Você está na página 1de 17

Interdigitus

Micologia
Enf. Kamila V.
A micologia, que estuda os fungos,
inclui os ramos da medicina,
agricultura e ecologia.
Fungos
Ao longo dos últimos dez anos, a incidência de infecções importantes
causadas por fungos tem aumentado.
Elas estão ocorrendo como infecções hospitalares e em indivíduos com
sistema imune comprometido.
Além disso, milhares de doenças causadas por fungos afetam plantas
economicamente importantes, custando mais de um bilhão de dólares
ao ano.
Fungos
Os fungos também são benéficos, sendo importantes na cadeia
alimentar por decomporem matéria vegetal morta, reciclando
elementos vitais. Pelo uso de enzimas extracelulares como as celulases,
os fungos são os principais decompositores de partes duras das plantas,
que não podem ser digeridas pelos animais.
Quase todas as plantas dependem de simbioses com fungos, conhecidas
como micorrizas, que auxiliam as raízes das plantas a absorverem
minerais e água do solo.
Doenças causadas por fungos

Qualquer infecção de origem fúngica é


chamada de micose. As micoses
geralmente são infecções crônicas (de
longa duração) porque os fungos
crescem lentamente. As micoses são
classificadas em cinco grupos de acordo
com o grau de envolvimento no tecido e
o modo de entrada no hospedeiro:
sistêmica, subcutânea, cutânea,
superficial ou oportunista.
Candidíase
Candidíase

A candidíase é uma infecção fúngica causada por várias espécies da


levedura Candida, principalmente Candida albicans.

O tipo mais comum de candidíase é uma infecção superficial da boca,


vagina ou pele que causa manchas brancas ou vermelhas e coceira,
irritação ou ambas.
As pessoas cujo sistema imunológico esteja enfraquecido podem ter
várias infecções sérias do esôfago e outros órgãos internos.
Candidíase
O Candida está normalmente presente na pele, no aparelho digestivo
e na região genital das mulheres. Geralmente, Candida nessas áreas
não causa problemas. Porém, os fungos por vezes causam infecções
da pele, infecções da boca (que afetam as membranas mucosas) ou
infecções da vagina.
Essas infecções podem surgir em pessoas com o sistema imunológico
saudável, mas são mais comuns ou persistentes nas que apresentam
diabetes, câncer ou AIDS e nas mulheres grávidas. Candidíase da boca
e do esôfago é comum entre pessoas com AIDS.
A candidíase também é mais comum em pessoas que recebem
tratamentos com antibióticos, porque os antibióticos matam as
bactérias que normalmente vivem no corpo e que competem com a
Candida, permitindo que ela cresça de forma descontrolada.
Sintomas
A infecção da boca (candidíase) causa o seguinte:
Manchas brancas cremosas e dolorosas dentro da boca
Rachaduras nas comissuras da boca (queilite)
Língua vermelha, dolorida e lisa
Quando a pele é infectada, desenvolve-se uma erupção cutânea com
queimação
Diagnóstico
Exame e, às vezes, cultura de uma amostra de sangue ou tecido
infectado
Às vezes, exames de sangue

Muitas infecções causadas pelo Candida são aparentes em função apenas


dos sintomas.
Tratamento
Medicamentos antifúngicos

A candidíase, que afeta exclusivamente a pele ou a boca ou a


vagina, pode ser tratada com a aplicação direta de
medicamentos antifúngicos (por exemplo clotrimazol e
nistatina) na área afetada. O médico pode receitar o
medicamento antifúngico fluconazol para ser tomado por
via oral.
Histoplasmose
A histoplasmose é uma infecção fúngica sistêmica que pode se
apresentar desde uma infecção assintomática até a forma de doença
disseminada com evolui para óbito. Ela é causada por fungos dimórficos
da espécie Histoplasma capsulatum. Os indivíduos geralmente adquirem
a infecção pela inalação (entrada) de partículas infectantes do fungo
decorrente do manuseio do solo, frutas secas e cereais e nas árvores.
O fungo também é isolado nos excrementos de morcegos e aves, como
galinhas e outras gregárias. Outras espécies animais podem se infectar
com H. capsulatum, como cães, gatos, cavalos, bovinos, suínos, roedores e
marsupiais, entre outros. Não há transmissão de homem a homem, e
nem de animais para o homem. Como o fungo está disperso na natureza,
os trabalhadores rurais constituem o principal grupo de risco, visto à sua
exposição no meio ambiente.
Sintomas
As manifestações clínicas da histoplasmose dependem do estado
imunológico do indivíduo, da virulência da cepa e do tamanho do inóculo.
A sintomatologia inclui febre, calafrios, tosse seca, fraqueza, perda de peso,
dor de cabeça e dores musculares. O indivíduo doente ainda pode
apresentar dificuldade ao respirar, de intensidade variável e,
ocasionalmente, dor no peito, dificuldade e dor ao deglutir.
Diagnóstico

A histoplasmose pode ser diagnosticada por meio de uma correlação entre


os dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e/ou radiológicos. Os
métodos diagnósticos que confirmam ou sugerem a infecção fúngica são o
micológico, o histopatológico e o sorológico.

A confirmação diagnóstica laboratorial é feita por meio do isolamento do


fungo. Entretanto, resultado negativo em amostras suspeitas não afasta o
diagnóstico.
Tratamento
Na grande maioria das vezes, a infecção evolui para cura
espontaneamente, sem a necessidade de medicamentos antifúngicos.

Indivíduos não diagnosticados no estágio inicial da doença podem


necessitar de terapia a longo prazo com antifúngicos.

Os antifúngicos utilizados para o tratamento da histoplasmose são o


itraconazol e as formulações lipídicas de anfotericina B. O Sistema Único
de Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece
gratuitamente o itraconazol e o complexo lipídico de anfotericina B para
o tratamento dos pacientes diagnosticados com histoplasmose.

Você também pode gostar