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HANSENÍASE

O QUE
FALAR?
PROF.MS. MARCOS FERREIRA
BENEDITO
HISTÓRICO

+ História de isolamento obrigatório


+ Afastamento da família
+ Deformidade
+ Medo de reviver o passado de horror e sofrimento
+ Estigma
Hanseníase não é um bicho de 7
cabeças
• A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica , causada por uma
bactéria, Mycobacterium leprae, também denominada Bacilo de
Hansen.

• No Brasil é um grave problema de Saúde Pública.

• O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de casos.

• É de NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Transmissão

• Ocorre principalmente através das vias


aéreas superiores, pessoa a pessoa

• Contato próximo e prolongado


Patogenia

+ Apenas 10% da população que entra em contato com a


pessoa doente, sem tratamento, pode desenvolver a
hanseníase, por isso é considerada de baixa
patogenicidade
+ Somente as formas multibacilares da doença são
contagiosas
+ Não é hereditária
+ Período de incubação longo
Como posso perceber a hanseníase?

+ Acomete a pele e nervos periféricos


+ Manchas ou lesões de pele com alteração de
sensibilidade
+ Falha de pelos e alteração da produção de suor na área
afetada
+ Sensação de choque ou fisgada
+ Perda da força muscular
Quando suspeitar?
Quando suspeitar?

• Tem “micoses” que nunca • O nariz fica entupido ou


curam? ressecado com
• Tem “manchas de alergia” frequência?
que não coçam? • O olho fica ressecado com
• Tem fisgadas nas mãos ou frequência?
pés? • As coisas caem com
• Tem área dormente no facilidade da mão?
corpo? • O chinelo sai do pé sem
• Alguma área do corpo perceber?
com falha de pelos? • Teve queimadura que não
• Alguma área do corpo não sentiu?
gruda pó?
Diagnóstico e classificação

+ A suspeição diagnóstica pode ser realizada por qualquer


profissional, mas o diagnóstico cabe ao médico.
Classificação

+ Segundo OMS classifica os tipos de Hanseníase:


PAUCIBACILAR – PB – ATÉ 5 LESÕES
MULTIBACILAR – MB - > 5 LESÕES
A CLASSIFIÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE DEFINE O TEMPO DE
TRATAMENTO
BACILOSCOPIA

+ É um exame importante para o


acompanhamento, porém o
diagnóstico clínico´não é
dependente da baciloscopia
Teste sensibilidade
hanseníase
+ O estesiometro são
filamentos de diferentes
diâmetros usados para
identificar a sensibilidade
nas partes afetadas pelas
lesões da hanseníase
Teste
sensibilidade
Hanseníase

http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=232
Hanseníase

http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=235
Hanseníase

http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=231
Hanseníase

http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=231
Hanseníase

http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=233
Hanseníase

http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=233
Tratamento poliquimiotarapia

+ É A COMBINAÇÃO DE MEDICAMENTOS COM


EFICÁCIA COMPROVADA
+ O TRATAMENTO PODE DURAR 6 OU 12 MESES DE
ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL – PB
OU MB
ATENÇÃO
+ Após a primeira dose do tratamento, o paciente
multibacilar na maioria das vezes deixa de transmitir
a doença. IMPORTANTE seguir o tratamento até o
fim
TRATAMENTOPAUCIBACILAR ADULTO

+ 6 CARTELAS
+ Rifampicina RMF 600 mg – 1 dose mensal supervisionada
+ Dapsona DDS 100 mg – 1 dose mensal supervisionada e
27 doses auto administradas 1 ao dia
+ Critério de regularidade: 6 doses em até 9 meses
TRATAMENTO ADULTO – Poliquimioterapia
TRATAMENTO INFANTIL – Poliquimioterapia
TRATAMENTO MULTIBACILAR ADULTO

+ 12 CARTELAS
+ Rifampicina RMF 600 mg – 1 dose mensal supervisionada
+ Dapsona DDS 100 mg – 1 dose mensal supervisionada e 27 doses auto administradas
1 ao dia
+ Clofazimina CFZ – 1 dose de 300mg mensal supervisionada e 27 doses de 50mg auto
administradas 1 ao dia
+ Critério de regularidade: 12 doses em até 18 meses
TRATAMENTO ADULTO – Poliquimioterapia
TRATAMENTO INFANTIL – Poliquimioterapia
Efeitos colaterais

• Rifampicina - Pode ocorrer urina avermelhada ou alaranjada, 24 a 48h após a tomada


da medicação
• Pode ocorrer cefaleia, intolerância gástrica, vômitos - Tratar com sintomáticos; anemia –
avaliação clínica e hematológica
• Clofazimina - Pode ocorrer xerose (ressecamento cutâneo), alteração da coloração da
pele (hiperpigmentação difusa) e constipação. Podemos utilizar o creme de uréia e/ou
óleo mineral no corpo.
• HAS, DM, HIV, tuberculose, alcoolismo, não contraindicam o tratamento
COMO ACOMPANHAR O PACIENTE
Após o diagnóstico da hanseníase seguir os seguintes passos:

• Notificação da doença
• É recomendado realizar baciloscopia do raspado intradérmico
• Realizar exames complementares
• Passar por avaliação odontológica
• Passar por Avaliação neurológica simplificada e do Grau de incapacidade
• Tratamento- orientação de tomada, verificação periódica do blister, alertar
situações especiais
• Solicitar a presença dos contatos domiciliares e dos contatos sociais que
tem convivência próxima e prolongada. Vacina BCG?
COMO ACOMPANHAR
O PACIENTE
Solicitar a presença dos contatos
domiciliares e dos contatos
sociais que tem convivência
próxima e prolongada para
serem exameinados e avaliados
quanto a indicação da vacina
BCG
REFERENCIAS

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PORTARIA GM/MS 3.125 de 7 de outubro de 2010. Brasília. 2010.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO Nº 11. Dispõe sobre o controle da substância Talidomida e do
medicamento que a contenha. Mar. 2011.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Avaliação Neurológica simplificada . Disponível


em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/avaliacao_neuro_hanseniase.pdf.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para vigilância, atenção eliminação da hanseníase como problema de saúde pública – Brasilia. 2016

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase. Disponivel em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_procedimentos_tecnicos_corticosteroides_hanseniase.pdf.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Prevenção de Incapacidades. Disponível em:

+ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_prevencao_incapacidades.pdf.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para uso: corticosteroides em hanseníase. Disponivel em:

+ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_para_corticosteroides_hanseniase.pdf.
REFERENCIAS

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de
Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento
da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. Ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2019. 740 p. : il.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. NOTA TÉCNICA No 13/2021-CGDE/.DCCI/SVS/MS - Implantação do Sistema de Investigação
da Resistência Antimicrobiana na Hanseníase -SIRH em subtituição ao FormSUS.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. Ofício circular 1/2019/CGHDE/DEVIT/SVS/MS. Utilização do formulário eletrõnico –
FormSUS, Formulário de investigação dos casos de hanseníase em menores de 15 anos com GIF 2.14.mar.2019.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. Nota Técnica nº 8/220-CGDE/DCCI/SVS/MS. Vigilância da resistência antimicrobiana em
hanseníase. 17 mar. 2020.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério
da Saúde, 2017. 68 p. : il.

+ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Hanseníase no Brasil : caracterização das incapacidades físicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – Brasília : Ministério da Saúde, 2020.

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