Você está na página 1de 2

DAIANY

MICOLOGIA

FUNGO MALASSEZIA FURFUR


1. Agente Etiológico
A pitiríase versicolor (pano branco) é uma infecção fúngica da primeira camada superficial
da pele que provoca o surgimento de placas escamosas e incolores. A infecção é causada pela
levedura Malassezia furfur (agente etiológico) e é muito frequente, sobretudo nos adultos
jovens.
2. Morfologia
Malassezia furfur é um tipo de fungo que pode existir tanto como levedura quanto bolor.
As colônias desta espécie apresentam textura cremosa, são friáveis, convexas e de coloração
branco-fosco. No exame microscópico observam-se células de variados tamanhos e formas:
ovais, cilíndricas ou esféricas. E diâmetro variável de acordo com o tempo de incubação.
3. Ciclo Evolutivo
Sua patogenia ainda não é muito clara, sabe-se que sua origem parece ser endógena, o
homem convivendo normalmente com seu agente causal, no seu estado saprofitário. As
condições que produzem sua mudança para o estágio parasitário ainda não são evidentes,
sabe-se, porém, que os climas quentes e úmidos, o meio socioeconômico, falta de asseio,
fatores carenciais, desequilíbrios orgânicos provocados por doenças agravadas por tratamento
mal orientados (antibioticoterapia e corticoterapia) e, sobretudo a seborreia constituem um
substrato a que melhor se adapta o parasito da pitiríase versicolor.
4. Contágio
A pitiríase versicolor também é conhecida pelos nomes pano baco, micose de praia ou tínea
versicolor, não é uma doença contagiosa, não havendo, portanto, risco de transmissão do
fungo de uma pessoa para outra.
5. Patologia
A Malassezia furfur geralmente não é prejudicial e normalmente vive na pele, mas em
algumas pessoas, causa pitiríase versicolor. A maioria das pessoas afetadas é saudável.
Algumas pessoas podem ser geneticamente predispostas ao desenvolvimento excessivo desse
fungo.
Pitiríase versicolor é uma infecção superficial, benigna, frequentemente recidivante,
caracterizada por lesões maculosas, discrômicas e descamativas, que se distribuem em maior
frequência na face, no tronco e nos membros superiores. A maior frequência dos casos
acontece a partir da puberdade, quando ocorrem alterações nos lipídios na superfície da pele
decorrentes de modificações hormonais. Outro aspecto epidemiológico importante é o de que
esta dermatose apresenta maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais, onde o clima
quente e úmido favorece a colonização da pele pelo fungo, condição esta advinda da hiper-
hidratação da camada córnea produzida pela sudorese excessiva, o que pode explicar o
aumento da sua incidência nos meses de verão.
Outros fatores predispõem a esta infecção: deficiências vitamínicas, desnutrição, doenças
crônicas infecciosas como tuberculose, diabete melito, corticoterapia sistêmica, gravidez,
pacientes imunodeprimidos entre outros distúrbios.
6. TRATAMENTO DE PITIRÍASE VERSICOLOR
Medicamentos antimicóticos aplicados nas áreas afetadas ou às vezes tomados por via oral.
Os medicamentos antimicóticos administrados por via oral, como fluconazol, são usados às
vezes para tratar pessoas que têm uma infecção amplamente espalhada ( Medicamentos para
infecções fúngicas sérias) ou infecções frequentes.
Para diminuir a chance de a infecção voltar, muitos médicos recomendam manter uma
higiene meticulosa e usar sabonete de piritionato de zinco regularmente ou um dos outros
tratamentos tópicos mensalmente.
É possível que a pele não volte a recuperar a sua pigmentação normal até muitos meses
depois do desaparecimento da infecção.
A pitiríase versicolor reaparece, com frequência, mesmo depois de um tratamento
satisfatório, porque o fungo que a provoca é um hóspede normal da pele.

REFERÊNCIAS
Schlottfeldt, Fábio dos Santos et al. Reclassificação taxonômica de espécies do gênero
Malassezia: revisão da literatura sobre as implicações clinicolaboratoriais. Jornal Brasileiro
de Patologia e Medicina Laboratorial [online]. 2002, v. 38, n. 3
Junior, Wagner de Castro et al. Aspectos clínicos e laboratoriais da pitiríase versicolor.
Disponível em:
http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Aspectosclinicoselaboratoriaisdapitiriasever
sicolor.pdf

Pitiríase Versicolor. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist


%C3%BArbios-da-pele/infec%C3%A7%C3%B5es-f%C3%BAngicas-da-pele/pitir
%C3%ADase-versicolor

Você também pode gostar