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INSTITUTO POLITÉCNICO BOA ESPERANÇA -DELEGAÇÃO DE

NACALA
CURSO DE TMG

Colheita de Amostras
Procedimentos Clinico
Punção Lombar
.
Colheita de Amostras

Sangue
Urina
Escaro
Fezes
LCR
TIPOS DE AMOSTRAS
Sangue Total
Indicado para hemograma completo (contagem global de hemácias, leucócitos,
plaquetas, determinação do hematócrito, VCM; CHCM, e dosagem de hemoglobina).
Colher por punção venosa utilizando o frasco a vácuo ou puncionar a veia com seringa e coletar de
1,5 a 3 mL de sangue. Este procedimento deve demorar no máximo 2 minutos.
Homogeneizar por no mínimo 30 segundos.
Para pesquisa de hematozoários, realizar esfregaço sanguíneo. Fixar os esfregaços ao ar em
temperatura ambiente.
Manter a amostra de sangue em refrigerante (2 e 8ºC) no máximo 48 horas.
TIPOS DE AMOSTRAS

ESFREGAÇO SANGUÍNEO

Usado para pesquisa de hemoparasitas, deve-se colher sangue periférico.


Realizados ainda para verificar as características morfológicas dos
eritrócitos, para contagem diferencial de leucócitos, contagem de plaquetas,
eritroblastos
ESFREGAÇO SANGUÍNEO
Como fazer um esfregaço:
1. Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar e o indicador.
2. Colocar uma pequena gota de sangue na extremidade da lâmina.
3. Com uma segunda lâmina colocar o seu rebordo livre contra a superfície da primeira, em
frente à gota de sangue, formando um ângulo de 45º.
4. Realizar um movimento para trás de modo que entre em contato com a gota de sangue,
pressionando-a até que a gota se espalhe por toda a borda da lâmina.
5. Impelir a lâmina, guardando sempre o mesmo ângulo, em um só movimento, firme e
uniforme, sem separar uma lâmina da outra. Forma-se então uma delgada camada de sangue.
6. Secar rapidamente ao ar, conservar em temperatura ambiente e identificar com lápis na
extremidade da lâmina sobre o próprio esfregaço, depois de seco ao ar.
Erros Mais Comuns na Coleta de Sangue

Não desprezar a primeira gota de sangue na punção digital;


Demorar garroteamento durante a coleta;
Não atingir a veia logo à primeira “picada”;

Usar agulhas de calibre muito fino ou muito grosso;


Aspirar o sangue violentamente (agulha / seringa)
Áreas a Evitar Venopunção

Áreas com terapia ou hidratação


Locais com cicatrizes de queimaduras
Membro superior próximo ao local de cateterismo ou qualquer procedimento
cirúrgico
Áreas com hematomas
Veias que já sofreram trombose
Cont.
Coleta de Urina

Higiene dos genitais externos;

Utilizar frasco adequado e identificados;

Volume mínimo de 10 ml.


Coleta de Urina
Utilizar garrafa de água mineral sem gás e sem sabor como recipiente
coletor (identificar);
Início da coleta = Desprezar a primeira urina da manhã e marcar horário;
Coletar todas as demais urinas no decorrer do período de 24hs;
Orientar para antes de defecar ou tomar banho;
Realizar a última coleta no dia seguinte no mesmo horário que iniciou.
Transporte e Armazenamento

Enviar imediatamente ao laboratório”


Manter em local fresco por no máximo 2 hs;
Transporte > que 2 hs conservar em geladeira;
Transportar em maletas rígidas apropriadas com gelo reciclável;
Evitar vazamentos colocando cada copo coletor dentro de saco plástico.
Coleta de Fezes

Parasitológico:
Orientar o paciente para que defeque em recipiente limpo e seco;
Retirar uma amostra de fezes (10 gramas)
Conservar em temperatura ambiente por até 7 dias.
Coleta deverá ser feita pela manhã, paciente sem banho;
Evitar uso de laxante
Frasco para coleta sem conservante
Material recém emitido
coleta do escarro

Quando alguns cuidados não são tomados, durante a coleta de escarro,


além de saliva em excesso, restos alimentares podem ser observados no
material coletado.

O exame do escarro é a primeira etapa


diagnóstica da tuberculose.
É um método econômico, seguro e
eficiente.
Coleta do escarro

O exame do escarro expectorado


depende diretamente da qualidade
da amostra obtida.
Coleta do escarro

Com o objetivo de melhorar a qualidade das amostras, o paciente deve


ser orientado sobre como realizar uma coleta ideal de escarro.

A orientação sobre a coleta do escarro busca mostrar ao paciente que o


material deve ser proveniente da árvore brônquica e não da orofaringe.
Orientações ao Paciente

Explicar a importância do exame para o cliente utilizando termos claros e


de fácil entendimento;
Orientar a necessidade de seguir os passos da coleta, pois o material para
exame de escarro deve ser proveniente da árvore brônquica e não da
região da orofaringe;
Orientar a realizar a higiene bucal na véspera (casa – coleta da 2ª amostra).
Orientações ao Paciente

Fornecer ao cliente a orientação e simulação da técnica de coleta,


utilizando para isto o pote, aproveitando este momento para indicar a
quantidade a ser colhida.

Orientar o cliente a inspirar profundamente, retendo por alguns


instantes o ar nos pulmões.
Orientações ao Paciente

Após inspirar profundamente, orientar o paciente a tossir e lançar o


material diretamente no pote de coleta;

Orientar o paciente a repetir o procedimento por três vezes para atingir a


quantidade necessária (5 a 10ml).
Técnica de coleta da 1ª amostra (Unidade de Saúde)

Orientar o cliente a tampar o pote rosqueando-o firmemente.


Entregar o pote identificado envolto em papel toalha, ou em papel higiênico.
Solicitar ao cliente que repita verbalmente as informações realizadas e
simular a coleta.
Indicar ao cliente o local de coleta na Unidade (de preferência ao ar livre ou
em sala bem arejada).
Técnica de coleta da 1ª amostra (Unidade de
Saúde

Após a coleta o cliente deve levar o pote até o profissional de saúde.


O profissional deverá verificar a quantidade e qualidade da amostra, sem
abrir o pote. Caso a quantidade seja insuficiente, deve-se pedir para que
o cliente repita a operação até obter uma amostra adequada.
Ao final, o cliente deverá lavar as mãos.
Técnica de coleta da 1ª amostra (Unidade de Saúde)

O cliente deve colher a amostra, logo ao despertar em local arejado,


Seguindo os passos da 1ª amostra (unidade de saúde).
Realizar esta coleta no dia em que for levar o exame à Unidade de Saúde (não deixar
armazenada em casa).
O cliente deverá colocar o pote com a tampa para cima, em saco plástico, cuidando para
mantê-lo nessa posição.
Orientar que o cliente lave as mãos após este procedimento e transporte o material para o
local indicado.
Recepção das amostras no serviço de saúde

O profissional de saúde que receber a amostra deverá utilizar luvas de


procedimento para manusear o pote.
Verificar se a amostra está bem identificada e se corresponde à
requisição do exame.
Conferir a quantidade do escarro sem abrir o pote.
Requisição do exame

Conferir se a requisição do exame está preenchida com letra legível.


Completar o que estiver faltando perguntando à pessoa que estiver entregando a amostra.
A requisição deverá conter as seguintes informações:
Unidade requisitante;
Nome (completo e legível);
Endereço com (acrescentar telefone);
Amostra (1ª ou 2ª – para diagnóstico ou controle);
Tipo de material (escarro, urina, etc).
Transporte de amostras para o laboratório
Para o transporte de amostras, devemos considerar duas
condições importantes:
Proteção contra a luz solar;
Acondicionamento adequado para que não haja risco de
derramamento.
Colocar os potes com as tampas bem fechadas e voltadas para
cima.
Colocar as requisições dos exames em um envelope ou saco
plástico, fora da caixa térmica ou de isopor.
Punção Lombar

Punção lombar é um procedimento médico para obter uma amostra de


líquido cérebro-espinhal (também conhecido por líquido cefalorraquídeo).

Este líquido envolve o cérebro e a medula espinhal. Esta análise contribui


para o estudo de algumas doenças que afetam o Sistema Nervoso.
Punção Lombar
A punção lombar é feita para detetar possíveis alterações da composição ou para
medir a pressão do líquido cérebro-espinhal em doenças do Sistema Nervoso.

Medula espinhal não é lesada pela punção lombar corretamente executada, porque a
agulha entra num plano abaixo do limite inferior da medula espinhal.

Por outro lado, o organismo refaz a pequena quantidade de líquido cérebro-espinhal


que é recolhida em menos de dois dias.
Punção Lombar
Medula espinhal

Vértebras

Agulha

Líquido cefalorraquídeo
Punção Lombar
Precauções
Após a punção lombar o Paciente deve permanecer em repouso durante duas a três
horas, deitada sem almofada. É importante que vá bebendo água, chá ou outros líquidos.
Nesse dia deve manter-se mais tempo deitado ou em repouso. No dia seguinte, pode
retomar a sua atividade normal.
É Necessário suspender a prática de desporto durante a semana seguinte à punção
lombar. Se sentir dores de cabeça deve manter-se em repouso e fazer medicação
previamente prescrita pelo médico.
Punção Lombar
Complicações
Em 10% dos pacientes submetidas a punção lombar pode surgir a síndrome pós-
punção lombar.
Esta ocorre nas 12 a 48 horas após o procedimento e consiste no aparecimento de
dor de cabeça e por vezes náuseas e vómitos que agravam com a posição de pé.
O mecanismo subjacente é uma discreta redução da pressão à volta do cérebro
devido à diminuição do líquido cérebro-espinhal. Estes sintomas são
autolimitados e melhoram com a posição de deitado, hidratação e analgésicos.
TPC
• Leitura a interpretação das Células Sanguínea
• Material Necessário para colheita de cada tipo de amostras estudadas
• Leitura e interpretação dos meios auxiliares de Diagnostico.
Bibliografia
COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS . Dra Maria Salete Sartori. Supervisora técnica da STLAC
Mestrado em Metabolismo e Nutrição
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica, Manual, Manual Técnico para o
Controle da Tuberculose, Brasília . DF, 2002, Cadernos de Atenção Básica nº 6, Série A. Normas e Manuais Técnicos; nº 148, 1ª
Edição
Manual de Coleta, Acondicionamento e Transporte de Amostras
Ceará. Secretaria de Saúde. Laboratório Central de Saúde Pública., Manual de coleta, acondicionamento e transporte de amostras
para exames laboratoriais/(organizado por) Elza Gadelha Lima. (et al.) – 2ª. ed. Fortaleza: SESA, 2013.
MANUAL DE COLHEITA DE AMOSTRAS, E EXAMES EM PATOLOGIA CLÍNICA E, ANATOMOPATOLOGIA CDMA

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