Você está na página 1de 54

ALTERAÇÕES NA SAÚDE DO RN,

LACTENTE E SUA FAMÍLIA

Ma. Prof. Aline Pierotto


Ma. Prof. Lisete Mª Spengler
Ma. Prof. Vânia Schneideider
Ma. Prof Agnes L.

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


REVISANDO...

COMO ACONTECE A ADAPTAÇÃO A VIDA EXTRA UTERINA?

IMAGEM AUTORIZADA
COMO ACONTECE A ADAPTAÇÃO A VIDA EXTRA
UTERINA?

Wong, 2014 página 180


ALTERAÇÕES COMUNS DO RECÉM-NASCIDO

 Eritema Tóxico

 Candidíase

 Herpes

 Manchas de Nascimento

 Pé torto congênito

 Luxação congênita de quadril


ERITEMA TÓXICO NEONATAL

THAMEZ, 2017
ERITEMA TÓXICO NEONATAL

 Erupção cutânea benigna, autolimitada e idiopática


 Geralmente ocorre em RN a termo
 Lesões caracterizam-se por máculas, pápulas e pústulas eritematosas
transitórias
 Iniciam em torno do 3º - 4º dv
 Localizam-se na face, tronco e membros (mas podem apresentar-se em
qualquer outro local do corpo)
 Habitualmente tem evolução rápida
 Rash geralmente tem duração de 5-7 dias

BRASIL, 2012
ERITEMA TÓXICO NEONATAL

IMAGEM
AUTORIZAD
CANDIDÍASE/MONALÍASE

 Candida albicans – fungo leveduriforme


 Infecções cutâneas, mucocutâneas e disseminadas
 Frequentemente restrito à mucosa oral e regiões de contato com a
fralda

Trabalho de parto – Contato – técnica


infecção vaginal inadequada de higiene
materna de mãos

Mamadeiras e bicos
contaminados
DERMATITE DE FRALDAS POR CÂNDIDA

Erupção eritematosa úmida com pústulas


esbranquiçadas ou amareladas agrupadas.
Pequenas regiões de erosão cutânea também
podem ser observadas. IMAGEM
AUTORIZADA
DERMATITE DE FRALDAS POR CÂNDIDA

IMAGEM
AUTORIZADA
DERMATITE DE FRALDAS POR CÂNDIDA

IMAGEM
AUTORIZADA
CANDIDIASE ORAL

WONG, 2013
CANDIDÍASE ORAL

 Caracterizada por placas esbranquiçadas aderidas à língua,


palato e
mucosa oral da região interna das bochechas.

Você enfermeiro avalia o RN... Você acha que o RN tem candidíase oral...
Mas a mãe da criança diz: “enfermeiro, ele acabou de mamar!”

Como diferenciar resíduo de leite e candidíase????


CANDIDÍASE ORAL

 Observar aceitação VO – devido a dor


 Lesões podem
se espalhar para a laringe, traqueia, brônquios,
pulmões e ao longo do trato gastrointestinal
 Importante identificar origem da infecção
 Tratamento (até 2 dias após seu desaparecimento):
 Higiene
 Fungicida: nistatina oral e clotrimazol, fluconazol, anfotericina e
miconazol IV, VO ou tópica)

THAMEZ, 2013
CUIDADO DA EQUIPE DE SAÚDE

Cuidado muito importantes para a


prevenção de infecção no RN:

?
É responsabilidade de toda equipe
de
CANDIDÍASE ORAL

 Cuidados de Enfermagem

 Direcionados à prevenção e disseminação da infecção

 Administração correta do medicamento tópico prescrito (nistatina


após a mamada).

 Autoinfecção: RN com dermatite de fralda por cândida podem


introduzir a levedura na boca por meio de mãos contaminadas

 Higiene oral do RN
Se for evidenciada candidíase na mãe ou no RN durante a
 Ferver bicos e mamadeiras
amamentação, – esporos
recomenda-se que possuem resistência
ambos sejam ao calor
tratados.
THAMEZ, 2013
HERPES NEONATAL

o Infecção viral grave do RN


o Taxa de mortalidade de até 60% naqueles com doença disseminada
o Lesões tornam-se pústulas em 24 a 48 horas.
o Manifesta-se em uma de três formas:

• Vesículas ou pústulas sobre uma base eritematosa


• Lesão ulcerativas com formação de crosta
Pele, olhos e boca • Lesões de pele aparecem mais frequentemente nos locais de
contato com as lesões maternas – couro cabeludo e face no
parto cefálico
Doença localizada • Encefalite, meningite, crises convulsivas
no SNC
Doença disseminada • Fígado, adrenais e pulmão são comumente afetados, sepsis
envolvendo
vários
órgãos WONG, 2011
HERPES NEONATAL

o Transmissão – 40 a 50% dos casos por infecção primária materna.

o Partos prolongados

o Ruptura precoce de membranas

o Canal de parto é infectado

TAMEZ, 2013
HERPES

NEHOERNPEASTNAEOLNATAL
HERPES NEONATAL

TRANSMISSÃO vírus herpes:


Contato com profissionais ou pessoas contaminadas

Herpes Congênita transmissão:


Via transplacentária
Mãe pode não ter sintomas, somente transmitir o vírus.

TAMEZ, 2013
HERPES

NEHOERNPEASTNAEOLNATAL

IMAGEM AUTORIZADA
HERPES NEONATAL

WONG, 2014
HERPES NEONATAL

Herpes disseminada

Sinais e sintomas começam após uma semana de vida

Pouca aceitação VO, vômitos, letargia e febre.

Acontecimento sistêmico importante (icterícia, petéquias, apnéias) ou do SNC


(convulsão, irritabilidade), hepaesplenomegalia e icterícia.

Diátese hemorrágica (sangramento gastrointestinal, hemoptise, hematúria) +


choque e óbito.
TAMEZ, 2017
HERPES NEONATAL

Cuidados de Enfermagem

o Os RN com herpes ou lesão suspeita devem ser cuidadosamente


avaliados em busca de manifestações clínicas

o Ausência de lesões cutâneas em RN expostos ao herpesvírus


materno não exclui a doença

o Precaução de contato

o Terapia antiviral

TAMEZ, 2017
SÍFILIS CONGÊNITA

A infecção é transmitida ao feto por via transplacentária ou, muito


raramente, por contato com lesões contaminantes na hora do parto.

Agente causador = Treponema. pallidum

50 a 70% dos recém-nascidos cujas mães não receberam nenhum


tratamento são assintomáticos ao nascer, sendo que a maioria não apresenta
evidências, nem clínicas nem laboratoriais, da infecção.

Pápulo-escamosas ou vesiculosas, difusas, inclusive nas palmas


das pés.
e planta dos mãos
TAMEZ, 2017
SÍFILIS CONGÊNITA

Achados hematológicos, como anemia, plaquetopenia e leucocitose

Lesões ósseas

Acometimento sistêmico de órgãos, sepsis, SNC...

A sífilis congênita não tratada poderá evoluir para a forma tardia =


anormalidades no sistema músculo-esquelético, alterações dos dentes, lesões
oculares levando à deficiência visual, problemas auditivos, retardo mental e
outros distúrbios neurológicos (distúrbios convulsivos, hidrocefalia).
WONG, 2014
SÍFILIS CONGÊNITA

O CDC considera como tratamento inadequado na gestação:

= doses de penicilina inadequadas para a fase da sífilis em que se encontra a


gestante;
= tratamento com outro antibiótico que não a penicilina;
= tratamento iniciado há menos de 4 semanas antes do parto;
= tratamento não documentado, ou com doses desconhecidas;
= controle sorológico não realizado,
= controle sorológico mostrando falha do tratamento ou reinfecção.

BRASIL, 2015
MANEJO CLÍNICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PERÍODO
NEONATAL

Nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada, ou


inadequadamente tratada, independentemente do resultado do VDRL do recém-
nascido, realizar: radiografia de ossos longos, punção lombar (na impossibilidade
de realizar este exame, tratar o caso como neurossífilis), e outros exames, quando
clinicamente indicados. E ainda:

Se alterações laboratoriais ou liquóricas: tratamento com Penicilina G

Cristalina Se exames normais: Penicilina G Benzatina IM dose única e

seguimento. BRASIL, 2015


Em RNs de mães tratadas, realizar VDRL no RN:

Se +, com sorologia maior que a da mãe, com alterações de RX de ossos longos e


lÍquor: Penicilina G Cristalina EV

Se RN -, ou com sorologia ≤ à da mãe, seguimento ambulatorial

BRASIL, 2015
MANCHAS DE NASCIMENTO

 Alterações da cor da pele são achados comuns RN


 Habitualmente, não há necessidade de qualquer terapia, a não ser a
orientação aos pais quanto a natureza benigna dessas descolorações

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 Nevos telangiectásicos

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

1) Más-formações
vasculares Lesões
permanentes Presentes
ao nascimento
Inicialmente planas e
eritematosas
Qualquer estrutura vascular
pode estar envolvida

Mancha Macular
Transitória

Mancha de Vinho do Porto WONG, 2014


MANCHAS DE NASCIMENTO

Mancha Macular Transitória

Localiza-se com maior frequência nas pálpebras, glabela ou na nuca e geralmente


desaparece por volta do 1º ano de vida
WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

Mancha de Vinho do Porto (Nevus Flammeus)


• Lesões rosadas, vermelhas ou mais
raramente arroxeadas.

• Se espessam, escurecem e aumentam


proporcionalmente ao crescimento da
criança.

• Podem estar associadas a má-formações


estruturais, como glaucoma e a
angiomatose leptomeníngea ou a
supercrescimento ósseo ou muscular.

• Acompanhamento médico periódico para


afastar essas síndromes.

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

Mancha de Vinho do Porto (Nevus Flammeus)

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 Marcas de Nascimento Vasculares

2) Hemangiomas capilares

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 Marcas de Nascimento Vasculares

2) Hemangiomas capilares

• Tumores cutâneos benignos que acometem apenas os capilares


• Áreas elevadas de cor vermelho brilhante, superfície áspera e margem
bem definida
• Podem não estar aparentes ao nascimento
• Aumentam de modo considerável ao longo do 1º ano de vida e após,
regridem espontaneamente
• Resolução completa pode levar de 5 a 12 anos
• 50% RN evoluem com achados residuais (ex: telangiectasia)

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 Marcas de Nascimento Vasculares

3) Hemangiomas mistos

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 Marcas de Nascimento Vasculares

3) Hemangiomas mistos

 Hemangiomas cutâneos são dividida sob dois


aspectos: Profundidade e extensão.
Quanto à profundidade, podem ser superficiais
(acometimento apenas da pele)
Profundos (acometimento das partes moles, profundos a
pele) ou
mistos.

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 ATENÇÃO PARA OUTRAS LESÕES...

Manchas café com leite

Frequentemente caracterizam a
neurofibromatose.

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 ATENÇÃO PARA OUTRAS LESÕES...

Nevo pigmentado gigante

Frequentemente Risco para


transformação em melanoma maligno

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

 ATENÇÃO PARA OUTRAS LESÕES...

Nevos juncionais ou compostos


Máculas marrom-escuras ou pretas
que se tornam mais numerosas
com a idade

WONG, 2014
MANCHAS DE NASCIMENTO

Principais Cuidados de Enfermagem

 Explicar à família quanto o tipo de lesão


 Cuidado especial com traumas sobre a lesão
 Unhas da criança sempre bem cortadas
 Higiene local no banho, sem cuidados adicionais
 Evitar exposição prolongada ao sol – filtro solar após 6º mês de vida

WONG, 2014
L UbrXa AdeÇOÃtrOaolD.niE.. QUADRIL - MANOBRA DE
Man o

ORTOLANI

A criança é colocada em decúbito dorsal, segurando-se os membros


inferiores com os joelhos dobrados, e quadris fletidos a 90º e aduzidos (juntos à
linha média). A partir dessa posição, faz-se a abdução das coxas com leve pressão
nos joelhos. A manobra deve ser repetida várias vezes, simultaneamente.

Quando existe instabilidade coxo-femural a manobra de Ortolani faz com


que a cabeça do fêmur se encaixe no fundo do acetábulo; esse deslocamento é
percebido nas mãos como um “click” (Ortolani positivo).

WONG, 2014
MANOBRA DE ORTOLANI
Tratamento – imobilização.

manobra de Ortolani, encaixar o quadril e manter-se a posição de abdução e


flexão do quadril com o uso de aparelhos ortopédicos por 3 meses
ininterruptamente. Obtém-se sucesso em 97% dos casos

Se não tratado – limitações futuras na deambulação e correção cirúrgica.

WONG, 2014
TRATAMENTO

Imagem autorizada
PP é É

Diferenciar pé tortoT tOposicional


oRrTtOpelooCcOparto
oNnGegÊpé torto por
má formação congênita
NêInTOto
i
Posicional- quando manipulado vai para posição fisiológica.

Tratamento – fisioterapia por manipulação diária

Congênito – não assume posição fisiológica.


50% dos casos – bilateral e simétrico.
Tratamento ortopédico
WONG, 2014
PÉ TORTO CONGÊNITO

IMAGEM AUTORIZADA
PÉ TORTO CONGÊNITO

IMAGEM AUTORIZADA
TRATAMENTO

IMAGEM AUTORIZADA
REFERÊNCIAS

CAMPOS JUNIOR, Dioclécio; BURNS, Dennis Alexandre Rabelo; LOPES, Fábio Ancona.
Tratado de Pediatria. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014 (volume 1 e volume 2).

HOCKENBERRY, Marilyn J.; WILSON, David. Wong fundamentos de enfermagem


pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

TAMEZ, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido


de alto risco. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

Você também pode gostar