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Introdução

Aprior, C. albicans é uma levedura diploide com história de dimorfismo fúngico

invertido, enquanto outros fungos se encontram na natureza e causam doenças

no homem na fase leveduriforme, C. albicans comporta-se de modo contrário. A

biologia de C. albicans apresenta diferentes aspectos, entre eles, a habilidade de

se apresentar com distintas morfologias. A fase unicelular leveduriforme pode

gerar um broto e formar hifas verdadeiras. Entre esses dois extremos,

brotamento e filamentação, o fungo ainda pode exibir uma variedade de

morfologias durante seu crescimento, formando assim as pseudo-hifas, que na

realidade são leveduras alongadas unidas entre si. A mudança na morfologia de

fase leveduriforme para filamentosa pode ser induzida por uma variedade de

condições ambientais, como variação de temperatura.


Definição da Candidíase

A candidíase é uma infeção causada por um fungo: a Candida albicans. Na

realidade, este fungo está presente, ainda que em pequenas quantidades, no

organismo de todas mulheres, fazendo parte de uma flora vaginal saudável.

Só que, quando o organismo fica debilitado, este tipo de fungo prolifera-se a

região genital feminina, por ser quente e húmida, permite que esta disseminação

seja rápida, causando, assim a infeção.

A candidíase refere-se a uma infecção ocasionada pelo fungo Candida albicans,

que aloja-se na região anal e genital, podendo contudo, afetar outras regiões

dependendo do quadro clínico do paciente. Ela manifesta-se diante de alterações


do microambiente ocasionadas por agressão externa, stress, medicação, doenças

associadas, excesso umidade, etc.

A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma forma oportunista e

bastante comum de infecção fúngica, assim como, a candidíase oral. A transição

da candidíase assintomática para a candidíase sintomática aponta a mudança da

forma saprófita do fungo, para a forma patógena. É considerada um dos

diagnósticos mais comuns na ginecologia, especialmente nos países de clima

tropical.

Tipos de Candidíase

Existem dois tipos de candidíase, nomeadamente: Candidíase oral, candidíase

vaginal.

Candidíase oral

A candidíase oral, também conhecida como candidíase na boca, é uma infecção

causada pelo excesso de fungo Candida albicans na boca, que causa infecção,

geralmente, em bebês, devido a sua imunidade ainda pouco desenvolvida, ou em

adultos com o sistema imune enfraquecido devido a gripes, doenças crônicas ou

HIV, por exemplo.

Apesar de habitar na pele, é possível que esse fungo prolifere e leve ao

aparecimento de sinais e sintomas de infecção, como placas brancas na boca e

dor e ardência na região. O tratamento para a candidíase oral deve ser feito com

enxaguantes bucais, antifúngicos e correta higiene oral, devendo ser orientado

por um clínico geral, dentista ou pediatra, no caso das crianças.

Principais sintomas da candidíase Oral


A candidíase oral normalmente provoca o aparecimento de sinais e sintomas

como:

 Camada esbranquiçada na boca;

 Placas de uma substância cremosa na boca;

 Aparecimento de aftas na língua ou na bochecha;

 Sensação de algodão dentro da boca;

 Dor ou ardência nas regiões afetadas;

 Em casos mais graves, pode haver também sinais de inflamação no

esôfago, o que pode causar dor e dificuldade para engolir.

Esse tipo de candidíase é mais comum em bebês e recebe o nome de sapinho, isso

porque como o fungo pode ser passado através do beijo e o sistema imunológico

do bebê ainda está em desenvolvimento, é possível que apresente os sinais e

sintomas de candidíase em bebê.

Possíveis causas da candidíase Oral

O fungo do gênero Candida é encontrado naturalmente na pele e nas mucosas,

sem causar qualquer tipo de problema. No entanto quando existem alterações na

imunidade ou presença de fatores que favoreçam o seu crescimento, é possível

que o fungo se desenvolva mais que o normal, levando ao aparecimento de

candidíase.
Alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver candidíase oral são:

 Doenças endócrinas, como diabetes ou hipotireoidismo;

 Deficiências nutricionais, como falta de ferro, vitamina b12 ou ácido fólico;

 Doenças do sistema imunológico, como AIDS;

 Doenças do sangue, como leucemia ou agranulocitose.

 Boca seca (xerostomia), que pode ser causada pela síndrome de Sjögren ou

pelo uso de certos medicamentos;

 Dieta rica em carboidratos;

 Uso de alguns tipos de medicamentos, especialmente antibióticos ou

corticoides;

 Uso de dentaduras à noite, trauma ou má higiene bucal;

 Tabagismo ou uso de drogas.

Além disso, crianças, idosos e mulheres grávidas também têm mais tendência a

apresentar candidíase oral, já que o sistema imune está ligeiramente mais

enfraquecido.

Tratamento da candidíase Oral


O tratamento para candidíase na boca deve ser indicado pelo clínico geral,

dentista ou pediatra, no caso dos bebês e das crianças, e pode ser feito em casa

por meio da aplicação de antifúngicos na forma de gel, líquido ou enxaguante

bucal, como a Nistatina, durante 5 a 7 dias.

Além disso, durante o tratamento é importante ter alguns cuidados, como escovar

os dentes pelo menos 3 vezes por dia com escova de dentes de cerdas macias e

evitar comer alimentos gordurosos ou com açúcar, como bolos, doces, bolachas

ou balas, pois favorecem o desenvolvimento e proliferação dos fungos.

No casos mais graves, em que o uso de enxaguante bucal não tem o efeito

desejado, o médico por indicar o uso de remédios antifúngicos orais, como

Fluconazol, que devem ser tomados de acordo com a orientação do médico

mesmo que os sintomas tenham desaparecido.

Um ótimo tratamento caseiro para a candidíase é o chá de poejo, porque possui

propriedades que diminuem a proliferação dos fungos e ajudam a acelerar o

combate à infecção.

Candidíase Vaginal

A candidíase vaginal é causada por um fungo chamado Candida albicans, e pode

afetar tanto mulheres como homens. É uma infeção que tem cura, podendo,

inclusive, ser prevenida.


Causas da Candidíase Vaginal

Quando existe um desequilíbrio do pH da mucosa vaginal (que, em situações

normais, deve ter um pH de 4), passa a existir um ambiente favorável para a

multiplicação excessiva dos fungos, levando à candidíase vaginal.

Este desequilíbrio pode dever-se a múltiplos fatores, como:

 Uso de antibióticos, o que causa desequilíbrio da flora vaginal;

 Gravidez;

 Diabetes;

 Sistema imunológico debilitado;

 Pílula;

 Pós-menopausa.
Sintomas da Candidíase vaginal

O sintoma mais comum da candidíase vaginal é a comichão nos lábios vaginais.

Esta pode agravar-se com o calor ou durante a noite. Mas existem outros

sintomas associados:

 dor ou ardor ao urinar

 dor ou ardor durante o ato sexual

 corrimento vaginal anormal: maior quantidade, mais espesso e granuloso,

de cor branca ou amarelada e sem cheiro

 ardor

 vermelhidão

 comichão.

Tratamento da Candidíase Vaginal

A terapêutica para a candidíase vaginal pode ser feita localmente, através de

comprimidos vaginais ou cremes, ou por via oral. Ambos são tratamentos de

curta duração e com bons resultados — existe um alívio rápido dos sintomas

entre 80% a 90% dos casos.

Contudo, nalgumas situações, o desequilíbrio da flora vaginal leva a que a

candidíase seja recorrente, exigindo assim um tratamento mais prolongado.

Prevenção da Candidíase vaginal

Uma vez que a candidíase vaginal se deve ao desequilíbrio da flora vaginal,

existem alguns hábitos que podem (e devem) ser adotados para a prevenir, ainda

que nem sempre seja o suficiente. Experimente:

 Utilizar roupa íntima de algodão;


 Evitar vestuário muito apertado;

 Evitar duches vaginais;

 Evitar produtos femininos perfumados, como a espuma do banho, tampões

ou pensos higiénicos;

 Reduzir os banhos em banheiras de hidromassagens ou banhos muito

quentes;

 Não tomar antibióticos, exceto quando recomendados pelo médico;

 Evitar permanecer com roupa molhada, como fato de banho ou biquínis,

por longos períodos de tempo;

 Evitar detergentes para a roupa com corantes ou perfumes;

 Preferir um produto hipoalergénico específico para fazer a higiene íntima;

 Usar um probiótico, quando recomendado pelo médico.

Medicamento para Candidíase

Canditrat

Cetoconazol

Clindamin-C

Fluconazol

Gino-Canesten

Itraconazol

Nistatina (creme)

Nistatina (solução)

Nitrato de Miconazol (creme vaginal)


Definição

Sarcoma de Kaposi

Sarcoma de Kaposi é um câncer de pele que causa múltiplas placas planas róseas,

avermelhadas ou roxas ou inchaços na pele. Ele é causado por infecção pelo

herpesvírus humano tipo 8. Uma ou algumas manchas podem aparecer nos dedos

dos pés ou na perna, ou podem surgir em qualquer lugar do corpo ou na boca ou

nas áreas genitais, e depois se espalhar para outras áreas, incluindo os órgãos

internos. Embora esse câncer no geral possa ser identificado por sua aparência,

os médicos geralmente fazem uma biópsia.

As manchas podem ser removidas ou tratadas com radioterapia, mas se o câncer

for agressivo, o tratamento vai incluir medicamentos de quimioterapia ou

interferon alfa. Há muitos tipos de herpesvírus humanos.


Existem quatro tipos de sarcoma de Kaposi. O sarcoma de Kaposi ocorre em

vários grupos de pessoas diferentes e atua de modo diverso em cada grupo.

Ocorre nos seguintes grupos:

Sarcoma de Kaposi clássico: este tipo afeta homens mais velhos, geralmente de

descendência italiana, leste-europeia ou judaica.

Os homens mais velhos (com mais de 60 anos) com o tipo clássico podem

desenvolver diversas manchas adicionais nas pernas, mas o câncer raramente é

disseminado para outras partes do corpo e quase nunca é fatal.

Sarcoma de Kaposi endêmico: endêmico significa que este câncer ocorre

regularmente em um lugar específico. Ele afeta crianças e adultos jovens de

certas partes da África.

Sarcoma de Kaposi associado à imunossupressão: este tipo afeta as pessoas

cujo sistema imunológico esteja debilitado por imunossupressores prescritos após

um transplante de órgão. O tipo imunossupressor geralmente se desenvolve

vários anos após o transplante de órgão e é grave.

Sarcoma de Kaposi associado à AIDS (sarcoma de Kaposi epidêmico): este

tipo afeta pessoas com AIDS (correspondendo à maioria dos casos de sarcoma de

Kaposi nos Estados Unidos).Nas crianças, o tipo endêmico geralmente envolve os

linfonodos. As crianças podem ou não ter manchas na pele. A doença é

geralmente súbita, grave e fatal.

Em adultos, o tipo endêmico tende a causar manchas e placas de crescimento

lento na pele semelhantes às do tipo clássico. O câncer raramente se espalha para

outras partes do corpo e não costuma ser fatal.


Sintomas de sarcoma de Kaposi

O sarcoma de Kaposi geralmente aparece na forma de manchas ou nódulos rosa,

roxos ou vermelhos na pele. O câncer pode crescer vários centímetros ou mais,

em forma de uma área azul-arroxeada a preta, plana ou levemente saliente. Pode

haver inchaço. Às vezes, o câncer cresce profundamente para os tecidos moles e

invade o osso. Câncer de superfícies mucosas, como na boca, tem cor azul a

violeta. No trato digestivo, o câncer pode às vezes sangrar excessivamente, mas

geralmente não causa sintomas.

Diagnóstico de sarcoma de Kaposi

Biópsia por punção

O médico geralmente reconhece o sarcoma de Kaposi pelo seu aspecto.

Geralmente é feita uma biópsia por punção, em que um pequeno pedaço de pele

é retirado para exame ao microscópio para confirmar o diagnóstico de sarcoma

de Kaposi.

Para pessoas com AIDS ou imunossupressão, os médicos fazem outros testes para

determinar aonde o câncer se espalhou. Os médicos geralmente fazem uma

tomografia computadorizada (TC) do tórax e do abdômen e outros exames

dependendo dos sintomas da pessoa.

Tratamento de sarcoma de Kaposi

 Para pessoas com uma ou duas manchas, diversos métodos de extração

 Para pessoas com muitas manchas, muitas áreas afetadas ou linfonodos

afetados, radioterapia e quimioterapia


 Para o tipo associado à AIDS, medicamentos antirretrovirais e métodos de

extração ou medicamentos antirretrovirais e medicamentos para

quimioterapia

 O tratamento varia dependendo do tipo de sarcoma.

Sarcoma de Kaposi clássico

Em homens idosos com sarcoma de Kaposi clássico de crescimento lento, com

uma ou duas manchas, os tumores podem ser extraídos cirurgicamente, com frio

extremo (criocirurgia) ou com uma corrente elétrica (eletrocoagulação).

Imiquimode em creme ou injeções de vimblastina ou interferon alfa nas manchas

podem ser igualmente usados para removê-las. Algumas pessoas com poucas

manchas e nenhum outro sintoma podem optar por não fazer tratamento, a

menos que a doença se propague.

Pessoas com muitas manchas, muitas áreas afetadas ou linfonodos afetados

recebem radioterapia e quimioterapia. O sarcoma de Kaposi comumente retorna

e é difícil de curar completamente.

Sarcoma de Kaposi associado à imunossupressão

Nas pessoas que utilizam imunossupressores, os tumores podem desaparecer

quando se suspende o uso desses remédios. Entretanto, se for necessário manter

os imunossupressores devido ao quadro clínico subjacente da pessoa, sua

dosagem será reduzida. Se os imunossupressores não puderem ser reduzidos,

utiliza-se cirurgia, quimioterapia e radioterapia. As pessoas também podem

receber sirolimo. Esses métodos de tratamento não são tão eficazes como nas

pessoas com um sistema imunológico saudável.

Sarcoma de Kaposi associado à AIDS


Nos pacientes com AIDS, o tratamento com quimioterapia e radioterapia não tem

tido muito êxito. No entanto, o tratamento intensivo com terapia antirretroviral

(TAR) ajuda. Algumas pessoas que têm o tipo associado à AIDS precisam apenas

de TAR e dos métodos de extração observados acima. Outras pessoas que têm o

tipo associado à AIDS podem necessitar de medicamentos para quimioterapia

(como doxorrubicina ou paclitaxel) pela veia, em adição à TAR. Geralmente,

tratar o sarcoma de Kaposi não parece prolongar a vida das pessoas com AIDS.

Sarcoma de Kaposi endêmico

O tipo endêmico é difícil de tratar. Os médicos geralmente verificam se as pessoas

estão se sentindo bem e sem dor e se os sintomas são bem tratados.

Conclusão

Candidíase é uma micose de importância em saúde pública, incluí. São diversas

as espécies já reconhecidas como agentes causais, embora a mais bem estudada

seja a C. albicans, já que é mais confirmado seu isolamento e sua identificação. As

diferentes espécies, com características sutis ou maiores que as diferenciam,

apresentam manifestações clínicas e micromorfologias similares, com

flexibilidade para adaptar-se em diferentes sítios anatômicos que, dependendo de

condições predisponentes do hospedeiro, podem causar ampla gama de danos ao

paciente.A prática sexual, e suas diferentes modalidades, pode levar a uma

colonização de espécies de Candida em locais que normalmente não contenham

essa população, e facilitar um acesso para a expressão de fatores de virulência

levando à patogenicidade
Referências Bibliográficas

Lima KM, Delgado M, Rego RSMR, Castro CMMB. Candida albicans e Candida

tropicalis isoladas de onicomicose em pacientes HIV-positivo: co-resistência in

vitro aos azólicos.

Sarcoma de Kopasi, causas,sinais e tratamento:

Www.sanarmed.com/artigos-científico/sarcoma-kopasi,net.

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