crescente para acabamentos mais precisos dos
revestimentos de cilindros. Velocidades mais elevadas, maiores pressões e a insistência por um produto
final mais próximo do perfeito tem resultado na revisão e atualização de práticas industriais adequadas
ao acabamento dos revestimentos de cilindros. O acabamento e a qualidade da superfície do
acabamento do cilindro deste capítulo referem-se à borracha, plásticos e qualquer tipo de revestimento
elastomérico de cilindro.

ACABAMENTO SUPERFICIAL
O acabamento superficial exigido para um revestimento de cilindro depende do uso pretendido. Esta
seção define e classifica os acabamentos de retífica de superfície.

CLASSES: Os primeiros métodos de tratamento superficial, a seguir, são geralmente empregados. A


classe do acabamento superficial que pode ser executada é dependente da dureza e da composição do
revestimento do cilindro.

A classe deve ser escolhida do segmento de acordo com as partes interessadas.

CLASSE 4 - TORNEADO EM BRUTO: Nenhuma exigência por acabamento superficial.

CLASSE 3 - RETÍFICA PADRÃO: A superfície do revestimento do cilindro é esmerilhada. Marcas de


esmerilho e avanços de esmerilho visíveis a olho nu são permissíveis.

CLASSE 2 - RETÍFICA FINA: Operações de retífica adicionais são acrescentadas àquelas da Classe 3.
Ligeiras marcas de retífica e estrias visíveis a olho nu são permissíveis.

CLASSE 1 - POLIMENTO: Uma operação de polimento é acrescentada às operações da Classe 2. Nas


borrachas macias a superfície é aveludada, na borracha dura é lisa. Marcas de retífica e estrias não
devem ser visíveis a olho nu. Manchas esporádicas são permissíveis.

QUALIDADE SUPERFICIAL
O número e o tamanho das imperfeições permissíveis devem ser acordados entre as partes interessadas.

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CAPÍTULO 5 - EMBALAGEM E EMBARQUE

Caixas são fornecidas com o núcleo e são de responsabilidade do usuário. As alterações são feitas pelo
fabricante de revestimentos de cilindros por caixas novas ou reparo das caixas velhas.

Às vezes, condições especiais exigem o uso de cavaletes com a superfície do cilindro protegida por
material de embrulho.

Como a responsabilidade pela eficiência da proteção permanece com o proprietário do cilindro, tanto
no embarque de ida como de volta, devendo ser assegurado de que, cada caixa ou cavalete fornecido
seja, adequado para o embarque.

CONSTRUÇÃO DA CAIXA
A caixa deve ser construída tanto para proporcionar a força suficiente para apoio e grande o bastante
para acondicionar o cilindro totalmente, fornecendo proteção ao cilindro e ao revestimento durante o
embarque.

As caixas deverão proporcionar uma folga mínima entre a superfície da borracha e a superfície interna
da caixa, como segue:

DIÂMETRO DO CILINDRO FOLGA MÍNIMA POR TODA


INCLUINDO O REVESTIMENTO VOLTA
Até 750 mm (até 30”) 50 mm (2”)
750 mm e acima (30” e acima) 100 mm (4”)

Cuidados deverão ser tomados para assegurar que nenhum movimento do cilindro se processe e que
não haja nenhum prego, parafusos ou outra projeção interna que possa danificar o revestimento do
cilindro devido a flexão da caixa ou do núcleo durante o embarque ou o manuseio.

As caixas deverão ser marcadas para indicar os pontos próprios para elevação para prevenir danos no
manuseio.

PROTEÇÃO DE AR REFRIGERADO
Danos ao revestimento do cilindro podem ocorrer devido ao choque no manuseio, quando estiver frio
ou sob rápida mudança de temperatura, consequentemente a elevação ou manuseio de cilindros frios
deve ser feito com muito cuidado, temperaturas abaixo de 5C (40F) são consideradas críticas.

Sob condições de temperaturas abaixo de zero, os embarques de cilindros com revestimentos duros, por
exemplo 0-50 P&J, ou qualquer cilindro com construção de base dura, independentemente da dureza
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devem ser transportados sob aquecimento no qual a temperatura é mantida a 5C (40F) ou mais
elevada.

O transporte aquecido não é exigido para cilindros mais moles do que 50 P&J ou 75 Shore A e que não
possuam construção de base dura.

Para minimizar o efeito das mudanças rápidas de temperatura, o cilindro pode ser revestido de material
isolante. Os revestimentos de cilindros recebidos numa fábrica durante os meses frios de inverno, em
caminhões aquecidos, devem ser transferidos para um local aquecido, o mais rápido possível.

Se eventualmente o cilindro revestido for recebido sem estar aquecido, com uma temperatura abaixo de
5C (40F), cuidados devem ser tomados para que o revestimento e o corpo do cilindro aumentem a
temperatura na mesma proporção. De outro modo, os mesmos poderiam ficar danificados pelo
diferencial de expansão térmica. A possibilidade de danos pode ser minimizada pela colocação do
cilindro num armazém onde a temperatura esteja por volta de 5C (40F), pelo menos por 24 horas, sob
aquecimento gradual. Somente após o período de 24 horas os cilindros frios deverão ser removidos
para dentro da fábrica onde a temperatura ambiente normal prevaleça.

CAPÍTULO 6 - REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE


ClLINDRO

Recomenda-se que um registro de desempenho seja mantido para cada revestimento de cilindro pelo
usuário. Este registro deverá incluir todas as informações pertinentes sobre revestimento de cilindro
incluindo dados como o fabricante, data de fornecimento, tipo, medidas, números de identificação,
mais um registro de instalação e remoção.

Os registros de materiais de revestimento de cilindro estão disponíveis sob solicitação de alguns


fabricantes. Quando utilizados regularmente, os registros permitirão ao usuário do cilindro estabelecer
os esquemas de manutenção do revestimento de cilindro exigidos e apontar os problemas relacionados
ao desempenho do cilindro.

Um exemplo de um formulário típico de registro de serviços para revestimento de cilindros será


apresentado a seguir.

15
REGISTRO DE SERVIÇOS DE REVESTIMENTO DE CILINDROS

Posição _____________________ Tipo de cilindro _____________________ Cilindro nr. _______________ Série nr. ______________

Comprimento de faces ____________________ Diâmetro do núcleo _______________ Diâmetro acabado ________________________

Material de revestimento e dureza _____________________________________ Espessura do revestimento _______________________

Peso do cilindro __________________ Bombê ___________________ Desenho nr. __________________ Mancais _________________

NR. DE DIAS EM DATA DA LEITURA DA TIPO DE REVESTIDO POR


INSTALADO RETIRADO SERVIÇO RETÍFICA BOMBÊ DUREZA ACABAMENTO OBSERVAÇÕES

16
CAPÍTULO 7 - CUIDADOS COM O REVESTIMENTO DE CILINDROS

ARMAZENAGEM
Os cilindros devem ser armazenados em uma área com ventilação e escura para que não fiquem
expostos diretamente à luz solar ou grandes variações de tempo ou umidade das condições normais.
Esta área deverá ser diferente da área de trabalho ou de grande tráfego para evitar danos acidentais.
Quando for possível, os cilindros deverão ser armazenados com suas caixas de embarque. Proteção
adicional poderá ser oferecida pela manutenção do revestimento no invólucro fornecido pelo
fabricante. Áreas de grande concentração de ozônio, tais como as áreas com geradores de motor ou
outros mecanismos produtores de arcos elétricos não devem ser utilizados para armazenagem.

PROTEÇÃO SUPERFICIAL
A deterioração poderá resultar se o óleo, graxa, querosene, solventes ou outros produtos químicos
puderem permanecer sobre o revestimento do cilindro. Similarmente a adesão da interface metal-
borracha, poderá ser reduzida pelo contato com estes materiais.

Em todos os casos onde a limpeza do revestimento de cilindro está para ser executada, o fabricante
deve ser consultado sobre uma solução de limpeza especificamente recomendada. A limpeza manual
com papel abrasivo não é recomendada porque geralmente provoca a remoção desnivelada da borracha,
com pontos achatados e com dificuldades operacionais.

Ao movimentar os cilindros, deverá ser tomado muito cuidado para evitar danos por colisões ou batidas
no revestimento do cilindro.

MANUTENÇÃO
Os cilindros que permanecerem fora de serviço por longos períodos de tempo deverão sofrer renovação
superficial pelo esmerilhamento de 1 mm (1/32”) de borracha da espessura do revestimento, isto é,
reduzindo-se o diâmetro do cilindro de 2 mm (1/16”), geralmente será removida a camada oxidada.

Os revestimentos de cilindros devem ser utilizados somente para os serviços e condições de operação
para os quais foram fornecidos. Se estas condições estão para ser modificadas, o fabricante deverá ser
consultado para se obter informações sobre a nova situação.

Os cilindros deverão ser removidos do serviço assim que os danos ou deteriorações sejam observados.
Continuando o uso do cilindro, aceleraremos a perda do desempenho e conduziremos à falha
prematura.

Se os cuidados e a manutenção recomendados pelo fabricante forem praticados, o máximo de tempo de


serviço e a eficiência de operação serão alcançados.

17
CAPÍTULO 8 - NÚCLEOS DE CILINDROS

INTRODUÇÃO
Todos os revestimentos de cilindros são aplicados sobre a superfície de um corpo ou núcleo metálico.
O núcleo de um cilindro é de propriedade do usuário do revestimento.

A vida útil do núcleo geralmente excede a vida útil do revestimento várias vezes e portanto é
reutilizado quando são exigidos novos revestimentos porque o desempenho de um cilindro depende das
propriedades tanto do núcleo do cilindro como do seu revestimento, a construção e as condições, não
poderão ser ignorados pelo fabricante de revestimentos de cilindro e deverá ser consultado no início da
fase do projeto.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Os núcleos do cilindro são identificados para operações e condições de serviços individuais e são
fabricados numa série de tamanhos. São fabricados de uma variedade de materiais, embora o aço seja
um material normalmente encontrado. Eles podem ser fabricados de canos, tubos, fundição, centrífuga
de aço, aço inoxidável, ferro fundido, bronze, alumínio, plástico ou mesmo de madeira. A seleção de
material para o núcleo do cilindro dependerá normalmente da carga a ser exigida e das condições de
serviço. Os núcleos podem ser tão pequenos quanto uma haste de aço, de diâmetro externo de 13 mm e
comprimento de faces de 25 mm (1”) ou tão grandes quanto o cilindro de diâmetro de 2500 mm (96”) e
maiores do que 10.000 mm (400”). Quando algum material raro for utilizado para o corpo do cilindro,
o fabricante de revestimento de cilindro deverá ser notificado.

CRITÉRIOS DE CONSTRUÇÃO
Embora os cilindros maciços não sejam raros, a maioria dos cilindros são ocos. Este cilindro oco possui
cabeceiras instaladas em cada extremo com pontas de eixo que são utilizadas para sustentar os mancais
sobre os quais o cilindro gira. Existem diversos modos para se construir as cabeceiras do cilindro,
dependendo do tamanho, da aplicação e do material disponível. Os detalhes de construção deverão ser
entregues para aquelas companhias que se especializaram na fabricação de núcleos de cilindros.
Quando possível, discutir as exigências do núcleo com o fabricante do revestimento e/ou com o
fabricante do núcleo antes que o projeto final esteja completo podendo resultar em considerável
economia de custos para o usuário do cilindro.

Na maioria dos cilindros de tamanho médio são apoiados no centro das pontas de eixo. É importante
que estes centros sejam conservados numa condição que permita ao fabricante do revestimento
encontrar as exigências de tolerância do cilindro acabado. A concentricidade do revestimento de
cilindro estão limitadas pela concentricidade dos centros ou pelas superfícies de apoio.

Como foi mencionado anteriormente, a maioria dos corpos de cilindros são de construção oca. A
deflexão do núcleo é controlada pela espessura da parede em função da pressão de trabalho. As prensas
de papel e alguns núcleos de cilindros industriais exigem furos de ventilação em ambas as

18
extremidades do núcleo separadas a 180, perfuradas através das cabeceiras do núcleo. Os furos
facilitam a circulação de calor durante a vulcanização. Os cilindros grandes com núcleos maciços
podem causar problemas de vulcanização por causa da dificuldade da transferência de calor durante a
vulcanização.

REFRIGERAÇÃO POR ÁGUA


Para cilindros que operam sob cargas elevadas, altas velocidades ou altas temperaturas, é comum ter o
núcleo projetado com refrigeração por água para reduzir a temperatura do revestimento. A espessura
mínima do revestimento, simultaneamente com a refrigeração por água é obrigatória para condições
extremas de alta pressão, alta velocidade e alta temperatura.

PREPARAÇÃO SUPERFICIAL
Um acabamento de usinagem fina é conveniente para os núcleos novos. Tais núcleos não deverão ser
fornecidos para o revestidor com abertura de ranhuras, serrilhamento, rosqueamento profundo e outros
tratamentos superficiais similares. Um núcleo de cilindro fornecido com outro acabamento que não seja
de usinagem fina pode exigir a reusinagem, a fim de alcançar ótima adesão.

Além dos tipos convencionais de corpos de cilindros, existem outros tipos de corpos de cilindros que
possuem construções únicas para aplicações específicas.

CAPÍTULO 9 - MANCAIS E PONTAS DE EIXO

O fabricante de revestimento de cilindro inspeciona visualmente as pontas de eixo e os mancais no


recebimento de um cilindro. Caso haja algum dano aparente será comunicado ao proprietário do
cilindro. Qualquer reparo exigido ou substituição é de responsabilidade do dono do cilindro.

É considerado como padrão o envio do cilindro sem mancais para o fabricante de revestimento. Nos
casos em que isto não ocorrer, é provável que os danos ao mancal e às pontas de eixo aconteça por
causa do ambiente corrosivo do processo de revestimento de cilindro. Caso haja a necessidade de
retífica e balanceamento, somente poderão ser feitos se o cilindro for girado sobre os mancais. Neste
caso os mancais devem ser fornecidos separadamente com o cilindro.

19
CAPÍTULO 10 - BALANCEAMENTO E PADRÕES DE BALANCEAMENTO

INTRODUÇÃO

Esta discussão não pretende ser um manual para balanceamento de cilindros, mas simplesmente
apontar o que envolve a preparação de cilindros para operações em altas velocidades. A fórmula para
forças centrífugas é:
2
M .V .
F= ,
R.

Onde M é a massa, V é a velocidade e R é o raio em torno do qual a massa gira, visto que a força
aumenta proporcionalmente ao crescimento da massa e ao quadrado da velocidade. Se a massa for
duplicada a força será duplicada. Se a velocidade for duplicada, a força será quadruplicada. As forças
desbalanceadas são prejudiciais ao cilindro e aos elementos de máquina.

O maquinário de balanceamento de cilindros é caro e exige pessoal habilitado para sua operação.
Empresas especializadas em revestimentos de cilindros para indústrias, operando em altas velocidades,
tem investido neste equipamento como um serviço para os seus clientes.

O balanceamento do cilindro é a manipulação do centro de gravidade, de modo que este caia ao longo
do eixo de rotação. Se esta condição não existir, resultará o desbalanceamento e o eixo tenderá a girar
em torno do centro de gravidade com as pontas de eixo trançando uma órbita circular, se eles não
estiverem seguramente fixados.

BALANCEAMENTO ESTÁTICO
Se um cilindro apoiado com mínima fricção, permanece em repouso sempre que a rotação for
interrompida, o balanceamento estático é considerado existente. Se o cilindro não estiver em
balanceamento estático, o peso suficiente será acrescentado ao lado “leve” para trazê-lo ao
balanceamento. Isto geralmente é realizado fazendo-se um buraco e adicionando chumbo ou aço antes
do revestimento. Este é um ajuste simples e bastará se as forças de rotação não interferirem.

BALANCEAMENTO DINÂMICO
Embora um cilindro possa estar em balanceamento estático, é possível que esteja fora de
balanceamento dinâmico. Este efeito tornara-se ampliado quando a velocidade do cilindro for
crescente. A oscilação resultante é conhecida como desbalanceamento dinâmico. Esta condição é
minimizada pela adição de contra pesos para uma ou ambas as extremidades do cilindro.

O desbalanceamento cinético ou vibração é a deflexão do corpo de um cilindro em alta velocidade


causada pela não uniformidade da seção transversal do corpo do cilindro que é inerente a certos tipos

20
de canos e tubos. A vibração deverá ser corrigida antes do revestimento. Na teoria é exigida a correção
individual em todos os planos onde há o desbalanceamento. Na prática, um compromisso é acertado
para localizar contrapesos nos ou próximos aos pontos nodais que estão localizados à aproximadamente
um quarto da distância entre cada extremo da face do cilindro. É provável que pesos adicionais terão de
se localizar em pontos intermediários e estes pesos iniciais ajustados para efetuar o balanceamento
aceitável.

Corrigir o desbalanceamento mecânico em cilindro de funcionamento acelerado consome tempo


mesmo para um profissional experiente. Ele não deve subestimar o tempo para diagnóstico ou o tempo
exigido para instalar os contrapesos apropriados. Depois que as localizações e as dimensões dos
contrapesos tenham sido encontradas, suas fixações seguras podem exigir um dia ou mais. Se for
necessário localizar os pesos ao longo da face do cilindro, deverão ser furados através da camisa para
parafusamento ou solda dos pesos internos no local.

Depois que um cilindro tenha sido revestido, será difícil fixar seguramente os contrapesos na camisa. A
sintonia fina de balanceamento, se necessário, poderá ser feita depois do revestimento, somente se for
de pouco peso, tendo que ser acrescentada ou subtraída nas extremidades. Embora os buracos num
revestimento acabado possam ser preenchidos com borracha e vulcanizados, torna-se indesejável por
envolver uma segunda cura para um revestimento de cilindro e os buracos tampados serão visíveis para
o usuário, mesmo que eles possam fornecer um serviço satisfatório.

MEDIÇÃO E PADRÕES DE BALANCEAMENTO


Cilindros que operam em velocidades baixas normalmente precisarão somente de balanceamento
estático. O desbalanceamento estático é expresso em gramas por superfície de trabalho. Leitura de tais
desbalanceamentos são tão influenciadas pela fricção na superfície de apoio que o valor do
desbalanceamento estático tolerável não é padronizado pela indústria de revestimento de cilindros.

O desbalanceamento dinâmico pode ser expresso em “grama-centímetros” e é a medida de uma ou


mais forças que provocam vibração quando o cilindro é girado. As forças de desbalanceamento são
medidas normalmente em amplitude de vibração.

As especificações para o balanceamento dinâmico normalmente são expressas em amplitude de


vibração nas extremidades do cilindro para uma determinada velocidade. A amplitude de tal vibração é
medida normalmente através de um vibrômetro registrador.

Para cilindros em que o balanceamento dinâmico é especificado, a amplitude máxima de vibração


sugerida industrialmente é de 0.13 mm (0.005”) nos extremos do cilindro para uma determinada
velocidade que é geralmente duas vezes aquela dos extremos.

21
MANCAIS E MONTAGENS
Se um cilindro for fornecido com seus mancais próprios e estiverem em boas condições é vantajoso
utilizá-los no balanceamento a fim de simular as condições operacionais atuais. A armação da máquina
na qual um cilindro opera terá um efeito de contenção, caso seja pesada e rígida.

Se um cilindro não possuir uma rotação normal, como esperado, após o balanceamento, os seguintes
fatores deverão ser considerados:

1. Tolerância dos mancais;


2. Frequência natural da máquina na qual o cilindro está operando;
3. Efeito amortecedor da máquina na qual o cilindro opera;
4. Condições de estocagem provocando uma mudança temporária na concentricidade do cilindro.

OBSERVAÇÃO: OS CILINDROS SÃO BALANCEADOS PARA UMA DETERMINADA


VELOCIDADE E NÃO ESTÃO NECESSARIAMENTE BALANCEADOS
PARA OUTRAS VELOCIDADES.

22
II - REVESTIMENTO DE CILINDROS

APLICAÇÕES ESPECÍFICAS

CAPÍTULO 11 - INDÚSTRIAS GRÁFICAS

INTRODUÇÃO

Existem quatro diferentes tipos de impressão na indústria gráfica:

1. Impressão em relevo
2. Offset / Litografia
3. Gravura
4. Flexografia

Embora cada um destes métodos de imprimir palavras possua suas características próprias, todos estes
quatro métodos de impressão usam cilindros elastoméricos para produzir o produto acabado.

Estes métodos empregam os seguintes meios para impressão:

1. Impressão em relevo: impressão através de uma superfície em relevo.

2. Offset / Litografia: impressão através de uma superfície lisa.

3. Gravura: impressão através de uma superfície baixa.

4. Flexografia: impressão através de tipos flexíveis ou placas.

Cada um destes métodos de impressão possui uma construção única de prensa para executar o produto
acabado. O tipo de cilindro elastomérico utilizado dependerá da velocidade, da tinta e do solvente
utilizados para lavagem. Normalmente a tabela abaixo será útil na seleção do tipo de elastômero a ser
utilizado na dureza (do durômetro) particular.

23
TIPO DE IMPRESSÃO ELASTÔMERO UTILIZADO DUREZA (DURÔMETRO A)
NITRÍLICA
IMPRESSÃO EM RELEVO NEOPRENE 15-30
POLIURETANO
CLORETO DE POLIVINILA
NITRÍLICA
NEOPRENE
OFFSET / LITOGRAFIA POLIURETANO 20-50
CLORETO DE POLIVINILA
EPICLORIDRINA
NEOPRENE
GRAVURA POLIURETANO 70-95
EPICLORIDRINA
NATURAL
NITRÍLICA
FLEXOGRAFIA NEOPRENE 50-90
BUTILA
ETILENO-PROPILENO
POLIURETANO

MEIO OPERACIONAL
O fabricante de revestimento, dado o conhecimento completo da velocidade, tintas de impressão e
solventes a serem utilizados por um cliente, poderá recomendar então, o melhor tipo de revestimento a
ser aplicado para o corpo do cilindro. Outros fatores que deverão ser considerados para o melhor
desempenho do cilindro são a sua regulagem na prensa e a manutenção.

REGULAGEM
A regulagem de um cilindro é o fator mais importante numa prensa. Este ponto é descuidado diversas
vezes, portanto diminui a vida de um revestimento e reduz a qualidade do produto acabado. Quanto
mais suave for a regulagem para transferir a tinta de impressão, melhor. Isso assegura as mais baixas
tensões no revestimento de cilindro e do desenvolvimento de calor devido à histerese. Assim que os
revestimentos de cilindros dilatarem ligeiramente devido à fricção superficial ou ao desenvolvimento
de calor, as regulagens dos cilindros deverão ser verificadas novamente após trinta minutos de
operação e ajustadas para uma regulagem mais suave, se necessário.

24
MANUTENÇÃO
Para seguir um programa de manutenção, como cuidados na lavagem dos cilindros. O usuário
minimizará os seguintes problemas inerentes aos cilindros da prensa:

(1) vitrificação; (2) tintas secas e (3) picadas nos extremos dos cilindros. Esta lavagem deverá ser feita
diariamente e, uma vez por semana, todos os cilindros deverão ser removidos da prensa para uma
lavagem meticulosa. Fazendo isto, a vida dos revestimentos será aumentada e a qualidade de impressão
assegurada. Se tintas de rápida fixação forem utilizada, a prensa deverá ser lavada quando estiver
parada por um certo período de tempo.

Quando da parada de uma prensa por um certo período de tempo, os suportes dos cilindros deverão ser
retirados. Isto evitará a formação de uma área achatada na superfície do revestimento. Se ocorrer esta
condição, às vezes, poderão ser eliminados dos revestimentos de dureza baixa, operando a prensa
vagarosamente por algumas horas, senão será necessário retífica ou o revestimento.

Os cilindros deverão ser armazenados num local ventilado, seco, longe da luz solar direta ou qualquer
fonte dissipadora de ozônio. Esta área de armazenagem deverá ser conservada fechada à 20-22C (68-
72F) para armazenagem ideal.

O invólucro de proteção deverá ficar sobre o cilindro até que seja liberado para o usuário. Este
invólucro está projetado para fornecer proteção contra as condições ambientais.

No recebimento, os cilindros deverão ser inspecionados pelo usuário e então armazenados na caixa
para embarque. Se não houver caixa disponível, o cilindro deverá ser colocado horizontalmente em
prateleiras ou armazenados verticalmente numa determinada área de armazenamento. A posição
horizontal é a mais conveniente para os cilindros com 1000 mm (39”) de face ou menores.

Se os cilindros forem removidos de uma prensa para estocagem, deverão ser limpados meticulosamente
antes de ser armazenados. É melhor embrulhar a superfície com papel pardo antes da armazenagem.

Os cilindros nunca deverão ser armazenados no chão ou empilhados, pois pode ocasionar achatamento
da superfície do cilindro, tornando-o sem uso para operação.

As prateleiras de armazenagem deverão ficar bem longe de locais onde há spray de tinta ou névoa.

QUALIDADE SUPERFICIAL E ACABAMENTO


O acabamento exigido variará com as posições dos cilindros, tipo de prensa, produto final, etc.
Normalmente os cilindros de impressão deverão estar livres de vácuos, contaminações e marcas de
acabamento visíveis. As exigências individuais poderão ser negociadas entre o cliente e o fornecedor.

As classes de acabamento que podem ser aplicadas para a superfície dos cilindros estão descritas no
Capítulo 4 - “Qualidade Superficial e Acabamentos. ”

25
PADRÕES DIMENSIONAIS
As especificações de padrões dimensionais mostradas abaixo são normalmente aceitos, mas as
tolerância mais próximas poderão ser negociadas entre o usuário e o fornecedor.

PADRÕES DE TOLERÂNCIA - INDÚSTRIAS GRÁFICAS


TOLERÂNCIA NO
TIPO DE CILINDRO TOLERÂNCIA NO  (1) TOLERÂNCIA NA COMPRIMENTO DE
CONCENTRICIDADE (2) FACE ACABADA (30)
mm polegadas mm polegadas mm polegadas
IMPRESSÃO EM + 0.76 + 0.030
RELEVO - 0.76 - 0.030 0.13 0.005  1.57  0.062
+ 1.14 + 0.045
TINTA OFFSET - 0.000 - 0.000 0.008 0.003  1.57  0.062
TECIDO OFFSET + 0.64 + 0.025
(PAPEL E TECIDO) - 0.00 - 0.000 0.08 0.003  1.57  0.062
ROTOGRAVURA + 2.39 + 0.094
JORNAIS - 2.39 - 0.094 0.13 0.005  1.57  0.062
ANILINA + 0.25 + 0.010
(FLEXOGRAFIA) - 0.00 - 0.000 0.08 0.003  1.57  0.062

OBSERVAÇÕES: (1). As precisões dimensionais não deverão ser especificadas, salvo aquelas
essenciais para o funcionamento apropriado do cilindro porque serão
acrescidos custos adicionais. Os fabricantes de cilindros deverão ser
consultados antes de solicitar tolerâncias mais próximas do que aquelas
sugeridas acima.

(2). A concentricidade, como aplicada aos cilindros revestidos, é a relação entre


as superfícies de apoio das pontas de eixo e a superfície acabado do
revestimento. Qualquer desvio ou excentricidade será medido com um
indicador com quadrante e é estabelecida com indicador de excentricidade
total.

(3). Normalmente o comprimento das faces do revestimento será terminado para


o mesmo comprimento de face do núcleo metálico, salvo se especificado
diferentemente.

EMBALAGEM E EMBARQUE
O capítulo 5 “Embalagem e Embarque” deverá estar em referência para as recomendações sobre
embalagem e embarque.

26
CAPÍTULO 12 - INDÚSTRIA METALÚRGICA

INTRODUÇÃO
Produtores de chapas de alumínio, cobre e aço utilizam os revestimentos de cilindros para transportar a
tira contínua de metal através de várias operações de acabamento e seus respectivos processos. Além de
simplesmente atuar como um meio de transporte que não marca ou prejudica o metal, os revestimentos
de cilindro desempenham as seguintes funções básicas:

1. Puxar ou reter;
2. Espremer para extrair líquidos ou secar alisando a superfície, como um rodo;
3. Marcar ou estampar;
4. Desviar ou mudar de direção;
5. Brunir ou esfregar;
6. Cobrir ou pintar;
7. Pressionar ou esfregar.

A indústria siderúrgica é a maior fabricante de chapas metálicas devido as exigências das indústrias
automotivas de aparelhagens e de lata. Como um resultado, a maioria das companhias siderúrgicas
possuem plantas para acabamento onde são feitas a estanhagem, galvanização, metalização do
alumínio, pintura, cobertura, polimentos, etc., além do tratamento ou decapagem do aço laminado à frio
para prepará-lo para despacho.

MEIO OPERACIONAL
Um grande lingote de aço é laminado à quente entre cilindros até formar uma tira comprida. A tira
possui uma camada oxidada, então poderá atravessar uma linha de decapagem para remover a ferrugem
e reduzir a escala preparatória para laminação à frio.

REVESTIMENTO DE CILINDRO DA LINHA DE DECAPAGEM


A tira metálica é arrastada em alta velocidade por cilindros revestidos. Os cilindros trabalham em
contato com um banho ácido quente. Os cilindros têm a função de secar a chapa e evitar que a solução
contamine as próximas secções. Mais à frente existem cilindros lubrificadores, os quais aplicam uma
película de óleo na tira para a laminação à frio que reduzirá a espessura para a dimensão precisa e tira
mais longa.

RECOZIMENTO CONTÍNUO
Após a tira ser laminada à frio, ela é colocada sobre cilindros revestidos através de uma linha de
recozimento contínuo para produzir a ductilidade apropriada para um acabamento posterior.

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GALVANIZAÇÃO
A tira avança sobre cilindros revestidos numa linha de galvanização contínua. Certa área, no começo da
linha, possui cilindros revestidos que fornecem um acúmulo de tira para permitir alguns segundos de
tempo livre para soldar as pontas das tiras juntas sem se deter assim a linha poderá correr
continuamente.

Cilindros revestidos manobram a tira para qualquer lugar, exceto no zinco fundido ou para cima de
uma torre de resfriamento onde a tira é recortada nos painéis e empilhada ou retrocedida.

ESTANHAGEM
A escassez de estanho e a competição do alumínio na década de 40 provocou o desenvolvimento da
linha de metalização eletrolítica contínua que deposita uma espessura mínima de estanho no aço.
Recentemente existem linhas de “estanho livre” depositando até uma espessura ultra fina de cromo
sobre o aço. A chapa estanhada deve ser manuseada cuidadosamente para evitar marcações. Um
cilindro revestido com um corte, mancha ou bolha, poderá arruinar vários metros de tira estanhada
antes que a linha possa ser inteiramente paralisada. Estes cilindros revestidos tirados da linha toda
semana, esmerilhados para novas superfícies e recolocados na linha. A vida do revestimento é, desse
modo, encurtada e a necessidade por sobressalente é crítica.

APLICAÇÕES DOS CILINDROS REVESTIDOS


A vida dos revestimentos nas várias linhas de acabamento é diminuída pelo calor, pela abrasão, pelos
produtos químicos, pelo óleo, pela água, pelos solventes e pelas combinações destes. Os próximos são
alguns dos cilindros utilizados nas aplicações da indústria metalúrgica:

Cilindros de freio: três a cinco cilindros de 750 mm - 1200 mm (30” - 48”) de diâmetro, sobre os
quais a tira é retida numa posição de “S”. Os cilindros de freio fornecem a tensão ou a força de
propulsão e as tensões da chapa. Podem haver de seis a oito estações de frenagem ou “pontos de
descanso” numa linha.

Cilindros calçadores ou cilindros de apoio do aplicador de galvanoplastia: cilindros pequenos,


normalmente de 150 mm - 250 mm (6” - 10”) de diâmetro usados para manter a tira em contato íntimo
com os cilindros condutores nos tanques ou células de eletrodeposição.

Cilindros de submersão: cilindros no fundo dos tanques de eletrodeposição, enxaguamento e outros


tanques, também em decapadores mantendo a tira submersa nos ácidos.

Cilindros espremedores para extração de líquidos: utilizados para enxugar, secar por processo
semelhante ao do rodo, ou espremer o excesso de soluções.

Cilindros defletores: normalmente de 375 mm - 600 mm (15” - 24”) de diâmetro. Estes cilindros são
utilizados para mudar a direção do trajeto da tira.

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NOTA 1: A maioria destes cilindros possuem revestimentos sobre as extremidades do núcleo e sobre os
eixos, incorporando pingadeiras para proteger o núcleo do cilindro do contato de ácidos e das
soluções. Para informações adicionais, consultar Resistência Química / Solventes no Capítulo
2. “Revestimento de Cilindros: Uma discussão Geral” e ao Apêndice A “Ataque Químico em
Revestimentos de Cilindros. ”

QUALIDADE SUPERFICIAL E ACABAMENTO


O acabamento padrão de retífica é adequado para a maioria dos revestimentos de cilindros utilizados no
processo metalúrgico. Algumas exceções onde a retífica fina e as superfícies polidas são exigidas
incluem os cilindros revestidos da linha de pintura ou os cilindros espremedores para extração de
líquidos nas linhas de estanho.

Ocasionalmente um acabamento crepado é especificado nos cilindros de freio para aumentar a fricção
operante. Alguns revestimentos de cilindros também são especificados com um acabamento ranhurado
variando de ranhuras em forma de losangos ou ranhuras espirais, até ranhuras de rosqueamento fino.
Pequenas imperfeições, do tamanho da cabeça de um alfinete, na superfície do revestimento de cilindro
são toleráveis somente em operações muito grosseiras ou onde o usuário final permiti-los.

PADRÕES DIMENSIONAIS
As especificações normalmente são determinadas com as tolerâncias admissíveis dependendo da
função do revestimento de cilindro. Na maioria dos casos  0.25 mm (0.010”) no diâmetro acabado
com uma permissão de inclinação de  0.075 (+ 0.003”) é tolerável. As calibrações dos cilindros
conjugados em jogos normalmente são exigidas com uma tolerância de  0.05 mm ( 0.002”) no
diâmetro com uma inclinação de 0.025 mm (0.001”).

ESMERILHAMENTO ESPECIAIS
Às vezes, os revestimentos de cilindros da indústria metalúrgica são especificados para ser abaulados
com uma inclinação ou radial, parabólica ou chata. O abaulamento ou alinhamento com incisões e
aberturas podem, às vezes, ser especificados.

29
CAPÍTULO 13 - INDÚSTRIA DE PAPEL

INTRODUÇÃO

Os revestimentos para indústria de papel podem ser divididos em três funções principais :

1. Carregar, guiar ou alinhar a tela ou a folha;


2. Remover líquido por meio de um NIP ativo;
3. Adicionar líquido, tais como cola ou revestimentos.

As descrições a seguir mantiveram-se de modo mais genérico possível nas suas aplicabilidades, a
todos os tipos de revestimentos, porém onde foi necessária esclarecimentos adicionais ou ênfase em
tipos específicos de revestimentos, estão em referência, onde suas exigências são significativamente
diferentes dos casos genéricos.

ATAQUE QUÍMICO NOS REVESTIMENTOS DE CILINDROS


Para informações referentes a este assunto, consultar Resistência Química / Solventes no Capítulo 2.
“Revestimento de cilindros: Uma discussão Geral”, e Apêndice A “Ataque Químico em Revestimento
de Cilindros”.

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS REVESTIMENTOS ELASTOMÉRICOS DE CILINDROS


A remoção mecânica de água por cilindros numa máquina de papel é muito menos cara do que a
secagem térmica. Muitos projetos de prensas novas, altamente carregadas, em operação, atualmente
aumentam esta economia de custos da energia. O ponto principal da remoção mecânica de água por
cilindros é a zona de pressão formada por dois cilindros conjugados, denominado NIP.

Esta zona de pressão deve ser a consideração mais importante do projeto numa especificação de
revestimento de cilindros. Os fatores que determinam a eficiência da pressão em qualquer projeto de
prensa são :

1. Pressão específica (MPa ou PSI) - largura do NIP;


2. Tempo sob pressão - tempo de demora no NIP;
3. Volume de vácuo - capacidade de transporte de água.

30
REFRIGERAÇÃO DE CILINDROS REVESTIDOS
Para ampliar a utilização dos revestimentos elastoméricos, na era moderna de alta carga, alta
velocidade, devem ser encontrados métodos para remover o calor gerado nos revestimentos dos
cilindros.

Refrigeração interna por água: O método mais eficiente de remover o calor gerado em
revestimentos de cilindros é refrigerar o núcleo metálico internamente. Isto é feito pela introdução de
água no núcleo de modo a criar um fluxo laminar através da parede interna da camisa ou criar a
turbulência para assegurar contra a estratificação da água chocada contra a periferia externa do
diâmetro interno pela força centrífuga. Os fabricantes de máquinas possuem diversos projetos que são
satisfatórios e preenchem estes critérios. Precauções devem ser tomadas no projeto das áreas da
cabeceira do cilindro onde os receptáculos de água podem acumular e estagnar.

A refrigeração interna por água executa diversos objetivos importantes:

1. Proteção da linha de adesão das temperaturas elevadas: Todas as forças de adesões


elastoméricas são drasticamente reduzidas em temperaturas elevadas.

2. Redução do envelhecimento acelerado pelo calor dos materiais de revestimento: O


envelhecimento pelo calor provoca o endurecimento do material do revestimento e a perda das
propriedades físicas convenientes.

3. Nivelamento ou uniformidade da temperatura do revestimento através da face do cilindro:


Desde que o módulo diminui quando a temperatura aumenta, uma temperatura uniforme dará uma
pressão específica uniforme na área importante do NIP.

Refrigeração à óleo em cilindros com compensação de bombê: Diversos projetos de cilindros


disponíveis compensam um bombê exercendo pressão no interior da camisa do cilindro através de um
eixo estacionário ou órgão estrutural do furo interno do corpo do cilindro. Um fator comum em todos
estes projetos é que o óleo é bombeado para dentro do cilindro para criar pressão e para refrigerar o
cilindro. Depois, de o óleo acumular-se dentro do cilindro, é bombeado para fora para um trocador de
calor, resfriado e retornado para o cilindro. Caso desenvolvam problemas de revestimento os seguintes
itens deverão ser verificados:

1. A temperatura do óleo bombeado para dentro do cilindro, comparada com a temperatura do óleo
bombeado para fora;

2. A razão do fluxo do óleo;

3. Se a capacidade do trocador de calor é adequada.

Vaporizadores externos ou chuveiros: A refrigeração externa dos revestimentos de cilindros por


vaporizadores ou chuveiros podem ser eficazes para a refrigeração superficial, mas não protegerão a
adesão borracha ao metal. Normalmente este tipo de refrigeração consome grandes quantidades de água
e é difícil de se conter e por isso é conveniente em situações especiais.

31
PROCEDIMENTOS DE PARADA E PARTIDA
Após um contínuo período de operação, deve ser tomada precauções para se interromper a água de
refrigeração utilizada pelos chuveiros ou internamente no núcleo para prevenir variações de
temperatura em torno da circunferência do cilindro. Tais temperaturas podem causar variação
dimensional prensa ou vibrações na partida e podem destruir ou deformar permanentemente um
revestimento elastomérico.

QUALIDADE SUPERFICIAL E ACABAMENTO


Nenhuma exigência especial, além do escopo do Capítulo 4, é necessário para os revestimentos de
cilindros para celulose e papel. As exigências de qualidade superficial e acabamento variarão, embora
para as operações específicas dos revestimentos de cilindros utilizados na indústria, por exemplo a
qualidade e o acabamento da superfície de um cilindro Lumpbreaker de 250 P&J variará
consideravelmente daquela exigida por uma prensa de colagem de 15 P&J. As diferenças são tanto
pelas exigências das posições operacionais quanto pela qualidade superficial executável com uma
dureza de borracha especificada. O acabamento e a qualidade das superfícies dos revestimentos de
cilindros tornam-se finalmente um assunto de negociação entre o fornecedor e o usuário.

PADRÕES DIMENSIONAIS
A tabela indica os padrões em uso para os revestimentos de cilindros fornecidos para a indústria de
papel e celulose.

PADRÕES DE TOLERÂNCIA - INDÚSTRIA DE PAPEL


TOLERÂNCIA NO TOLERÂNCIA NA
TOLERÂNCIA NO TOLERÂNCIA NA
CLASSES  ACABADO COMPRIMENTO INCLINAÇÃO ()
 CONCENTRICIDADE DAS FACES
mm pol. mm pol. mm pol. mm pol. mm pol.
PADRÃO Todos Todos  1.5  1.6 0.05 0.002 6 ¼  0.05  0.002
PRECISÃO Até 200 Até 8  0.04  1/64 0.03 0.001 6 ¼  0.05  0.002
PRECISÃO 200 a 750 8 a 30  0,2%  0.2 0.03 0.001 6 ¼  0.05  0.002
PRECISÃO Mais de 750 Mais de 30  1.5  1/16 0.03 0.001 6 ¼  0.05  0.002

EMBALAGEM E EMBARQUE INCLUINDO PROTEÇÃO DE TEMPERATURA FRIA


Além das recomendações gerais contidas no Capítulo 5, deve-se prestar particular atenção à
embalagem e embarque de cilindros da área de papel e celulose. Estes cilindros geralmente são
grandes, pesados e os revestimentos caros. Precauções extras deverão ser tomadas para assegurar que
nenhum movimento do cilindro dentro da caixa seja possível. Bloqueios fortes das pontas de eixo
devem ser feitos para prevenir deslocamentos longitudinais de um extremo a outro e os suportes

32
deverão ser reforçados e bloqueados para prevenir os solavancos do cilindro enquanto é transportado.
O deslocamento mais suave tornara-se ampliado pela movimentação repetida enfrentada durante o
transporte. Durante o carregamento ou o descarregamento, a atenção estrita deverá ser dada aos pontos
de sustentação desde que estes são as únicas seções de reforço suficiente para permitir que o peso do
cilindro seja suportado com segurança.

Os revestimentos de cilindros das prensas de celulose e papel deverão ser sempre protegidos de choque
térmico, a expansão diferencial entre a borracha e o metal normalmente provocará revestimentos
rachados ou a união destruída, caso o cilindro seja exposto a temperaturas muito baixas por um período
prolongado.

Se existir qualquer risco de temperaturas baixas, os cilindros devem ser sempre transportados em baús
aquecidos onde a temperatura seja mantida a 5C (40F) ou mais altas. Isto é particularmente
importante para cilindros de durezas maiores que 50 P&J.

BOMBÊS E ESPECIFICAÇÕES DE BOMBÊ


Bombê é a diferença em um diâmetro entre o centro de um revestimento de cilindro e pontos de
referência próximos ou nos extremos da face. As três principais razões para se ter um bombê num
cilindro são:

1. Compensar a deflexão do corpo do cilindro sob as condições operacionais;

2. Fazer com que o material que está sendo processado opere apropriadamente;

3. Compensar o contorno do material sendo movimentado pelo cilindro.

Quando o bombê é aplicado, a superfície do cilindro para compensar a deflexão do corpo do cilindro
sob as condições operacionais, a função do bombê é produzir uma condição de NIP uniforme. A
deflexão a ser compensada é a soma da deflexão natural do cilindro devido ao seu próprio peso e
deflexão devido a carga externa. Esta deflexão é determinada pelo próprio projeto e pelas
características físicas do corpo do cilindro e o valor da carga imposta sobre ele. Cada carga diferente
exige seu próprio bombê, sendo este caso, se o cilindro for para ser utilizado com mais do que uma
carga, é necessário alcançar uma correspondência com o bombê a ser utilizado ou utilizar-se de um
cilindro com compensação de bombê. Os fornecedores de equipamentos normalmente fornecem tabelas
de deflexão para um cilindro particular que auxilia o usuário a selecionar um bombê correto para as
condições operacionais.

O formato do bombê gerado pelas retíficas modernas são partes de uma curva cossenoidal verdadeira.
A parte da curva esmerilhada sobre a superfície do cilindro é determinada pelos graus de rotação do
came circular excêntrico. Esta rotação do came movimenta o rebolo ou a correia dentro e fora dos
ângulos aproximadamente corretos para o eixo do cilindro para gerar o formato do bombê.

33
Cinco fatores são necessários para definir o bombê completamente:

1. Valor do bombê;

2. Medida da face do bombê;

3. Ângulo do came da retífica;

4. Descrição do relevo final;

5. Localização da linha central do bombê.

Informação adicional é fornecida no Apêndice B “Especificações e Definições de Bombês de


Cilindros” - TIS 405-10 publicado em setembro/1975 pela Associação Técnica da Indústria de
Celulose e Papel (TAPPI) e incluída com sua permissão.

Os Bombês são medidos de três modos:

1. Fita de diâmetro;
2. Carrinho Farrel;
3. Micrômetro.

O tipo, a espessura, o acabamento, o valor do bombê e a dureza do revestimento do cilindro afetam a


precisão pela qual um bombê pode ser produzido e medido. O padrão de tolerância para Bombês
utilizados para compensar a deflexão do cilindro é:

VALOR DO BOMBÊ TOLERÂNCIA DO BOMBÊ


Até e inclusive 0.25 mm (0.010”)  0.03 mm (+ 0.001”)
0.26 mm - 1 mm (0.011” - 0.040”)  0.05 mm ( 0.002”)
Acima de 1 mm (acima de 0.040”)  5% do total especificado de bombê

CORPOS DE CILINDROS
A indústria de papel e celulose utiliza um grupo de núcleos de cilindros que são específicos. Serão
objeto de comentários aqui, embora o Capítulo 8 “Núcleos de Cilindros” também deverá ser
referenciado para comentários gerais relacionados aos núcleos de cilindros.

CILINDROS PRENSA DE SUCÇÃO


Os cilindros Prensa de Sucção são normalmente feitos de bronze ou aço inoxidável. Possuem furos
através da camisa e do revestimento do cilindro aplicado também. A caixa com válvula de sucção
utilizada para ajudar a remoção da água e situada dentro do corpo do cilindro deverá ser removida antes
de se enviar o cilindro prensa de sucção para o revestidor. Também as cabeças de fixação deverão ser
removidas e a camisa fornecida com flanges falsas parafusadas nos extremos da camisa. Estas serão

34
utilizadas para sustentar a camisa durante o transporte e o revestimento do cilindro. São tão toscas que
a retífica não poderá ser executada com elas. O esmerilhamento bruto ou desbaste para um diâmetro
acima do acabamento desejado é feito pelo revestidor. O usuário retifica o cilindro com rebolo após
instalar a caixa de sucção e a cabeça permanente ou de trabalho e os mancais. É importante que o
usuário faça o contorno da parte não perfurada de acordo com a prática industrial que é a inclinação de
10 mm X 300 mm no diâmetro. As flanges falsos devem ter respiradouros ou furos perfurados para
facilitar o movimento do calor através do cilindro durante a vulcanização do revestimento.

CILINDROS DE BOMBÊ VARIÁVEL


Corpos de cilindros projetados especialmente estão disponíveis, utilizam pressão de óleo interna para
assegurar NIP uniforme através da face do cilindro. O único projeto deste tipo do corpo do cilindro
permite ajustes de bombê enquanto os cilindros estão em funcionamento. Estes cilindros consistem de
uma camisa cilíndrica, um eixo de centro estacionário e componentes hidráulicos usinados com
precisão. Quando a camas é para ser revestida, os componentes internos são removidos e a camisa
cilíndrica será fornecida para o fabricante de revestimentos sustentada por flanges falsas. Desde que as
camisas não sejam fabricadas normalmente de bronze ou aço inoxidável, um cuidado extremo deve ser
tomado pelo revestidor de cilindros, de modo que não exista nenhuma corrosão na superfície interna da
camisa durante a vulcanização. Existem diversas graxas de “alta temperatura” disponíveis e que podem
ser aplicadas no interior da camisa pelo revestidor de cilindro ou pelo usuário antes de serem enviadas
com as flanges falsas. Responsabilidades claras por esta proteção devem ser estabelecidas entre o
usuário do cilindro e o revestidor. É muito importante que o usuário solte os extremos do revestimento
de cilindro utilizando a mesma inclinação, assim como em cilindros de sucção, exceto que a inclinação
deverá iniciar 25 mm fora da borda do canto do revestimento. Os cilindros de bombê variável devem
ser retificados com rebolo depois de montados para evitar as discrepâncias de concentricidade.

LIMPEZA DOS CILINDROS DE SUCÇÃO


Os núcleos dos cilindros de sucção são fabricados em bronze ou aço inoxidável. Estes dois metais
exigem sistemas de adesão completamente diferentes, que são afetados por diferentes tipos de produtos
químicos. Muitos dos cilindros de sucção das máquinas de papel são revestidos com compostos de
borracha. A superfície e os furos destes revestimentos de cilindro exigem manutenção. Duas vias de
acesso básicas são utilizadas para manter os furos abertos e limpos num cilindro de sucção : (1) limpeza
na máquina e (2) limpeza após remoção da máquina.

LIMPEZA NA MÁQUINA
a. Limpeza contínua na máquina utilizando chuveiros

A limpeza contínua na máquina pode ser feita por chuveiros internos ou por chuveiros externos.

Os cilindros de sucção normalmente são equipados com chuveiros internos que servem para duas
funções : lubrificar as vedações da caixa de sucção e para limpar os furos. Com um chuveiro interno
o material de oclusão dos furos são ejetados com água, num tabuleiro de panelas, enquanto o
cilindro está em operação. Quando o núcleo metálico é feito em aço inoxidável e a água fresca é

35
usada para os chuveiros internos, o perigo de corrosão na interface borracha-metal será reduzido. Se
a água branca for usada, deverá ser controlado o pH com cautela e os níveis dos íons cloreto e
sulfito.

Nota : O pH deverá estar abaixo de 4.5. O nível das concentrações dos íons cloreto e sulfito não
podem ser especificados porque até as concentrações insignificantes podem acelerar as
trincas de corrosão. para as camisas de bronze, o pH não deverá ser superior a 8.

A limpeza contínua na máquina pode também ser executada pelo uso de chuveiros de água sob alta
pressão que direcionam a água sobre a superfície externa e nos furos. Este método é o mais eficaz do
que os chuveiros internos. Os critérios de construção de chuveiros de limpeza de alta pressão
hidráulica são particularmente críticos. O tamanho do orifício deverá ser tão pequeno quanto prático
(1 mm (0.040”) no máximo) para limpar eficientemente, conservando a água e diminuindo a força
hidráulica na superfície do cilindro. A pressão da água deve ser mantida baixa (3.4 Mpa (500 psi) no
máximo). As oscilações devem ser contínuas e os esguichos não devem se sobreposicionar. Num
curto período de tempo, o revestimento pode ser severamente destruído por um chuveiro
estacionário. Este sistema de limpeza é eficaz somente se iniciado quando o revestimento estiver
limpo e se for usado continuamente.

b. Limpeza na máquina utilizando produtos químicos

Lavadores de feltros ou rolos do tipo intermitente, durante curtos períodos de paralisação da


máquina não são eficazes e freqüentemente são perigosos para o revestimento devido aos produtos
químicos e solventes que estão normalmente na solução de limpeza. Para proteger os materiais de
revestimentos e o sistema de adesão dos solventes e do ataque químico, o completo desaguamento
deverá seguir a aplicação dos materiais altamente concentrados ou de limpeza à quente.

LIMPEZA APÓS REMOÇÃO DA MÁQUINA


A limpeza dos furos em camisas de cilindros de sucção após a remoção da máquina é feito através de
três métodos : (a) refuração dos furos utilizando uma furadeira manual ou uma máquina de furação; (b)
limpeza química; ou (c) limpeza através de água sob alta pressão.

a. Refuração dos furos fora da máquina

Muitos misturadores que possuem grandes quantidades de argila ou outros materiais quimicamente
inertes em seus suprimentos, devem recorrer a uma nova furação dos furos. A furação manual é um
processo trabalhoso e deverá ser evitado, se possível. A furação manual pode causar danos ao
próprio revestimento ou para a adesão ao redor dos furos de indicação escassa da furadeira manual,
danos também podem ser causados pela remoção das brocas quebradas. Usar uma máquina furadora
é o método mais seguro de limpeza mecânica.

b. Limpeza química fora da máquina

O revestimento de um cilindro de sucção é mais vulnerável ao ataque químico do que um cilindro


não perfurado por causa da maior área exposta para ação de produtos químicos. A adesão borracha-

36
metal do revestimento de um cilindro de sucção está exposta para a ação de produtos químicos, de
maneira que a adesão dos cilindros não perfurados, e esta ação pode deteriorar adesão borracha-
metal.

Diversas empresas químicas tem idealizado sistemas de limpeza para cilindros enquanto fora da
máquina. Estes sistemas consistem normalmente de um tanque de imersão no qual o cilindro é
gerado e uma bomba de circulação que movimenta o limpador através de chuveiros internos e
externos que operam a baixa pressão.

Muitos destes limpadores contém detergentes, ácidos, álcali e solventes com agentes de
umedecimento e emulsificadores. Alguns dos limpadores químicos atacam ou revestimentos de
borracha ou a adesão. É especialmente verdadeiro se os limpadores são aquecidos a altas
temperaturas ou separam-se em componentes que são mais reativos com os revestimentos.

Depois que um cilindro tenha sido tratado com limpador químico, muita cautela deverá ser tomada
ao enxaguar o cilindro completamente dentro e fora para remover todos os produtos químicos que
possam ter se alojado em minúsculas áreas próximas da linha de adesão da borracha e do metal. Se o
cilindro for posto em estoque com produtos químicos nos furos, células de corrosão estarão armadas
nas trincas e a adesão borracha-metal será danificada. A adesão também pode ser destruída apenas
pelo ataque químico.

c. Limpeza com água sob alta pressão fora da máquina

Bombas de lavagem sob alta pressão podem efetivamente limpar os furos em muitos cilindros de
sucção. As pressões alcançadas normalmente são nas faixas de 14 - 21 Mpa (2.000 - 3.000 psi). O
tubo do jato normalmente é manual e é usado do lado externo do cilindro. É importante manter esta
corrente líquida movendo-se para prevenir danos à superfície do revestimento de borracha.

Os furos na borracha de um revestimento de um cilindro de sucção são menores do que os furos na


camisa metálica. O impacto dos jatos de alta pressão, nesse ressalto de borracha no interior da
camisa, pode destruir a adesão em torno dos furos. Mesmo se a adesão não for destruída, o
afrouxamento da adesão pode fornecer um ponto de apoio para alguma forma de trinca de corrosão
no aço inoxidável, que destruirá a adesão borracha-metal quando o cilindro retornar ao serviço em
um meio ambiente de pH baixo e/ou alta concentração de íons. A limpeza interna sob alta pressão é
perigosa para adesão borracha-metal e deverá ser desencorajada.

Antes de se empreender num programa de limpeza dos furos de um cilindro de sucção utilizando um
fluído sob alta pressão ou novos produtos químicos, o fornecedor do cilindro deverá ser consultado.

37
CAPÍTULO 14 - INDÚSTRIA TÊXTIL

INTRODUÇÃO

De todas as indústrias que utilizam cilindros revestidos elastoméricos, a indústria têxtil possui
provavelmente o mais variado ambiente operacional de produtos químicos e temperaturas.

Cilindros para fábricas têxteis podem ser divididos em três categorias, baseadas em suas funções e na
fabricação dos tecidos.

1. Cilindros transportadores - sustentam o tecido, removendo e prevenindo os vincos.

2. Cilindros de impregnação - impregnam ou extraem fluídos da trama do tecido.

3. Cilindros de texturização - produzem acabamentos variados na trama do tecido.

MEIO OPERACIONAL
Cilindros transportadores normalmente são operados num meio seco ou semi-seco, transportando um
tecido umedecido entre lavadores, caixas, saturadores ou impregnadores. As temperaturas podem variar
da temperatura ambiente normal até 95C (200F) e os produtos químicos no tecido podem variar de
ácido até materiais alcalinos, branqueadores muito fortes e agentes redutores. É importante possuir
informações específicas do meio ambiente do cliente antes de selecionar o material do revestimento.
Os critérios principais na seleção de um revestimento são a abrasão e a resistência química.

Cilindros de impregnação são utilizados para impregnar o tecido com corantes, materiais de
acabamento ou cola e também para extrair o banho o máximo possível antes da secagem final por uso
de vapor aquecido de cilindros secadores ou fornos.

Compostos de borracha com uma variação completa de resistências químicas são exigidos devido ao
número infinito de produtos químicos e combinações químicas usadas na indústria têxtil. Aplicações
de desaguamento utilizando-se solventes clorados exigem compostos elastoméricos especializados, tais
como fluoroelastômeros ou a epicloridina, mas a maioria das outras aplicações podem ser manipuladas
pela utilização dos elastômeros convencionais, especialmente idealizados para ácidos, cáusticos,
branqueadores ou óleo.

Nos cilindros de impregnação, a resistência química é muito mais crítica quando esta resistência está
combinada com a pressão e a velocidade dinâmica. Para uma dada aplicação, os fabricantes do
revestimento de cilindro freqüentemente tem de se comprometer na seleção de um composto
elastomérico para obter o balanceamento das propriedades químicas exigidas. Existem combinações
químicas para as quais nenhum composto elastomérico simples seja apropriado, sendo que nestes casos
alguns ajustes devem ser feitos nas soluções químicas pelo cliente com a ajuda do fabricante de
revestimento de borracha.

38
Cilindros de texturização são utilizados para fornecer os acabamentos especiais por encrespamento do
tecido, calandragem ou estampagem. Estas aplicações normalmente são secas mas sujeitam os
revestimentos a altas temperaturas e pressões.

QUALIDADE SUPERFICIAL E ACABAMENTO


Os acabamentos superficiais recomendados para os cilindros têxteis, a seguir, são baseados nas classes
como descritas no Capítulo 4 - “Qualidade Superficial e Acabamento”.

Cilindros transportadores .......................................................................... RMA / RAC - Classe 3

Cilindros de impregnação :
 Cilindros de impregnação genérico ..................................................... RMA / RAC - Classe 3
 Cilindros de impregnação de tingimento e de estampagem ................. RMA / RAC - Classe 2
 Cilindros de texturização ..................................................................... RMA / RAC - Classe 2

PADRÕES DIMENSIONAIS

PADRÕES DE TOLERÂNCIA - INDÚSTRIA TÊXTIL


TOLERÂNCIA NO
TOLERÂNCIA DO TOLERÂNCIA DA TOLERÂNCIA NA COMPRIMENTO DAS
TIPO DE CILINDRO CILINDRO CONCENTRICIDADE INCLINAÇÃO FACES
mm pol. mm pol. mm pol. mm pol.
Cilindros transportadores - + 3.0 + 1/8
alta velocidade. - 1.5 - 1/16 0.13 0.005 0.125 0.005 6 ¼
Cilindros transportadores - + 3.0 + 1/8
baixa velocidade. - 1.5 - 1/16 0.25 0.010 0.250 0.010 6 ¼
Cilindros de impregnação - + 3.0 + 1/8
genérico - 1.5 - 1/16 0.13 0.005 0.125 0.005 6 ¼
Cilindros impregnação -
tingimento e estampagem  1.5  1/16 0.05 0.002 0.125 0.005 6 ¼
Cilindros de texturização  1.5  1/16 0.05 0.002 0.05 0.002 6 ¼

COMENTÁRIOS GERAIS
Muitos cilindros têxteis exigem um revestimento nas cabeceiras e munhões para prevenir a corrosão e
subsequente mancha dos tecidos que estão sendo processados. A aplicação deste material elastomérico
e a usinagem destas superfícies deverão ser especificadas nos pedidos do cliente e serão fornecidos
com um valor adicional.

As especificações do cliente e as informações com relação à aplicação atual são de importância crucial
para o fabricante do revestimento do cilindro. Soluções químicas patenteadas devem ser aproveitadas
para testes, avaliação ou comparação, mas são tratados confidencialmente por todos os fabricantes de

39
revestimentos de cilindros. “Arrastes” de produtos químicos anteriores para as operações subsequentes
tem sido e podem ser um problema mais adiante.

A importância de tornar esta informação disponível para o fabricante do revestimento do cilindro não
pode ser exagerado quando as aplicações têxteis tornam-se cada vez mais complexas.

CAPÍTULO 15 - INDÚSTRIAS EM GERAL

INTRODUÇÃO
Os revestimentos elastoméricos de cilindros são empregados numa ampla variedade de aplicações em
indústrias genéricas. Como em outras indústrias definidas, os revestimentos de cilindros industriais
carregam ou transportam itens beneficiados tão bem, assim como controlam líquidos que são aplicados
ou extraídos dos materiais sendo beneficiados. Além disso, também são utilizados para substratos
laminados, moldes de estampagem impressa ou para criar acabamentos sobre mercadorias como
couros, madeira compensada e outros materiais.

A maioria das indústrias usam cilindros revestidos. A própria indústria de borracha é uma usuária de
revestimentos de cilindros, assim como são as indústrias de vidro, couro, maquinarias, madeira, agro-
industriais, processamento de alimentos e a indústria de plásticos. Alguns exemplos de aplicação são :
cilindros de apoio para estampagem usados na indústria de plásticos, revestimentos que aplicam
adesivos e acabamentos na indústria de madeira compensada, cilindros de alimentação e cilindros de
apoio de correias de trituramento na indústria de madeira, cilindros pulverizadores nas indústrias de
plásticos, de fibras e de porcas, cilindros lavadores de tapetes com extração de líquidos na indústria de
limpeza de carpetes, aglutinação e colagem na indústria de tecidos sem trama e cilindros guias e
indústria de vidros. A lista de aplicações é longa e normalmente incluem problemas únicos.

MEIO OPERACIONAL
Como o fabricante de revestimentos possui uma grande número de compostos, durezas e espessuras de
revestimentos para escolher, as condições em serviço, da velocidade, da carga, da temperatura e do
meio químico, devem ser conhecidos antes para a seleção do revestimento. O fabricante do
revestimento de cilindro confia em sua experiência, com as mesmas condições em serviço ou similares
para determinar a melhor construção e a especificação para o revestimento. Nenhum elastômero pode
preencher todas as exigências dos revestimentos cujas aplicações são tão diversas quanto as indústrias
que eles servem. O fabricante de revestimento de cilindros, em consulta com o usuário final,
selecionará um composto de revestimento de cilindros com ótimos compromissos com a aplicação
específica.

40
PADRÕES DIMENSIONAIS

PADRÕES DE TOLERÂNCIA - INDÚSTRIAS EM GERAL


DIÂMETRO TOLERÂNCIA
DIMENSÃO ESPECIFICADA mm polegadas mm polegadas
+ 1.5 + 1/16
ESPESSURA TODAS TODAS - 0.8 - 1/32
+ 3.0 + 1/8
DIÂMETRO TODOS TODOS
- 1.5 - 1/16
DIÂMETRO DE PRECISÃO ABAIXO DE 125 ABAIXO DE 5  0.2  0.008
DIÂMETRO DE PRECISÃO 125 - 750 5 - 30  0.8  0.031
DIÂMETRO DE PRECISÃO ACIMA DE 750 ACIMA DE 30  1.5  0.062
COMPRIMENTO TODOS TODOS 6 +¼

BOMBÊS E ESPECIFICAÇÕES DE BOMBÊ


Como em todas as aplicações de revestimentos de cilindros, os bombês são aplicados sobre a superfície
do revestimento para produzir uma condição de NIP uniforme. A maioria das aplicações para as
indústrias genéricas dos revestimentos de cilindros envolvem cilindros usinados paralelos e bombês
normalmente não são exigidos. Devido ao aumento das larguras e cargas de pressão das máquinas
atuais, a especificação e a necessidade de bombê passaram a ser mais freqüentes. Os bombês são
discutidos com maior profundidade no Apêndice B, “Especificações e Definições de Bombê de
Cilindros”.

ACABAMENTO
Com exceção daqueles que forem solicitados diferentemente, os revestimentos de cilindros, para as
indústrias, são fornecidos com um acabamento da classe 3 de acordo com Rubber Manufacturers
Association e Rubber Association of Canada.

CAPÍTULO 16 - REVESTIMENTO DE POLIAS

INTRODUÇÃO
O tipo de polia transportadora que geralmente é utilizada hoje, é construída de tubos de compressão
soldados em um par de discos de extremidade em aço ou plásticos, cujas curvaturas estão soldadas
dentro do aro. Às vezes um tubo de suporte interno está soldado nos discos com extremidades para uma
resistência adicional , se exigida por condições de cargas existentes.

41
As polias transportadoras são utilizadas em várias posições no sistema transportador, isto é, no
comando, na retenção, na curvatura, no tensor, na extremidade e na transmissão. As polias
transportadoras são projetadas para transporte e não deverão ser confundidas com os cilindros usados
para processamento.

As polias transportadoras podem ser revestidas com vários materiais que são fixadas por vários
métodos. Este revestimento é utilizado para (1) aumentar o coeficiente da fricção entre a polia
transportadora e a correia; (2) reduzir o desgaste na face da polia transportadora e a correia; (3) efetuar
uma ação auto-limpante na superfície da correia e na polia; (4) melhorar o desempenho da correia. O
revestimento que normalmente é utilizado é um composto elastomérico por vulcanização na superfície
da polia. Estes compostos são construídos para serem resistentes à abrasão tão bons quanto resistentes à
condições ambientais, tais como a luz solar, o ozônio, etc. e se necessário resistente à chama e/ou
condutivo de estática.

O composto elastomérico específico é determinado para certa extensão para o tipo de correia
transportadora utilizada com um sistema, Existem quatro grupos básico de correias :

1. Borracha de tela reforçada;


2. Borracha de cabo de aço;
3. Tela metálica;
4. Chapa metálica

Inúmeros compostos elastoméricos estão disponíveis, entretanto os mais comumentes utilizados são o
SBR, a borracha natural, o neoprene em algumas instâncias o poliuretano fundido. A seleção final de
um composto deverá ser feita de acordo com a concordância entre o revestidor de borracha e o usuário.

DUREZA
A dureza do revestimento da polia decai em duas áreas básicas de acordo com a utilização. Estas duas
áreas são situações onde a superfície do revestimento da polia entra em contato com o lado
transportador de materiais da correia e onde o contato é feito com o lado reverso da correia. O
revestimento da borracha utilizado em polias de transmissão, polia de extremidade, polias tensores e
algumas polias de curvatura, normalmente são de dureza 60  5 Shore A, do lado oposto do material da
correia. O revestimento de borracha utilizado para as polias de retenção e as polias de curvatura,
normalmente é de dureza menor desde que entre em contato com o lado de material da correia. Este
revestimento, normalmente é de dureza 45  5 Shore A, a borracha mais macia é utilizada porque esta
tende a resistir a estruturação do material na superfície da polia.

Outra circunstância onde a dureza de um revestimento da polia representa um papel importante, é no


caso das correias de cabo de aço onde as durezas de 70  5 Shore A ou maiores são preferidas por
causa do possível deslocamento do revestimento de dureza menor quando sob aplicações de tensões
elevadas.

O precedente representa recomendações gerais apenas para a maioria das polias. As situações especiais
poderão crescer onde a aplicação possa exigir uma dureza diferente. Estas situações deverão ser
discutidas entre o revestidor de borracha e o usuário para se chegar a uma solução razoável.

42
ACABAMENTO SUPERFICIAL
O acabamento superficial mais comum é conhecido como acabamento liso, o qual dá a impressão da
faixa segurando a borracha sobre a polia durante a vulcanização. O acabamento usinado é executado
por torneamento da polia revestida num torno mecânico, de modo a assumir uma concentricidade mais
aproximada ou para se obter um bombê mais preciso no revestimento de borracha. Acabamento de
retíficas especiais são disponíveis, entretanto, na maioria dos casos porque são mais caros e
normalmente não são necessários para os sistemas transportadores, raramente são fornecidos.

PADRÕES DIMENSIONAIS
As espessuras dos revestimentos de polias normalmente são solicitadas em incrementos de 3 mm
(1/8”), de acordo com as necessidades do cliente. A espessura do revestimento exigida sobre uma polia
varia muito dependendo da aplicação.

PADRÕES DIMENSIONAIS GENÉRICOS


Padrões de espessuras 13 mm (1/2”)
Tolerâncias de espessuras + 3 mm (1/8”) - 1.5 mm (1/16”)

NOTA : Na ausência de qualquer outra especificação.

ABERTURA DE RANHURAS
As polias transportadoras revestidas utilizadas em posições de transmissão, normalmente são em sua
maioria ranhuradas para manter a tração sob condições, molhadas ou úmidas, pela admissão de água
que escoa das áreas em contato. As ranhuras normalmente estão com espaços de 25 mm até 50 mm (1”
até 2”), nos centros e tomam o formato de uma espinha de peixe ou de construção de zig-zag. As
ranhuras normalmente são de 6 mm (1/4”) de profundidade por 6 mm (1/4”) de largura, com um
mínimo de 3 mm (1/8”) de borracha restantes sob a ranhura. O vértice dos pontos de padronagem na
direção do trajeto da correia. A abertura de ranhuras apresenta certo grau de auto-limpeza da superfície
do revestimento da polia, por meio da deflexão, sob a pressão da correia. Outras configurações de
ranhuras estão disponíveis e podem ser fornecidas de acordo com a solicitação do cliente. Um, em
particular, é a Loring Aligner, tipo de abertura de ranhuras envolvendo incisões angulares concêntricas
ou aberturas inclinadas de ambas as extremidade da polia, em direção ao centro, que produz um efeito
de centragem sobre a correia.

43
GLOSSÁRIO

Abrasão : o desgaste pela fricção.

Acabamento : descrição da suavidade superficial ou das variações da suavidade da face de um cilindro


por certas classificações aceitas e determinadas por cada usuário industrial.

Adesão : força da união entre as superfícies das borrachas curadas ou uma superfície de borracha
curada e uma superfície que não seja de borracha.
Alongamento : aumento em comprimento expresso numericamente como uma fração ou porcentagem
do comprimento inicial.

Balanceamento : manipulação do centro de gravidade de um cilindro ou corpo giratório para que este
coincida com o eixo geométrico em torno do qual deve girar. Um cilindro está
balanceado quando sua massa está uniformemente distribuída em torno do eixo do
cilindro (ver também desbalanceamento).

Balanceamento dinâmico : condição de distribuição uniforme da massa dentro de um cilindro de corpo


giratório, de modo que as forças centrífugas montadas sejam auto-
compensantes e não produza nenhuma vibração externa.

Balanceamento estático : Ver desbalanceamento

Bombê : diferença de um diâmetro entre o centro de um revestimento de cilindro e pontos de


referência próximos ou nos extremos da face (ver Apêndice B).

Bombê inclinado : um tipo de bombê no qual o diâmetro diminui linearmente do centro para cada
extremidade.

Borracha : elastômero geralmente implicando na borracha natural, mas usada livremente para
significar qualquer elastômero vulcanizado e não vulcanizado.

Camisa : ver núcleo.

Carga : peso total suportado pela face de um cilindro. Normalmente é expresso em libras por polegada
linear, abreviado por PLI.

Chanfro : redução do diâmetro de um cilindro nos extremos para aliviar a pressão final excessiva. O
chanfro pode ser executado num ângulo ou como um rebaixo de 90. Também chamado
alívio final, inclinação em relevo ou rebaixo.

Cilindro : cilindro rígido construído para girar em torno de um eixo fixo e para o qual pode ser
aplicado um revestimento elastomérico.

Cilindro de transmissão : cilindro conectado através de seu eixo ou ponta de eixo com uma fonte de
potência.

44
Cilindro inativo : cilindro não potenciado, guiado pelo tecido que está sendo processado.

Composto : mistura de um ou mais polímeros e outros materiais que estão combinados para dar as
propriedades desejadas quando utilizados na fabricação de um produto.

Concentricidade : relação dimensional do centro de rotação para o centro geométrico das várias
superfícies circulares cilíndricas num cilindro.

Condutivo de estática : capacitado para fornecer um percurso para o fluxo de eletricidade estática.

Contorção : mudança, em qualquer dimensão de um artigo de borracha, quando é trabalhado por uma
força externa. Em revestimentos de cilindros, a contorção é medida por uma mudança na
espessura da borracha onde o cilindro encontra-se com outra superfície. No revestimento
de cilindro, o termo deflexão se aplica somente ao núcleo.

Corpo do cilindro : ver núcleo.

Corrente fria : deformação contínua sob tensão.

Corrugação : formato do desgaste da superfície de um cilindro. As corrugações podem ser


circunferências ou longitudinais. A superfície do cilindro recebe a configuração de uma
engrenagem rasa.

Cura : ação de vulcanização (ver também Vulcanização).

Deflexão : deformação de um núcleo de cilindro devido ao seu próprio peso e da carga aplicada.

Deformação : (1) contínua sob tensão; (2) mudança num valor de uma dada dureza após um período
especificado de tempo.
Ocorre na borracha curada ou não curada sob tensão, que ocorre num período de tempo
após a deformação imediata. Com cilindros revestidos de borracha, o núcleo metálico do
cilindro está sujeito a deformação, assim como está o revestimento de borracha. A
deformação também pode ocorrer quando um cilindro é mantido em estoque, sem ser
girado.

Deformação permanente : deformação que permanece na borracha após esta ter sido sujeita à uma
tensão compressiva específica desligada desta por um período de tempo
determinado e a uma temperatura prescrita. As medições da deformação
permanente são para aliviar as propriedades de relaxamento de tensão da
borracha.

Quantidade pela qual um material elástico falha para retornar à sua forma
inicial após uma deformação.

Densidade : denominação imprópria para dureza.

45
Desbalanceamento : distribuição desigual do peso ou forças de um cilindro. Existem dois tipos
reconhecidos : estático e dinâmico. Para uma discussão completa destes, ver
Capítulo 10 sobre Balanceamento.

Desbalanceamento cinético : tipo de desbalanceamento dinâmico (ver Capítulo 10)

Desenvolvimento de calor : aumento na temperatura interna de um produto de borracha quando


deformado repetidamente.

Durômetro : instrumento para medição da dureza de borracha vulcanizada e do plástico.

Eixo : linha em torno da qual um corpo como um cilindro gira.

Elastômero : material macromolecular que no estado vulcanizado, à temperatura ambiente é capaz de


recuperar em formato e tamanho, substancialmente após a remoção de uma força
deformante.

Envelhecimento : o sofrimento de mudanças irreversíveis nas propriedades físicas durante um período


de tempo.

Especificação : diretriz estabelecendo detalhes pertinentes de um produto, tais como desempenho,


composição química, propriedades físicas e dimensões, preparado para uso ou para
formar a base para um acordo entre as partes negociantes.

Excentricidade : distância do centro geométrico de um corpo giratório do eixo de rotação.

Excentricidade indicada total (TIR) : medida normalmente expressa em milésimo de uma polegada,
da variação na posição da superfície do cilindro quando gira em
torno de seu eixo. É medido em um plano perpendicular ao eixo
do cilindro.

Extremidade revestida : com borracha para proteger os elementos internos.

Fadiga : enfraquecimento ou deterioração do material ocorrido quando uma repetição ou aplicação


contínua de tensão provoca a deformação.

Fendas de pressão : fenda paralela ao eixo de um cilindro e caracterizada pelo aparecimento em um


número muito grande.

Flanges postiças : tampo e armação para pontas de eixo necessários para o revestimento e a retífica
dos cilindros fornecidos para o revestidor, como um cilindro oco, não sustentado, tal
como em camisas de cilindros de sucção e vários cilindros de compensação de
bombês.

Flexibilidade : capacidade relativa de um produto elastomérico de resistir a tensões cíclicas.

46
Histerese : perda de energia devida as sucessivas deformações e relaxamentos. É medida pela área
entre as curvas tensão-deformação da deformação e relaxamento. Em cilindros revestidos
de borracha, a histerese manifesta por si mesma, por um aumento na temperatura do
revestimento de borracha.

Inclinação : qualquer mudança linear no diâmetro com a distância entre pontos especificados.

Largura do nip : largura das superfícies conjugadas entre dois cilindros, sendo forçados juntos pela
pressão. Esta largura é medida na direção da circunferência.

Lascamento : defeitos superficiais provocados pela remoção de pequenos pedaços de material de


revestimento.

Marcas : o padrão numa superfície de revestimento de cilindro que resulta de uma ressonância entre a
retífica média e a superfície do revestimento de cilindro.

Módulo dinâmico : rigidez ou resistência a deformação de um material de revestimento sujeito as


condições operacionais.

Nip : área de contato entre dois cilindros conjugados.

Núcleo : cilindro rígido para o qual um revestimento elastomérico está aplicado.

Núcleo do cilindro : ver Núcleo.

P&J : abreviatura de Pusey e Jones (ver Plastômetro).

Padrão : uma diretriz para definir as características dos produtos, os produtos ou processos preparados
pelo consenso de um grupo apropriadamente constituído daqueles substancialmente afetados e
possuidores das qualificações para preparar o padrão para uso.

Pés por minuto : medida da velocidade superficial.

Plastômetro : instrumento para medição da dureza da borracha vulcanizada.

PLI : Abreviatura para libras por polegada linear e a unidade linear de carga. É obtida dividindo-se a
carga total pelo comprimento de faces do cilindro.

Pontas de eixo : extremos do eixo nos quais um cilindro gira.

Pressão de nip : ver Carga.

Ranhuras : rachaduras curtas, de pouca profundidade na superfície do produto de borracha resultantes


da ação danificadora das condições ambientais.

RAC : abreviatura de “The Rubber Association of Canada”- Associação da Borracha do Canadá.

47
Rebaixo : ver chanfro.

Resistência à abrasão : capacidade para resistir ao desgaste.

Resistência ao calor : capacidade dos artigos de borracha resistir aos efeitos deteriorantes das
temperaturas elevadas.

RMA : abreviatura de “The Rubber Manufacturers Association Inc. - Associação dos Fabricantes de
Borracha.

RPM : rotação por minuto.

TAPPI : abreviatura de “Technical Association of the Pulp and Paper Industry (Associação Técnica da
Indústria de Papel e Celulose).

Temperatura ambiente : temperatura da atmosfera ou meio circundante do objeto sob consideração.

Tempo de cura : tempo exigido para produzir a vulcanização numa determinada temperatura. O tempo
de cura varia amplamente, sendo dependente do tipo de composto utilizado, da
espessura do revestimento e da construção do núcleo.

Termoplasticidade : mudança na dureza de um revestimento de borracha com mudança na temperatura.

Tolerância : (1) os limites superior e inferior entre os quais uma dimensão deve ser mantida;
(2) amplitude total de variação normalmente bilateral, permitida para um tamanho,
posição e outra quantidade exigida.

Tranco : uma condição, por meio da qual um cilindro tende a oscilar num plano perpendicular à
direção do curso do tecido que está sendo processado.

Valor da dureza : valor numérico arbitrário que mede a resistência a entalhadura de uma ponta
entalhante cega do durômetro.

Vulcanização : processo irreversível durante o qual um composto de borracha, através de uma


mudança na estrutura química, por exemplo, a ligação transversal torna-se menos
plástica e mais resistente a inchamento por líquidos orgânicos e que conferem,
melhoram, prolongam as propriedades elásticas sobre uma faixa maior de
temperatura.

48
APÊNDICE A - ATAQUE QUÍMICO EM REVESTIMENTOS DE CILINDROS

O ataque químico em revestimento de cilindro não é provável que seja repentino e catastrófico, mas
normalmente é lento e freqüentemente manifesta-se de uma forma disfarçada, tais como desgaste
crescente ou perda de adesão nos cantos do revestimento do cilindro ou no caso dos cilindros de
sucção, sobre a face inteira. O ataque químico pode provocar um amolecimento mensurável do
revestimento. De fato, é a única causa em comum do amolecimento e do inchamento do revestimento
que pode efetivamente destruir o contorno superficial. Por outro lado, o ataque químico pode causar o
endurecimento superficial ou o lascamento ou o borbulhamento da superfície do revestimento do
cilindro.

Não existe nenhum modo de prognosticar, exceto de uma forma genérica a ação de um novo produto
químico sobre os revestimentos existentes, mesmo que a composição química exata seja conhecida e a
maioria dos produtos químicos são produtos de patentes cujas composições químicas são dadas apenas
numa forma genérica. Além disso, as combinações de produtos químicos podem possuir um efeito
maior que a soma dos efeitos de cada um, individualmente. Este efeito conjunto sobre o revestimento
não pode ser sempre previsto. Obviamente sob estas condições e com a proliferação dos aditivos
químicos, tanto o fabricante de revestimentos de cilindros como o usuário do revestimento possuem um
interesse comum. Os produtos químicos de processamento, produtos químicos que se tornam uma parte
do produto, os agentes de limpeza, os despumantes e os inibidores são muito importantes e estão
crescendo em variedade e quantidade.. É essencial que o usuário do cilindro apresente informações
completas aos fabricantes de revestimentos. O ataque químico, disfarçado como possa estar, será
reconhecido como tal, normalmente pelo fabricante de revestimentos. O problema está em se
determinar o produto químico ofensor ou a combinação dos produtos químicos. Uma vez feito isto,
aqueles produtos podem ser eliminados e se isto for impossível devido as restrições do processo, o
fabricante do revestimento poderá fornecer um revestimento que seja mais resistente àqueles produtos
químicos. Para resistir a certos produtos químicos, uma conciliação com algumas outras qualidades
convenientes do revestimento poderá ser necessária.

As dificuldades inerentes de realizar e interpretar os testes de ataques químicos estarão ilustradas de


acordo com o ASTM D471-79 :

“Em vista das amplas variações presentes normalmente nas condições de serviço, este teste acelerado
pode não dar qualquer correlação direta com o desempenho em serviço.

Entretanto, o método rende dados comparativos sobre os quais baseamo-nos para julgamento da
qualidade de serviço esperada e é especialmente útil em pesquisas e trabalhos de desenvolvimento.”

Não apenas os produtos químicos por si próprios, mas também a temperatura na interface do
revestimento e o produto químico é importante. Temperaturas mais elevadas invariavelmente aceleram
o ataque.

A concentração é outro fator que deve ser considerado. Todos os revestimentos possuem o que
podemos chamar de um limiar de concentração para alguns produtos químicos abaixo da qual não serão
atacados. Em contraste, outros produtos químicos, mesmo em quantidade de pequenos traços serão

49
seletivamente absorvidos pelo revestimento. Freqüentemente a mudança de uma operação de um turno
para uma operação de dois turnos provoca um ataque químico.

O fabricante dos revestimentos de cilindros possui uma biblioteca e uma remissão de resultados nesse
campo e laboratório para testes, disponível para estimar o comportamento de um revestimento de
cilindro num determinado meio ambiente. Os testes de laboratório são complicados, consumindo tempo
e exigem experiência para a interpretação dos resultados.

Por isso, é importante, tanto para o fabricante quanto para o usuário, que as informações exatas e
completas relativas as condições de serviço sejam dadas para o fabricante dos revestimento de
cilindros. Esta informação deverá incluir :

1. Natureza química do produto a ser manipulado;


2. Uma descrição completa dos aditivos;
3. A quantidade e a frequência do uso dos aditivos;
4. A temperatura;
5. As condições dinâmicas;
6. O tempo diário em contato com o produto químico ou os aditivos.

É muito importante que os usuários do revestimento de cilindros avisem os fabricantes de


revestimentos de cilindros sobre as mudanças consideradas para quaisquer dos materiais e das
condições. Somente desta maneira será minimizado qualquer problema.

APÊNDICE B - ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊS DE CILINDROS


TIS 405-10

Esta folha de informações técnicas pretende estabelecer um entendimento mútuo, acerca das
especificações e terminologia para bombês de cilindros, de modo que as fábricas de papéis, companhias
de revestimentos de borracha e fabricantes de máquinas possam se comunicar melhor sobre este
assunto importante. A indústria de papel é vulnerável a problemas e erros onerosos, quando os bombês
de cilindros não são apropriadamente ou completamente especificados.

A causa mais comum de problemas potenciais está somente na prática de se especificar o valor do
bombê, sem considerações acerca de inúmeros outros fatores que também devem ser especificados, de
modo a estabelecer o perfil pretendido da geometria do cilindro. Os outros fatores são de onde o bombê
é medido, ao longo da face do cilindro, qual o formato do bombê, se é 70, 90, etc.; o tipo e as
dimensões do chanfro e se o bombê é centralizado sobre a face do cilindro ou se é excêntrico, como é o
caso da maioria dos cilindros de sucção.

O fator mais provável de conduzir as fusões é de onde o bombê é para ser medido, ao longo da face do
cilindro, desde que não exista nenhum padrão industrial amplamente aceito e assim como resultado,
fábricas diferentes, companhias de borracha e construtores, todos possuem seus próprios métodos.
Alguns assumem que o bombê é medido nos extremos da face do cilindro, outros o medem a 1” ou a 2”
das extremidades e outros ainda medem no início ou dentro do chanfro. Todos esses métodos podem

50
provocar em bombês de trabalho substancialmente diferentes mesmo quando o valor do bombê
especificado seja o mesmo para todos os casos.

As diretrizes estabelecidas aqui, servirão para evitar mal-entendidos e erros. Os exemplos das
especificações estão incluídos tanto para o bombê simples como para o bombê composto. Também
estão incluídas as tabelas de fatores de coseno de bombê para 10, 15 e 20 estações, tanto para os
formatos de 70 como para 90. O glossário incluso, com esta folha de informações técnicas, servirá
para definir a terminologia dos bombês de cilindros.

Os cinco fatores necessários a serem especificados são os seguintes :

1. Valor do bombê - milésimos de polegadas em diâmetro;


2. Medida de face do bombê - polegadas;
3. Ângulo de came da retífica - graus;
4. Tipo de chanfro - comprimento em polegadas, altura em milésimos de polegada de raio;
5. Localização da linha central do bombê - se o bombê for excêntrico da linha central da face do
cilindro.

A figura 1 ilustra os fatores acima e seus pontos de medições para um cilindro prensa típico. Será
verificado que a medida da face do bombê é pouco menor do que o bombê total. Isto porque não é
prático medir no próprio extremo de um cilindro ou na margem do chanfro, com os calibres comuns.
Normalmente o ponto de medição está a 1” ou mais para o interior da extremidade ou no ponto de
queda. O ângulo de came da retífica refere-se à rotação do came circular excêntrico que é controlado
pela escolha de engrenagens de câmbio e pela distância do trajeto sobre o qual o rebolo se move. Para
um bombê de 90 o came giraria 90 da linha central para o extremo da medida da face do bombê. O
valor do bombê é controlado pelo valor do deslocamento do came. As curvas fornecidas com as
retíficas indicam as combinações das engrenagens de câmbio para vários comprimentos de cilindros
para perfis de 90 e normalmente para formatos de 70, bem como os ajustes de compensação para as
metas de valores de bombês totais. Os formatos de bombê diferentes de 90 e 70 são executados pela
especificação das engrenagens de câmbio apropriadas e pelas compensações para a retífica específica a
ser realizada.

Um exemplo típico de uma especificação de bombê simples aparece na Tabela 1. Observe os cinco
parâmetros básicos para fixação do formato total. Esta tabela inclui uma coluna indicando a localização
dos pontos das estações de medições para auxiliar o retificador e o inspetor. A coluna marcada (1.f)
lista os fatores de bombê para 10 estações, formato 70 quando o compasso indicador é zerado na linha
central do bombê.

A tabela 2 lista os fatores de bombê para 10 estações, tanto para 90 como para 70 em formatos. A
tabela 3 é para 15 estações, se maior resolução for necessária e a tabela 4 para 20 estações para a
mesma resolução.

Os bombês compostos exigem especificações adicionais e a comunicação entre a fábrica e a companhia


de borracha ou o construtor de máquinas deverão ser controlados sobre uma base especial. Vários
métodos são utilizados para retificar perfis de bombês compostos e todos exigem perícia . Dois de tais
métodos estão apresentados aqui. O primeiro método está representado nas Figuras 1 e 2 e é
provavelmente o método mais comum. Aqui, o centro do came permanece na linha central da face do

51
bombê e o bombê secundário é executado pelo aumento da quantidade especificada e então
controlando-se cuidadosamente o avanço do torno de modo que o secundário combine com o primário
na posição especificada.

Um bombê terciário pode ser cominado com o secundário de modo similar como mostrado na figura 3.
As especificações adicionais e as metas de formatos para 10 estações que estão ilustradas na Tabela 5.

O segundo método de geração de um bombê composto está ilustrado na figura 4. Este exige um
conjunto diferente de engrenagens de câmbio e também a recentralização para um ponto especificado,
descentrado na linha central do bombê primário. Este método resulta num perfil mais suave, mas
necessita de muito mais cuidado no esmerilhamento. A tabela 6 lista um exemplo das especificações e
as leituras de referência para este método.

DEFINIÇÕES DA TERMINOLOGIA DO BOMBÊ

Bombê - de cilindros para máquinas de papel refere-se ao formato ou perfil do diâmetro necessário para
compensar a deflexão a fim de se obter uma distribuição de pressão uniforme no NIP.

Medida de face do bombê - é a distância axial sobre a qual o bombê é medido. Este deve ser
especificado, dependendo da aplicação.

Localização da face abaulada medida - linha central da medida da face do bombê é a linha central da
máquina e é normalmente a linha central da face do cilindro. Uma exceção notável é o cilindro prensa
de sucção onde a medida de face do bombê é centralizada sobre a furação da camisa.

Valor do bombê - é a diferença em diâmetro entre o centro e os extremos, expressa em milésimos de


polegadas. Este valor pode ser tanto positivo para um formato convexo como negativo para um formato
côncavo.

Estações de bombê - são os pontos de medição igualmente espaçados entre a linha central e os
extremos da medida da face do bombê. Normalmente estações do mesmo lado da linha central são
utilizados.

Fatores do bombê - este é o multiplicador a ser aplicado para o valor do bombê total para dar as
leituras do bombê de cada estação. Esta informação geralmente é apresentada em forma de carta pelo
fabricante da retífica para vários ângulos de bombê.

Perfil do bombê - é a seção diametral como medida nos pontos da estação.

Grau de bombê - é a rotação do came da retífica do centro para o final da medida da face do bombê. O
bombê 70 é o perfil resultante da rotação de 70 do came, a rotação de 90 idem e da mesma maneira
para os outros valores.

Mecanismo do came - são engrenagens de câmbio exigidos para manobrar o came para os graus de
rotação desejados para que o torno percorra sobre a face abaulada.

52
Ajuste do came - é o valor da compensação do came necessário para produzir o valor do bombê
desejado.

Coseno do bombê - é a seção do perfil do cilindro gerado por um came circular excêntrico.

Bombê teórico - é o perfil do bombê antes de ser usinado na máquina.

Bombê real - é o perfil do bombê depois de ser usinado na máquina que quando comparado ao bombê
teórico indica a exatidão do bombê original sob as condições de usinagem.

Deflexão - de um cilindro de máquina de papel é a flexão devida as suas dimensões ao material e às


cargas aplicadas sobre ele em sua aplicação específica.

Chanfro - é o relevo da extremidade, esmerilhado sobre os cilindros que podem ser na forma de uma
porção cônica, degrau ou combinação de ambas. O comprimento do chanfro deve ser especificado
dependendo da aplicação.

Valor do chanfro - é medido sobre o raio e declarado em milésimos de uma polegada para um dos
hemisférios.

Abaulamento composto - é a adição de um perfil de bombê mais íngreme combinado com o perfil do
bombê primário em um ponto selecionado e é um método para compensar a deflexão ovalada da
camisa, os efeitos térmicos ou outras razões par abaulamentos mais precisos. Para casos especiais pode
ser necessário empregar um bombê terciário combinado com um bombê secundário.

Ponto de combinação - é o ponto no qual o perfil do bombê muda como um resultado de uma mudança
no ajuste de came e do avanço do rebolo de esmeril. Este ponto deve ser especificado.

ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊ DE CILINDROS - TIS 405-10

CFF
L.A. L.C.
MFB
L.C.
C C
H H
D1 D2 D1

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CFF - Comprimento Face a Face, mm
L.A. - Lado de Acionamento, mm
L.C. - Lado de Comando, mm
MFB - Medida de Face do Bombê
D1 - D2 - Valor do bombê, milésimos de mm
RC - Rotação do came, graus
C - Comprimento de chanfro, mm
H - Altura do chanfro, milésimos de mm
D1 - Diâmetro básico do cilindro medido na linha central da medida de face do bombê

Figura 1 - Ilustração das especificações do bombê.

0
.010
.020
.030 AJUSTE PRIMÁRIO
.030
.040 AJUSTE SECUNDÁRIO
.040

10 8 6 4 2 0

SECUNDÁRIO PRIMÁRIO

Figura 2 - Bombê composto com esmerilhamento secundário

54
LC

0
.010
.020
.060 - 70 - TERCIÁRIO
.030
.COMBINAÇÃO ESTAÇÃO 8
.040

10 8 6 4 2 0

TERCIÁRIO SECUNDÁRIO PRIMÁRIO

Figura 3 - Bombê composto com esmerilhamento terciário

CAME
LC
COMBINAÇÃO
0

.030

.060
.090

.120

.150
10 8 6 4 2 0

55
ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊS DE CILINDROS - TIS 405-10

ESPECIFICAÇÕES

1. comprimento de faces do cilindro ...................................... 5334 mm (210 polegadas)


2. Valor do bombê .................................................................. 1,52 mm (0.060 polegadas)
3. Medida da face do bombê .................................................. 5080 mm (200 polegadas)
4. Ângulo de came .................................................................. 70
5. Inclinação dos chanfros ...................................................... 3,18 mm num lado em 101,6 num lado em
4 polegadas.
6. Linha de centro do bombê é a linha de centro do cilindro.

ESTAÇÃO
ESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO 1-f FORMATO DE REFERÊNCIA
10 5 1.000 0.0600
9 15 0.8298 0.0498
8 25 0.6699 0.0402
7 35 0.5226 0.0314
6 45 0.3904 0.0234
5 55 0.2748 0.0165
4 65 0.1778 0.0107
3 75 0.1009 0.0061
2 85 0.0451 0.0027
1 95 0.0112 0.0007
0 105 0.0000 0.0000
1 115 0.0112 0.0007
2 125 0.0451 0.0027
3 135 0.1009 0.0061
4 145 0.1778 0.0107
5 155 0.2748 0.165
6 165 0.3904 0.0234
7 175 0.5226 0.0314
8 185 0.6699 0.0402
9 195 0.8298 0.498
10 205 1.0000 0.0600

Tabela 1 - Exemplo de especificação de bombê simples

56
ESTAÇÃO “O” NA LINHA CENTRAL DO BOMBÊ

90 70
ESTAÇÃO f (1-f) f (1-f)
0 1.0000 0.0000 1.0000 0.0000
1 0.9877 0.0123 0.9888 0.0112
2 0.9511 0.0489 0.9549 0.0451
3 0.8910 0.1090 0.8991 0.1009
4 0.8090 0.1910 0.8222 0.1778
5 0.7071 0.2929 0.7252 0.2748
6 0.5878 0.4122 0.6096 0.3904
7 04540 05460 0.4774 0.5226
8 0.3090 0.6910 0.3301 0.6699
9 0.1564 0.8436 0.1702 0.8298
10 0.0000 1.0000 0.0000 1.0000

NOTA : “f” é o multiplicador a ser aplicado ao bombê total para se determinar as leituras de referência
em cada estação quando se começar com o compasso indicador zerado no final da medida da
face do bombê. (1-f) é o multiplicador quando começar com zero na linha central.

Tabela 2 - Fatores de Bombês - 10 Estações

ESTAÇÃO “O” NA LINHA CENTRAL DO BOMBÊ


90 70
ESTAÇÃO f (1-f) f (1-f)
0 1.0000 0.0000 1.0000 0.0000
1 0.9945 0.0055 0.9955 0.0050
2 0.9782 0.0218 0.9799 0.0201
3 0.9511 0.0489 0.9549 0.0451
4 0.9136 0.0864 0.9207 0.0793
5 0.8660 0.1340 0.8757 0.1243
6 0.8090 0.1910 0.8222 0.1778
7 0.7431 0.2569 0.7596 0.2404
8 0.6691 0.3309 0.6886 0.3114
9 0.5878 0.4122 0.6096 0.3904
10 0.5000 0.5000 0.5231 0.4769
11 0.4067 0.5933 0.4298 0.5702
12 0.3090 0.6910 0.3301 0.6699
13 0.2079 0.7921 0.2248 0.7752
14 0.1045 0.8955 0.1144 0.8856
15 0.0000 1.0000 0.0000 1.0000

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NOTA : “f” é o multiplicador a ser aplicado ao bombê total para se determinar as leituras de referência
em cada estação quando se começa com o compasso indicador zerado no final da medida da
face do bombê. “(1-f)” é o multiplicador quando começa com zero na linha central.

Tabela 3 - Fatores de bombês - 15 estações

ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊS DE CILINDROS - TOS 405-10

ESTAÇÃO “O” NA LINHA CENTRAL DO BOMBÊ

ESTAÇÃO f (1-f) f (1-f)


0 1.0000 0.0000 1.0000 0.0000
1 0.9945 0.0055 0.9950 0.0050
2 0.9782 0.0218 0.9799 0.0201
3 0.9511 0.0489 0.9549 0.0451
4 0.9136 0.0864 0.9207 0.0793
5 0.8660 0.1340 0.8757 0.1243
6 0.8090 0.1910 0.8222 0.1778
7 0.7431 0.2569 0.7596 0.2404
8 0.6691 0.3309 0.6886 0.3114
9 0.5878 0.4122 0.6096 0.3904
10 0.5000 0.5000 0.5231 0.4769
11 0.4067 0.5933 0.4298 0.5702
12 0.3090 0.6910 0.3301 0.6699
13 0.2079 0.7921 0.2248 0.7752
14 0.1045 0.8955 0.1144 0.8856
15 0.0000 1.0000 0.0000 1.0000

NOTA : “f” é o multiplicador a ser aplicado ao bombê total para se determinar as leituras de referência
em cada estação quando se começa com o compasso indicador zerado no final da medida da
face do bombê. “(1-f)” é o multiplicador quando começa com zero na linha central.

Tabela 3 - Fatores de bombês - 15 estações

58
ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊS DE CILINDROS - TOS 405-10

ESTAÇÃO “O” NA LINHA CENTRAL DO BOMBÊ

ESTAÇÃO f (1-f) f (1-f)


0 1.0000 0.0000 1.0000 0.0000
1 0.9969 0.0031 0.9971 0.0029
2 0.9877 0.0123 0.9888 0.0112
3 0.9724 0.0276 0.9746 0.0254
4 0.9511 0.0489 09549 0.0451
5 0.9239 0.0761 0.9296 0.0704
6 0.8910 0.1090 0.8991 0.1009
7 0.8526 0.1474 0.8632 0.1368
8 0.8090 0.1910 0.8222 0.1778
9 0.7604 0.2396 0.7760 0.2240
10 0.7071 0.2929 0.7252 0.2748
11 0.6495 0.3505 0.6696 0.3304
12 0.5878 0.4122 0.6096 0.3904
13 0.5225 0.4775 0.5454 0.4546
14 0.4540 0.5460 0.4774 0.5226
15 0.3827 0.6173 0.4055 0.5945
16 0.3090 0.6910 0.3301 0.6699
17 0.2335 0.7665 0.2515 0.7485
18 0.1564 0.8436 0.1702 0.8298
19 0.0785 0.9215 0.0863 0.9137
20 0.0000 1.0000 0.0000 1.0000

NOTA : “f” é o multiplicador a ser aplicado ao bombê total para se determinar as leituras de referência
em cada estação quando se começa com o compasso indicador zerado no final da medida da
face do bombê. “(1-f)” é o multiplicador quando começa com zero na linha central.

Tabela 4 - Fatores de bombês - 20 estações

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ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊS DE CILINDROS - TIS 405-0

ESPECIFICAÇÕES ADICIONAIS

Ajuste do came 0.030 0.040 0.060


Ângulo do came 70 70 70
Ponto de combinação --- Est. 6 Est. 8
Esmerilhamento 1 2 3

LEITURAS DE REFERÊNCIA

ESTAÇÃO

10 0.0300 0.0361 0.0427


9 0.0248 0.0292 0.0324
8 0.0200 0.0228 0.0228
7 0.0156 0.0170 0.0170
6 0.0117 0.0117 0.0117
5 0.0082 0.0082 0.0082
4 0.0053 0.0053 0.0053
3 0.0030 0.0030 0.0030
2 0.0013 0.0013 0.0013
1 0.0003 0.0003 0.0003
0 0.0000 0.0000 0.0000
1 0.0003 0.0003 0.0003
2 0.0013 0.0013 0.0013
3 0.0030 0.0030 0.0030
4 0.0053 0.0053 0.0053
5 0.0082 0.0082 0.0082
6 0.0117 0.0117 0.0117
7 0.0156 0.0170 0.0170
8 0.0200 0.0228 0.0028
9 0.0248 0.0292 0.0324
10 0.0300 0.0361 0.0427

Tabela 5 - leituras de referência de bombê composto.

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ESPECIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES DE BOMBÊS DE CILINDROS - TIS 405-10

ESPECIFICAÇÕES ADICIONAIS

Esmerilhamento 1 2
Ajuste do came 0.0900 0.1000
Ângulo do came 90 90
Centralização do came Est. 0 Est. 5
Face do bombê Inteira ½ F.B.
Ponto de combinação ------- Est. 6

LEITURAS DE REFERÊNCIA

ESTAÇÃO

10 0.0900 0.1322
9 0.0759 0.1013
8 0.0622 0.0734
7 0.0491 0.0513
6 0.0371 0.0371
5 0.0264 0.0264
4 0.0172 0.0172
3 0.0098 0.0098
2 0.0044 0.0044
1 0.0011 0.0011
0 0.0000 0.0000
1 0.0011 0.0011
2 0.0044 0.0044
3 0.0098 0.0098
5 0.0264 0.0264
6 0.0371 0.0371
7 0.0491 0.0513
8 0.0622 0.0734
9 0.0759 0.1013
10 0.0900 0.1322

Tabela 6 - Bombê composto - Leitura de uma etapa.

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