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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ-UNOPA

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ANAILE DE FREITAS AZEVEDO DOS REIS


AURÉLIO DE SOUSA LEITE
MAZZURKY EVESKY SOUSA RIBEIRO
HÉRICK RUAN FOLHA RIBEIRO
THIAGO BRUNO DOS SANTOS COSTA

“HANSENÍASE”

TERESINA-PI
2021
Anaile de Freitas Azevedo dos Reis
Aurélio de Sousa Leite
Mazzurky Evesky Sousa Ribeiro
Hérick Ruan Folha Ribeiro
Thiago Bruno dos Santos Costa

“HANSENÍASE"

Produção Textual em Grupo apresentado como requisito


da graduação do curso de Bacharelado em Enfermagem.

Orientador:

Teresina-Pi
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONCLUSÕES......................................................................................................5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................6
APÊNDICES / ANEXOS...............................................................................................7
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os principais conceitos da


Hanseníase, seu diagnóstico e tratamentos precoce, bem como classificar a
hanseníase (indeterminada, tuberculóide, dimorfa ou virchowiana).
Para tanto o Guia de vigilância sanitária define a Hanseníase como uma
doença infectocontagiosa de caráter crônico, com manifestações
dermatoneurológicas e alto poder incapacitante, podendo acometer pessoas de
ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Está inserida no grupo de doenças
tropicais negligenciadas, e prevalece em áreas em que a população vive em
situações de vulnerabilidade socioeconômica, com dificuldades de acesso aos
serviços de saúde. Embora persistam o estigma e a discriminação, fator marcante
da exclusão social, a doença tem cura e possui tratamento gratuito. A terminologia
hanseníase é iniciativa brasileira para minimizar o preconceito atribuído às pessoas
acometidas pela doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. Com isso, o
nome Lepra e seus adjetivos passam a ser proibidos no País.
A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica,
transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo
território nacional. Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae, bacilo
que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge
principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões
neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável
pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. As
referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente
com a África, são consideradas o berço da doença. Entretanto, a
terminologia hanseníase é iniciativa brasileira para minimizar o preconceito secular
atribuído à doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. Com isso, de
acordo com a Lei nº 9.010, de 29 de março de 1995, o termo "Lepra" e seus
derivados não poderão ser utilizados na linguagem empregada nos documentos
oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos Estados-
membros.
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2 DESENVOLVIMENTO
A hanseníase pode ser definida como uma doença crônica, infectocontagiosa,
cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. Caso não seja tratada nas formas
iniciais, a doença pode evoluir, tornando-se transmissível e podendo atingir pessoas
de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos. O tempo de evolução ocorre,
em geral, de forma lenta e progressiva, podendo ocasionar incapacidades físicas.
Em relação a situação-problema apresentada, responda:
O tratamento do paciente com hanseníase é fundamental para curá-lo, fechar
a fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença, sendo
portanto estratégico no controle da endemia e para eliminar a hanseníase enquanto
problema de saúde pública. O tratamento integral de um caso de hanseníase
compreende o tratamento quimioterápico específico a poliquimioterapia (PQT), seu
acompanhamento, com vistas a identificar e tratar as possíveis intercorrências e
complicações da doença e a prevenção e o tratamento das incapacidades físicas.
Há necessidade de um esforço organizado de toda a rede básica de saúde no
sentido de fornecer tratamento quimioterápico a todas as pessoas diagnosticadas
com hanseníase. O indivíduo, após ter o diagnóstico, deve, periodicamente, ser visto
pela equipe de saúde para avaliação e para receber a medicação. Na tomada
mensal de medicamentos é feita uma avaliação do paciente para acompanhar a
evolução de suas lesões de pele, do seu comprometimento neural, verificando se há
presença de neurites ou de estados reacionais. Quando necessárias, são orientadas
técnicas de prevenção de incapacidades e deformidades. São dadas orientações
sobre os autocuidados que ela deverá realizar diariamente para evitar as
complicações da doença, sendo verificada sua correta realização.
Diante das informações descritas acima, a hanseníase é classificada como:
(indeterminada, tuberculóide, dimorfa ou virchowiana).
As manifestações clínicas da doença estão diretamente relacionadas ao tipo
de resposta ao M. leprae:
• Hanseníase indeterminada: Forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na
maioria dos casos ou para as formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, o que
pode ocorrer no prazo de três a cinco anos. Geralmente, encontra-se apenas uma
lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, ou áreas
circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade, podendo
ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose.
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• Hanseníase tuberculoide: Forma mais benigna e localizada que aparece em


pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites
bem definidos e pouco elevados, e com ausência de sensibilidade (dormência).
Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos, podendo causar dor,
fraqueza e atrofia muscular. Próximos às lesões em placa, podem ser encontrados
filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos, pode haver perda
total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia.
Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete crianças de um a quatro anos,
quando há um foco multibacilar no domicílio. A clínica é caracterizada por lesões
papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno número, principalmente na face.
• Hanseníase dimorfa (ou borderline): Forma intermediária, resultante de uma
imunidade também intermediária, com características clínicas e laboratoriais que
podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano.
A variedade de lesões cutâneas é maior e estas apresentam-se como placas,
nódulos eritêmato-acastanhados, em grande número, com tendência à simetria. As
lesões mais características dessa forma clínica são denominadas lesões pré-
faveolares ou faveolares, sobrelevadas ou não, com áreas centrais deprimidas e
aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos difusos. O
acometimento dos nervos é mais extenso, podendo ocorrer neurites agudas de
grave prognóstico.
• Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): Nesse caso, a imunidade celular é
nula e o bacilo se multiplica com mais facilidade, levando a uma maior gravidade,
com anestesia dos pés e mãos. Esse quadro favorece os traumatismos e feridas,
que por sua vez podem causar deformidades, atrofia Guia de Vigilância em Saúde
288 muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele
(nódulos).
As lesões cutâneas caracterizam-se por placas infiltradas e nódulos
(hansenomas), de coloração eritêmato-acastanhada ou ferruginosa, que podem se
instalar também na mucosa oral. Podem ocorrer infiltração facial com madarose
superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares, espessamento e
acentuação dos sulcos cutâneos. Pode, ainda, ocorrer acometimento da laringe,
com quadro de rouquidão, e de órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais e
testículos), bem como a hanseníase histoide, com predominância de hansenomas
com aspecto de queloides ou fibromas, com grande número de bacilos. Ocorre
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comprometimento de maior número de troncos nervosos de forma simétrica.


Todos os contatos de hanseníase devem ser abordados de forma cuidadosa
e detalhada, independente se o caso notificado for paucibacilar ou multibacilar. Essa
importante medida estratégica tem como objetivo o diagnóstico na fase inicial da
doença, visando quebrar a cadeia de transmissão e evitar sequelas resultantes do
diagnóstico tardio e da falta de acompanhamento adequado. Dito isso, explique o
tratamento a ser instituído para a paciente Carla, além da abordagem em relação
aos contatos.
A investigação de contatos tem por finalidade a descoberta de casos novos
mediante o exame dermatoneurológico entre aqueles que residem ou residiram,
convivem ou conviveram com o doente multibacilar sem tratamento, de forma
prolongada. Para tanto, devem ser realizados:
• Anamnese dirigida aos sinais e sintomas da hanseníase;
• Exame dermatoneurológico de todos os contatos dos casos novos
diagnosticados, independentemente da classificação operacional;
• Vacinação BCG para os contatos sadios, sem presença de sinais e sintomas
de hanseníase no momento da avaliação, independentemente de serem contatos de
casos PB ou MB. Contato de hanseníase é toda e qualquer pessoa que resida ou
tenha residido, conviva ou tenha convivido com o doente de hanseníase na forma
infectante da doença e sem tratamento, nos últimos cinco anos anteriores ao
diagnóstico, podendo ser familiar ou não.
Sendo assim, a atenção especial deve ser dada aos familiares do caso
notificado, por apresentarem maior risco de adoecimento, mesmo não residindo no
domicílio do caso. Devem ser incluídas nessa classificação, também, as pessoas
que mantenham convívio mais próximo, mesmo sem vínculo familiar, sobretudo
aqueles que frequentem o domicílio do doente ou tenham seus domicílios
frequentados por este, bem como os que convivem socialmente com o caso
(vizinhos, colegas de trabalho e de escola, entre outros). Os contatos devem ser
investigados de acordo com o grau e tipo de convivência.
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3 CONCLUSÕES

Diante do exposto e dos principais conceitos sobre a hanseníase aqui


apresentados, foi possível conhecermos um pouco mais sobre a infecção por
hanseníase que pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer
idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo
que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. 
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REFERÊNCIAS

Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças


Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-
HanseniaseWEB.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-


Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em
Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em
Serviços. – 4ª. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_4ed.pdf. Acesso
em: 20 jul 2020.

THOMAZ, M. C. Tópicos especiais em enfermagem II. Londrina: Editora e


Distribuidora Educacional S.A., 2019.

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