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Professor: Marbyn Guerra

Micologia é a ciência que tem por objetivo o estudo dos fungos ou


cogumelos que acometem o ser humano. Os fungos são vegetais de
organização rudimentar,cujo o corpo é constituído por um talo
desprovido de raiz,de caule e de folhas.
Metabolismo dos Fungos
Os cogumelos ou fungos são encontrados nos mais diversos meios
terrestres ou aquáticos e em associação com vegetais ou animais e
podem ser Heterotróficos ou Saprófitos.
Os Heterotróficos se alimentam de matéria de outros seres vivos,não
são capazes de sintetizar o seu próprio alimento.
O Saprófitos vivem se alimentando de matéria orgânica de vegetais e
animais mortos em decomposição . São representados na natureza
pelos mofos ou bolores e pelas leveduras.
Característica gerais dos fungos.
Os fungos são organismos heterotróficos e eucariontes que podem ser
unicelulares ou multicelulares. A grande maioria das espécies é
filamentosa, sendo esses filamentos denominados de hifas.Sua
reprodução pode ser Sexuada/Assexuada. Alguns fungos são formados
por várias hifas densamente unidas, que formam o chamado micélio. O
micélio pode ser observado em cogumelos, por exemplo
Morfologia Macroscópica

❖ Macroscópicos - Cogumelos
❖ Microscópios

Bolores – formam colônias filamentosas


Leveduras – colônias cremosas
Reprodução dos Fungos
Os fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada,
sendo o vento considerado um importante condutor que espalha os
propágulos e fragmentos de hifa, favorecendo, assim, a reprodução e
a proliferação dos fungos.
Reprodução Assexuada
Nesse tipo de reprodução não há fusão dos núcleos e através de
mitoses sucessivas, a fragmentação do micélio originará novos
organismos.
Além do processo de fragmentação, a reprodução assexuada dos
fungos pode ocorrer por meio do brotamento e da esporulação.
Reprodução Sexuada
Esse tipo de reprodução ocorre entre dois esporos divididos, em três
fases:
1. Plasmogamia: Fusão de protoplasma;
2. Cariogamia: Fusão de dois núcleos haplóides (n) para formar um
núcleo diplóide (2n);
3. Meiose: Núcleo diplóide se reduz formando dois núcleos haplóides.
Alimentação dos Fungos
Diferentemente das plantas, os organismos do Reino Fungi não possuem
clorofila, nem celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio alimento.
Eles liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na
digestão dos alimentos.
De acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados em:

1. Fungos Saprófagos: Obtêm alimentos decompondo organismos


mortos;
2. Fungos Parasitas: Alimentam-se de substâncias de organismos
vivos;
3. Fungos Predadores: Alimentam-se de pequenos animais que
capturam.
Doenças Relacionadas aos Fungos
Algumas doenças provocadas por fungos:
• Micoses;
• Frieiras;
• Sapinho;
• Candidíase;
Uma infecção causada por um fungo, a micose costuma atacar a pele,
as unhas e o couro cabeludo. Em geral, ela provoca sintomas como
coceira, manchas brancas, rachaduras entre os dedos, deformação nas
unhas. O tratamento envolve, além de certas mudanças de
comportamento, a aplicação de remédios antifúngicos, que podem ser
cremes ou sprays, por exemplo.
Os diferentes tipos de micoses
Eles são classificados em dois grandes grupos:
Superficiais ou Profundos.
Os primeiros ocorrem quando as condições ambientais — calor,
umidade, pouca luz — favorecem o crescimento de
microorganismos no nosso corpo.
Já as micoses profundas acometem pessoas que apresentam
grave deficiência imunológica, como pacientes com aids ou em
tratamento contra o câncer. Nesse cenário, a infecção pode
atingir órgãos internos e até matar.
A frieira, também chamada de pé de atleta, é uma das micoses mais
comuns. Nesse quadro, os fungos se espalham entre os dedos,
provocando bolhas de água, coceira, descamação e rachaduras na pele.
Como é o tratamento da frieira?
O tratamento deve ser realizado com cremes antimicóticos. Para casos
mais extensos, ou infecção secundária bacteriana local, pode haver
outros sintomas, como febre e aqui vale usar antibióticos também.
Para evitar devemos secar muito bem os pés e entre os dedos antes de
calçar sapatos, usar chinelos em ambientes coletivos, como chuveiros,
vestiários e piscinas.
Candidíase Oral o famoso SAPINHO
A candidíase oral, também conhecida como candidíase na boca, é
uma infecção causada pelo excesso de fungo Candida albicans na
boca, que causa infecção, geralmente, em bebês, devido a sua
imunidade ainda pouco desenvolvida, ou em adultos com o sistema
imune enfraquecido devido a gripes, doenças crônicas ou HIV.
Apesar de habitar na pele, é possível que esse fungo prolifere e leve
ao aparecimento de sinais e sintomas de infecção, como placas
brancas na boca e dor e ardência na região.
Principais sintomas
Os principais sintomas de candidíase oral são:
Camada esbranquiçada na boca;
Placas de uma substância cremosa na boca;
Aparecimento de aftas na língua ou na bochecha;
Sensação de algodão dentro da boca;
Dor ou ardência nas regiões afetadas;
Em casos mais graves, pode haver também sinais de inflamação no
esôfago, o que pode causar dor e dificuldade para engolir.
Esse tipo de candidíase é mais comum em bebês e recebe o nome de
sapinho, isso porque como o fungo pode ser passado através do beijo e
o sistema imunológico do bebê ainda está em desenvolvimento, é
possível que apresente os sinais e sintomas de candidíase em bebê.

Possíveis causas
O fungo do gênero Candida é encontrado naturalmente na pele e nas
mucosas, sem causar qualquer tipo de problema. No entanto quando
existem alterações na imunidade ou presença de fatores que favoreçam o
seu crescimento, é possível que o fungo se desenvolva mais que o
normal, levando ao aparecimento de candidíase.
Como é feito o tratamento
O tratamento para candidíase na boca deve ser indicado pelo clínico
geral, dentista ou pediatra, no caso dos bebês e das crianças, e pode
ser feito em casa por meio da aplicação de antifúngicos na forma de
gel, líquido ou enxaguante bucal, como a Nistatina, durante 5 a 7 dias.
Além disso, durante o tratamento é importante ter alguns cuidados,
como escovar os dentes pelo menos 3 vezes por dia com escova de
dentes de cerdas macias e evitar comer alimentos gordurosos ou com
açúcar, como bolos, doces, bolachas ou balas, pois favorecem o
desenvolvimento e proliferação dos fungos.
No casos mais graves, em que o uso de enxaguante bucal não tem o
efeito desejado, o médico por indicar o uso de remédios antifúngicos
orais, como Fluconazol, que devem ser tomados de acordo com a
orientação do médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido.
A candidíase é uma infecção causada pela proliferação do fungo Candida,
principalmente o Candida albicans, em determinadas regiões do corpo.
Esse fungo existe naturalmente no organismo, mas em determinadas
condições, como sistema imunológico enfraquecido e após o uso
continuado de antibióticos, é comum a sua proliferação.
Por isso, pode-se dizer que a candidíase é uma doença oportunista.
Tipos de candidíase
Os tipos de candidíase variam conforme a região do corpo que foi
afetada.
A candidíase vaginal é o tipo mais comum, e como o nome indica,
afeta a vagina. Ela atinge até 75% das mulheres em qualquer fase da
vida.
Essa condição é tão comum devido ao ambiente quente e úmido da
vagina, que contribui para a proliferação do fungo Candida albicans.
Entre as causas da candidíase vaginal incluem-se: prática de relações
sexuais sem uso de preservativo, uso prologando do mesmo absorvente,
uso frequente de antibióticos, diabetes, enfraquecimento do sistema
imunológico e higiene íntima repetidas vezes durante o dia.
Sintomas da candidíase vaginal:
•Coceira na região íntima;
•Sensação de queimação na vulva;
•Dor e ardência durante a relação sexual;
•Corrimento vaginal esbranquiçado, com aspecto de leite
coalhado;
•Fissuras na parede vaginal.
Candidíase peniana

A candidíase peniana ou balanopostite acomete o pênis e é


menos comum do que a candidíase vaginal.
As causas da candidíase peniana são: relação sexual sem uso de
preservativo, diabetes, enfraquecimento do sistema
imunológico, uso contínuo de antibióticos e falta ou má
higienização do pênis.
Sintomas da candidíase peniana:
Em alguns casos, a doença pode ser assintomática. Os sintomas quando
aparecem são:
• Coceira na região íntima;
• Vermelhidão no pênis, especialmente na glande;
• Dor e ardência durante a relação sexual;
• Corrimento semelhante ao sêmen.
A candidíase peniana exige cuidados, pois a proliferação dos fungos
pode dar origem a feridas, possibilitando infecções por outros tipos de
microrganismos.
A candidíase peniana e vaginal não são consideradas Doenças
Sexualmente Transmissíveis, pois o fungo causador da doença existe
naturalmente no organismo e se prolifera apenas em condições
específicas.
Como tratar e prevenir a candidíase?
A candidíase tem cura e o tratamento consiste no uso de pomadas e/ou
remédios orais prescritos conforme orientação médica.
Geralmente, o tratamento dura em torno de 15 dias. Em casos de
candidíases recorrentes, o tratamento é realizado com medicamentos
orais e pode durar até 6 meses.
Algumas recomendações contribuem com o tratamento e
prevenção de novas infecções, tais como:
• Se possível, dormir sem roupas íntimas;
• Usar roupas íntimas de algodão;
• Evitar relações sexuais sem o uso de preservativos;
• Realizar a higiene da região íntima com o uso de sabonete neutro;
• Evitar o uso prolongado de roupas apertadas ou molhadas;
• Não andar descalço;
• Escovar os dentes, no mínimo, três vezes ao dia;
• Adotar uma alimentação pobre em açúcares.

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