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PORTIFÓLIO
DAS AULAS PRÁTICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
MANAUS-AM
2021
YURI SIMON SALIM JORGE ASSEL
PORTFÓLIO
Vigilância em Saúde
MANAUS -AM
2021
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INTRODUÇÃO
O portfólio refere-se ao processo de aulas práticas na disciplina de Vigilância em
Saúde e Controle das Doenças Transmissíveis na APS ministrada pela professora
Francisca Garcia, para os alunos do oitavo período de Medicina da Universidade Nilton
Lins.
Esse presente portfólio tem a função de explanar todas ações voltadas à saúde,
bem como o acompanhamento com a professora diante dos atendimentos e
consequentes condutas tendo como base os manuais e protocolos de manejo de
tratamento de doenças transmissíveis e não-transmissíveis.
CONCEITOS DERMATOLÓGICOS
A pele é o maior órgão do corpo humano. Funciona como barreira protetora contra
microrganismos, participa do controle da temperatura corporal; excreção água, íons e
resíduos metabólicos; metabolismo da vitamina D, além de importante função sensorial,
sendo nosso principal meio de contato com o ambiente.
PSORÍASE
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A causa da psoríase é desconhecida, porém essa doença apresenta uma base
hereditária, provavelmente multifatorial, o que significa que é de herança poligênica e
requer fatores ambientais para sua expressão.
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LÍQUEN PLANO
A maioria dos casos ocorre entre 30 a 60 anos. As formas mucosas são mais frequentes
na meia-idade e em idosos. A etiologia é desconhecida. A possibilidade de origem viral é
ainda considerada. A lesão fundamental é constituída por pápulas com características
próprias conhecidas como 7Ps Os (pápulas/placas, planas, poligonais, purpúricas,
pruriginosas, pequenas, punhos). Estrias esbranquiçadas, denominadas estrias de
Wickham (mais evidentes quando úmidas) também podem ser encontradas. O
fenômeno de Koebner também pode está presente no LP.
Diversas formas clínicas marcam a evolução do líquen plano. Dentre elas destacam-se;
Forma hipertrófica:Típica de pápulas ou placas liquenificadas ou verrucosas,
pruriginosas, geralmente nas pernas e no dorso dos pés. Costuma ser a variante mais
pruriginosa e é acompanhada, com frequência de insuficiência venosa com estase.
Pode evoluir para carcinoma espinocelular (CEC).
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Forma bolhosa e penfigoide: No líquen plano bolhoso surgem bolhas subepidérmicas
sobre as lesões típicas e de longa duração de líquen plano.
PIODERMITES
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estafilococos é a fagocitose realizada pelos neutrófilos. Condições predisponentes para
a colonização da pele por baixa resistência ao agente incluem: dermatite atópica,
diabetes mellitus, diálise, uso de droga endovenosa, disfunção hepática e infecção por
HIV. A invasão direta a partir de pequenas soluções de continuidade das mucosas, da
pele e seus anexos resulta em uma variedade de infecções superficiais.
IMPETIGO
O Impetigo não forma cicatrizes apresenta-se sob duas formas clínicas: o impetigo
não bolhoso ou crostoso e o impetigo bolhoso.
A forma Crostosa é a mais frequente, correspondendo a quase 70% dos casos. É
uma infecção cutânea superficial, causada principalmente por S. aureus, sozinho ou em
combinação com o estreptococo beta-hemolítico do grupo A. É doença comum e mais
prevalente em crianças. As lesões medem de 1 a 2 cm de diâmetro e crescem
centrifugamente, podendo coalescer. As lesões predominam nas áreas expostas,
especialmente na face e ao redor do nariz e da boca.
O Impetigo Bolhoso tem como seu principal agente etiológico o S. aureus, é uma
forma localizada de síndrome da pele escaldada. Essa forma de piodermite iniciase
com vesículas, que se transformam em bolhas flácidas de paredes finas, com conteúdo
inicialmente claro que, depois, torna-se turvo.
O diagnóstico é clínico. O esfregaço do aspirado das vesículas, submetido à
microscopia direta e corado por gram, revela a presença de cocos gram-positivos e a
cultura do exsudato abaixo das crostas pode revelar estreptococos do grupo A ou
estafilococos
O tratamento do impetigo consiste na limpeza e remoção das crostas com água
morna e sabão, que devem ser realizadas de duas a três vezes ao dia. Em seguida,
aplicar pomada ou creme de antibiótico, sendo preferível as de uso tópico exclusivo e
baixo poder sensibilizante, como a mupirocina ou ácido fusídico. Quando ocorre um
número maior de lesões ou o acometimento de duas ou mais regiões topográficas, a
recomendação é que seja realizado o tratamento sistêmico. A cefalexina ou a
amoxicilina associada ao ácido clavulânico são os antibióticos mais indicados, e o uso
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de penicilina benzatina ainda pode ser eficaz em regiões onde haja maior prevalência
de piodermites com cepas de Streptococcus que ocasionam glomerulonefrite. Os
macrolídeos, como azitromicina, claritromicina e eritromicina, podem ser uma opção
terapêutica dependendo da sensibilidade bacteriana local a essas drogas.
ECTIMA
ERISIPELA
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nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos
membros inferiores. Não é contagiosa.
O quadro é caracterizado por eritema, edema, calor e dor, acompanhado por
febre, calafrios, malestar e, muitas vezes, náuseas ou vômitos. Caracteriza-se, em
geral, por lesão única elevada em relação à pele circunscrita, tendo em média 10 a 15
cm no seu maior eixo, e borda nítida, que avança com a progressão da moléstia.
O diagnóstico da erisipela é essencialmente clínico. No hemograma, leucocitose
leve com desvio nuclear à esquerda e velocidade de sedimentação globular pouco
aumentada podem estar presentes. Os principais diagnósticos diferenciais são: fasciite
necrotizante, dermatite de contato e trombose venosa profunda.
O tratamento de escolha é a penicilina via oral ou parenteral. Pacientes sem sinais
de gravidade local ou geral podem ser tratados, por via oral, com amoxacilina,
34,5g/dia, por 10 a 14 dias em regime ambulatorial. Formas graves, geralmente,
necessitam de antibióticos por via intravenosa, penicilina G 12-20 milhões de
unidades/dia ou cefazolina 4g/dia.
FOLICULITE:
Esta piodermite é caracterizada pela inflamação dos folículos pilosos, que pode
ser superficial ou profunda, como furúnculos e carbúnculos.
É definida, histologicamente, pela presença de células inflamatórias no interior da
parede e óstio dos folículos pilosos, criando uma pústula folicular.
Ocorre com uma frequência maior em crianças e, principalmente, nas regiões de
nádegas e nas extremidades, especialmente face interna e posterior das coxas. As
lesões são indolores e, na maioria das vezes, apresentam resolução espontânea em 7
a 10 dias, podendo deixar hiperpigmentação pós-inflamatória.
Nos casos leves, recomenda-se apenas o uso de limpeza com água e sabão,
podendo-se optar pelo uso de sabonetes antissépticos com triclosam, iodopovidona ou
clorexidina por curtos períodos ou mesmo o uso de antibióticos tópicos com mupirocina.
Nos casos mais extensos ou resistentes, opta-se pelo uso de uma cefalosporina de 1ª
geração ou um macrolídeo, como azitromicina, eritromicina ou claritromicina. Se houver
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persistência mesmo com tratamento sistêmico, recomenda-se realização da cultura e
antibiograma e até mesmo utilização de clindamicina, pensando em um Staphylococcus
com perfil CA-MRSA.
Foliculite superficial, também conhecida como impetigo de Bockhart, é
caracterizada por uma pústula pequena e frágil que ocorre no infundíbulo de um folículo
piloso, geralmente no couro cabeludo de crianças e na área da barba, axilas,
extremidades e nádegas de adultos.
Pseudofoliculite apresenta-se como uma erupção acneiforme papular e pustular na
área da barba. Ocorre com mais frequência em homens que apresentam cabelo crespo,
mas também é observado em região pubiana de mulheres após depilação.
Foliculite queloidiana nucal caracteriza-se por uma foliculite profunda com
formação cicatricial ou perifoliculite, que ocorre na região posterior do pescoço, occipital
inferior e região nucal, de homens póspúberes. Manifesta-se mais comumente em
negros e parece não se desenvolver em mulheres.
Sicose da barba é uma foliculite profunda com inflamação perifolicular ocorrendo
nas áreas de barba do rosto e do lábio superior, causada pela infecção por S.aureus ou
fungos dermatófitos. Se não tratadas, as lesões podem tornar-se crônicas.
Furúnculo caracteriza-se por um nódulo ou abscesso doloroso, quente, vermelho e
profundo, que se desenvolve a partir de uma foliculite estafilocócica
Na furunculose, o agente é o Staphylococcus aureus e ocorre principalmente nas
áreas pilosas, sobretudo as submetidas ao atrito ou com sudorese abundante, como
face, pescoço, axilas, nádegas e parte inferior do abdome.
CELULITE:
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As bactérias mais comumente relacionadas a esta infecção são o Staphylococcus
e o Streptococcus do grupo A, mas pode ser causada por cepas de Streptococcus
pneumoniae, principalmente quando ocorre em face, e até Haemophilus influenzae do
tipo B em crianças menores de 2 anos não vacinadas
Quando as lesões se localizam em regiões de face e cervical, quando são muito
extensas ou quando há comprometimento do estado geral, a criança deve ser
hospitalizada com indicação de tratamento endovenoso com uma penicilina resistente a
penicilinase (oxacilina 100 a 200 mg/ kg, a cada 6 horas) ou cefalosporinas de 1ª
geração. Recomenda-se a coleta de cultura
Quando se opta pelo tratamento ambulatorial, as melhores opções são a
cefalexina (50 a 100 mg/kg, a cada 6 horas, por 7 dias) e amoxicilina associada a ácido
clavulânico (30 a 50 mg/ kg de amoxicilina a cada 12 horas, por 7 dias).
BULOSES
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Pênfigo vulgar
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necessidade da corticoterapia, diminuindo, portanto, os efeitos indesejáveis do uso
prolongado do corticoide.
Pênfigo vegetante
O pênfigo vegetante (PVg), se apresenta não como bolhas, mas como placas
vegetantes grandes, úmidas, verrucosas, salpicadas com pústulas, nas virilhas, axilas e
superfícies flexurais. Pênfigo vegetante é rara variante do PV (um a 2% dos casos), em
que lesões vegetantes túmidas ocorrem especificamente em áreas intertriginosas.
É considerada uma variante benigna e costuma ocorrer em doentes mais jovens.
Na patogenia, devem ser considerados fatores genéticos, imunológicos e ambientais.
As bolhas localizam-se, preferencialmente, na região genital e axilas.
Pênfigo foliáceo
Pênfigo eritematoso
O penfigóide bolhoso é uma doença crônica, limitada, que evolui com remissões e
exacerbações, com formação de bolhas grandes e tensas, com conteúdo claro,
podendo surgir em base normal ou eritematosa, com predileção por áreas flexurais.
Costuma iniciarse como lesão pruriginosa intensa, seguida de erupção generalizada
com formação de bolhas. Penfigoide bolhoso ocorre mais frequentemente em pacientes
> 60 anos, mas pode ocorrer em crianças. Autoanticorpos igg se ligam a certos
antígenos hemidesmossomais (bpag1 [bp230], bpag2 [bp180]), resultando na ativação
do complemento para formar uma bolha subepidérmica. Recentemente, o pb foi
associado a doenças neu-rológicas como a doença cerebrovascular, demência, doença
de parkinson, epilepsia e esclerose múltipla. Não há evidência conclusiva sobre a
associação comdoenças malignas ou outras doenças autoimunes. Os fármacos com
alguma associação com esta patologia são: furosemida, espironolactona,
metformina+gliptinas e alguns neurolépticos.
Corticoides tópicos de alta potência devem ser usados para doença localizada e
podem reduzir a dose necessária de fármacos sistêmicos. Pacientes com doença
generalizada costumam exigir tratamento sistêmico com prednisona, 60 a 80 mg por via
oral uma vez ao dia, que pode ser reduzida para a dose de manutenção de ≤ 10 a 20
mg/dia após várias semanas. A maioria dos pacientes alcança remissão após 2 a 10
meses, mas o tratamento pode precisar ser mantido por vários anos antes de o
processo da doença apresentar remissão suficiente para permitir a descontinuação. Se
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for necessária terapia a longo prazo, uma nova bolha a cada poucas semanas não
exige aumentar a dose de prednisona.
DERMATITE HERPETIFORME
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CONCLUSÃO
Com este trabalho foi possível concluir que, a Vigilância em saúde tem um papel
fundamental para a realização de controle de doenças. Pois, segundo a legislação
brasileira vigente, é ela quem coleta, analisa e dissemina de dados sobre eventos
relacionados à saúde, com o intuito de planejar e a implementar de medidas de saúde
pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos,
agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.
É fundamental o nosso entendimento como alunos, da importância que isso pode
exercer na vida de cada paciente que nos chega. Controlar surtos, controlar infecções,
diminuir casos e consequentemente dessa forma oferecer um atendimento igualitário e
equitativo, cuidando e promovendo a saúde para toda população.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Adriano, André Ricardo et al. Pênfigo vegetante induzido por uso de enalapril. Anais
Brasileiros de Dermatologia [online]. 2011, v. 86, n. 6 [Acessado 29 Novembro 2021] ,
pp.
1197-1200.
BEZERRA, Olívia Maria de Paula Alves et al. Pênfigo Foliáceo Endêmico (Fogo
Selvagem) e sua associação com fatores ambientais e ocupacionais em Ouro Preto,
Minas Gerais, Brasil. Cadernos Saúde Coletiva, v. 25, p. 225-232, 2017.
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