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INSTITUTO POLITÉCNICA BOA ESPERANÇA

DELEGAÇÃO DE NACALA

TEMA: SISTEMA URINÁRIO

NACALA-PORTO
SETEMBRO
2022
Instituto Politécnica Boa Esperança Delegação De Nacala

Curso: Técnico Da Medicina Geral

Disciplina: Procedimento Clinico em Enfermagem

4º Grupo / Turma: TMG6

Formandos

Alima Jaime
Fátima Sualehe Abubar Ali
Franco do Rosário Simão
Nélson Momade Mpira

TEMA: Sistema Urinário

Trabalho de pesquisa em grupo de


carácter avaliativo, da disciplina de
Procedimento Clinico em Enfermagem,
a ser apresentado no Instituto Politécnica
Boa Esperança Delegação de Nacala,
Leccionado pelo Docente: Welis Carlos

Nacala-Porto
Setembro
2022

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Índice
Introdução.................................................................................................................................... 4
Sistema Urinário .......................................................................................................................... 5
Órgãos que compõem o sistema urinário suas funções .............................................................. 5
Rim .............................................................................................................................................. 6
Rim em corte longitudinal ........................................................................................................... 6
Corpúsculo renal ou de Malpighi ................................................................................................ 7
O Podócito ................................................................................................................................... 7
Barreira de filtração glomerular .................................................................................................. 8
O aparelho justaglomerular ......................................................................................................... 8
Túbulo contorcido proximal (T.C.P.) .......................................................................................... 9
Alça de Henle .............................................................................................................................. 9
Túbulo contorcido distal (T.C.D.) ............................................................................................. 10
Ductos coletores ........................................................................................................................ 11
Sistema renina-angiotensina-aldosterona .................................................................................. 11
A Angiotensina II ...................................................................................................................... 12
Sistema renina-angiotensina-aldosterona .................................................................................. 12
Interstício renal .......................................................................................................................... 12
Ureter ......................................................................................................................................... 13
Túnica Muscular ........................................................................................................................ 13
Bexiga........................................................................................................................................ 13
Uretra ......................................................................................................................................... 14
Bexiga urinária .......................................................................................................................... 15
Diferenças entre o sistema urinário masculino e feminino ....................................................... 15
Conclusão .................................................................................................................................. 16
Referencias bibliografica........................................................................................................... 17

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Introdução
O sistema excretor, também conhecido como sistema urinário, é formado pelos rins, pelos
ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra, que filtram o sangue e, posteriormente, produzem,
transportam, armazenam e eliminam a urina (resíduo líquido) de forma intermitente. Neste
presente trabalho iremos explicar anatomia e fisiologia do aparelho Urinário. Podendo explicar
as funções em cada elemento que contem no sistema urinário.

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Sistema Urinário
O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável por produzir, armazenar
temporariamente e eliminar a urina, um composto que garante a eliminação de substâncias que
estão em excesso no organismo e resíduos oriundos do metabolismo. O sistema urinário é
essencial para garantir a manutenção do equilíbrio interno do nosso corpo.

Órgãos que compõem o sistema urinário suas funções


O aparelho urinário é constituído de dois rins, dois uréteres, uma bexiga e uma uretra. O rim é o
responsável pela homeostase (equilíbrio do meio interno), filtrando o plasma e removendo as
substâncias indesejáveis ingeridas pela pessoa ou produzidas pelo metabolismo corporal.

Rim

Uréter

Bexiga
Uréter
Os rins têm diversas funções, dentre as quais destacam-se as seguintes:

 Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico: água e eletrólitos;


 Regulação da osmolalidade e das concentrações de eletrólitos dos líquidoscorporais;
 Regulação da Pressão Arterial: excreção de sódio e de água, secreção de renina;
 Regulação do Equilíbrio Ácido-Básico: excreção de ácidos e regulação das reservas de
tampões dos líquidos corporais;
 Gliconeogênese: síntese de glicose a partir de aminoácidos e outros precursores durante o
jejum prolongado;
 Secreção, metabolismo e excreção de hormônios, secreção de eritropoietina (estimula a
produção de eritrócitos), produção da forma ativa da vitamina D (1,25-diidroxivitamina
D3 ou calciferol);
 Excreção de produtos de degradação do metabolismo e de substâncias químicas
estranhas: uréia, creatinina, ácido úrico, produtos finais da degradação da hemoglobina
(bilirrubina), dentre outros.

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Rim
O rim é um órgão retroperitoneal que possui a forma de um grão de feijão tendo em sua
concavidade o hilo, onde se encontram vasos, nervos e os cálices renais, que vão formar a pelve
renal, que nada mais é do que a parte superior do ureter. O rim constitui- se de uma cápsula de
tecido conjuntivo denso, de uma zona cortical e de uma zona medular.

A zona cortical é a que está logo abaixo da cápsula. E a zona medular situada mais internamente,
possui de 10 a 18 pirâmides renais (pirâmides medulares ou de Malpighi), cujos vértices fazem
saliência nos cálices renais.

Rim em corte longitudinal


Cada rim possui cerca de 1,3 milhões de túbulos uriníferos circundados por um estroma
contendo tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Cada túbulo
urinífero consistem em dois seguimentos embriologicamente distintos: O néfron, o ducto coletor.

 Néfron É Constituído Por Dois Componentes: o corpúsculo renal e um longo túbulo


renal.
 O túbulo renal é composto por várias regiões: o túbulo contorcido proximal, a alça de
Henle, o túbulo contorcido distal, que desemboca no ducto coletor.
 Os ductos coletores apresentam três distribuições topográficas distintas: um ducto
colector cortical, um ducto coletor medular externo e um segmento medular interno.

As duas porções da alça de Henle, que são retilíneas, encontram-se na zona medular do rim. Já os
corpúsculos renais e os túbulos de trajeto tortuoso (contorcidos proximal e distal) alojam-se no
córtex (zona cortical).

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Corpúsculo renal ou de Malpighi
Formado pelo Glomérulo renal (tufo de capilares) e pela Cápsula de Bowman, que envolve o
glomérulo. Cada corpúsculo renal possui dois pólos: um vascular, onde penetra a arteríola
aferente e sai a arteríola eferente; e um urinário, onde nasce o túbulo contorcido proximal.

Cápsula de Bowman (ou Glomerular) é constituída de dois folhetos:

 Parietal (externo): formado por um epitélio simples pavimentoso, apoiado sobre uma
membrana basal e numa delgada camada de fibras reticulares.
 Visceral (interno): é formado por células epiteliais denominadas podócitos (células com
prolongamento) que envolvem toda extensão da rede capilar e constituem, juntamente
com o endotélio vascular e as membranas basais, a barreira de filtração glomerular. Entre
os dois folhetos encontra-se o espaço urinífero ou capsular que capta o filtrado
glomerular.

O Podócito
Glomérulo consiste em três componentes:

Os capilares glomerulares, revestidos por células endoteliais fenestradas.


Mesângio, formado por células mesangiais embebidas na matriz mesangial.
Os podócitos, constituintes da camada visceral da cápsula de Bowman.

As células mesangiais

mesângio é uma estrutura intraglomerular interposta por entre os capilares glomerulares,


constituídos por dois componentes: As células mesangiais e a matriz mesangial.

As células mesangiais se agregam também, fora do glomérulo, em um espaço


delimitado pela mácula densa e pelas arteríolas glomerulares aferentes e eferentes.
As células mesangiais são pericitos especializados com características de células
musculares lisas e de macrófagos.

As células mesangiais são: Contráteis, Fagocíticas e Capazes de proliferação. Elas sintetizam


tanto matriz como colágeno, e secretam substâncias biologicamente ativas (prostaglandinas e
endotelinas). As endotelinas induzem a constrição de arteríolas glomerulares aferentes e
eferentes.

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As células mesangiais participam indiretamente no processo de filtração glomerular por:

 Proporcionar suporte mecânico para os capilares glomerulares.


 Controlar a renovação do material da lâmina basal glomerular por meio da sua atividade
fagocítica.
 Regular o fluxo de sangue devido à sua atividade contrátil.
 Secretar prostaglandinas e endotelinas.
 Responder à angiotensina II.

Barreira de filtração glomerular


É constituída pelas células endoteliais dos capilares fenestrados, do glomérulo renal, pela dupla
membrana basal (das células endoteliais e dos podócitos), e do prolongamento secundário dos
podócitos. A superfície das células endoteliais é revestida com glicoproteínas de carga elétrica
negativa, que bloqueiam a passagem de grandes moléculas aniônicas e com mais de 69 KDa.
Desta forma moléculas com tamanho inferior e com carga positiva ou neutra são filtradas mais
prontamente. O endotélio é permeável à água, uréia, glicose, e pequenas proteínas.

O aparelho justaglomerular
O aparelho justaglomerular é uma pequena estrutura endócrina constituída pelos seguintes
componentes:

Mácula densa: uma região distinta da porção inicial do túbulo contorcido distal.
As células mesangiais extraglomerulares.
As células produtoras de reninas (células justaglomerulares) da arteríola glomerular
aferente, e em menor extensão da arteríola glomerular eferente.

A mácula densa: é sensível a mudanças na concentração de NaCl e afeta a liberação de renina


pelas células justaglomerulares. A renina é secretada quando a concentração de NaCl ou a
pressão sanguínea caem. Células mesangiais extraglomerulares estão conectadas às células
justaglomerulares através de junções comunicantes.

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O aparelho justaglomerular: é um dos componentes do mecanismo de feedback túbulo-
glomerular envolvido na auto-regulação do fluxo sanguíneo renal e da filtração glomerular.

Outro componente é representado pelas fibras nervosas simpáticas (adrenérgicas) que inervam as
células justaglomerulares. A secreção de renina é incrementada pela norepinefrina e dopamine
secretada pelas fibras nervosas adrenérgicas. A norepinefrina liga-se a receptores ɑ- adrenérgicos
na arteríola glomerular aferente, causando vasoconstrição. Não há inervação parassimpática.

Túbulo contorcido proximal (T.C.P.)


Tem sua parede composta por um epitélio cúbico simples, com células apresentando uma grande
quantidade de microvilosidades (“Borda em escova”). O citoplasma é acidofílico, rico em
mitocôndrias. A membrana plasmática apresenta inúmeras interdigitações. O Túbulo Contorcido
(ou Contornado) Proximal possui uma parte inicial tortuosa, próxima ao Corpúsculo Renal, e
uma parte retilínea que penetra na camada medular por uma pequena extensão, e que se continua
com a Alça de Henle.

O ultrafiltrado do plasma no espaço urinário é transportado por mecanismos ativos e passivos ao


túbulo contorcido proximal (TCP), onde cerca de 80% de água, glicose, Na+, Cl-e K+filtrados e
outros solutos são reabsorvidos. O movimento da uréia e da glicose através da membrana
plasmática é mediado por uma proteína transportadora. O TCP é altamente permeável à água.

Alça de Henle
As Alças de Henle têm o formato da letra U, ou seja, um ramo descendente e outro ascendente.
Cada ramo é formado por um segmento espesso e outro delgado. O segmento espesso
descendente é continuação do TCP. O segmento espesso ascendente é contínuo com o túbulo
contorcido distal. Funcionalmente participa da reabsorção de água. Como já destacado, a Alça de
Henle é a única parte do néfron encontrada na zona medular. Na maioria dos néfrons, os néfrons
corticais, as Alças de Henle são curtas. Já os néfrons justamedulares, que são em menor número,
possuem suas Alças de Henle longas estendendo até a profundidade da medula renal.

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Embora o segmento delgado descendente da alça de Henle seja completamente permeável à
água, o segmento ascendente inteiro é impermeável à água. No segmento espesso ascendente o
cloreto de sódio é transportado ativamente para fora da alça, para estabelecer o gradiente
medular, já mencionado e, que é necessário para concentrar a urina.

A alça de Henle reabsorve 15% da água filtrada e 25% de NaCl, K+, Ca2+e HCO3-, filtrados.
Como o ramo ascendente é impermeável a água, a reabsorção da água filtrada ocorre
exclusivamente nos ramos descendente, movida por um gradiente osmótico entre o fluido tubular
e o líquido intersticial.

Assim como no TCP, a bomba de sódio e potássio (ATPase) no ramo ascendente é um elemento
chave na reabsorção de solutos. A inibição dessa bomba por diuréticos como a furosemida
(Lasix), inibe a reabsorção de NaCl e aumenta a excreção urinária tanto de NaCl quanto de água,
ao reduzir a osmolaridade do líquido intersticial da medula.

Túbulo contorcido distal (T.C.D.)


Também é revestido por epitélio cúbico simples, mas diferentemente do Túbulo Contorcido
Proximal, não possui a “Borda em escova”, pois a parte apical das células do túbulo apresentam
microvilos mais curtos e esparsos. Nos cortes histológicos, a distinção entre os túbulos
contorcidos proximais e distais, ambos encontrados na região cortical baseia-se nos seguintes
dados: suas células são menores, nos cortes transversais eles apresentam um maior número de
núcleos, não apresentam borda estriada e são menos acidófilas, com o citoplasma mais claro,
pois possuem menor quantidade de mitocôndrias. Em cortes de parafina, a luz destes túbulos está
bem aberta, enquanto que a dos TCP estão menores, levemente obliteradas, em consequência da
borda estriada. Como os túbulos contorcidos distais são muito mais curtos do que os túbulos
contorcidos proximais, em cortes transversais de córtex renal, os túbulos contorcidos proximais
aparecem em número muito maior do que os túbulos contorcidos distais. Realmente, em geral é
de 7:1 a razão de cortes transversais de túbulos contorcidos proximais para túbulos contorcidos
distais circundando qualquer corpúsculo renal.

O T.C.D. encosta-se ao Corpúsculo Renal do mesmo néfron, modificando a parede do túbulo


neste ponto. As células tornam-se cilíndricas altas, com núcleos alongados e próximos uns dos
outros. Essa região denomina-se mácula densa, e aparece mais escura nos cortes corados,

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justamente por causa da proximidade dos núcleos das células. Evidências experimentais
demonstram que a mácula densa é sensível à concentração dos íons de Sódio e de Cloro,
produzindo um sinal molecular que modifica o calibre da arteríola aferente, regulando assim a
filtração glomerular. Nessa região o T.C.D. entra em íntimo contato com as paredes das
arteríolas aferente e eferente. Nesse ponto a túnica média da arteríola aferente também modifica-
se apresentando, ao invés das fibras musculares lisas, as células justaglomerulares (JG), que
apresentam características de células secretoras.

O TCD e o ducto coletor reabsorvem aproximadamente 7% do NaCl filtrado. A porção distal do


TDC e os ductos coletores são permeáveis a água na presença de hormônio antidiurético (ADH,
ou vasopressina). No T.C.D. existe uma troca iônica, na presença de quantidade suficiente de
aldosterona. Há absorção de sódio, e potássio é secretado. Este mecanismo influencia o conteúdo
de sais e água no organismo. O túbulo distal também secreta os íons hidrogênio e amônia para a
urina. Esta atividade é essencial para o equilíbrio ácido-básico do sangue.

Ductos coletores
Não fazem parte da estrutura do néfron. Recolhem o produto final do metabolismo de diversos
néfrons. Dos Túbulos Contorcidos Distais, a urina vai para os ductos ou tubos coletores, que se
unem na zona medular, formando tubos cada vez mais calibrosos e dirigindo-se para as papilas.
Os tubos coletores mais delgados têm revestimento de epitélio cúbico. E, conforme se fundem e
se aproximam das papilas, suas células vão se tornando mais altas, até virarem cilíndricas. Os
ductos coletores participam dos mecanismos de concentração da urina (retenção de água).

Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Este sistema é um componente significativo do sistema de feedback túbulo- glomerular,
essencial para a manutenção da pressão arterial sistêmica quando há uma redução no volume
vascular. Uma redução no volume vascular resulta em uma queda na taxa de filtração glomerular
e na quantidade de NaCl filtrado. Uma redução no NaCl filtrado é percebido pela mácula densa,
que desencadeia a secreção de renina e a produção de angiotensina II, um potente vasoconstritor.

Esse conjunto de alterações que ocorrem no Túbulo Contorcido Distal (mácula densa) e na
Arteríola Aferente (células justaglomerulares) constituem o Aparelho Justaglomerular (JG). As
células JG produzem a renina, que atua na elevação da Pressão Arterial e na secreção de

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aldosterona (um hormônio do córtex da glândula supra-renal). A renina atua sobre o
angiotensinogênio, uma proteína circulante no plasma produzida pelo fígado, convertendo-a em
Angiotensina I, que é um decapeptídio sem qualquer função fisiológica conhecida. A enzima
conversora de angiotensina (ECA), um produto das células endoteliais pulmonares e renais,
converte a angiotensina I em angiotensina II.

A Angiotensina II
A Angiotensina II é um vasoconstritor importantíssimo, ou melhor, fundamental na regulação da
Pressão Arterial. Possui uma ação direta no vaso, fazendo vasoconstrição, o que aumenta a
resistência periférica e, conseqüentemente, eleva a Pressão Arterial. E também possui um efeito
indireto, estimulando o aumento da secreção de aldosterona, que é o mais potente
mineralocorticóide conhecido, promovendo o aumento da reabsorção de sódio e água em nível
dos Túbulos Distais, fazendo com que aumente a volemia e, dessa forma, eleve a Pressão
Arterial. Além de estimular a secreção do Hormônio antidiurético (ADH) pela neuro-hipófise,
promovendo a reabsorção de água nos ductos coletores.

Sistema renina-angiotensina-aldosterona

Interstício renal
O espaço entre os néfrons e vasos sanguíneos e linfáticos se chama interstício renal. O interstício
é muito escasso na cortical, porém aumenta na medular. O interstício contém pequena
quantidade de tecido conjuntivo, com fibroblastos, algumas fibras colágenas e uma substância
fundamental muito hidratada e rica em proteoglicanos. As células do interstício da cortical renal
produzem 85% da eritropoietina do organismo, um hormônio glicoproteico que estimula a
produção de eritrócitos pelas células da medula óssea vermelha, o restante é sintetizado pelo
fígado. A lesão dos rins pode levar a uma profunda anemia, devida à deficiência de

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eritropoietina, pois o fígado não tem capacidade de suprir sozinhas as necessidades do
organismo.

Ureter
É um órgão muscular que conduz a urina do rim até a bexiga. Assim como os rins, são em
número de dois. Cada um mede aproximadamente 25 cm. O ureter atravessa obliquamente a
parede da bexiga, de modo que se forme uma válvula que impede o refluxo da urina. O ureter é
composto por três túnicas, que são as seguintes:

Túnica Mucosa: epitélio de revestimento, lâmina própria

É constituído pelo epitélio de revestimento de transição, é um epitélio estratificado cuja


camada mais superficial é formada por células globosas, nem pavimentosas e nem
prismáticas. A forma dessas células muda de acordo com o grau de distensão do órgão,
podendo ficar achatadas quando o mesmo estiver repleto.
Lâmina própria constituída de tecido conjuntivo que varia de frouxo ao denso.

Túnica Muscular
É constituída por uma camada longitudinal interna e circular externa. Na parte proximal da
uretra, a musculatura da bexiga forma o esfíncter interno da mesma. O ureter atravessa
obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de
urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas o músculo longitudinal cuja
contração abre a válvula e facilita a passagem da urina do ureter para a bexiga.

Túnica Adventícia: constituída por Tecido Conjuntivo Fibroelástico que reveste externamente o
ureter.

Bexiga
É um órgão que recebe a urina formada pelos rins, armazena-a por algum tempo e a conduz ao
exterior à medida que aumenta a quantidade de urina dentro da bexiga, o que faz com que se
eleve a pressão endovesical (normalmente 10 cm de água) e, por volta de 200-300 ml,
desencadeie o reflexo da micção. A bexiga também é composta por três túnicas, que são as
seguintes:

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Túnica Mucosa: Epitélio estratificado de transição (polimorfo). – Lâmina própria de
tecido conjuntivo denso.
Túnica Muscular: É constituída por uma camada longitudinal interna e circular externa.
Túnica Adventícia: envolve externamente a bexiga, constituída por tecido conjuntivo
fibroelástico. Em sua porção superior, a bexiga possui uma pequena região revestida por
uma membrana serosa (peritônio).

Estrutura do epitélio de transição da bexiga, quando esta está vazia (A), e está cheia (B)

Uretra
É um tubo que conduz a urina da bexiga para o exterior, durante o ato da micção. Nos homens, a
uretra dá passagem ao esperma na ejaculação. Já nas mulheres é um órgão exclusivo do sistema
urinário.

A uretra masculina possui três porções: a prostática, a membranosa e a cavernosa ou peniana.

Uretra prostática: inicia-se na bexiga e atravessa a próstata. Tem aproximadamente 3-4


cm de comprimento. É onde desembocam os dois ductos ejaculadores, pelos quais passa
o esperma. É revestida por epitélio de transição.
Uretra membranosa: tem 1cm de extensão e é revestida por epitélio pseudo-
estratificado colunar. Nessa parte da uretra existe um esfíncter de músculo estriado: o
esfíncter externo da uretra.
Uretra peniana ou cavernosa: localiza-se no corpo cavernoso do pênis. Apresenta
epitélio pseudo-estratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. As
glândulas de Littré são do tipo mucoso e encontram-se em toda uretra, predominando na
parte peniana.

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A uretra feminina é um tubo de 4-5 cm de comprimento, revestido por epitélio de transição com
áreas de epitélio pavimentoso estratificado. Possui um esfíncter de músculo estriado, o esfíncter
externo da uretra, próximo à sua abertura no exterior. A uretra do homem é maior que a uretra
feminina, uma vez que ela passa pelo interior do pênis. Essa característica é determinante para o
maior número de casos de infecção urinária em mulheres. Outra diferença marcante entre os dois
sexos é que, em mulheres, a uretra é exclusiva do sistema urinário, enquanto, no homem, ela é
comum ao sistema urinário e genital.

Bexiga urinária
A bexiga urinária é um órgão muscular oco que serve de reservatório para a urina e
gradativamente distende-se conforme esse produto acumula-se. Há músculos próximos ao local
de junção entre a uretra e a bexiga, que atuam regulando a micção.

Diferenças entre o sistema urinário masculino e feminino


O sistema urinário masculino e feminino apresenta os mesmos órgãos. Portanto, se você avaliar
esse sistema em pessoas de sexos diferentes encontrará: dois rins, dois ureteres, uma bexiga
urinária e uma uretra. Entretanto, algumas diferenças podem ser observadas. Veja algumas delas
a seguir:

A bexiga está localizada em frente ao reto. Nos homens, essa se separa do reto pelas
vesículas seminais, enquanto na mulher, observa-se a presença da vagina e útero.
A uretra no homem apresenta outra função além de garantir a eliminação da urina. Nesse
sexo, a uretra dá passagem também ao sêmen durante a ejaculação. No sexo feminino,
por sua vez, a uretra é considerada um órgão exclusivo do sistema urinário.
A uretra masculina é maior que a uretra feminina. Enquanto a uretra masculina possui
cerca de 20 cm, a feminina apresenta apenas 4 cm.

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Conclusão
O sistema urinário é formado por órgãos relacionados com a excreção e controle da quantidade
de água e sais no nosso organismo. O sistema urinário está relacionado com a eliminação de
substâncias nitrogenadas resultantes do processo de metabolismo celular e com o controle da
quantidade de sais, água e outras substâncias. Um dos principais produtos excretados por esse
sistema é a ureia, formada a partir do metabolismo de alguns compostos nitrogenados. Cada rim
é formado por milhões de néfrons, que são formados pelo corpúsculo renal e o túbulo néfrico. O
corpúsculo renal é formado por uma expansão denominada cápsula renal e por uma rede de
capilares localizados no interior da cápsula chamados de glomérulo renal. O túbulo néfrico é
formado pelo túbulo contorcido proximal, alça néfrica e túbulo contorcido distal. De cada rim
parte um ureter, que são tubos musculares de aproximadamente 25 centímetros que transportam a
urina até a bexiga urinária.

Da bexiga urinária parte a uretra, um canal longo por onde a urina é conduzida para fora do
corpo. Na bexiga urinária, a urina fica armazenada até ser eliminada. Esse órgão possui a
capacidade de se contrair e relaxar, adaptando-se ao volume de urina no seu interior. Uma pessoa
pode acumular, em média, 350 ml de urina, sendo que, quando se atinge o volume de 150 ml,
iniciam-se os estímulos para micção. Denominamos de cápsula renal o revestimento externo do
rim. Na região do córtex estão localizados os néfrons, que são os responsáveis pela formação da
urina. Por fim temos a medula renal, que é a parte mais interna do rim, onde é verificada a
presença dos ductos coletores e as alças néfricas (estrutura que compõe o néfron).

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Referencias bibliografica
 SANTOS,Vanessa Sardinha dos. "Sistema urinário"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-excretor.htm. Acesso em 15 de setembro
de 2022.
 Singh: Textbook of Human Histology, 5th edition, Jaypee (2004), p. 264 – 278.
 K.L. Moore and A.F Dalley: Clinically Oriented Anatomy, 5th edition, Lippincott
Williams & Wilkins (2006), p. 308 - 324, 391 - 405.
 S. Standring: Gray’s Anatomy: The Anatomical basis of clinical practice, 40th edition,
(2008), p. 1225 -1255, 1305 – 1313.

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