Centro Universitário Presidente

Tancredo de Almeida Neves -

UNIPTAN
Doenças Infecciosas
Hanseníase
 Aspectos históricos, sociais e
epidemiológicos
 A hanseníase afeta a humanidade desde tempos
bíblicos  4.000 anos a.C.
 Ocorre em todos os continentes.
 Está associada a uma imagem terrível na memória da
humanidade.
 ESTIGMA relacionado à LEPRA
 Lei 9.010/1995 – “Mal de Hansen”

 mutilação, rejeição e exclusão social

Hanseníase no século passado
Leprosário de Ubá / MG, 1939
 Hanseníase: o que é?
 A Hanseníase é uma doença infecciosa, causada
por uma bactéria: Mycobacterium leprae
 Foi descrito / descoberto por: Gerhardt Armauer
Hansen em 1873
 Afeta principalmente a pele e os nervos periféricos
(face, mãos e antebraços, pernas e pés).
 Fontes de Infecção
 O Homem é o único reservatório conhecido da
infecção

 A transmissão é de homem a homem

 O tatu é o reservatório natural do bacilo, porém não

causa doença no animal
 Vias de transmissão
 Vias aéreas superiores

 Contato direto e prolongado

 Patogenia
 Penetração do M. leprae

 Migração para macrófagos  células de Schwann

(terminações nervosas, linfonodos e disseminação
para o organismos  granulomas)

 Incubação de 03 a 10 anos
 Patogenia
 Sua susceptibilidade - só 10% das pessoas
infectadas adoecem após o período de incubação

 É difícil identificar a fonte de infecção ou localização

inicial do contágio
 Como é a Hanseníase
 Manchas claras ou avermelhadas e “dormentes”

 Caroços podem surgir

 Áreas sem manchas e com “dormência”

 Lesões cutâneas da Hanseníase

 Podem ser planas ou elevadas, indolores e sem

a presença de prurido
 Lesões cutâneas da Hanseníase

 Podem ser claras, vermelhas ou acobreadas

 Lesões cutâneas da Hanseníase
 Podem aparecer em qualquer lugar do corpo e
são persistentes
 Classificação da Hanseníase
 Paucibacilar
 Menos de cinco lesões e um nervo

 Multibacilar
 Mais de cinco lesões e/ou mais de um nervo
 Classificação das formas clínicas
da Hanseníase
 Paucibacilar
 Indeterminada  fase inicial, mancha hipocrômica
ou eritematosa, bordas irregulares, discreto
comprometimento neural

 Tuberculóide  lesões eritematosas delimitadas,

anestésicas e assimétricas, em número reduzido
 Classificação das formas clínicas
da Hanseníase
 Multibacilar
 Virchowiana  baixa resistência, multibacilar, lesões
simétricas
Alta capacidade de transmissão e disseminação!!!!

 Dimorfa  manifestações clínicas e evolução

variável, lesões eritematosas ou hipocrômicas
 Hanseníase
Indeterminada
 Hanseníase
Tuberculóide
Hanseníase
Virchowiana
 Hanseníase – Lesões neurológicas

Lagoftalmo unilateral - Paralisia do músculo Paralisia dos nervos ulnar e mediano

orbicular das pálpebras, inervado por um ramo
do nervo facial. É freqüente a lesão também
do nervo trigêmeo, levando à anestesia da
córnea.
 Hanseníase – Lesões neurológicas

Paralisia do nervo radial Paralisia do nervo fibular –

- Aspecto de "mão caída" perda da sensibilidade
 Diagnóstico clínico
 Inspeção da pele
 Manchas hipocrômicas, eritematosas, pápulas e nódulos

 Palpação dos nervos

 Verificação de sensibilidade nas lesões suspeitas

 Diagnóstico laboratorial
 Baciloscopia

 Histopatologia

 Intradermoreação de Mitsuda

 Biópsia do nervo

 PCR
 Tratamento
 Paucibacilares - cerca de 6 meses
 Multibacilares - cerca de 12 meses
 Definição médica de acordo com o tipo da doença
 Importante completar o tratamento!!!!

 Fazer o tratamento até o fim

 Comparecer às consultas

 Tomar os remédios

 Atentar para qualquer alteração

 Assistência de Enfermagem
Prevenindo incapacidades através do autocuidado:
 Olhos  piscar frequentemente, panos limpos para
secar, não esfregar, inspecionar e limpar a noite, usar
chapéus e óculos escuros

 Nariz  não tirar a “casquinha” e usar SF

 Mãos / pés  alongamento, inspeção diária, banho de

imersão, hidratação, usar luvas, piteira para cigarro,
meias sem remendos e sapatos confortáveis
 Assistência de Enfermagem
Orientações diversas:
 Olhos  tem dor, coceira, vermelhidão, dificuldade para fechar?

 Nariz  parece estar entupido, ressecado, com sangramento?

 Mãos / pés 
Tem alguma dor nos braços ou mãos? Tem dificuldade para
abotoar a camisa, pegar coisas? Alguma área dormente nova que
tenha surgido?
Tem alguma dor nas pernas ou pés? Tem tido dificuldades para
andar? Os chinelos ou sandálias saem do pé sem você perceber?
 Assistência de Enfermagem
Realizar busca ativa:
 Todas as pessoas que moram ou moraram com o
paciente nos últimos cinco anos devem ir à unidade
de saúde para serem examinados.

 Se a pessoa examinada não for diagnosticada

como tendo hanseníase, poderá ser encaminhada
para receber uma dose da vacina BCG.
 Assistência de Enfermagem
Tranquilizar o paciente:
 Ele pode conviver com a família e amigos
normalmente.
 Não precisa fazer dieta
 Pode continuar trabalhando normalmente
 Programa Nacional de Controle da
Hanseníase
Objetivos:
 Tratamento ambulatorial visando:
 1- diagnóstico precoce (clínico e laboratorial)
 2- eliminar as fontes de infecção
 3- prevenção e tratamento das incapacidades
físicas
 4- tratamento das intercorrências e complicações
(em regime hospitalar se necessário)
 Programa Nacional de Controle da
Hanseníase
Reabilitação Física e Psicossocial abrangendo:
 a reintegração do doente

 a recuperação das incapacidades físicas

 a readaptação profissional

 a reinserção social dos doentes e seus familiares

 Programa Nacional de Controle da
Hanseníase
Educação em Saúde
 Verificação dos contatos dos doentes (familiares,
amigos, etc.)
 Incorporar aos hábitos do doente, cuidados e técnicas
simples para a prevenção de incapacidades
 Eliminar falsos conceitos relativos a contágio e
incurabilidade da doença
 Diagnóstico precoce, tratamento adequado e
prevenção de incapacidades
Obrigado!